quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Sob o signo da poiétikés

sob o signo da ars poiésis

.  O andar insofismável das presentes rimas, a medida que avançam na direção dos 365 poemas, torna-se clara e espontânea sua consecução na escrita do mundo bom, aquele de oportunidades iguais para todos, sem discursos outros, na prática ações não normativas, propostas na chamada deste blog interativo, levando em conta a vocação, o talento, o esfôrço de cada um envolvido na façanha de viver sua existência terrena e fátua neste imenso deserto  de ilusões e miragens sem conta, de atravancos, percalços, surpresas, encontros, chegadas e partidas.

2. Nossa! O poeta resolveu falar bonito, sem os trejeitos interioranos, será o que vem lá? rrá, rrá! - Meu amigo que considero genial, que compartilho emoções líricas, vejo que a hora presente foge imperceptível, escoa na ampulheta do tempo inexorável e fui refletir sobre a vida e anotar depois neste diário eletrônico, canal ideal para expor pensamentos e indagações.

3. A cada passo, a cada linha e vírgula, me propus a ponderar o assunto e deixar fluir antes de tudo a inspiração, um dom gratuito das divas, que eu nem mesmo sei explicar, ou como define Anivaldo Ferreira, da Casa de Cultura Santa Teresa, no município de Embu das Artes- SP: - Poeta   das rimas soltas, não adianta arriscar outra atividade, o que a gente sabe fazer mesmo é escrever versos até ao amanhecer e depois  oferecer à roda dos amigos intuitivos. - Valeu grande Anivaldo a menção, com sua benção vou  tentar prosseguir na trilha enunciada.

4. O juiz não legisla em causa própria,  a poesia não pertence ao seu  mundo transcendental, foi desaforada na antiguidade por algum aprendiz louco e se escondeu na terra dos mortais, quando tem saudade de lá,  começa a declamar e foi assim que originou-se a arte de poetar - uma forma diferente de amar, uma saudade danada do lado de lá.

5. Abduzido por ela, estive inteiro na sua prospecção, agora que o término do projeto se avizinha, é o instante de reavaliar conceitos, limar os versos, alijar o que destoa de seu universo e prosseguir à moda dos velhos tempos, arranhando o refrão com um olho aqui e outro bem fixo  na eterna monção.

6. Percebo que passei momentos prazerosos consigo, leitor chegado e não sei se voltarão quando iniciar a segunda etapa desta idealização que será a produção, edição e divulgação. Dos momentos plácidos e líricos  de êxtase  e contemplação passar à ação concreta é que serão elas e outras. Me ajudem aí, gente sensata senão vou enlouquecer entre tanta burocracia, isbns da vida, eh! eh! eh!

7.Até daqui há pouco... vou tomar um cafezinho passado no coador de pano, tá servido?Hein?
............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................ Demorei! É que fui na vendinha comprar uma bandeja de frutas para o pré lanche da tarde, aqui tá muito calor e a temperatura poluída do centro de São Paulo é osso! Viu! Também pudera com tantas emissões na atmosfera o ar fica rarefeito e a nossa mente avariada por tamanho dióxido de carbono. O abono ainda não veio, o jeito é "nóis" virar como pode, coisas da cidade avantajada em trânsito, caótica e minorada de feitos sãos.
>>> Entendam as potenciais saídas daquela que não é conduzida, mas conduz os rumos do Brasil indubitavelmente.

8. Como ia dizendo o papo tá bom, fui lá na venda e pensei no trajeto se não tiver, não trago... Pulo para a outra página da poiétikés, " dos sons e sentidos" de Paul Valéry e " do tempo e espaço" de Valter Montani.

9. Nesta espécie de rodologia, agradeço a todos os que me acompanharam até  aqui, que não oneraram em nada a caneta e o papel, pelo contrário tornaram-se minha fonte inesgotável inspiração e propulsão . Não sei viver sem filosofar, prosarei em versos o versei, versarei em agradecimentos o que constatei.

10. Pois vocês todos que me acessaram, me ensinaram em poucas palavras e olhares que rimar  é uma forma bela de amar a humanidade, e do outro lado da tela estes poemas sempre encontraram sem hora determinada, sem fronteiras demarcadas um campo florido de expansão, uma acolhida amiga em vários idiomas e continentes e perfumaram estas despretensiosas páginas, coloriram a tinta e transformaram este papel em canal de divulgação.

11. Isto me alegra sobremaneira, mima os versos do coração, alenta a responsabilidade da impressão, lima a essência, incentiva em meio à elaboração exaustiva e conduz a locomotiva do pensamento em busca da cantiga suave, perdida, esquecida, menosprezada por aqueles que deveriam ser o sal do tempero a luz do acervo da cultura mundial, da política do bem comum, da paz e da lealdade familiar.

12. Ah! como foi é bom estar aqui, compartilhar emoções com pessoas que amam as artes e as canções, oceano de puras paixões, no reverso a vida continua seu curso normal, afinal deste que o mundo é mundo a legião dos poetas cantaram seu canto, elucidaram seu pranto com arte, talento e engenho, qualidades que não tenho, apenas me empenho a vender meu peixe, não nas tendas de célebres Xeiques árabes - deis que nos livrem as divas - mas no recanto mil vezes  suave de sua atenção.

13. Foram momentos inesquecíveis que juntos atravessamos  montanhas e vales, escalamos serras íngremes, vislumbramos horizontes deslumbrantes onde nenhum ser vivo colocara os seus pés de destruição. Juntos tivemos dias de sol  a pino, noites de inverno rigoroso, primavera florida, outono faustoso.

14. Presenciamos no rebote os escalpes das ondas gigantescas, notícias de catástrofes climáticas pavorosas, atentados às nações democráticas, livres atiradores levando pânico e destruição em entidades educacionais em várias partes do mundo, gente inescrupulosa poluindo rios e mananciais, queda das bolsas mundiais, apertos financeiros, corrupção na política doméstica do Brasil, greves, blecaute, problemas na aviação civil, violência crescente contra a mulher e uma monta de coisas adversas, abalando a ordem nacional, balançando a universal e tirando quase tudo fora do eixo.

> Quiçá o querido mundo árabe insatisfeito , revolucionando o seu pensar, soltando as amarras, desengasgando um século de opressão, punindo com fôrça seus antigos títeres, empoados, agora apeados do poder. Se a moda pega por estas bandas, nem quero estar presente para ver a danação daqueles e daquelas que traem suas nações!!!

15. Por outro lado no espaço que nos foi facultado pelo destino, juntos cultivamos a simplicidade, materializamos a fugacidade do momento, o risco de viver em perigos constantes, a cada passo um lugar distante, a cada palavra um gesto consoante, a cada despedida um aperto de saudade.

16. Muitas vezes a ausência tornou-se longa, o recado constante, onde você está poeta mínimo? Abandonou o cajado? Foi flanar e esqueceu o sertão amado, a casinha branca, o cavalo baio, os trilhos da mata fechada, a Pirineus das geadas e vaga-lumes solidários? Vejo que a vela apagou o pavio! A cidade grande implodiu seu sonho latente?

17. E fui respondendo a cada indagação, com amor e carinho, sem chalerá o vizinho, sempre como pude, sempre do jeito que deu e graças ao bom Deus estamos aqui fracos, mas fortes, no cabo da enxada, leirando os versos, transportando na cacunda os feixes das rimas para apresentar no picadeiro, antes do último riso, antes do último choro, antes da quebra da última lente lucida, sem desaforos aflorando o compasso inteiro. Acenando,  mesmo sem conceber a hora que o  juiz, decano dos tempos e da história soar o apito final, anunciando o fim do jogo para a humanidade. 

