DO LIVRO “A VIDA PARA A GLÓRIA DO PAI”

“PEDI E RECEBEREIS”

Os homens julgam que Eu sou o Deus terrível
e que precipito toda a humanidade no inferno. 
Que surpresa, no fim dos tempos,
quando virem tantas almas,
que julgavam perdidas,
usufruir da eterna felicidade,
no meio dos eleitos!
Gostaria que todas as minhas criaturas 
tivessem a convicção que há um Pai
que vela por elas e que gostaria 
de lhes dar mesmo nesta Terra,
uma antecipação da felicidade eterna.
Uma mãe nunca esquece a pequena criatura
que acaba de dar à luz.
Não é ainda mais belo da minha parte
lembrar-Me de todas as criaturas 
que coloco no mundo?
Ora, se a mãe ama este pequeno ser que Eu lhe dei,
Eu o amo mais do que ela porque o criei.
Se uma mãe amasse menos o seu filho 
por causa de algum defeito, Eu,
pelo contrário, amá-lo-ia ainda mais.
Ainda que ela o viesse a esquecer
ou só raramente a pensar nele, 
sobretudo quando a idade 
o subtraísse à sua vigilância,
Eu nunca o esquecerei.
Amo-o sempre, e ainda que ele não mais se lembre de Mim,
seu Pai e seu Criador, 
Eu lembro-me dele e continuo a amá-lo.
Disse-vos mais acima que queria dar-vos mesmo
nesta Terra a felicidade eterna, 
mas vós não compreendestes esta frase. 
Eis o seu significado:
regresso_filho_prodigo
Se Me amais e Me chamais com confiança com o doce Nome de Pai, começais já nesta Terra a viver no amor e na confiança que farão a vossa felicidade na Eternidade e que cantareis no Céu na companhia dos eleitos. Não é isso uma antecipação da felicidade do Céu que durará eternamente?
Desejo, pois, que o homem se recorde muitas vezes que Eu estou onde ele está. Que não poderia viver se Eu não estivesse com ele, vivendo como ele. Apesar da sua incredulidade nunca deixo de estar ao pé dele.
Ah! Como eu desejo ver realizar-se o projeto que vos quero comunicar 
e que é o seguinte: Até agora o homem nunca pensou em dar a Deus, seu Pai, o prazer que vou revelar:
Eu queria ver estabelecer-se, 
uma grande confiança entre o homem 
e o seu Pai dos Céus, um verdadeiro espírito de familiaridade
e de delicadeza para não se abusar da minha grande Bondade.
Eu conheço as vossas necessidades,
os vossos desejos,
e tudo o que tendes em vós. 
Mas como ficaria contente e reconhecido
se vos visse vir ter comigo e
fazer-Me as confidências das vossas necessidades,
como um filho confiante faz com o seu pai! 
Como vos poderia recusar fosse o que fosse,
de menor ou de maior importância,
se Mo pedísseis?
Ainda que não Me vejais,
não Me sentis ao pé de vós através dos acontecimentos?
Como seria meritório para vós,
um dia, o fato de terdes acreditado em Mim
sem Me terdes visto!
Mesmo agora, que Eu estou aqui,
em pessoa, no meio de todos vós,
que vos falo, repetindo-vos sem cessar,
sob todas as formas, que vos amo
e quero ser conhecido,
amado e honrado com um Culto Especial,
vós não Me vedes, 
exceto uma única pessoa,
aquela a quem dito a Mensagem!
Uma única, em toda a Humanidade! 
No entanto, Eu vos falo e 
naquela que Eu vejo e a quem falo,
vejo-vos a vós todos e falo-vos 
a todos e a cada um e amo-vos como se Me vísseis!
Desejo, pois, que os homens Me possam conhecer
e sentir que Eu estou junto de cada um deles!
Lembrai-vos ó homens,
que Eu desejaria ser a esperança da Humanidade
-e não o sou já?
Se Eu não fosse a esperança do homem, 
o homem estaria perdido!
Mas é preciso que Eu seja conhecido como tal,
para que a Paz, a Confiança e o Amor,
entrem no coração dos homens 
e cheguem a pô-los em relação com o seu Pai do Céu e da Terra!
Não penseis que Eu sou aquele terrível velho 
que os homens representam nas suas imagens
e livros. Não, não! Eu não sou nem mais velho,
nem mais novo, que o meu Filho 
e o meu Espírito Santo!
É por isso que Eu gostaria que todos,
desde a criança ao idoso,
Me chamassem pelo nome familiar de Pai e de Amigo,
pois estou sempre convosco,
e de Irmão, pois Me faço semelhante a vós,
para vos ver fazer semelhantes a mim.
Como ficaria contente se visse os pais ensinarem aos seus filhos,
a chamar-Me muitas vezes pelo Nome de Pai,
como Eu o sou! 
Como Eu desejaria ver colocar nessas almas jovens uma confiança,
um amor todo filial para comigo! 
Fiz tudo por vós; não fareis isso por Mim?
Gostaria de Me estabelecer em cada família como num domínio Meu, para que todos pudessem dizer,
com toda a segurança:
“Temos um Pai que é infinitamente Bom, 
imensamente rico e altamente misericordioso.
Ele pensa em nós, está junto de nós, 
ama-nos, observa-nos sustenta-nos,
dar-nos-á tudo o que nos faz falta ,
se Lho pedirmos. Todas as Suas riquezas são nossas,
teremos tudo o que precisamos”.
Eu estou expressamente presente para que Me peçais o que vos faz falta: “Pedi e recebereis”.
Na minha paternal Bondade dar-vos-ei tudo ,
desde que todos saibam considerar-Me como um verdadeiro Pai,
que vive no meio dos seus,
como de fato faço.
Desejo ainda que cada família exponha à vista de todos a Imagem que mais tarde Eu darei a conhecer à minha “filhinha”.
Desejo que todas as famílias se coloquem, 
assim, sob a minha especialíssima proteção,
para Me poderem honrar mais facilmente. 
Junto dela, todos os dias,
a família deverá expor as suas necessidades,
os seus trabalhos, as suas penas,
os seus sofrimentos,
os seus desejos, 
e também as suas alegrias, 
porque um Pai deve conhecer tudo o que diz respeito aos seus filhos.
Claro que Eu o sei, 
mas gosto tanto da simplicidade,
e sei conformar-Me com a vossa condição.
Faço-Me pequeno com os pequenos, 
maduro com os homens de idade madura,
com os velhos torno-Me semelhante a eles,
para que todos compreendam o que lhes quero dizer,
para sua santificação e para minha glória.
Não tendes a prova do que acabo de vos dizer no meu Filho,
que se fez pequeno e fraco como vós? 
Não a tendes ainda agora vendo-Me aqui a falar-vos? 
E para que possais compreender o que vos quero dizer, 
não tomei para vos falar uma pobre criatura como vós?
Não Me faço agora semelhante a vós?
Vede: Pus a minha Coroa aos meus Pés,
o mundo sobre o meu Coração.
Deixei a minha Glória no Céu e vim aqui, 
fazendo-Me todo para todos, 
pobre com os pobres e ricos para com os ricos.