quinta-feira, 30 de junho de 2011

A última palavra...

A última palavra...


1. A história é a mestra da vida, dizia Heródoto acertadamente. Em meio ao paradoxo da era moderna, em meio à sua dimensão cultural ciclicamente asseptica, em meio à desordem cósmica de sua mente, os símbolos ambivalentes se opõem categoricamente ao mundo bom, ao mundo das serenas e parasidiacas melodias que embalaram os santos, os heróis, os feitos dignos de nota, que ninguém poderá deturpar ou negar.

2. O tempo em que viveu o Grande Poeta dos versos perdidos que "os ventos e o mar obedeciam"as margens do  Tiberíades Ele pensou, pregou, cantou um cântico novo: "ubi cáritas et amor, Deus ibi est." Ele contemplou os séculos com olhar imperscrutável, viu o fatalismo de hoje, o moralismo deturpado, o brilho dos olhos inocentes, a piedade, a bondade dos belos gestos.

3. Na sua onisciência ponderou as revanches, os estratos do poder, as intolerâncias, os desmedidos consumos, avistou os estados laicos, sua desafinações com os  direitos divinos, viu a negação das negações sobre  a coerência, a ética, a paz, a harmonia social, a humanidade fragmentada, as catátrofes,os conflitos, as guerras, a terra, obra de suas mãos, mutilada, o livre arbítrio do homem guindando-o às posições frágeis da fama, que esbanja charme, às posições avançadas da grana, a alta costura das passarelas iluminadas, o movimento holofotizado, a grande corrida da alta definição, os nióbios quânticos.

4. E seu olhar observou uma parcela de gente marginalizada, refugiada no teto à céu aberto,vislumbrou tudo isto com tristeza divina. Gente impecável no corte fino, de postura invejável cultuando o corpo na aparência de um bom sono; outros na solidão desconfortavelmente insones sem o calor humano da consideração, uns alarmados, outros afagados pelo mormaço passageiro das veleidades.

5. Muitos e muitos, milhares,  na artificialidade de uma era moderna, avantajada em inventos extraordinários, engendrando artifícios, dando a volta na alma, sepultando a calma, posando de galgos imortais, outros tantos abrigados na indefinição, enxugando gelos de tropeços que os levam ao chão.

> Muitos paralelos podemos traçar do alvorecer da era cristã, e era nova por excelência
e a nossa. Muitas semelhanças e muitas diferenças. Quando Cristo nasceu, uma estrêla apareceu e com ela três reis magos  e seu imponente séquito estremeceram  a cidade de Jerusalém. Roma, então mandava na Palestina, tinha lá sua pretória, governador, centuria de soldados e à fôrça de armas colocava "ordem" no povo Judeu.  Herodes preocupou-se com a boa nova que nascera o  Rei dos Judeus, cioso de seu cargo faria de tudo para matar o recém nascido. E Pôncio Pilatos estava lá, subserviente, coso de suas prerrogativas, tergiverso e ficou do lado da maioria cega, lavando as mãos condenou o Justo.

>> Nexte contexto político complicado, Tibério César, imperador da altiva Roma queria estatísticas de seus comandados e ordenou o recenseamento. O sinédrio tinha a sua frente duas figuras cônscias de poder e ambição, Anás e Caifas. E no desenrolar da trama, eles ocuparão papel principal na morte do Justo. Eles que deveriam revelar ao povo eleito a nova esperança para si e para o mundo, decidiriam pela sua mais abjeta condenação.

6. "E o verbo se fez homem e veio habitar entre nós..." O Cristo percorrreu a Palestina de então, incansável, operando milagres, curando os cegos e paralíticos, animando seus futuros apóstolos, preparando-os para a missão por excelência, como ela não houve e nem haverá igual na face da terra. Escolheu minuciosamente 12 deles, em sua maioria gente simples para pregar a fé em sua divindade, o batismo em nome do Espírito Santo Paráclito, o perdão sem limites, o amor sublimado.

7. Uma beleza de mistério envolveu sua vida e façanha mística, seus gestos e palavras, sua pureza ilibada, enfim Ele, amanhecia com o pensamento no Pai Eterno e deixava transparecer o amor ao semelhante, e podemos imaginar suas conversas com os discípulos e a alegria imensa deles ao conviver com o Mestre dos Mestres, um Deus humanado conforme havia previsto os profetas. Era um fato! E o bicho pegou quando o mestre ressuscitou o amigo, Lázaro, irmão de Marta e Maria Magdalena.Naquele dia ele, por assim dizer, assInou sua sentença de morte.

8. E ao subir ao Gólgota salvífico deixou-nos a herança sagrada de sua Virgem Mãe, para ser dora em diante nossa Mãe também, Mãe de misericordia, vida, doçura esperança do gênero humano. Isto é que eu chamo de amor pleno e sem restrições! Uma reparação aos desmandos de Eva sedutora.

9. E num salve sem limites chorou sangue no Getsemâni e no calvário de ignomínias ponderou as razões do bem e concretizou totalmente a redenção do gênero humano, perdoou o bom ladrão e passou a lição que se estenderá até o final dos tempos. A lição a que me refiro são as 7 palavras finais daquela trágica e dolorosa sexta- feira santa, que arrancou lágrimas copiosas das santas mulheres, de João e da Virgem dolorosa. Palavras de sublime unção poética como a terra nunca viu.

10.  De volta aos versos mínimos, queria dizer que não é próposito deles tornarem-se âncoras de um canal especionado, o estrado da vida me proporciona observar o movimento atual, apressado, mal temperado, agnosticado, revestido de tapetes vermelhos ao longo da jornada que levam os incautos para a grande noite de núpcias onde o caos vai desposar a era moderna, a dama viúva do mundo bom, de dote respeitável, graciosa.

11. O baile final acontecerá no salão nobre dâmoclesiano, sem hora para terminar.Um convite, um chamado "irrecusável" sem pretextos de recusa. Quiçá espero ser incluido fora da lista dos comensais. Vivemos hoje em dimensões articuladas e o bezerro de ouro não deve aguçar nosso paladar modesto, mas exigente, nem as taças oferecem a bebida ideal.

12. Seria melhor um brinde alegre à poesia divina nas nossas canecas de ágata, tilintando a restauração do mundo bom, seria o que há de mais arrazoado e de melhor tom. Pois quando a borrasca se aproxima, o farol que não dorme, emite sinais alertando o perigo, e estes sinais já foram emitidos a mais ou menos dois mil anos atrás ás margens do mar de Tiberíades.

13. Ao darmos um giro pela nosas época, assistimos avanços tecnológicos em todas as direções, as surprêsas quantitativas aparecem e multiplicam-se aos bilhões, e a característica torna a mesma da era do Nazareno, poder, mando,guerras, ambições,traições, gente boa, gente ruim, tudo junto.

14. O fundo de quadro é o mesmo, só mudam as paisagens, os contornos tornaram-se mais pesados, ora belos, ora horrorosos e será assim pelos séculos dos séculos, até o soar da trombeta do arcano trazendo a notícia final não ficando "pedra sobre pedra".

15. Conflitos existênciais, atitudes exponenciais, gente sensata, gente doente pela fama, gente vendendo a alma por um prato de lentilha mal cozido. Era moderna dos nióbios quânticos, só mudou de personagens que o tempo já, já vai ofuscar e nada passou e passa despercebido ao olhar psicológico de um Deus, daí a razão de sua dores salvadoras.

16.- Mas poeta da mão pesada que chama sobre si o declinio, a consternação, onde foram parar as rimas benfazejas daquele sertão iluminado? - Hum eu nem mesmo sei só entendo com Cecília: "Estarei mudo um dia e nada mais..."

17. O coração da humanidade está gelado e não há quem derreta este estado de espírito pois se afastou deliberadamente da fornalha ardente que é a presença de Cristo Nazareno, nos olhos da humanidade não se encontram mais lágrimas, há muito secaram, obsecadas pelos colírios das imagens fátuas.

18. Seus braços estão cansados de sustentar o consumo exarcebado e não suportam mais as faturas sem fartura, o seu andar está ébrio de passos desacertados e seus lábios perderam a cor  e não balbuciam mais palavras  de bondade e expressam apenas atitudes insensatas e convencionais. Alguém se habilita a enrolar este novelo e redesenhar um novo modelo?

19. Prepare um bom cobertor parayba, pois a nave terra encontra-se à deriva. Não é cinema do Titanic, Armagedon, mesmo o holocausto descomunal localizado na cabeça e braços de facínoras desajuízados, nem mesmo também ficção do planeta dos macacos, é a realidade nua e crua globalizada que não deixa nenhum povo impune e sem ter provado a mirra amarga de um ou outro acontecimento infeliz.

20. Estamos atravessando a era da turbulência anunciada, a era acessa da quântica dos nóbios, da divisão dos átomos ao infinito, a era imprevista dos biohackers, a era dos softwares da morte. Náo é bravata, recursos de linguagem,  blefe sensacionalista, não! pois o nó que aperta a gravata é o mesmo do click que pode reduzir tudo a cinzas e as aparências de normalidade podem deixar cair as máscaras e fazer surgir leviatãs vorazes.

>>> A palavra final não pertence à afiada espada de Dâmocles suspensa sobre nossas cabeças atônitas e sim ao Príncipe da Paz, aquele poeta dos versos perdidos:"Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado." Ressaltando que seu amor é puro, elevado, efetivo que o fez assumir nossa condição humana, que o fez realizar prodígios, fundar sua Igreja, subir  ao gólgota e ressuscitar conforme reza o símbolo dos apóstolos, friso bem, não  um sentimento vazio, terreno, no campo afetivo que expresse afeição ao sabor de veleidades. Ele é o senhor dos tempos a Ele pertence em última instância o juízo dos povos e nações.