18- Nossa, poeta que considero, tantas palavras faladas, quanta tinta espraiada, será que não encerra nenhuma falácia? - Fique tranquilo, interlocutor amigo, o que digo tem lastro na verdade, sem partido ou entrevista, não estou na mídia, nem pretendo dividendos, e sim escrever para espairecer, sem esmorecer ou desvanecer até o pulsar da derradeira palavra de insatisfação, seguindo a natureza deste humilde refrão.

19. Entendo sua admoestação, tem sentido perante notícia malograda, tanto sonho pisado, tantos interesses escusos escorregando nas meias águas improvisadas, que faz até santo forte se sentir fraco ao extremo.

20. Mas vamos continuar recordando coisas boas, na essência entabuladas, cozidas sem pressa nas panelas de pedra, degustadas à mesa de sua consideração. Para depois retomarmos as 'cismações' extasiados perante o inverso puro, saído das mãos de Deus, origem última de tudo quanto é pulcro na face do universo sideral. incluindo a Terra e seus milhões de segredos naturais. 

21. Lá do toponoétos, o grande artífice e poeta maior assiste pensativo o escoar desta tinta no papel em branco e o movimento louco do planeta terra. Ele que acendeu a luz do sol, que alumiou  a lua clara, que destinou Jorge Guerreiro para guardá-la dos males constantes, que a transformou numa poesia mutante, ele que concedeu aos poetas de todos os tempos a inspiração de cortejá-la de monte, e a ela a missão de arejar  a Terra e apontar aos homens um destino empírico que destoa desta realidade acachapante. 

22. Enfim, disse o que disse e precisava dizer até ao fim este pranto, que espero benéfico que aprendi a dura penas, na correição boa, sem sugar a ultima cor que  resta no quadro desfigurado da humana raça, sem pretensão de ser o último verso consciente da era atual, antes do dobre de finados, antes do explodir do caos na esfera global. 

23. Versos intimistas? Versos realistas? Versos espiritualistas? Versos do caos? Não tenho a mínima ideia do que seja, fui escrevendo, arranhando o diapasão, dizem ser inspiração. Sinais, não creio, a intenção foi de concatena-los e depois apresentá-los no parnaso das atitudes serenas.

24. Quando a balança estiver equilibrada entre a alma e corpo, se dará o início de uma nova era, lúcida e sincera, conosco e 'semnosco', virá mais tarde que a gente imagina, mais cedo do se espera, passando ao largo do apego à cidade matéria efêmera, bem colada à artéria   dos sentimentos, fornecendo o fermento restaurador, mantendo as portas da afeição bem abertas, as janelas bem arejadas e de lá poderemos calmamente voltar a escrever, literalmente para espairecer. 

25. A intenção foi essa! Me perdoem o resto, se não soube na minha ignorância ressaltar a importância de dormir vestido pois o amanhecer empirista virá, é questão reservada do Senhor do Tempo, aquele que desde todo o sempre amaina ventos e tempestades, aquele que os tronos, as potestades e dominações aquiescem ao simples clique de suas mãos. Aquele que reflui o destino do mundo segundo sua sabedoria e onisciência. 

26. Hoje no horizonte da raça humana avolumam-se problemas, amanhã os dilemas serão solucionados pelo sopro inconcebível de sua inteligência. A  era nano tecnológica que adentramos não será do marketing elaborado, e sim da alta definição divina. Duvida? Eu não!

Helder Tadeu Chaia Alvim


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O amigo solidário de Lily, chamado Maddison

1. Era uma vez uma cadela mimosa chamada Lily, vivia no seu reino Danmark, quando criança pode passear pelos parques floridos da primavera, brincar nas estações frias com outros da redondeza, contemplava orgulhosa   a igualdade de riqueza do mundo humano à sua volta, o carácter pacífico de seus habitantes, a pujança de sua economia, a educação em níveis de alta constatação social, a saúde robusta de seu povo, a justiça de seu parlamento, a constitucionalidade de seu regime de governo. Ela fazia planos de casar-se com um jovem canino de sua raça Gran Danois, morar em casinha branca, coberta de telha azul, de assoalho  vermelho, de gramado em volta, ter muitos filhotes e alegrar as tardes de folguedos da criançada de seu condado.

2. Tudo ia muito bem para ela, até que o infortúnio a colheu e ainda jovenzita teve seus olhos removidos e daí em diante não poderia mais realizar o que tanto suspirara. Mas, nem tudo estava perdido encontrou em Maddison um fiel amigo e escudeiro atento  na sua longa e irreversível escuridão, um amparo seguro de sua jornada sem a luz, sem enxergar a beleza das manhãs, os entardeceres de sua amada Dinamarca.

3. A amizade de verdade não é apenas prerrogativa dos seres humanos, mas também e até mais forte no mundo animal -  o peixe kinguio  é um belo exemplo- e agora com o Maddison, comove o coração até as lágrimas a saga atual do cão protegendo sua  irmã de espécie.

4. Pude presenciar lá por volta da década de 70 na Estância Pirineus de minha origem interiorana um fato desses, quando seu Norato voltava da venda do Juca Santana um pouco alto da 'mardita' do alambique numa noite de janeiro chuvosa, de enchente  e o riacho novo horizonte transbordando e encobrindo a ponte, seu cavalo empaca e não atravessa, ele cai debaixo do animal, e se não fosse a persistência do alazão em permanecer parado e o latido do seu cão Peri, teria sido arrastado pela correnteza do rio e se afogado. Meu avô naquela noite tardia estava atento ao movimento e chamou dois compadres seus, colonos amigos e foi prontamente socorrer o velho Norato. O caso acabou bem, o seu Norato abandonou a calibrina e morreu de velhice. E conheci, velho Norato, oh! sim!  uma lenda viva, seu inseparável cão Peri e pude galopar pelas pradarias no lombo do alazão Fumaça.

5. Aqui em São Paulo, a Grande Urbe dos contrastes astronômicos e sociais, a cidade que amo, que me agregou bondosamente e me adotou em igualdade de condições aos seus outros filhos, diariamente percebo a mesma realidade em se tratando de solidariedade. Sempre vejo um irmão carente e sem teto acompanhado de um simpático e vigilante cãozinho, que dividem a surrada cama, agasalho e escassa refeição entre si.

6. A Sagrada Escritura diz que quem encontrou um amigo sincero, achou um tesouro de inestimável valor espiritual, que nem as traças e os ladrões abocanham para si, pois tem ressonâncias eternas e comove o coração de Deus. Não fora o próprio Cristo Jesus que ao morrer na Cruz deixara sua Mãe Santíssima aos cuidados de seu discípulo e amigo amado João Evangelista?

7. Quem não tem um desses para confiar segredos? Apoiar no seu ombro de vez em quando? Repartir sonho ou confidenciar decepções? E lado a lado seguir em frente na persecução do mundo bom? E na hora da última travessia quem vai colher nossa derradeira lágrima e ouvir o desejo final?

8. A história do Cão Maddison é real, e pode ser a de cada um de nós. Foi extraída da página do Bol, que veiculou a reportagem em sua página na Internet em 24/10/2011, com 2 fotos ( uma de Maddison e a outra de Lily) :  " Cadela Dinamarquesa cega e seu cão guia aguardam potenciais novos donos no abrigo Shrewsbury Dogs Trus, na Inglaterra . Lily de seis anos de idade, teve seus olhos removidos quando era ainda filhote e é companheira de Maddison, de sete anos, que foi adestrado para ajudá-la a se comover. Centenas de pessoas ofereceram lar para os dois cães." 


9. Quem sabe hoje já encontraram um novo amigo, uma casa, ração saborosa, água na tirina de barro e muita e muita afeição. Boa Sorte amigos Lily e Maddison. Que o santo Poverello de Assis, conceda vida feliz, paz e bem  a dupla que comoveu o mundo...

                           " Guds hjaelp, folkets kaerlighed, Danmarks sturke"
               
Helder Tadeu Chaia Alvim

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O naufrágio da identidade pessoal

O naufrágio da identidade pessoal

1. O século XXI é caracterizado por avanços descomunais na área da comunicação, temos a Apple de Steve Jobs na vanguarda da popularização on line, inquestionável talento que materializou,trazendo das nuvens um novo fazer do sistema de informações,simplificando ao  extremo, possibilitando a milhões de usuários tocar nas ferramentas da alta definição

 2. Século atípíco este nosso, o Oriente médio balançou com sua revoluções populares e puniu com fôrça seus antigos líderes totalitários. A Europa se debateu em crises financeiras, os USA esteve às voltas com sua crise imobiliária sem precedentes,o Brasil acordou estarrecido com tanta corupção em sua política doméstica,advindo na maioria de partidos que propgnavam a causa popular.


 3. O tema do Enem focalizou a postura diante da redes sociais no âmbito pessoal e público, agradou a maioria dos canditados.O mundo já não é mais o mesmo das décadas atrás. Está sôfrego de adicionamentos e nem sabe para que servirá tantos contatos de primeiro, segundo e terceiros graus. Deixou-se abduzir pela era virtual  avançada, pelo inter relacionamento  a prejuízo dos moldes antigos de amizade.Hoje tudo encontra-se ao alcance de um clique e distante, bem distante das monções antigas da consideração. que fizeram a beleza de gerações,que fizeram as delícias do mundo bom, que à porta da casa, deixavam-se ficar em conversas amenas e gostosas assistidas pelo luar do sertão amado.

 4. Outro dia estava numa roda de bate papo descontraida,o Piauí,o José Rosa, o Mauro da padaria, o Ivo, eu e  mais alguns outros amigos, a conversa corria animada e informal,ríamos do jeito brincalhão do José Rosa,da sua  noiva,a Ritinha prometida que não chegava nunca na capital, lamentava ele e etc etal. Um dos convivas pediu licença e disse que tinha que voltar para sua casa para adicionar outros no seu facebook.

 5.Rss, rrs e mais r r s s s , comentei para que tantos contatos virtuais,se a essência tava ali na mesa de bar e bem à frente de seus olhos e ao alcance do seu calor humano.O Diário do Comércio diz em Logo dia 19/10/2001: "Facebook pode alterar seu cérebro."E explana: " Estudos com voluntários colocados em um scanner tridomensional demonstrou que os usuários do facebook apresentam estruturas maiores e mais densas em três áreas do cérebro quando vinculadas a uma grande lista de amigos em comparação com os que têm poucos amigos.


 6. E continua a matéria: " As três áreas são relacionadas com a capacidade de socialização.Para os cientistas daUniversity College London ( UCL), onde foi feito o estudo,isso mostra que a mente do século XXI, seria quase infantilizada, caracterizada por curtosinstantes de atenção, sensacionalismo, incapacidade de enfatizar e identidade pessoal instável."

 7. Não questionamos os ditos avançamos da modernidade, mas não vemos com bons olhos o menosprezo às coisas antigas, às amizades duradouras, as belas parcerias das conversas, a consideração e apreço pela  família e circulos tradicionais de convívio conservador.

 8. Este pool das redes sociais, planifica conceitos, causas embaraços irrreparáveis à sociedade, o olho gigante e perscrutador do sistema vigia, adiciona amigos dos amigos de nosso amigo, descarta a torto e a direito laços de solidariedade e bondade, e este movimento de insatisfação,surprêsas e descobertas, torna-se anti natural podendo causar hoje em dia problemas psicológicos sem precedentes. 


 9.É a vida moderna,com seus avanços surpreendentes,com seus tentáculos seduzindo por meio do consumo desmedido as novas platéias, ansiosas de novidades, que não dão uma chance para si e o semelhante, que deixam escapar de suas mãos a chave da felicidade: a realidade simples e prazerosa e oh dó, se lançam vorazes dia e noite na ciranda do mundo virtual. 


 10. Vira mundo, mexe letras,o importante é se manter lúcido,olhar nos olhos do irmão próximo fisicamente e entabular com ele uma prosa gostosa e sem interesses outros a não ser  a amizade pela amizade e sintonia mútuas.


 11. Que tal experimentar o processo, dê um  tempo para  conversar com os versos, afiar a caneta da inspiração, caminhar ao contrário da moda clicada e ter alma do mundo na palma de suas mãos. O resto é ambição, querer aparecer, acanhar a ocasião de sentir o verdadeiro perfume da existência, espantar os amigos felizes e adquirir uma nóia sem perdão

 12. O canal direto da felicidade não sintoniza a máquina que escraviza, mas outro meio, o da praxe universal do bom carácter, dos sonhos sonhados, da prosa à mesa, da repartição do pão, no conjunto trazendo muita e muita satisfação pessoal, vida simples e leveza de intenção. Até lá irmão.

 13. Dado o montante de novidades, ferramentas, links, urls, tudo à mão, a voz do coração encontra-se abafada, mas a onda é passageira, articial, sua teias não conseguirão prender indefinidamente os sonhos do mundo bom, as certezas empíricas de renovação. O sistema um dia vai cair, encontrar-se-á à deriva e ainda restará à alma do mundo uma tábua para salvar sua identidade pessoal. 

 14. O sentido último da existência inexoravelmente bate às portas de cada um, não tem como fugir para canto algum, o jeito é conviver com esta realidade e procurar tornar-se seu aliado na jornada, entendê-lo a fundo requer-se desprendimento, se você se tornar um santo talvez consiga um pouco mais de compreensão, dizem que os poetas também usufruem de suas benesses, o fato que a sabedoria consiste em viver minuto por minuto tendo sempre em vista a fugacidade da vida passageira.

 Helder Tadeu Chaia Alvim

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Equalizando

Equalizando

1. Os nobéis recentes da Física,  Saul Perlmutter, Brian P. Schimidt e Adam G. Riess,três astrônomos da maior competência arrebanharam merecidamente o prêmio da Real Academia Sueca de Ciências com a tese  do universo em expansão.

2. Realmente é fabulosa a descoberta 'acelerada' que a meu ver não contraria a teoria que o universo é finito e se expande no espaço delimitado pelo Criador e traz mistérios que a mente ainda não ousou conhecer, e que é dado a ela, por mais inteligente que seja, em conta gotas dado a sua limitação face a  grandeza que tem diante dos seus olhos ao perscrutar p. exemplo na lente do telescópio a imensidão sideral. 

3. "O Gran Telescópio Canarias ( GTC ) está a um passo da "primeira luz" e vai observar a estrela Polaris- Créditos à Folha.com /BBC Brasil/ Cláudia Gurfinkel, da BBC em Madri.

4.  A situação do planeta terra, inserido na via láctea, é preocupante ao extremo dado o alto teor de poluição que os homens despejam no seu seio e na sua atmosfera provocando o aquecimento, hoje sem precedentes na história e que se não houver algo salvador a vaca vai literalmente para o brejo de enxofre, respirar o dióxido até a morte da última planta, do último ser vivente.

5. Poderá ocorrer em um futuro remoto, se ações sérias não forem praticadas em escala global, que o seu zelador chamado homem ocasione sua completa extinção.