Helder Tadeu Chaia Alvim

Nova lei espanhola anti - imigração...

1. " Ajudar um imigrante ilegal na Espanha pode custar caro: até 230 mil de multa para quem der abrigo, comida e trabalho a estrangeiros sem documentos.A nova lei de imigração que entra em vigor nesta quinta -feira - hoje portanto - chega em meio a polêmica, alguns alegam que ela pune a solidariedade e aumenta as vias de deportação. A legislação tem 264 artigos e já começa com muitas reclamações de ONGS,associações  humanitárias e consulados. A principal crítica que a norma visa facilitar expulsões." Fonte: Anelise Infante da BBC Brasil, em Madrid.

2. Recebi esta notícia de Frederico Alvim e fiquei estarrecido mediante a truculência que um assunto desta monta está sendo tratado nas terras de Cid o Campeador, Fernando de Castela, Teresa d'Avila,Isabel, Thiago de Compostela, Inácio  de Loyola, Francisco Xavier, Luíz Gonzaga,e tantos outros heróis nacionais e santos da Igreja na outrora bélica mas cordata Espanha.

3. Visto que a onda de dificuldade se abate sobre o mundo e hora de juntar esfôrços e minorar a situação de irmãos de outras nacionalidades. É claro que tem que haver medidas, mas não proibir, expulsar e penalisar a hospitalidade, nem aqui e nem em lugar nenhum do mundo. Se a moda pega vai virar um pandemônio e acirrar os ânimos.

4. Pensei que o bom senso só estava minguando aqui em solo brasileiro com tantas medidas sem nexo que estã aparecendo, mas na gloriosa Espanha de tantos feitos importantes para a humanidade ao longo de sua história. Seus heróis pátrios devem estar se virando em suas tumbas, estarrecidos igual a mim e tantos outros. Assim não dá pé e vamos sossobrar no ocaso do mundo que já foi bom.

5. Como comentou bem Frederico Alvim:"  Em tempos de crise, as portas vão se fechando pouco a pouco... principalmente para os imigrantes que buscam sair de seus países por uma condição de vida melhor... Cabe mencionar que aqui na Espanha, atualmente, já são mais de 5 milhões de trabalhadores desempregados... um número que aumenta cada dia mais..."

6. É, caro sobrinho são os avanços da era da alta definição tecnológica, o homem suplantado pela máquina, o calor humano pela grana, a caridade pela claridade falsa de outros ambientes.

7. Rumos sem rumo, o caos caotificando tudo, o rolo compressor do consumo achatando a vida, a calma, a alma substituídas pela pressa e a adversa maneira de agir. Vamos submergir...

8. Ainda sobre a nova lei, o email menciona: " Esta lei desrespeita todos os direiros básicos," disse à BBC Brasil o diretor -geral da secção espanhola da Anistia Internacional, Esteban Beltrán. "Está escrita de forma a mostrar os imigrantes como seres descartáveis em vez de tratá-los como pessoas que também têm direitos", concluiu.A Comissão Espanhola de Ajuda ao Refugiado (CEAR) também criticou a reforma, completa Frederico.

Helder Tadeu Chaia Alvim

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Até que o crack nos separe...

até que o crack nos separe...

1. A brisa momentânea liberada traz um gôsto amargo e transforma em fumaça fátua tudo o que aspira. O extâse proporciona uma fuga vazia e perigosa, não preenchendo a aspiração sôfrega nela depositada.

2. Foge-se de tudo, de todos, de si mesmo neste mundo louco sem premissa condizente. O amanhecer é ofuscado, os dias de cinza nublados, as noites de insônias perturbadas.

3. Não vai aqui discriminação, não estou materializando sombras nem condenando a existência do usuário do crack ao nada. O objetivo destas linhas tristes não é impor razões, mas chorar junto, oferecer um ombro amigo e acompanhar as soluções fundamentadas.

4. O livre arbítrio é que determina ações, alertar o semelhante, dizer que resta uma ponte amiga, um horizonte mais além, esta é a fôrça que estas rímas pretendem passar.Trazer o irmão de volta, dizer a ele canções que denotem calor humano e preocupação com a sua presente vida de engano.

5. Quebrar em seu espírito a resistência ao bem, não confundir liberdade de expressão, liberdade de ir e vir com liberdade para se destruir, liberdade de se iludir, liberdade que não dá chance a sua alma de usufruir um teto quente, a herança de uma vida calma.

6. Não permita que o crack separe você de quem mais gosta, que separe você das manhãs de sol claro, das tardes de poesia amena, das noites de melodia, das madrugadas de infindas serenatas que a pessoa amada traz.


7. Atos singelos valem muito mais que o momento passageiro e perigoso de uma fungada paranóica. Um violão, a guitarra, a flauta, a gaita serão companheiros de jornada lírica e não aqueles delírios de dez segundos da pedra do mal em cristal.


8. Viver  a vida lúcido já um problema e tem como usufruir dos brilhos que a sorte nos oferece, agora com o corpo elevado em  temperatura, adquiri-se  doença  de difícil cura. Ficar com os neurônios livres de depressão é o que tem de belo na vida.


9. Simples versos, simples rimas, assentadas na inspiração, literalmente carregadas de preocupações, nulas de preconceitos, tristes, muito tristes pensando naqueles que se deixaram enlear pelos tentáculos terríveis da pedra, derribando sonhos, delineando sulcos profundos nas faces marcadas para morrer.

 10. Este é um problema de toda a sociedade, uma mistura corrosiva que empurra para a deriva vidas consumidas na penumbra acessa quase sem volta. Um verdadeiro horror, seres humanos, irmãos nossos que se envolvem na pedra da degradação.


11. Palavras duras, mas  nem de longe retratam a realidade crua que os efeitos da grande depressão inoculada no sistema nervoso central  disseminando pavores que a euforia disssimula.

12. Bastam 365 dias de gradativo efeito narcótico e o usuário já está assinando seu obituário compulsivo. Os dados estão nas estatísticas comprobatórias e na larga experiência daqueles que heróicamente se posicionam contra esta situação, quer o poder público, organizações particulares, ongs, quer o nicho da sociedade, quer os familiares das vítimas em potencial.


13.  Mas sem a vontade do usuário nada poderá ser feito em concreto. Por isso entra uma informação pertinente, que ele deve querer e a sociedade num todo criar condições para esta vontade se fortalecer a ponto de vencer o mal em sua totalidade. É todo um mundo a ser pensado, são atitudes a serem revistas, são reservas de generosidade a serem despendidas a favor do próximo.

14. É pedreira, é dureza encontrar-se desamparado da sorte, se não aparecer um bom samaritano, dez mil bons samaritanos, tudo se extinguirá no próximo trago. Não permita pátria minha, pátria nossa, pátria deles que os descaminhados pereçam, mas retornem a sua presença, qual filhos pródigos e usufruam das benemerências e fartura de sua mesa.

15. Não permita a eles o estrago fatal, seres humanos capazes de forjar para si e para os seus destinos audazes de luz, hoje barbaramente ofuscados pela absorção maldita desta droga fatal. Que amanheça logo o dia diferente, longe, bem distante deste tormento e desenvolvam doravante suas aptidões de craques em várias direções.

16. Não permita que um abismo chame o outro, que eles entreguem seus objetos pessoais, os de casa, que se prostituam, que se engendrem na deliquência, que se apague em seus corações a fé em Deus, a fé em si mesmos e que aquela tênue vontade de segurar na tábua salvadora se transforme em propósito firme e os arrime para a superfície.

17. A tinta escasseia no papel sulfite, mas lembrando de seu estado cruel, a caneta insiste absorvida em diretrizes, persiste em continuar madrugada a fora e ela me diz: - poeta fale alto, grite o bastante, seu semelhante está em apuros, inseguro, alguém há de escutar seu eco e multiplicar o elo até ao infinito.

18. "Senhor Deus dos desgraçados..." Até quando, Senhor? Até quando esta fórmula maldita dos infernos estará facinha à disposição dos interessado(s), endereçado(s) à morte? Até quando, estas sombras materializadas em pequenos estalidos darão existência ao nada?

19. Não acredito na liberação da droga, já que a celeuma está no ar, é bom lembrar que países que a constituiram e veicularam tal prática estão voltando atrás e revendo rapidinho suas decisões e conceitos. Na era moderna com tudo acontecendo ao mesmo tempo e na velocidade de um Ipad 2, é mister um grau de discernimento incomum  e qualquer substância que possa alterar este comportamento retarda decisões fundamentais e projeções essencias da vida humana.

21. Sou adepto da beleza da natureza, da paz sem limites, das brisas verdadeiras, do extâse dos santos, da comunhão do bem, das alegrias que a existência simples tem.Ser livre é poder caminhar nas manhãs ensolaradas, é poder admirar o pôr do sol, os saraus poéticos do mundo bom. É poder observar o irmão e dizer olho no olho, achegue mais perto a vida tá cheia de mistérios e a sacada genial é vivê-la qual águia das planícies solidárias, a satisfação do momento é sentí-la na amizade com o pulsar do coração em todas as direções.