6. O universo puro saído das mãos e Deus tem seu ritmo e evolução próprios,tudo na medida certa, no tempo prescrito com sabedoria e retidão. Ora contrariar esta ordem pré estabelecida é complicado e temeroso. Uma interrogação paira no ar, se os outros astros irmãos pudessem emitir uma mensagem inter-galaxiana, qual seria o seu teor? Seria que a terra está entrando na zona de perigo? Uma espécie de alerta apocalíptica ou fenomenalista da auto implosão.

7. Geramos conhecimentos, detemos tecnologias, e permitimos a destruição das  florestas, o The New Work Times dá sinais claros que foram estampados pela Folha de São Paulo em 10/10/2011- Tendências Mundiais - Árvores freiam o aquecimento, mas sentem seus efeitos:"...números precisos deduzidos apenas recentemente mostram que as florestas vêm atrasando o processo de aquecimento global, pelo fato de absorverem mais de um quarto do dióxido de carbono que os homens emitem no ar

8... Mas alguns cientistas temem que, no longo prazo, à medida que o aquecimento acelerar, as próprias árvores  de todo o planeta tornam-se vítimas, em escala maciça, dos vários efeitos das mudanças climáticas, que já são registrados."

9. A matéria é do abalizado Jornalista Justin Gilles, da qual extrai o tópico acima. Vale conferir na íntegra todo o documentário lúcido e contundente,ok! 

10. Enquanto o Universo se expande no seu alongamento perfeito e sincronizado, observado pelos lentes da física quântica , aqui a realidade é de alta tensão  e curtos circuítos homéricos e pavorosos. A fuligem está tomando conta de tudo, enfeiando o planeta e fazendo pouco caso da vida, valorizando o que é descartável e o movimento atual não sustenta a alma de eleição.

Helder Tadeu Chaia Alvim


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Doce Luz

doce luz

1. No espaço exíguo do tempo que corre falta aquele vagar necessário para espalhar tudo de bom que lemos e filtrar nos moldes deste 365 poemas. É o caso do livro do Eclesiastes que menciona o Povo Hebreu, proveniente do Patriarca Abraão, que se tornou por direito o símbolo da fé firme e inabalável, pronto a sacrificar seu filho Isaac ao menor aceno de Deus.

2. Com Abraão dá início a História Santa, que até hoje enche de admiração uns e estupefação outros. Ao acompanhar esta gesta memorável vemos Salomão, o grande rei suceder à David em 970 a.C e se tornar responsável pela organização do reino de Israel e tomar a si a grande tarefa de construir o Templo de Jerusalém.

3. Podemos imaginar os preparativos intensos, os melhores arquitetos envolvidos, o material escolhido a dedo, as grandes pedras trazidas de longe, as bases angulares justa postas e perfeitamente sintonizadas à construção colossal. Podemos aquilatar o movimento daquela época gloriosa, as notícias que deram o que falar, de um rei sábio e santo, justo e moderador, altamente cônscio de suas responsabilidades reais, religiosas e audaciosas em prol de seu povo eleito e de seu Deus maravilhoso.

4. Um dia Jerusalém amanheceu diferente, ao ar seco deu lugar uma brisa suave, as redondezas da cidade se viram de uma cor de tonalidade púrpura e dourada, e logo a notícia inusitada se espalhou pelas cercanias de Anetote, Jericó, Betel e Hebron, e a notícia chegou a Jope, Tiro até ao extremo de Sidon.

5. Sim, a rainha de Sabá viera de longe e estava na Cidade Santa com numeroso séquito, pagens, ministros, soldados da sua guarda pessoal, servos e servas, camelos e uma quantidade de presentes para o Templo e seu construtor e idealizador máximo: o rei Salomão.

6. Ouvira falar do homem mais sábio do seu século, um profeta ungido, um rei piedoso a serviço do verdadeiro Deus e o que ela mais queria era ouvi-lo para encher sua alma de unção, para posteriormente também seguir o governo do seu povo com equidade e justiça.

7. Viera de terras longínquas, atravessara desertos, enfrentara salteadores sagazes e finalmente estava entre as muralhas daquela cidade que era a mais santa de todas e estaria predestinada para tornar-se o palco sangrento do cordeiro divino, um milênio à frente.

8. O Rei Salomão aquiesceu o seu pedido e começou seu canto diáfano e esplendoroso que ecoou até ao alto das torres de Jerusalém, repicou em suas muralhas e espalhou pelos horto de Getsemani , pelo Gólgota até a vizinha Bethelem:

9. "Doce é a luz e é um deleite para os olhos ver o sol. Por mais numerosos que sejam os anos, regozija-se o homem em todos eles, mas deve pensar nos dias obscuros que serão numerosos. Tudo o que acontece é vaidade."

10. E continua na plenitude de seus dias, aconselhando no tom místico de sua voz : " Jovem, rejubila-se na tua adolescência, e enquanto ainda és jovem, entrega teu coração à alegria. Anda nos caminhos de teu coração e segundo os olhares de teus olhos, mas fica sabendo que de tudo Deus vai ter fazer prestar conta."

11. E vai num crescente revelando a verdadeira essência da existência humana com uma psicologia  divina admirável, ouçamos: " Exclui a tristeza de teu coração, poupa o sofrimento ao teu corpo, porque a juventude e a adolescência são vaidade,

12. Mas lembra-te de teu criador nos dias de tua juventude, antes que venha os maus dias e que apareçam os anos dos quais dirá: não sinto prazer neles, antes que se escureçam o sol, a luz, a lua  e as estrelas, e que à chuva sucedam as nuvens, os anos nos quais tremam os guardas da casa, nas quais se curvam os robustos e parem de moer os moleiros pouco numerosos,

13. Nos quais se escureçam aqueles que olham pelas janelas, nos quais se fechem para a rua os dois batentes da porta, nos quais se enfraqueça o ruido dos moinhos, nos quais os homens se levantam ao canto do passarinho, nos quais se extinga o som da voz.

14. Nos quais se temem as subidas, nos quais se terão sobressaltos no caminho, nos quais a amendoeira branqueie, nos quais o gafanhoto engorda, nos quais a alcaparra perde sua eficácia.

15. E  conclui: Porque o homem se encaminha para a morada eterna e os carpidores percorrem as ruas, antes que se rompa o cordão de prata, que se despedace a lâmpada de ouro, antes que se quebre a bilha na fonte, e que se fenda a roldana sobre a cisterna.

16. Antes que a poesia retorne à terra para se tornar o que era;e antes que o sopro de vida  retorne a Deus que o deu. Vaidade das vaidades! diz o Eclesiastes, tudo é vaidade!"
- créditos: Eclesiastes cap. 11- vers. 7-10 e cap.12 vers. 1 a 8 -

17. Gente sensata, hoje em dia a movimentação apresenta-se á soleira acanhada do planeta  e tudo indica os empoados dirigentes da terra dos homens perderam completamente a noção do bem comum maior inerente a todos, a tal ponto que a mãe natureza ressente de suas ações deletérias e o botão de Reset a qualquer momento poderá ser acionado... 

18. A única certeza certa é que Deus existe e as profecias arcanas pairam no ar: ' ... suas crianças destronarão reis...'

Helder Tadeu Chaia Alvim

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O tique-taque


O tique-taque
1. E nas circunstâncias recentes das fábulas brasileiras se o saudoso Torquato Alvim vivo fosse estaria chateado e na melhor das hipóteses soltando fogo pelas ventas, Deus o tenha! Explico-me e não vai aqui nenhuma acusação pessoal contra a instituição do Estado Brasileiro, suas leis e normas consuetudinárias e sim do abuso que alguns fazem da máquina estatal, ora desviando verbas, ora enriquecendo ilicitamente, tendo em vista processos e mais processos que tramitam nas repartições federais apurando as denuncias e muito lentamente punindo os culpados.

2. 'A nação brasileira deita e acorda sobressaltada e se arrepende em determinados momentos, com lágrimas , por ter parido títeres malditos que se multiplicam a cada revoada de primavera,' me confidenciou outrora entre um intervalo e outro de um comício eleitoral na localidade de Paraiso do Tobias uns dos últimos barões do mato autênticos que conheci.

3. E ele tinha razão e sua fala transportada para o nosso tempo encaixa como luva à realidade que corre. Vemos verbas desperdiçadas, falta de pão à mesa sofrega, talentos não aproveitados,projetos no papel esquecidos, nepotismos, favorecimentos, informações privilegiadas, corporativismos a luz do dia, negociatas escusas na calada da noite, dinheiros embolsados na cara dura. Muitos perderam a noção da ética, da moral , da lhaneza no trato das coisas públicas e virou um balaio de gato, de um boi surgiram milhares deles a mamar nas tetas da pátria canarinha.

4. Sai dessa, nação altaneira, você não precisa disso, seus filhos estão cansados de mendigar migalhas ao rico epulão, suas mãos estão amordaçadas soturnamente por aqueles que tem as chaves da liberdade democrática. 

5. Acorda mãe plácida, de seu sonho gentil, pois vivemos pesadelos e estamos encapuzados para não ver a real situação que a todos envolve na cortina de fumaça tóxica.

6. Quando irá cumprir a promessa e iluminar o seu céu de anil com a claridade de políticos de verdade que engrandeçam seu solo promissor, que acolham a diversidade, que anseiem pela concórdia, que almejem o bem estar da mesa, o verde das suas florestas, a correnteza solta de seus rios, a velocidade de suas capitais, a fôrça produtiva de seu interior, a beleza de suas canções, a poesia de sua monções.

7. Sem ilusões presentes, inconformes, a multidão dos irmãos brasileiros erguem seus braços em forma de protesto pacífico e cobram dos seus dirigentes ações exatas que ponham termo esta situação de vergonha nacional. "Quousque tandem abutere catilina patientia nostra" com o patrício romano o senador Cicero, ouvimos o coro de milhões de vozes repetir com indignação: até quando os catilinas modernos abusarão de nossa paciência? 

8. E o tique-taque das fábulas brasileiras continua e continua a contar a cada minuto as doidices insanas a condenar a galera  a remar indefinidamente ao léu, um tique-taque às avessas de nossa constituição, nossas raízes culturais, nossa fé em Deus, um tique taque sombrio, na contramão de sua vocação de grandeza colossal. Até quando?

9. O papel escapa das mãos, a caneta se nega a anotar a noite infeliz que desceu sobre  a nação brasil, uma noite fria, vazia de sentido. E nela a rima continua, fazendo eco as lamentações verídicas, tentando mudar com os irmãos a situação deste universo em versos.


10. Você que me acessa, ajude-nos a restaurar a moldura, retocar os contornos, e atilar uma pintura totalmente nova para fazer nascer um futuro de ... me ajude a concluir, mesmo que não seja de nacionalidade brasileira, mas esteja consoante com o mundo bom das certezas de Deus. 


11. Você camarada irmão que me acessa de outro país, quiça continente, que não fala a minha língua, mas vibra com estes 365 poemas ( estamos quase lá...) você que deseja na sua totalidade que a essência de cada indivíduo no conjunto global seja feliz!


12. É assim que vamos caminhar no futuro, pois a natureza tem sede da harmonia, de paz, de avanços que realizem o âmago de seus sonhos do bem geral que foram perdidos nas noites de pesadelos atuais.


Helder Tadeu Chaia Alvim

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O terceiro tempo

O terceiro tempo
1.Analisando as notícias dos jornais e noticiários televisivos, vemos as enxurradas de decepções que jorram da  política brasileira, a gente fica pasmo, indignado, revoltado, envergonhado com o fazer de alguns setores, a impunidade que crassa, quando não demora a apuração dos fatos e prescrição dos mesmos quando apurados e julgados. Tudo demora muito e se estende em negociatas do outro mundo.

2. O Brasil está perdendo o fio condutor de sua história, e a implosão parte de mãos que deveriam alavancar o progresso genuíno e colocar o país em igualdade de condições na soberania que lhe é devida. Não é o que acontece. E mais uma vez o povo queda amuado e pergunta: Porque? Para que? Qual a razão de tamanha corrupção, desvio e delapidação do  dinheiro público?

3. A que propósitos servem tais ações ilícitas? E vamos perguntando e não colhendo as respostas devidas. A máquina governamental é grande demais e engorda bolsos particulares e assim por diante numa história sem fim do passado, presente e as mãos estão constantemente se perfumando das verbas públicas, de cargos e benesses sem fim e se não houver um movimento ético urgente o futuro não se apresentará  diferente.

4. Verbas vão, verbas vem e o povo pacato perde as esperanças de um Brasil ideal, justo, soberano e viável para a maioria com oportunidades iguais, dado a competência e esfôrço de cada um brasileiro. A política séria é de importância vital para nosso país que nasceu à sombra da cruz de Cristo e se orgulha de seus símbolos sagrados e civis, de sua bandeira, de suas riquezas naturais, morais, de sua extensão continental, do calor humano sem igual de sua raça miscigenada e cônscia de sua diversidade cultural.

5. A política e todos que compõem seus quadros, eleitos pela vontade popular, deveriam ter a honra democrática de fazer vingar o progresso e o bem estar para todos e garantir na cadeira da história um lugar de destaque fazendo jus a confiança neles depositada. 

6. No colégio apostólico temos notícias da traição deicida levada a cabo por Iscariotes, e ao longo da história humana percebemos que outros seguem a profissão nefasta de garantir para si e aos seus o bocado que  pertence a maioria.

7. Resta-nos apelar para o tribunal divino, ele existe mesmo, não falha, perscruta os rins e as ações humanas e nada escapa de sua ponderação, ele ajuíza no tempo certo e promulga e os as anjos cumprem à risca as decisões. Quem vive na abjeção contra o erário público parece desconhecer completamente esta outra realidade que pode colher cada um de nós na curva inesperada da estrada da vida.

8. Muitos desconhecem esta verdade plena e cristalina e arriscam em continuar na maldade deliberada, justificando seus meios escusos a favor de fins ilícitos. Que estupidez tamanha, poderiam ser as mãos da restauração e do desenvolvimento, usando de seu poder e prestígio, que aplicados convenientemente,  fariam o amanhecer do povo brasileiro feliz e suas consciências merecedoras dos aplausos gerais.

9. E no imenso banco de dados de Deus, nossos sonhos são conhecidos, virgulas e pontos também, ele conhece nosso tempo, articula planos divinos emergenciais, que vingarão na época certa. Existe um tempo para semear, outro para colher, outro para morrer. Todos vão um dia passar para o terceiro, que poderá ser triste ou glorioso dependendo das duas performances anteriores, escolhas são escolhas e Deus leva isto muito a sério. Boa sorte para nós!!!

Helder Tadeu Chaia Alvim

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

destinos em curso?