22. Isto um dia foi assim, num passado remoto perdido nas noites de um tempo que não volta mais. Podia-se calmamente aguardar o sol raiar, esperar a lua chegar. O sertão acolhia a todos sem distinção, agasalhava o homem, sustentava a natureza com profusão. Veio o progreso, a ilusão de carona, convidou os habitantes para subir na boléia e conhecer a cidade grande e não lhes deu a acolhida prometida e tudo virou confusão gigante.

23. Daí a procura por meios ilícitos de prazer, tudo ficou difícil e muita gente perdeu o juízo e a saudade de suas raízes, a saudade de um tempo sem crises escapuliu de suas mãos. O sertão se descaracterizou, a televisão endeusou a matéria e coisa séria ficou no museu do som sem a imagem verdadeira.Tá bom?

24. Não sou canditado ao altar, só escrevo para resgatar nas palavras o sabor que a existência tinha, frisar o que muitos não conheceram, mas existiu mesmo. Não foi este modelo de civilização afeita ao dinheiro, consumindo bens, devastando o terreiro do planeta, não! A natureza vivia em harmonia perfeita, as matas estavam preservadas, as plantas desabrochavam de janeiro a janeiro, os animais selvagens tinham seu habitat de verdade, o homem tinha visão diferente e não ousava desafiar Deus, autor da criação.

25. Baseado na lei natural, deixava a consciência guiar seus arroubos de entusiamo e parecia uma eterna criança afeiçoada ao brinquedo, sem os arremedos da era atual, dita pós moderna que mata seus filhos, permite desvios e tolda os horizontes de calafrios monumentais.

26. O gênio de Cartago, Agostinho, dissera que dois amôres construiram duas cidades, realmente tinha razão o doutor patrístico, pois do sublime amor a Deus e ao próximo dimanam  uma sociedade diferenciada sem muros, prisões, alocuções infundadas, garantida no amor, cancionada nos poemas do coração, no respeito ao semelhante, sem incidência em loucuras, sem precisão de fugas ilusórias, calçada em sentimentos puros, sem a busca desenfreada por aplausos, sem os louros picantes de um consumo louco.

28. O topo da fama consiste em querer bem ao semelhante, entender que ele tem uma alma que canta, sonha, cora, se alegra e tem o mesmo direito ao sol que os demais. Enquanto converso consigo, o destino torto leva alguém que amamos para o beleléu do abismo sem retorno, túmulos se abrem vorazes todos os dias sepultando  tesouros que a pedra malévola consumiu para sempre.

Helder Tadeu Chaia Alvim

O José Piauí

1. Escrever em versos agora, afora a desaprecatação
para homenagear  um  amigo  que  merece  atenção,
seu nome  é  Zé  Piauí, assíduo  à padaria do Maurão,
presente   Ivo,   Elisa,   Alex   e   Zezinho
por isso não estou sózinho na empreitada  em questão.

2. Comemorar a vida, a amizade é sempre bom e traz a todos
muita satisfação, "me ajuda aí gente sensata" nesta conturbada cidade,
que tem um cabra bom que merece esta homenagem,
ele é nosso camarada de fato, sem nenhuma falsidade,

3. Disse que quer conhecer Jericoacoara, as belas palmeiras
do meu Ceará, sei que vai viajar um dia bem para lá...
realizar seu sonho e tudo quanto há de alegria na vida que o alumia...

4. Ele sabe sair e se achegar devagar em qualquer ambiente
tem conversa sábia, causos de montão, entende da biometria,
geografia, considera seus amigos e não procura confusão
qualquer dia talvez você conheça meu amigo o Zé Piauí,
vai ser prá ele uma melhoria e para você muita alegria.

Helder Tadeu Chaia Avim

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O regresso

1. Então, hoje dia de São João Baptista, das festas e rojões, das fogueiras e pinhões, da alegria contagiante, vamos andar mais adiante e retroceder no tempo, um tempo perdido no seu próprio tempo que para mim foi quando tudo começou e passadas muitas e muitas cachoeiras deslizantes, suas espumas e respingos refrescantes ainda minoram minhas horas de lentidão, calor e desafogam meus prantos em agradáveis devaneios, me mantém vivo, me proporcionam continuar meu canto suave, recebendo de um ombro amigo, meu paraninfo, as salvas do calor humano recíprocas.

2. Ah! como era bom e diferente o céu da terra natal, dourava tudo quanto tocava e fazia brotar canções nos lábios que acariciava, como era belo a vida na casa paterna. Me recordo das cantigas de acalanto, simples, singelas que revelavam a beleza e a bondade do interior de um sertão iluminado, não pelas luzes artificiais de néon, mas pela clareza e sustância de uma era "atrasada" que o destino me roubou.

3. Roubou sem devolver, minhas raízes interioranas, as origens sem fama, a família ao redor da mesa farta, a abastança  dos paiois, a lembrança agradecida, a esperança de uma época bendita. Tudo isso se foi, levado à esmo se foi. Por isso a insistência comovida, a tentativa de resgatar na memória da retina, sem prosopopéia ou animismo, guiada tão somente por um tênue sentimento de otimismo que bate, cutucando as palavras em demanda da essência perdida no mar dos desenganos que a existência quase sepultou.

4. Aquecendo a frieza anônima desta nova plaga,sem calor humano, povoada de fantasmas e histórias desencontradas, onde irmãos vegetam em meio as praças, edificios e sacrifícios que podem levar ao nada.

5. Esquecendo-se do principal, elegeram os acréscimos, o trânsito, os shopings centers como templo de assíduas visitas. A calma deu lugar à pressa, a bondade à raiva, o ter prevaleceu ao ser e somos amontoados na verticalidade da cidade grande que não dorme e não dá espaço mais para o gesto nobre.

6. Ah! lá em casa, não tinha grandezas para contar,mas o afago da mãe Geralda querida, tinha o feijão para escolher, o arroz para bater, a engenhoca da cana de açucar que oferecia garapa na medida só sua,tinha a labuta diária nas louvaras de café, as frescas matas virgens,as casas de pau a pique, o dique das reprêsas , que hoje alegraria os passeios de turistas, que revelaria a riqueza de atos corriqueiros, a leveza dos ponteiros, o passeio de jangada, o proseio no terreirão de pedra, as noites de galanteio entre a lua cheia e os astros de permeio.

7. Tinha sim os remédios caseiros que prontamente curavam todo o mal, o chá de alfa vaca, não faltava no complemento, a febre ia embora e não atormentava o momento. O xarope de saião, que profusão! O emplastro de sabiá, no alívio prá já.O agrião, santo remédio, o capim cidreira, o hortelã, guias solidários se misturados com mel e gengibre não era mister de agasalho.O vermífugo de santa maria, sábia medicina de então, guela a abaixo resolvia toda a questão.

8. Tudo tinha cura, tudo era infusão, a erva doce do mato que achado, sem falar da benziçao contra cobreiros, espinhela caida e uma porção de doenças, uma porçao de superstição. Hoje os citadinos caçoam da época atrasada, da enchada, das juntas de bois. Tem gente que valoriza, que vive nas pesquisas de um tempo que já se foi.

9. Me vejo na cidade grande, conversando consigo, parolando com o amigo paraninfo, a prosa se estende gostosa e vou tentar prosseguir, não sem antes dizer que eu era feliz e não parecia, alegre e não merecia presenciar tantas maravilhas, um marco em minha vida que hoje sob cinzas frias se apresenta longe como uma situação de nostalgia,  Graciliano de Oliveira diria em tom de alegoria.

10. Depois de percorrer muito chão, ver planícies extensas de decepção, tentar ser alguém e colher desaprovação, me encontro escrevendo versos, oferecendo uma reparação àquele sertão do cerne,  fui um daqueles que não quiz compreender na sua verve franca que ele tinha o sonho de continuar a ser simplesmente sertão, o sertão do amanhecer com trinado dos pássaros livres, o sertão da boiada que mugia firme, o sertão das tardes ensolaradas, o sertão do canto triste das cigarras, o sertão dos vagalumes das pradarias iluminadas.

11. Hoje palmiho esta cidade que amo, a cidade que não conheceu o azul distante da estância adorada, a cidade que me deu condições de poder resgatar a alvorada procrastinada em prosa e verso, a alvorard tão distante no tempo, tão próxima no meu coração, a cidade que embala outros quisitos e geme sob os pés da agitação.

12. A cidade que dissipa devaneios, muda os costumes, investe na bolsa, anda louca, tem moeda de troca própria, busca status, glória e fama, não esquenta a cama, tem linguajar de todas as nações, abraça o mundo, tem medo, sono e frio, e não agasalha bem atordoantes calafrios.

13. Estou inserido nela,uma cidade de todas as línguas,de todas as nações, que embala todos os senões, uma cidade de mil razões, mil noções, que caminha, acorda de madrugada, exala um perfume exótico, reparte seu quinhão, uma cidade que expande em muitas proporções, interioriza sentimentos e se encontra solitária em meio aos seus monumentos.Usufruo de sua seiva, me mantenho com esfôrço lúcido e acordado na cidade que amo e não viu o que eu vi, a migração dos pássaros, a revoada dos irerês, as trovoadas naquelas seras azuladas, as noites de aguaceiro pesado, os causos que aguçavam a imaginaçãodos meninos e meninas nos alpendres de um sertão coerente, inocente e feliz.

14. Aqui estou às voltas com estas reminiscências,moldadas com carinho,  espero que tenham eco favorável nos ouvidos de todos aqueles que lerem este simples relato, talvez queiram conhecer um pouco mais, escutar o que escutei sobre a mula sem cabeça, vulga "mulher do padre", alguma louca que tenha seduzido algum sacerdote e recebeu o castigo de perambular sem rumo pelas fazendas da redondeza para pagar sua maldade que a fez perder a cabeça.

15. O lobisomem ou homem e lôbo, que encarnava o male rondava os terreiros em noites de lua cheia uivando um uivo medonho que só temia cruz e punhal de madeira., o saci pererê das traquinagens do paiol, que trançava os rabos dos animais e tinha uma perna só. As almas penadas nas encruzilhadas, a figueira assombrada, a quresma e o jejum, a malhação dos judas, a sexta feira santa das endoenças.

16. As ladainhas entoadas no mês de maio, dedicadas a Virgem Maria, os cruzeiros entronizados nos morros das sesmarias em dezembro, as novenas rezadas no aguardo da chuva demorada, as procissões para afastar geadas e tempestades, a fome, a peste e a praga de gafanhotos em ligeira revoada, a morada do joão de barro construtor,a disparada das ciriemas ruidosas no morro dos coqueiros, a vista deslumbrante do ipês amarelos em flôr.

17.A festa do padroeiro Santo Antônio, as fogueiras de São João e São Pedro, aguardadas todo o ano. O tríduo ao santo guerreiro, as andanças de São Sebastião dia 20 de janeiro, a vivência da fé forte, simples e conforme a crença tradicional.

18. Os vagalumes, a lua clara, o céu estrelado, a préa saltitante, o coelho deorelhas enormes, a alvorada, o pôr de sol e as colheitas abundantes.

19.  Se me perguntar, paraninfo destas estrofes rústicas, que me acompanha sem hesitar e deixa o poeta mínimo falar ao ritmo das emboladas, tangendo a bigorna nesta noite do solstício de inverno quando a caneta desliza no papel no compasso agalopado, na humildade vincado, ajudado por Deus do céu, me alembrando desta façanhas que admiro.

20. Se me perguntar que tempo foi esse e se existiu mesmo? Eu impávido lhe responderei que foi um tempo sagrado, a parusia do mundo bom   que infelizmente escapuliu de minhas mãos.

Helder Tadeu Chaia Alvim

Na era das telas interface 3D

Aos queridos paraninfos  das rimas mínimas

1.Tem muita gente lambendo o toco, e agradecem que tem o toco para lamber. Analisando de relance o ambiente global de um lado vemos avanços em escala da definição e as projeções são as melhores dos últimos anos. Feiras internacionais apresentando seus produtos, linkando tudo e todos em áreas tridimensionais. A par disto as guerras e os conflitos esquentam a nossa cuca, a Onu se desdobra em medidas convencionais e está bolando com a Ericson, o aplicativo do bem, o Refugees United ( Diário do Comércio 12- Logo, comunicação  21/06/2011) tem refugiados espalhados por toda a parte, abandonando seus países e quase sossobrando perfazendo a cifra de mais de 15 milhões de pessoas.

2. Uma dessas novidades é que a Itautec lança o caixa eletrônico 3D, segundo informa o Diário do Comércio, pág. 16 -Economia de 17/06/2011: "Quando um cliente faz os comandos das operações bancárias por meio de gestos sobre estas imagens..." e "não há notícias de um terminal bancário semelhante no mundo atualmente." Citação idem.Fabulosa engrenagem e que prova como o Brasil detém tecnologia de ponta. E não era para menos pois o Itáu Unibanco acaba de receber do Financial Times e do IFC duas citações honrosas: eleito o banco mais sustentável do mundo e a sua instituição a mais sustentável das Américas. ( ver matéria na íntegra no Diário do Comércio  de 21/06/2001 -Economia , pág. 15)

3. Estas citações cabem aqui sim, pois dentro do possível pretendo citar algo relevante deste panorama angustiante em que vivemos. Até porque a poesia está plugada em sua era, está solidária com tudo o que é bom e sinaliza mudanças efetivas na conduçao dos destinos pátrios.O eixos das atenções se virá para cá  e se posicionar à altura dos acontecimentos é uma atitude de sabedoria, estar preparado para absorver o impacto positivo é primordial na equivalência atual.

4. A iniciativa privada, apesar da pesada carga tributária, tem dado conta de expandir a economia e atrair cada vez mais investimenttos estrangeiros, empregar mão de obra qualificada e preparar novos talentos para os desafios do século XXI.

5. Espera-se do governo atual, que tem-se mostrado competente, que tem demonstrado uma visão de estratégia de ação efetiva, longe de palanques, e sim concomitante com os anseios populares e de renovação sem menosprezar os valores morais e éticos da sociedade brasileira.

6. Como traz o Diário do Comércio pág. 20 Economia em 21/06/2011 um matéria da maior importância para o desenvolvimento do país sobre a defasagem dos aeroportos, rodovias, ferrovias e portos brasileiros: "...De uma maneira geral, os especialistas das mais diversas áreas de logística ilustram da seguinte forma a atual estrutura de transporte no País: em pleno século 21, temos rodovias da década de 1970, ferrovias do século 19, hidrovias abandonadas há pelo menos três décadas e aeroportos ultrapassados obrigados a operar acima de 100% de suas capacidades."
7. Sic, pulo para o meu cercado pensando que o sapateiro não deve ir além da sandália e elas precisam ser constantemente escovadas e lustradas pois tem muito chão e poeira esperando sua caminhada lírica. Ela também está às voltas com os gestos e imagens na sua linguagem própria de versadora inveterada de poemas e teoremas do mundo bom.

8. Talvez esteja se perguntando o porque do texto e citações acima, o que eles tem a ver com os 'paraninfos'. Adianto que não é nenhum amuleto da sorte, nem corte acabado do design moderno, e sim uma postura de gratidão aos clicks solidários que amealho com satisfação.

9. É uma espécie de título nobiliárquico que lhe outorgo na condição de poeta mínimo, em reconhecimento sincero de sua interação e olhar de carinho que lisongeia estes versos do coração. Você sim que ausculta com boa vontade minhas emboladas rímimicas através de gestos e imagens que ofereço na calma, do fundo d'alma o que a inspiração pródiga determina e o momento me alicia.

10.Paraninfo é aquele que está ao lado do formando, apresentando-o à sociedade, dizendo com todas as letras que aceite em seu nome este indivíduo que começa a deter um pouco de conhecimento e que tem seu sonho fomentado e pretende ser alguém que reflita anseios e engrandeça sonhos de realidade plasmados.

11. Pensando nisto e que homenageio o meu paraninfo e pretendo ser coerente na confiança em mim depositada, mais que um canudo e a beca vou tentar oferecer a transparência que assino hoje, e o caminho que percorrer, percorrei inteiramente voltado para este primeiro compromisso. Esta é a homengem que queria oferecer-lhe paraninfo amigo, traduzida em versos mimados, à beça nas emboladas seguintes no regresso onde tudo começou.

12. E nesta interface 3D, espero contribuir para que desta realidade própria propicie o esbanjar da vitalidade adormecida e mais adinte diga: este poeta, apesar de suas deficiências acena para minha ciência e por isso não vou medir esfôrços para que meu solo de origem volte as suas raízes, vou curar as cicatrizes dele com o bálsamo suave da bondade para que o bem prevaleça ao mal e se estbeleça a abastança do mundo bom.

13. Você, meu amigo tem nas suas origens riquezas de conceitos, gostos e provimentos, sem querer ismiuçar seu intento apenas esboçar seu talento, sem reinventar sua história, sem sabor de novidade, sem perder a fôrça intrínseca de sua vontade lhe convido a batalhar na velocidade que impinge a era online sem fronteiras e de amplo amplexo total.

Helder Tadeu Chaia Alvim

quarta-feira, 22 de junho de 2011

This is just to confirm

This is just to confirm

1. Quero apenas confirmar... que a monção do mundo bom virá exorcizando fantasmas e aberrações, delineando os contornos claros de uma era benfazeja. O olhar de Deus para a humanidade continua de bondade, respeitando seu livre arbítrio, encorajando os fracos, confundindo a soberba e a deslealdade, por mais que ofuscada esteja a realidade moderna, distante à léguas da atmosfera benéfica das certezas eternas, no entanto a incorruptilidade do ser divino impera e rege os destinos  deste planeta que chamamos terra, que habitamos, que gememos sobre o peso de ferro que a todos agrilhoa.

2.  Na minha percepção acanhada constato que sou acessado em várias partes dos continentes, que encontro nestes cliks amigos a razão de meu consolo, as ferramentas que me proporcionam ir para a frente postando feito louco sem domingos, folgas e feriados, continuando lentamente, mas sempre adiante aonde o dever me chama.

3. Cada click me empurra na louçania das manhãs, no tédio do sol a pino, nas plácidas tardes das inversões climáticas. Cada click requer especial atenção, acontece que a ideia vem e me absorve por completo deixando após si a sensação indelével e estranha dos acontecimentos que sobrevirão na curva da estrada palmilhada.

4.Quando no hemisfério sul raia o inverno - ora quente - de um solstício incerto na sua evolução, imagem da declinação exata de uma realidade que consome a nossa razão. Enxergamos tudo nublado e os voos rasantes das aves de rapina a todo instante querendo arrancar o nosso fígado. Se tarda a intervenção, não falha nossa adesão às águias, no momento cativas, prontas para decolar.

5.Meu amigo on line, a tinta escasseia no papel, a letargia tonteia estes versos, mesmo assim espero vê-lo outra vez, tê-lo como companheiro indispensável de jornada lírica em demanda de melhores horizontes sem miasmas e efeitos concomitantes.