Destinos em curso!
1. Sou um poeta da antiga, já percorri muito chão, já tive vida folgada montada no meu alazão, já presenciei muitos amanheceres, cantos do sabiá laranjeira, corridas da seriema ruidosa, galopar do vento norte, fortes emoções, sensações as mais diversas possíveis ao atingir o cume da serra da baleia, ouvi os causos daquela gente simples, arruei o café no terreirão de pedra, candiei muito boi nos dias chuvosos, brinquei a valer com soldadinhos de chumbo no alpendre, acompanhei as procissões no maio florido, chorei um ente querido que a picada da cobra vitimou, vi as cruzes à beira da estrada em memória de ' acidentes' ou emboscadas.

2. Vivi o bastante e pude perceber que às vezes o ouro torna-se fuligem, as vertigens assombram a mente humana que quer abarcar tudo e se consome em manhãs não abençoadas, que nem sequer podem respirar o hálito puro do orvalho originário.

3. - Será?  Sim o é de verdade, vivenciei situações diversas, envelheci às pressas, sem ter sorvido o sabor que me era deveras, errei muito, acertei pouco, me iludi acerca de muitas questões, não pratiquei o aprendido no banco materno das lições. A vida passou rápido, com tons suaves, no tropel arriscado de noites indormidas, e pela graça do bom Deus estou aqui escrevendo para espairecer, tentando, talvez em vão recuperar o tempo perdido no feitio de Nelson Ned e recomeçando tudo de novo. À moda da Fênix pretendo renascer a cada dia com sangue novo, a meu jeito na voz dos poetas esparsos de meu povo.

4. Me foi concedido um tempo novo e recuperar a essência perdida será um desafio que compartilho consigo amigo on line que tem paciência e ouve calmamente o que digo. Por isso pretendo redirecionar a bússola consertada para outros horizontes, abstraindo este tempo tremendo de desencontros e danação. Como canta o poeta meu irmão José Chaia, já não canto o canto amargo, já não vivo a solidão, quem não viu que venha provar da beleza pura desta vida, se a vida é para viver, vou viver então a vida....

5. E continua: o vento que vem do norte sopra forte no sertão traz a sorte ou traz a morte ou então só ilusão. Não há força maior que tristeza, ela embeleza a vida e traz alguma redenção devido aos maus momentos de ações nada louváveis nossas, que fizeram Cristo verter sangue e a virgem chorar lágrimas de piedade.

6. Neste tempo novo que adotei, vou anotar toda sua extensa versão, sem omitir espinhos vou procurar rosas do coração, redirecionar o leme para horizontes límpidos, espelhando o Cristo e sua eterna monção, quem diz que não dá para ser moderno e trazer a essência divina para o convívio atual desconhece os bravos feitos dos santos de escol, que sorveram a seiva sagrada e se antenaram no movimento material, usufruindo à conta gotas para não manchar de pecado seu leito nupcial.

7. Sete é conta de mentiroso, não sou supersticioso por isso vou comentar que estou no poema de número 294 faltando 71 para os 365 dias agourados. Até o momento o Mecenas não apareceu, sei que surgirá na curva de um caminho não anunciado e fará, com a graça de Deus, que estes versos simples conheçam a alegria de se verem estampados nas páginas retilíneas de um livro longamente suspirado. Quando isto sói acontecer vou pedir a ele para intitular este sem título que por hora está a esperar. ou destinos em curso?

8. Poesia não tem tempo de validade, trabalha com material não perecível e na sua sensibilidade "capta as dores de seu tempo" e os momentos bons e promissores. Deixa a cargo dos sensacionalistas o ibope pretendido, ou para variar vão correndo assistir a novela para não pensarem na alma, na calma do espírito e vão se iludindo, enquanto o fogo consome o pavio.

9. Do lado de cá destas rimas mínimas, vamos observando o vento que balança a rosa, " a rosa cor de rosa, rosa flor, rosa amor." A rosa por excelência que tem sonhos mimados, a rosa que preenche as manhãs e enlouquece as noites tremendas incertas, que oferece o pólen revigorante e perfuma abençoando mãos inconformes com os destinos em curso.

Helder Tadeu Chaia Alvim





O vale costura e o atalho caro

O vale costura e o atalho caro

1. Melhores,piores, e outros mais e o assunto não acaba nunca, quando embasado na liberdade poética, quando se vai escrevendo aproveitando o feriado nacional dedicado à Virgem Negra de Aparecida, uma joia preciosa que temos e guardamos com emoção em seu santuário e no coração do povo brasileiro.

2. Mãe, como é bom tê-la por perto, sentir o seu calor completo, já ouvi muitas vezes que só quem ama de verdade a gente nesta vida é nossa mãe e concordo plenamente, e Cristo Jesus escolheu para si a melhor mãe do mundo, a mais santa, a mais pura, a sempre Virgem Maria, e tudo que desdenha o seu carinho é danação e enganação do maligno, visse! 

3. Arrisco a dizer sem perigo de errar que tudo que se afasta de seu sorriso torna-se um vale costura sem lastro no tesouro eterno, um atalho caro que leva direto para a direção do vento contrário, uma rota alternada para o abismo sem volta de fato.

4. Quem avisou amigo foi, vamos aproveitar o feriado do Brasil e homenagear a Patrona Maior, Aparecida do Bem, Aquela em que Deus um dia na história bíblica depositou seu olhar e sua complacência e Ela aderiu com o grande sim salvífico e a obra redentora foi levada ao extremo do amor por causa dos homens.

5. Os piores dias a humanidade está atravessando, quase sem leme, mas o melhor está por vir segundo as profecias de Fátima e outras mais, que seria longo enumerar, mas sabemos que precisaremos de fôlego para aguentar a longa travessia, por isso é inteligente e cauteloso de nossa parte estarmos ligados Àquela que detém o destino e a curva da história em suas mãos como prêmio de sua fidelidade e adoração a Deus imortal, Uno e Trino.

6. Meus amigos e leitores, rimar é uma forma de amar... Por isso dedico estas linhas à Virgem Negra de Aparecida, a qual sou devoto desde a tenra idade pelas mãos e preces de minha querida e saudosa mãe Geralda. Que Ela me conceda o obsequio da continuidade e que estas rimas mínimas ouçam sempre a voz do coração e nunca se afastem de seu refrão, que façam ecoar cada vez mais e mais versos de amor ao irmão.

7. Se lhe forem concedidas uma idade estendida, pretendem exaurir suas fôrças na simplicidade a serviço do semelhante e anotar que as dores de Cristo, o poeta e vate Maior não foram derramadas em vão, se perdidas hoje, amanhã na curva da estrada conduzirão as ovelhas ao aprisco de doçura e paz.

Helder Tadeu Chaia Alvim

Dia Nacional da Virgem Negra

Dia Nacional da Virgem Negra
1. Não entendo porque se permite a exploração do ouro mineral nos rios brasileiros, não entendo as pretensões do poder, não entendo porque o rio Tietê está ainda com altos níveis de poluição, não entendo os montões de garrafas pets à deriva, as sacolas de plásticos em mãos que poderiam portar embornais de pano.

2. Não entendo a ambição desmedida, o consumo descontrolado, a violência dizimando a inocência das crianças, o alcance pernicioso da idade madura, o descaso e a descrença da idade longeva, o discurso vazio, a volta aos erros do passado, o escárnio contra as leis naturais e divinas, a vontade de contrariar a ordem estabelecida.

3. Não entendo a persistência do combustível fóssil, a violência contra os extrativistas, a não aderência à outros tipos de propulsão, a corrupção daqueles que deveriam zelar pelo bem comum da nação brasileira, o encolhimento de vistas a respeito do planeta verdadeiramente sustentável.

4. E o não entendimento abrange todas as camadas da ação humana, para que tanta correria em vão? Tanta ostentação, tanta bravata, tantas gravatas à serviço de causas inócuas ao povo de bom coração.