6. A sua companhia na travessia que as brumas delineiam iluminará por certo meus passos incertos, assoprará "a mecha que ainda fumega"  trará a sensação refrescante que caminhamos na mesma direção, que avançamos no mesmo compasso na sintonia da amizade, no terreno firme que encerra a essência sincera. E você sincero comparsa do bem querer poderá realizar seus sonhos sonhados ponto por ponto, none!

7. Obrigado amigo e amiga queridos pela preza de sua leitura, pelo enfoque que tem dispensado a esta humilde partitura, prometo fazer um 'memento' na minha reza, intencionando boas coisas na lousa que guarda a sua intenção. Quero sempre poder contar consigo em futuras interações. Mesmo que imersos na noite nebulosa, longa, imprevista, que traz preocupações incertas, que se prolongarão indefinidas até ao raiar da primavera, no equinócio da revelação.

8. E em chão brasileiro relato a Ti que o uso de narrativas pode trazer um retrocesso e tanto, e que em junho de 2013 o povo acorreu às ruas soberanas conclamando contra os desmandos da política perversa, política que esta que fracassou muitos sonhos da moçada, e hoje o ´pesadelo retorna ao páreo com aquele ar debochado de ' já ganhou' será, seremos serão?  Acorda Brazil senão a corda vai apertar desalentando a vida de mais de 2012 milhões de nosotros! 

Na era do the register


Na era do the register
1. Estamos mergulhados definitivamente para o bem ou para o mal na conjectura tecnológica onde o mundo virtual está ditando comportamentos, estilos de viver, buscas avançadas, cadastros que positivam o consumo, insumos da alta definição, fiscalizações ao comércio eletrônico, as viagens de férias, os giros cibernéticos, tudo a todos e a ninguém mais pertence, as redes sociais, alavancando os contatos, os hackers apavorando, articulando falsificações que até Bill Gattes da microsoft se vê clonado.

2. Na Inglaterra de sua majestade tem rôbo fiscal de olho na movimentação financeira de seus súditos. ..."Caberá ao software cruzar as informações para garantir que nenhum imposto deixe de ser pago." ( Diário do Comércio 12- Logo 15/06/2011)

3. Os avanços globais são um fato irreversível e seria ótimo e preciso para a contribuição da paz mundial, da grandeza moral, da consecução exata dos fins da existência humana, da alma eterna, da calma que encerra a sabedoria de uma era.

4. Mas a gente se dá conta que não é bem assim, as aberrações modernas estão aí bem na nossa cara, o escárneo está no ar rondando zombeteiramente, pronto para o bote fatal. Enquanto no Brasil o povo come mingau, tem juiz sem cadedal, superfaturas maximilizadas, políticos de fala mansa, descartando o patrimônio das res publica, soldado roubando cofre, advogado lesando o INSS, bombeiro estrupando jovem, drogas consumindo a sorte, gente vendendo o céu  a troco de "milagre financeiro", médico fantasma, inflação real, mendigo morrendo de frio. Até a última viagem da alma está comprometida, o corpo padece o descaso do sepultamento.

5. Assim não dá pé se os recursos da alta definição não democratiza os meios de ação, e as regras só servem para os detentores da situação. Vamos é sim para no bico da chuteira nos campos das gramas secas. Registra-se tudo, vigia-se todos e não resolve-se nada tão pouco.

6. Se esperanças de mudanças efetivas e sérias houvessem eu diria que viriam dos inconformados, daqueles ainda que berram contra os desmandos destas proposições disformes, dos que aspiram a restauração do bem e a concretização dos planos divinos.

7. Para além desta realidade de cobre, muito além destes atos indignos, as nuvens encobrem o verdadeiro otimismo espantando todos nossos fantasmas modernos e focando a vida no que é certo. As aberrações amnesianas e antinaturais passarão, as fábulas deturpadas, os descasos, os sofismas também  e darão lugar a uma era de paz social, harmonia e equilibrio global.

8. Uma era totalmente voltada para o bem comum e a  sintonia das nações entre si. Um tempo da plena factibilidade das potências renovadoras do homem, da ampla cobertura do amor, uma era que vai superar tensões, uma era extremamente evoluida e perfeitamente afim com a máxima do grande poeta dos versos perdidos:"amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado." 

Helder Tadeu Chaia Alvim

O fantasma do estetoscópio

1. O termo anamnésia me veio à mente hoje, derepente me vi confabulando com ele na caminhada que restabelece o contato com as rimas, após um dia empregado na função de atender na corretora os segurados, renovar apólices, regular os sinistros de pendências relevantes.

2. Ele me recordou que se o diabo vestia prada, o fantasma usava estetoscópio. E neste assunto que vou focar a atenção se não me pegar de jeito uma amnésia global transitória,Deus me valha! pois se a famigerada se tornar crônica como vão ficar as torquatianas de nº 239 neste blogger mais adiante?

3. É de engolir a seco, pasmo com a população, as noticias que nos trazem os jornais acerca de médicos que não compareciam ao plantão e mesmo assim recebiam polpudos honorários sem a sua presença física nos ambulatórios de sua região.

4. Esfreguei os olhos, pensando ser alucinação, fantasmas que eu saiba, aguçam a imaginação dos vidrados pelo caribe dos piratas em ação.Também faz sentido nas lendas de assombração, dos paiois antigos, dos terreirões de pedra, das matas que encerravam medos que pelavam a espinha de quantos lá moravam.

5. Agora, saúde é coisa séria, requer do postulante ao honorável título de doutor, uma vocação firme e consoante na medicina, estudo profundo, preparação adequada, pesquiza categorizada, um perfil de carácter ilibado.

6. A indignação geral procede pois atos displicentes, inaceitáveis, vindo justamente de profissionais juramentados no código de ética regulado pelo CRM, não condizem com seu sacerdócio humano e mancham a classe laboriosa, aquela que luta contra a morte pela vida.

7. Não é justo esta perjuração, devem devolver ao erário lesado até o último tostão retido e prestar serviços à comunidade por puro altruismo, reparando com um ato nobre, os muitos cobres desviados dos cofres públicos, hospitais e instituições.

8. Um assunto puxa o outro e me lembro que as crianças adoram Gasparzinho, o fantasminha camarada e sua história, sua amizade com Kat, filha do Dr. Harvey e o filme deixa transparecer um código entre os fantasmas...

9. Isto posto ouvi dizer que as ninfas do tempo disseram claramente que a grande confederação dos fantasmas maiores estão em polvorosa fantasmagoria, pois tem gente usurpando seus lugares tenentes, suas patentes e logotipos invisíveis. Então deliberaram assombrar estes indivíduos, e não lhes dar tréguas enquanto não pararem de aprontar em seu nome.

10. Fantasmas à parte, se a moda pega será uma caça infernal, sem hora de começar sem tempo para acabar Ah! Ah! Ah! , por mil morcegos, são as 'fábulas brasileiras' geradas no seio da desfaçatez, triste, mais triste ainda, lidas ao contrário, nominadas, parte IV desta vez. Valha- nos  Deus! e a Virgem Maria!! Credo em cruz três vezes!!!

11. São Bento, água benta, Jesus Cristo no altar, estes bichos peçonhentos, abaixem a cabeça e deixa nóis passar...
12. Não estou azedando a massa, a classe médica merece respeito e admiração, por tudo quanto fizeram e fazem pelos doentes desta nação, em todas as regiões, cidades, metrópoles, interiores e sertão, encontramos doutores abnegados, homens altruistas, inteligentes, camaradas, que diagnosticam a população, trazem a cura, o alívio, operam com muita perfeição.

13. Até o Cristo teve um Judas que traiu sua confiança, nem por isso esmoreceu, foi até ao fim e consumou nossa redenção salvífica, abriu as portas do paraiso, elevou nosso juízo para outra dimensão.

14.Temos entre outros o HC - exemplo de ressonância, o In Cor - uma pleiâde de liderança, as Santas Casas, permanentes na vida da gente, Beneficência Portuguesa de eficiência consagrada, São José, um portento de conhecimento, Albert Heinstein, de especialidades ciente, tem Zerbini, Jatene, Carlos Chagas, Oswaldo Cruz, pioneiros que engrandecem a Terra do Brasil em prece.

15. Estas discrepâncias isoladas destoam dos heróis da medicina, engajados totalmente na luta pela plena saúde de seus pacientes, nas pesquisas contra as doenças equivalentes, no cuidado e esmero em que tratam o ser humano, na transparência de suas lisuras, enfim homens brasileiros de alta competência, aclamados mundialmente. Outorgamos a eles todos, de todos os tempos e do futuro estes versos lhanos no agradecimento comovido dos milhões de irmãos nossos do solo gentil da pátria anil.

Helder Tadeu Chaia Alvim

terça-feira, 21 de junho de 2011

O caminho de volta na era do instant page

o caminho de volta na era do instant page

1.A formiga sabe a folha que corta, a abelha escolhe o pólen do mel, o cão o dono de sua afeição, o gato o telhado de sua predileção, o urso a caverna de sua hibernação, o jacaré a lagoa certa de sua espreita, o boi evita o mata-burros estreito, o esquilo quebra a noz consistente, a aranha arma a teia da provisão, a matilha fareja a presa correta, as manadas de búfalos se protegem juntas do perigo à solta. o joão de barro entende de construção, constroe sua casa ao abrigo da chuva, na direção contrária ao  vento sul, a mafagafa afaga os filhotes e sustenta a casa na fartura de nobre, o sapo a pedra do salto conhece, um prato de trigo não alimenta um tigre faminto,

2. E o homem, que  ser esquisito, ama o cobre, insiste em passos falsos e cobre a terra de devastação, polui rios, arranca as árvores nativas, enche as ruas de máqinas mortiferas, anda adoidado, passa por cima de valores, mata seu semelhante e sorri um riso falso  de estreante a galã mundial, sem perceber que o freio da lona depende.

3. Não entende dos planos de Deus, a paz perene deixou fugir das suas mãos, programa guerras, desavenças e polêmicas baseadas no seu egoísmo ego centrista. Esta fora das vias, percorre esquecido das principais teorias da existência. O que foi certo hoje, em carácter de lei, joga no lixo da história e contempla aleivosidades negando a sã consciência verdades universias.

4. E o homem insiste em seu passo em falso... sem perceber que enleia perigos, não sustenta o que diz, e entrega a terra à sanha dos algozes do tempo atroz.

5.Não precisamos ir muito longe, à pé mesmo dá para perceber a nossa volta o quanto distamos de uma era feliz... Não há mister dos oráculos das previsões apocalípcas e sim pisamos nos terrenos das constatações físicas.

6. Em se tratando de mil veículos licenciados / dia na Capital Paulista. Não estamos na América do Norte, onde o forte das rodovias é a funcionalidade das vias expressas, túneis, viadutos, elevados justapostos, obras da engenharia inteligente de um povo prático e consonante com a sua democracia.

7. Não possuimos a dinâmica avançada do Google soberano que em parceria com a Solar City vai instalar painéis solares nos EUA, inaugurando lá a era das energias renováveis em alta escala( Diário do Comércio 12-Logo 15/06/2011).

8. - Deixe de blá, blá, blá interceptará alguém. Este filme em preto e branco já assistimos muitas vezes. Se conselho fôsse bom , a gente venderia, oká poeta das mínimas certezas.

9. Agradeço a delicadeza, as estruturas daqui são pavimentadas erroneamente, as bases movediças são aparentes, se ainda não acertamos o alvo, não quer dizer que não possamos redirecionar ações para cabais soluções. Tudo depende do vidro que se mira a realidade. Se continuar este trânsito caótico e fora do esquadro, duvido se em menos de 1 a 3 lustros adiante seremos obrigados a retomar o caminho de volta.

10. O varejo e o atacado marcaram nossa migração em busca da eldorado Paulista na década de 70 e 80. Chegamos em busca de sonhos justos de crescimento, onde o vencer na vida foi o estopim deste movimento. Certo, não nego, pois na minha profissão de poeta fui beneficiado, no que agradeço o bom bocado, que até hoje perdura no meu paladar e aguça minha inspiração.

11.A questão é que o caminho de volta será um fato mais na frente para desafogar a capital, frisando que deverá ser um caminho livre, desembaraçado, escolhido na consciência e oportunidades que surgirão na curva da estrada dos brasileiros em todas as suas camadas de atuação.

12. O caminho de volta pode ser aqui mesmo no solo paulistano das mil maneiras de levar a vida, dos mil negócios, das mil passarelas da moda, da fina flor da elite brasileira, de um povo batalhador, de uma plugação total e antenada. O caminho de volta passa necessariamente pelo código de ética instituido por Deus no dacálogo, pelas leis de nossa Terra Amada, pelo respeito à propriedade privada, pela valorização do trabalho, pela paz no campo e na cidade, uma paz estribada no bem do semelhante. 

13. Falo da  São Paulo dos conceitos conservadores de seu povo, dos pilares inovadores desta geração entusiasta e polida que dirime os rumos da pátria brasileira. Que pretende consumir vada vez menos  produtos com um patamar alto de GEE, que põe na pauta de suas exigências diárias a certificação de origem legítima.

14. O Brasil, especificamente São Paulo alavanca a era on line, e seus acessos tem proporções invejáveis nas estatísticas globais. O Google até já nos disponibilizou a versão delta do "Instant Page" que em zero segundo traz um resultado impressionante de buscas instântaneas ( Diário do Comercio  12-Logo de  15/06/2011 )

15.O Brasil tem panoramas a espera de ser preenchido pelo homem, agora com responsabilidade, imbuído de uma firme noção de sustentabilidade e irrestrito respeito à mãe natureza. Ferramentas tecnológicas de alta precisão é que não faltam a esta empreitada. Cabe à política a adequação perfeita entre a tese e a realidade.

16. Se o retorno não se der para as suas raízes, não faz mal, outras regiões brasileiras estarão prontas a receber os migrantes modernos com o coração alegre e peito destemido, confiante na sua capacidade de união, soberania e esfôrço conjunto para o bem de todos e a felicidade de novo.

17.A calma vai voltar e com ela os horizontes de abastança, grãos em abundância e cidades harmônicas em exuberância de qualidade de vida e cuidado extremo com a natureza, o colírio e a certeza de dias melhores para sua abençoada prole brasileira que evidencia uma inata vocação agrícola e tem potencial ainda inexplorado na sua totalidade e campo de ação ilimitado do tamanho do seu sonho de gigante.

18.O ar de nossa querida metrópole está cada vez mais poluído, dispendia-se energias com uma metrópole que não dorme mais, não respeita seus cidadãos ciclistas, enlouquece seus motoristas, uma metrópole que beira à loucura, uma metrópole que tem reservas de generosidade e heróismo, uma metrópole que poderá ainda fazer aquela manobra certa e salvadora de nossos destinos, há muito confiados em sua direção sábia, destemida e corajosa.

19. Então vamos aguardar com expectativa crescente este momento único, esta primavera equinoceada, como estamos esperando a chegada para hoje no hemisfério sul do solstício de inverno às 17:16. quando o astro rei terá em sua evolução a maior declinação em latitude e veremos a noite mais longa do ano.

20. Me lembro de Giovanni Papini, o poeta do encontro com Deus: ".... todas as palavras que fazem os homens viver, vieram dos montes, das selvas, dos desertos, das planícies solitárias, onde só as cotovias tem seus ninhos..."

sexta-feira, 17 de junho de 2011

As luvas da sensibilidade

   As luvas da sensibilidade

                             O trânsito e a cara da cidade

1. A gente observa, na maioria das vezes, a total ausência de cordialidade dos motoristas de veículos automotores da capital. A pressa insana origina-se do trânsito agressivo, ostensivo que leva seu condutor, da mais diversa faixa etária, sexo e condição social a disputa na defensiva dos centímetros de espaço que o separam de seu "opositor", "inimigo", "concorrente".Desculpe-me os termos, nada pessoal.

2. A frota aumenta no ritmo da verticalização, os engarrafamentos fazem parte da leitura ótica, na prática a lentidão esquenta os ânimos, emperrra a agenda, tem pressa de chegar, tem pressa de sair. O simples fato de colocar o nariz do carro na rua traz riscos assumidos. Um bom seguro ameniza os prejuízos, caso venham a se concretizar.Isto sabemos de sobra e na dobra da esquina uma manobra arriscada e lá vai aparecer toda a problemática, isto sem mencionar as enchentes que viraram cartão postal ao avesso.

3. Rimar é uma forma de amar, ela traz alertas, que nunca são demais lembrar.Ao deslizar no papel o trânsito e a cara da cidade que amamos, queria transportar o leitor para algumas considerações. O intuito delas é exercitar a reflexão, cuidar da saúde mental, pois  a situação descrita desalinha a calma, na agitação que a todos indistintamente assola. 

4. Há muito tempo me ausentei do volante, me tornei carona ou passageiro, que se senta confortavelmente nas poltronas, quando se consegue um lugar,ou viajo em pé por horas seguidas, espremido nos coletivos . Criei uma segunda natureza nestes momentos, a abstração. De suas janelas entreabertas  avisto a epopéia de se viver na metrópole, a nação - cidade do tamanho de seus constrastes.

5. Ficção e realidade andam juntas no solo bandeirante, de mil batalhas, mil conquistas, mil alegrias e mil tristezas. Uma delas aconteceu recentemente com a morte trágica do ciclista pioneiro do mundo bom e da qualidade de vida, Antônio Bartolucci. A repercussão ganhou as manchetes de jornais e o mundo todo se abismou com a falta de segurança que os ciclistas enfrentam no trânsito daqui. 

 6. Afastada que está do mar , no ponto mais alto, esta cidade está constantemente sujeita às variações do clima, esfria, esquenta, tudo junto no mesmo lugar. Tem dias de neblina, manhãs de sol a pino, tardes de chuvas, noites de céu limpo.


7. Aqui tem gente que canta,  proseia,  ponteia  os  aconchegantes        bares da pompéia, dos cafés  espalhados em várias regiões, tem pratos típicos, restarantes chiques, o boteco que serve a saborosa carne de sol e macaxeira, um cardápio de deixar francês alimentado.

8. Tem  cantina  de massas  italianas, casa  do norte, sarau na rádio Atual,  livrarias de grande cabedal, Martins Fontes tradicional e Cultura sensacional, arrimos financeiros, morador de rua, Igrejas, Catedrais, comerciantes do bom pano, magazines que um espanto, Luiza, o báu arrematado do Silvio Santos.

9.  Tem gente constantemente falando no celular, outras  plugadas noite e dia nos cybers da internet, executivos  de  gravata, damas de salto alto e tailleur  nas repartições da economia, artistas nas serestas do happy hour felizes, malabaristas nos semáfaros, os que engolem fogo nos picadeiros animados.