5. Não entendo tantas coisas, e olhando  de soslaio percebo que a finitude espreita a todos, que somos mortais, e o fim que nos espera  é igualzinho, não poupa cabeças coroadas, contas polpudas, magreza de posses, que ao cabo de um tempo relativamente curto, somos esquecidos  na tumba fria e arriscamos deixar à alma as consequências de alguma ou inúmeras imperícias que lhe acarretarão um fogo eterno em companhia da corriola de anjos decaídos.

6. Entendo a fôrça do sorriso, o abraço de união, o poder da prece, a palavra de alento, a ação que propulsiona a solidariedade, a mão que afaga a adversidade, minora os males da humanidade, a capacidade de amar o próximo a ponto de preservar o planeta, a largueza de vistas que neutraliza guerras e canhões.

7. Entendo uma porção de coisas, as canções dos que semeiam o bem, a junção em prol do semelhante, a dedicação dos médicos e profissionais de saúde, as pesquisas dos cientistas, os avanços inquestionáveis da engenharia quântica, a política que organiza as ações limpas.

8. O sacerdote, imbuído do espírito santo, que espelha sua fé a serviço do Cristo Eucarístico, à Devoçao à Virgem Negra, esperança de um mundo melhor, justo e que trilhe os mandamentos do gólgota salvífico. Entendo e louvo aqueles que depuseram e silenciaram as armas de destruição em massa, àqueles que gastam seus dias no louvor e prece desfiando o terço da santa.

9. Entendo a fartura de grãos, a retidão da mente sadia, a sanha bela dos heróis anônimos, o belo gesto que saca as necessidades do espírito inquieto, a sustentabilidade sem máscaras e maquiagens.

10. A certeza que a última viagem de cada um deve ser tranquila, compenetrada e que do outro lado, a visão beatífica se torne uma realidade obsequiada. 

11. Entendo a abnegação e o esfôrço dos que vivem na essência, garimpando o mundo bom, o tom afinado que suplanta as discrepâncias, que espanta a intolerância, que exorciza a discriminação.

12. Entendo  os luares da poesia que iluminam os terreiros da raça humana, a chama que fumega e reserva em sua vitalidade as surpresas que alavancarão uma era nova e inusitada a todos os marginalizados da história, aos novos lázaros modernos.

13. Entendo que a hora bendita vai raiar, procrastinada pelos arcanos, uma questão do tempo soberano, que resgata o bom, freia as paixões, nivela os poderosos, e sacia a fome de justiça que emana daquele a quem os ventos e as tempestades obedessem serenamente.

Helder Tadeu Chaia Alvim

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Dias tristes para o sabiá-larangeira

 1. Os pássaros também tem seus dias ruins, como se não bastasse o movimento verticalizando São Paulo há décadas numa voracidade que cresceu no último lustro com a explosão imobiliária. O ser humano passou a cantar seu canto quase enjaulado, quer na busca de segurança, bem estar e a vontade de 'morar bem', quer pelas facilidades de financiamento, o crescimento demográfico exigiu redesenhar o mapa da cidade gigante e 'crescer para cima' tornou-se uma ideia fixa, um marketing elaborado e um negócio altamente rentável para as incorporadoras e empresas envolvidas.

2. A tara da balança descompensou outra parte, o habitat dos pássaros, principalmente  do  sábia-laranjeira se viu ameaçado. É a pura e cristalina verdade no meio da urbe fuligem, e o assunto não são rimas para enternecer a melancolia que deriva de seu canto melodioso nas tardes de primavera, nas preocupações que acompanham os paulistanos atarefados e apressados para chegar em casa a tempo de assistir a novela das oito.

3. A realidade triste que envolve como uma cortina espessa e intransponível  a vida do sabiá-laranjeira chegou mais depressa que podíamos imaginar. Leiam a matéria do Diário do Comércio - 5/10/2011, de Valdir Sanches e comece a plantar árvores que atraiam os pássaros canoros: "Somos a cidade que abriga o maior número de sabiás em todo o planeta. Porém, esse título pode ser perdido em pouco tempo por causa da falta de árvores nas ruas e casas que atraiam os pássaros, como as frutíferas.". Ele com muita propriedade e precisão cita o ornitólogo Johan Dalgas  Frisch , autoridade no assunto. "Mais sobre sabiás em www.dcomércio.com.br." informa o jornal.

4. Há muito que bato na tecla que acabou o sertão amado, com seus estribos de prata, sua pinguelas,suas vertentes e pirambeiras, suas noites iluminadas pelo céu estrelado. Tudo isto existiu sim um dia e o progresso destruiu, quando chegou apressado na boleia do caminhão à diesel, trazendo a moto serra e a noticia de uma era iluminada pela luz artificial.

5. Mas chegar ao ponto de banir o sabiá da maior Metrópole da América Latina é preocupante e significa muita coisa, muita perda de valores a favor de um progresso mal ajambrado e fora de jeito. Aportei em São Paulo, eu e milhões de brasileiros, oriundos do interior de outros estados da federação e pouco a pouco fomos absorvidos pelos conceitos citadinos e perdemos quase por completo as raízes de nossas origens.

6. O canto do sabiá representa e encarna todos os dias esta história e um pouco de alegria amealhada aqui no solo das oportunidades alvissareiras, mas dos cortes profundos que sangra a alma inteira.

7. Tudo acaba, como acabou um dia o sertão e suas histórias de perder o fôlego, a vida passa como os ventos lá para as bandas da Pirineus adorada, no entanto depende de cada um passá-la no bem e preservando os símbolos ou amontar espinhos para a hora da travessia ignorada.

8. A vida não é só trabalho, há momentos que são sagrados, a Família, a Missa Dominical, o dia da Padroeira Nossa Senhora. Aparecida,  Natal, 6ª feira Santa e também o Canto do Sabiá, a realidade atual atravanca os vôos da inocência e a tendência é a demência coletiva.

9. Espero que este dia nunca chegue e que a amplidão da era antiga, ainda consiga fazer reviver em nossos corações a necessidade vital do canto do sabiá, as ternuras da vocação brasileira, relegando as impurezas ao ralo da história, lá que é seu lugar. Deus salve o sabiá!

10. A robótica suplantando o ser... o sertão não existe mais... o sabiá resiste cantando para recordar aos seus irmãos homens um destino que virá nas asas do vento norte e soprará forte, mesmo à revelia dos que são contra  o canto auspicioso do sabiá laranjeira.

Helder Tadeu Chaia Alvim

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O recogita, a jornalista arguta, a marginal zimbória e o refrão alquequengue

1. Não é segredo para ninguém que sou poeta, que minha profissão é uma das mais antigas,que já compartilhou odes com virgílio, gregos e fenícios desde o início de sua jornada, esteve no coliseu romano com Inácio de Antioquia, percorreu o novo mundo, padeceu nos porões imundos de navios arrebatados da mãe África. Veja a tese completa neste blog: o concreto e o abstrato sob o signo da poesia.

2. Ela é altamente consciente e obsequiosa e recompensa bem quem se dedica à função de rimar - o que é uma forma de amar - a seu jeito traz aos seus comandados dias alegres, muitos, tardes alvissareiras de  melancolia serena, noites tremendas de incertezas. Ela trabalha com material não perecível: a inspiração. 

3. Aliás, seu olhar realça o mundo bom, aguça a averiguação, torna-se quase intocável, priva com os anjos longa esgrima e a realidade material à sua volta a tortura e consome suas fôrças alhures.