10. Tem teatros do bom gôsto, pubs e shows nos sescs de gabarito, no ibirapuera, funchal, estádios de futebol, torcidas organizadas. Esta é a minha cidade que amo, repito! Tem estrangeiro pedindo asilo, o alimador de facas com seu apito.

11. Tem gente que calça a arrogância, outros pregam a tolerância, tem anéis de falso brilho, tem riqueza na poupança, tem rumos tortos, tem túneis, viadutos metrôs, táxis, automóveis, tem seguros, hospitais, farmácias, mercados hipers e os de bairros, shopings badalados e a vendinha do bom preço, planos de previdência, muita gente em evidência, tem mídia, oráculos, medidas perdidas, chegadas partidas e lá vamos nós...

12. Cantei um lado da moeda e ainda falta limar o bronze com franqueza e estilo acanhado, vou prosseguir nesta cidade onde canário costuma posar de astro na esperança do oscar premiado.

13.Esta é a cara da urbe, pois mais que se  fale dela o assunto é sem fim.Ela tem potencial para atualizar seu destino, na disputa acirrada a cara ficou para baixo e deu coroa na palma de sua  mão.

14. Por hora o zinabre a encobre e ofusca sua límpida vontade de ser o pêndulo de gerações serenas e infelizmente se posiciona na contra- mão na  busca delirante de tira teimas sem lastro na verdade plena.

                                   A    manobra

15. A arena moderna das pistas exige do postulante ao volante, reflexo, golpe de vista. Encouraçado e coberto pelo elmo de lata, lá está ele de prontidão, levando a coroa, trófeu ganho nas justas diárias. A disputa é frenética, mãos à buzina, pés no acelerador, embreagem e freio motor. 


16. O  armistício  não  foi  firmado,  a  locomoção  que  deveria ser tranquila e
segura deixou de ser uma lisura e a tourada dá início, onde homem e o  touro de lata, pares aliados, enfrentam, ferem e matam o opositor ao seu lado.

17. É uma batalha diária, tem máquina leve, pesada, nova e usada. Todas enfileiradas, aguardando o comando do seu piloto. O pano amarelo, vermelho ou verde determina a evolução subsequente. Outros aguardam a licensa para se aglutinarem nas rampas envenenadas.

18. Quem perde, quem ganha? Todos indistintamente, os pedestres assistentes, os ciclistas, ao lado. O toureiro sentado no touro acinta o objetivo focado e parte para as justas mecânicas, abastece os pensamentos e segue em frente obsecado.

19. Quem perde, quem ganha, o placar eletrônico enumera os riscos, as estatísticas atualizadas revelam: "Todos ao mesmo tempo!" Ganha tempo aquele felizardo que consegue se safar, perde a vida ou se machuca aquele que a má sorte contemplar.


20. O touro de lata vence sempre, pode acabar indo para a oficina, depois do pit stop sai novinho em fôlha , cheirando a cêra cristalina ou se der azar o proprietàrio da rinha que segura o prejuízo, não fazendo de rogado encomenda outro mais possante para desafiar o adversário.

21. Eles possuem pés redondos e rastros compridos e cumprem velozes sua missão de transportar alguém a algum lugar, tornam-se perigosos na pista e pode se tornar um impaciente gladiador trazendo para si ou para outrem a notícia derradeira. Aconteceu em 14/01/2009 na av. Paulista, centro financeiro da capital Paulista e ceifou a vida da ciclista Márcia Regina de Andrade Prado.

22.A coroa de bronze assiste do camarote o embate e espera o momento para laurear o garrote. Há muito que deixou sua ocupação primordial, o que vale para ela agora é o suporte, a logística, , as novidades, o barulho, a velocidade,o prazo de entrega consome sua permanência.

23.É a revitalização do ideal do homem de seis milhões de dólares, cada vez mais perto correndo na via expressa.Ele consegue uma excelente performance alimentando-se com o elixir da tecnologia, mas na realidade as vidas humanas envolvidas no trato não recuperam a vitalidade destronada de suas vidas.

24. Quão longe distamos do homem do coração de lata que conseguiu um dia amar... encantando gerações, exemplificando lições na pena mágica de L. Frank Baum, estas lições são desconhecidas ou parecem ser na mente dos toureiros modernos mais afeitos ao estilo biônico de Steve Austin.

25. Ficção com sua ficções... O trânsito atual vai aumentar e permanecer em alta por mais dezenas de lustros adiante. Tendo em vista que "seis milhões de barris de petróleo por dia", prevê a Petrobrás - Economia Diário do Comércio 09/06/2011. Então os combustíveis fósseis ainda pretendem abastecer a atmosfera por tempo indeterminado.

 26. As luvas da sensibilidade estão ao alcance de todos nesta cidade, gratuitamente, sem pedágios, à disposição nas galerias do coração. Elas acenam indicando  e desejando aos irmãos que os volantes trazem, a saida e a chegada nos destinos da paz, sãos e salvos.


26. As luvas da sensibilidade tornam-se guias competentes nas manobras da compenetração, exalam o perfume da generosidade e o respeito na diversidade, sinalizam na gentileza compartilhada na pista uma viagem segura. O motorista ao lado é parceiro na vida, na pausa para o cafézinho verá que seu sorriso largo valeu os kilometros rodados.
Helder Tadeu  Chaia Alvim

terça-feira, 14 de junho de 2011

O ciclista e a curva da historia

>Solicito aos leitores solidários deste blogger, um minuto de silêncio em homenagem a todos os ciclistas que tombaram em defesa do planeta sustentável, principalmente Antônio Bertoluci.
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O ciclista e a curva da historia
1. Mais um ciclista morto pela estupidez do trânsito na cidade de São Paulo -Brasil. Desta vez foi o empresário Antônio Bertolucci, um homem de hábitos saudáveis, se utilizava da bicicleta diariamente quer para lazer, quer para ir ao trabalho,  a padaria,ao mercado. De carácter reto e bondoso, era um esportista entusiamado pela natureza e fazia questão de deixar seu carro na garagem para dar o exemplo de um mundo melhor, mais respirável e totalmente viável para as futuras gerações.Por isso a razão de estar pedalando com semblante sereno e alegre no momento fatídico que colheu sua existência para sempre.

>Dia 13/06/20011 vai ficar na história desta cidade, coincidência ou não é também a festa do seu onomástico Santo Antonio, o nome secular do frade franciscano era Fernando de Bulhões, de origem portuguesa, depois tornou-se doutor da Igreja na ciade de Pádua na Itália. Costumava pregar para os peixes e tinha em comum com Antônio Bertolucci um amor forte e consciente à natureza  e às ações simples e eficazes em prol do semelhante.

2.No duelo de titãs, o dióxido de carbono está vencendo o ser na realidade paulistana nua e crua, fez várias dezenas de vítimas só este ano e no passado ceifou a vida da jovem Márcia na Av. Paulista e creio que em outras partes do Brasil a situação não seja diferente.

3.Será que vale à pena tanto progresso,tanta correria, tanta falta de qualidade de vida, se as máquinas fatais estão aí por toda a parte prontas para derrubar e matar nossos irmãos, os mais lúcidos e coerentes com o planeta terra.

4.Essas máquinas mortíferas da modernidade sairam da ficção, invadiram a faixa dos ciclistas, não estão nem aí para o artigo 201 do código de trânsito e estão sobre rodas cada vez mais velozes e furiosas, imprudentes, inconsequentes medindo fôrças, movidas pelos combustíveis fósseis contra os seres humanos, criados a imagem e semelhança do Criador.

5.Ontem por volta das 22.hs aconteceu um protesto dos ciclistas na av. paulista, iniciado antes no local do acidente, praça Caetano Fraccaroli aquela que dá acesso a alça de entrada para a avenida Sumaré. Um ato silencioso, inconforme mas grandioso em memória daqueles que se foram, os heróis ciclistas que em vida protestaram forte, que começaram a mudar a realidade, por isso mesmo regaram com seu sangue o asfalto da maior metrópole da américa latina, São Paulo.E não será em vão Antônio Bertolucci, Márcia e tantos outros, paladinos de uma nova era, lúcida, sincera, despoluida que nos espera.

6.Posso ser poeta, posso ser escritor, posso ser ciclista, posso ser motorista, posso ser pedestre, posso não conformar, posso não blasfemar, mas "etá vida marvada". Enquanto escrevo isto, ouço as aceleradas dos ônibus, dos carros, das motos, vejo muitos avançando os faróis, vejo a caoticidade do trânsito, os ânimos se emperrando... Até quando!

7. Estaciono meus rascunhos na gaveta,com cuidado, uma sensação triste volta a minha mente mais um amigo se foi, de uma maneira inusitada, bárbara, pedalando pela solidariedade, defendendo-nos, alertando a  terra ameaçada,e não por alienígenas, mas pelos seus próprios filhos.

8. Segunda-feira 13, dia de Santo Antônio, o santo sábio, humilde,que não posuia rompantes de grandeza, amava o próximo e se imolava pelo mundo bom. O frio aperta, gela o pensamento, o jeito é "quentá" longe do burburinho ameaçador das ruas, uma sopa de letras e prantear em prece por esta perda irreparável e formalizar a indignação.

9. Ouço o grito mudo de milhares de vozes estupefactas exigindo pressa, aquela da lentidão na construção de faixas exclusivas para os ciclistas. Não trata-se de miragem, a cidade não vai parar, e sim adequar à realidade, proteger os ciclistas das turbulentas quatro rodas. 