4. Ás vezes ela impulsiona a caneta a deslizar lentamente no papel e do nada retrata em versos singelos, mas aguçados, a contramão vindo em velocidade descontrolada. Ela se mune de precaução, isenta-se das críticas, para um instante,reflete à margem do tempo e aguarda pacientemente o passar dos tropéis apressados dos entes desalmados.

5. Ou numa manobra rápida e precisa na garupa do vento da precisão, redireciona suas ações para paragens mais seguras e serenas. E lá plena de si cogita outras andanças, outras noites cheias de significados para os seus sonhos sonhados.

6. O poeta, a serviço desta causada sem prazo de vencimento quer escrever, quer gastar a tinta, consumir o verbo até mais não poder,mas pobre coitado tem a impressão que ninguém lê com gosto ou mesmo com senso crítico,o que leva horas para escrever. Só ele,um misto  à brasileira de parnasiano convicto e concretista assumido e a Ágora de seus poucos amigos. E percebe que o espaço do poema torna-se exíguo demais, a correria emperra as moções solidárias, a economia aperta as contas citadinas, a crise avoluma problemas insolúveis para    o esfôrço mortal de muitos. 

7. Foi assim que me ausentei de uma notícia alarmante que vai quebrar o pouco de poesia verde que possuímos na marginal, ou seja Regiane Soares Von Atzingen alerta altissonante:

 >" Árvores 'finas' tentam sobreviver na marginal" - Diário de São Paulo 13/05/2001/"Ambientalista acredita que vai demorar 20 anos para que as mudas plantadas fiquem iguais às que foram retiradas. Secretaria do Verde diz que 30% tiveram de ser trocadas pois pareciam mortas."

8. Muito bem, jornalista arguta e seu jornal também e sinto um puxão e vou procurar anexar meu refrão alquequengue em defesa do verde do meio e de todo o ambiente, pensando lá na frente, se não pudermos mais respirar, o dióxido presente, a temperatura alta, vamos chorar, não nas sombras das árvores protetoras, mas nos descampados de uma situação sem volta.

9. 'Cemitério de árvores, chora o chão, choram os pássaros, chora  o  tempo  e  não  é  para  menos,

10. Marginal Tietê, de fluxo contínuo, de engarrafamentos constantes, de trânsito lento, o terminal que traz sonhos, leva tristezas, bem perto na via expressa árvores encontram-se em seu leito terminal.

11. Tanta tese, tanto conhecimento, tantos recursos, da maior mãe metrópole, ás vezes madrasta se apresenta, não por ela, mas no âmago de suas contradições indigestas,

12. Está perdendo o que era antes em nome do progresso, prega pregos nas construções verticalizadas, amplia sua malha rodoviária, esquece das copas verdes de sua cabeça outrora coroada e desterra impiedosamente seu símbolo vivaz: o sabiá laranjeira, que nenhum mal faz,

13. A grande urbe equivocada, está crescendo inescrupulosamente e qual rabo de cavalo toca o chão cuspindo no rosto de sua  sombra verde,

14. Até você, capital amada, das definições extremadas, de gente estudada, a cidade preparada; socorro, estamos morrendo marginalizados. 

15. Alguma fôrça desconhecida pousou aqui e está sugando nossa inteligência, nossas árvores, nossos  caules, nossas folhas, nossa seiva, nossos  sabiás, nosso ciclistas, nossa poesia, enfim nosso sangue verde e sobretudo nossa capacidade de resistir.

Helder Tadeu Chaia Alvim



quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Steve Jobs, o homem total

1. Interrompi as considerações sobre o Eclesiastes, para deixar meus pêsames sentidos à  família Apple pela perda de Steve Jobs. O motivo que considero altamente louvável de sua vida, foi lá atrás, jovem ainda vislumbrar um conceito ousado de comunicação pessoal e por mão à massa e abalar  o mundo da tecnologia, dizendo, fazendo e provando ser possível democratizá-la, dando oportunidades a preço justo e encaminhando à mão de milhões de usuários os avanços de última geração.

2. Foi imbatível até que a morte o colheu aos 56 anos. Viveu a totalidade de seus dias voltado para seus projetos, esteve à frente de sua empresa Apple por décadas, sempre buscando, sempre inovando. A cada lançamento ele vibrava, a cada novo desafio ele arregaçava as mangas e ia otimista em buscas de seus objetivos. Como todo bom americano, um homem de sonhos, de realizações, com um faro tecnológico apurado, ia, pesquisava, encontrava soluções práticas e gostava de compartilhar com o mundo os avanços inevitáveis da era nano tecnológica.

3. O fato de estar hoje escrevendo sobre este assunto foi obra de Steve Jobs, pois ele proporcionou um acesso sem limites e em igual condição para todos. Este é o ponto principal de sua trajetória indômita, compartilhamento de ferramentas à nível global sem restrições, respeitando as leis reguladoras de cada país. A admiração pela Apple é mundialmente notória entre seus inúmeros produtos, que visam a funcionalidade a cultura e a interação entre máquina e o  ser humano: iMac, iPhone, iPad, iPod,  iTune, iLife, Apple I, Apple Lisa, Macintosh, Mac Mini, Macbook Air,  e o navegador Safari. iPod( leitor de música com alta capacidade) PowerBook G4  e o Mac com o Boot Camp, entre uma grade impressionante de tantas novidades, que seria longo enumerar.

4. Não é à toa que colheu as homenagens póstumas dos quatro cantos do mundo, cada um a seu modo procurou oferecer-lhe um último adeus e tudo se tornou válido quando o coração ditou comportamentos e enlaces de paz proclamando a filosofia de vida de Steve Jobs. Na verdade todo ser humano traz um pouco de Steve Jobs dentro de si.

5. Daí a razão desta mensagem enlutada, mas porque não de esperança ao feitio daquele que trabalhou, acreditou em seu sonho até o último segundo de sua existência na terra. Se a inteligência de Steve Jobs, sempre palmilhou a trilha do bem, sua alma hoje desfruta dos anseios espirituais, que Deus reserva àqueles que passam a breve jornada aqui fazendo o bem. "Vita non tolitur, sed mutatur."


6.  Caro e saudoso Steve Jobs, agora posso falar-lhe e deixar de lado o bluetooth e afins, pois seu espírito não tem mais mister das alavancas que tanto buscou e estas rimas almejam alcançar a estratosfera  de incomensuráveis medidas etéreas.


7. Posto isto, vê- lá, amigo que vai passar a eternidade entre os clarins de outra definição, aqui na terra das conexões você desenvolveu seus dotes ao extremo de sua fôrça empreendedora, tocou as raias do quase impossível em matéria de comunicação, visualizou muitas realidades, saiu na frente e possibilitou ao planeta avanços inimagináveis no que tange aos nióbios quânticos da nano tecnologia. 


8. Batalhou perseguindo sem tréguas um ponto no horizonte que alcançado partia intrépido nas buscas de outras visões, que realizadas, punha-se novamente na estrada e arrancava um oh! de entusiasmo da platéia planetária a cada nova invenção realizada e anunciada na sede   da Apple em Cupertino, California -USA.


9. Agora recebeu o prêmio da vitória, pois ao partir, sem dúvida deixou o mundo melhor graças às suas intervenções. Este blogger e seu autor mínimo fazem votos que a luz de Steve nunca se apague no firmamento da Apple e que a nova era da ciência da computação, o cinema de animação e a musica digital impulsionada por ele seja um marco para o futuro que está às portas com exigências, transformações e desafios mastodontes, numa equação bem difícil de solucionar, mas não impossível: crescer sem ferir o planeta terra.

Helder Tadeu Chaia Alvim