10.Ouvi de Nino - o homem tuaregue, das aventuras palmilhadas no selim da Tenere robusta, já se programando para desbravar paises irmãos da américa, futuramente neste blogger a façanha pelo seu olhar intuitivo conhecerão.Me relatou minuciosamente o jeito que é na cidade de Aracaju a vida dos ciclistas um chuchu de beleza.

11.Como foi dizendo o sonho tornou-se realidade para os ciclistas daquela bela cidade, pedalam nas faixas demarcadas com toda a tranquilidade. Tomei conhecimento também de uma carta do ciclista goiano no buscador Google demonstrando um plano inteligente, inspirado no modelo de Aracaju, para Goiania do coração da gente assinado pelo - mailto:pelGrupo@pedalgoiano -  vale a pena conferir na íntegra.

12.Voltando para cá de olhos lá em Aracaju luminosa, nossa metrópole ufana-se de seu pib gigante, centros financeiros radiantes, tem movimento de colosso, azeitona sem caroço, economia forte,a locomotiva supersônica que puxa os destinos da América Latina, eu diria que vai ser o pêndulo do futuro.

13.Os olhares globais começam a perscrutar o Brasil.Será que se posiconará à altura quando desposar a hegemonia? Será que seus dotes, de riquezas naturais, sustentabilidade, valores morais se conservarão intactos? Ou serão violados pela lógica emburrecida  derrapando nas pirambeiras oportunistas, enclausuradas nas berlindas mal iluminadas de uma soberania patética ou permanecerão perenes em consonância com o pulsar do verdadeiro sentimento nacional. São perguntas sobre as quais seria fácil de responder hoje e difícil de acertar amanhã.

14.A metrópole que amamos tem anseios legítimos e um deles agora em foco, dado o acontecimento trágico que vitimou seu filho Bertolucci é a questão urgente das ciclovias permanentes. Se a cidade é esta potência que acreditamos ser terá condições, engenharia suficiente para estar a altura de sonhos latentes.

15. Não seria o caso de importar a medida que deu certo, implantando a idéia de Aracaju pioneira, neste solo bandeirante, chão de todas as nações, a São Paulo da interrogações, das projeções verticalizadas, das consecuções planejadas?

16.Assino estes versos tristes, coração amargurado ao lembrar a sina dos antonios martirizados, massacrados aqui, lá, acolá... e afirmo que não cabe discriminar, delimitar o ir e vir sobre duas rodas dos ciclistas solidários na São Paulo moderna, antiga, futurista empenhada sempre em mil razões, sufocada por mil senões. Racionalizar é uma forma  altamente  produtiva de amar... Vê lá, hein!!! 

17.Me estendo porque entendo ser a pauta urgente do gabinete, da diretoria que rege o destino da maior e mais bela cidade que conheço, estudo e mereço sua atenção sempre. Tivemos "a cidade limpa", um sucesso que o prefeito Kassab merece ser lembrado. Agora é a vez da cidade ciclista. Competência e logística não faltarão na planilha diretriz.

18. O governo da cidade nação , constituido legítimamente pelo escrutínio popular dará vazão ao seu anseio, saberá afastar  o lobby do cambão ligeiro para a cidade respirar. O ar, as ruas são de todos, ciclistas, automobilistas, pedestres. A qualidade de vida é um bem maior e não dá mais para protelar.

19.Versos sentidos, versos partidos, versos engolidos à seco, sensações verticalizadas de uma partida não prevista, digerida ainda crua, sem o tempo necessário ao forno quente, sem o ombro de um amigo confidente, dirigidas hoje àqueles valorosos ciclistas - precursores humanistas das mudanças de rumo, construiram a balança de prumo certo, e não puderam usufruir a beleza da vida, das pedaladas infindas, das avenidas partidas, pela tristeza de uma recente  perda.

20.Colhemos na delicadeza das pétalas espedaçadas a certeza de seus gestos bons, a esperança que resta, a réstia de luz que sonhou viajar o planeta, no equilibrio dos pedais, nos raios partidos, assentando em selins de panoramas imprevistos, nos quadros que encerram a direção segura dos prognósticos sem fim.

21.Protagonizaram momentos felizes, nos guidons das cicatrizes, nos capacetes que impediram quedas fatais, nos sorrisos nos lábios da familia unida, que hoje chora a ida, o destino atroz, que o trânsito roubou num instante fugaz.

22.Na corrente que avança, nos elos que os irmanam enxergamos seus braços que acenam abraços de paz, hoje silenciados, triturados nas nulas ruas, vazias que estão sem os pedais de ouro que o tempo ofuscou.

23.Na brisa que sopra um canto de luz diáfana, ouvimos suas vozes em coro torcendo pelo planeta terra que habitaram e hoje a realidade divina os envolveu completamente com seu manto etéreo de mistério.

24.Estamos atravessando a turbulência exata e o vácuo nos espera se não mudarmos o leme, nem mesmo o piloto mais experiente, com horas consagradas de vôos poderá nos safar do perigo iminente.A nave terra, mal sustentada, adentrou em uma zona única e atípica, esta é a curva mais perigosa de sua história e uma manobra mal feita e lá vamos nós todos, indistintamente, para o beleleu, sem volta. 

25.Texto longo, rebuscado, fora dos tópicos normais? O poeta mínimo resolveu encher o máximo este blogger, esticou a linha e não vai parar mais de falar gente sensata, dirá alguém, meu camarada.

26.Obrigado amigo pela lembrança, você deve concordar comigo que este acontecimento mexeu com os ânimos adormecidos da população, e me incluo na lista. Vou me estender mais dois a cinco tiros de pedra e terminar de atravessar esta cachoeira incerta.

27.Estas são as lições que nos deixaram o episódio triste amplamente chorado, lastimado por extenso, em prosa elaborado e em versos cantado em coro com todos os ciclistas do mundo.

28. Apresenta-se como uma pálida verdade do que vai patente na mente das pessoas realmente preocupadas e sobressaltadas com o destino nada bom que nos espreita na citada curva da história.

29.Num dia fatídico, na av. Sumaré em São Paulo rodas emborrachadas conduzidas pela impericia e imprevidência de alguém, nocautearam, ausentaram do convívio da família, e das ruas amplas a vida benemérita de Antônio Bertolucci.

30.Partiu de uma forma trágica um homem, um pai, um espôso, um avô amado, um amigo  dos amigos de seus amigos, um ciclista pioneiro e desbravador das paisagens paulistanas, um própero empresário da Lorenzetti. Deixo aqui meu aperto de mão aos seus familiares, meu abraço de condolências, meus pêsames sentido no fundo do coração de um poeta ciclista, que na infância e juventude percorreu vales, planicies, montanhas da estância Pirineus adorada e hoje pedala nas rimas soltas e livres em demanda do mundo bom  como queria Antonio Betolucci.

             Conclusão

a) Ao finalizar este tema candente espero que as mudanças estejam a caminho, a passos largos, pedalando outra realidade, sem atropelar os anseios da população senão terá sido em vão tantos sacrificios juntos, tanta abnegação dos ciclistas, atualmente na lide sagrada das pistas, e outros que partiram e assistem dos selins eternos a perfomance adoiadada da sua mãe terra devastada. Por sua ótica intuitiva, observadora eles não simplesmente pedalam flanando aos ventos dos acontecimentos, mas afirmam conceitos que praticados trarão a solução para a crise de montão que hora nos encontramos.

b) Eles nos fazem compreender em sua evolução simétrica e calculada nos mínimos detalhes, que a modernidade bem entendida passa longe do mundo desenvolventista atual, que descarta valores, cultiva pavores solapando repticiamente a solidariedade, a humanidade, que nos priva de um tempo maior com a família, os filhos crescem longe dos pais, longe do calor humano e mais tarde serão para seus filhos, país ausentes e daí por diante numa escala decrescente de valorização pessoal negativa.

c) Na sua evolução harmonica fazem nos sentir que a vida, passageira do tempo, roda ininterruptamente e deve ser vivida em função da amizade, da cordialidade de verdade.

d) A lição que nos ensinam, não frequentam as cátedras magistrais,a pós e a doutoração. Sim aguçam nossa imaginação para o carácter belo nossa existência, dos passeios em grupo nas manhãs ensolaradas, nas tardes bucólicas do concreto armado.

e) A sua simples presença no trânsito nos transporta para outro universo mais ameno, alegre, sem crises existênciais, suando a camisa em mudanças radicais, andanças fenomenais.

f) Ao passar por nós, estão sempre atentos aos pedestres, tem um sorriso cordial estampado nas suas faces queimadas pelo "sol" da capital, geralmente em bando, nunca perdidos, sempre orientados pela calma e reflexão que seu veículo proporciona a eles.

g) Enfim, ciclista e bicicleta são um só todo, não há dicotomia em sua peregrinação. Respeitam a natureza, a sustentabilidade, são cidadãos e merecm respeito e atenção. Se você não é, torne-se ciclista do asfalto, pedale com gosto, acenda o entusiasmo e aproveite da vida este bom pedaço.

h) Amanhã quando a rotina voltar e descer sua cortina de tédio, ative seu bom senso, pegue a bike e dê um giro envolvente, encontrará muita e muita gente que pensa e vive igual a você. São os ativistas do bem da nossa metrópole, anjos da guarda do planeta, as reservas de generosidade e heroismo desta cidade e ninguém tasca.

I)I terminou assim:- Amigo dê uma chance para si, dê uma chance para a fé na humanidade, olhe mais para o irmão, pedale, pedale ao som da canção dos ciclistas que se foram, abraçe com vontade os que aqui estão, escreva no guidon um poema e viva no selim a razão plena.

Helder Tadeu Chaia Alvim