segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Momento Prazerozo X Notícias Preocupantes

1.É prazeroso estar aqui, enquanto se tem fôlego pensar e confabular com você meu amigo que tem a bondade de me escutar sempre e te digo mais a intenção deste conversê é para refrescar a cabeça estonteada por tantas notícias. Pensei em considerarmos juntos o aumentativo, alás tão a gosto do jeitinho nosso, brasileiro de ser. Se é ligado em esporte o brasileirão tá quente e apertado para os timões em pauta. Quem não gosta de saber e planejar o próximo feriadão de fim de ano? Quem não respeita o canzarrão do vizinho que sempre fica a espreita quando a gente passa desavisado e tranquilo? Que susto hein? Já passou por isso? Eu também, eh! eh! eh! Que sufoco ter que tomar o buzão numa sexta feira chuvosa de trânsito congestionado! É melhor pular esta parte pois se não o suor vai engrossar. E que mais? Hã, e que delícia aquele dogão do Maurão depois da balada na Vila Madá - e de aumento nossa lente de grau não padece do mal da solidão. Aumentar é desejar que tudo que aconteça ao irmão seja bom. Tem até loja Bonzão - bar do Netão - lava rápido do Luizão- blog de Eldão. Quantas e quantas palavras não caberiam para ilustrar a questão.

2. O sujeito é fanfarrão, ricão, pobretão, super e super citações de montão... É nem tudo são flores e alegrias no canteiro de nossa oração. O brasilzão vai mal das pernas. O mal que o acometeu é a corrupção, ja´tão dizendo nas ruas e praças aquelas piadas: certo parlamentar, vamos lamentar: mensalão antigo, o novo agora é diurnão das meias e bolsos dos ternos executivos políticos na passarela da fama ao avesso.

3. Que Deus, meu amigo e a Virgem de Aparecida, mãe solícita nos ampare e alumie pois assim não dá pé meu povo brasileiro afeito a acreditar que algum dia tudo vai melhorar. Otimismo à parte estamos à beira de um desastre. As instituições, os mandatários legítimos precisam adiantar as soluções cabíveis e dar mais esperança e leme firme aos destinos de nosso país nação! Falar de ética em vésperas de eleições é moleza, agora o exercicio consciencioso dela é dureza. A política passa como os ventos lá prás bandas do meu sertão, no entanto fica o Brasil altaneiro, Terra de Santa cruz da bondade e das perspectivas melhores para o futuro. Cicero da tumba onde jaz estremeceria se fôsse cidadão brasileiro e certamente se levantaria com suas catilinárias - para invectivar em riste os desmandos daqueles que fazem uso das diurnárias. Será que ninguém se atreverá a chamar para si as dores da nação canarinha?

Helder Tadeu Chaia Alvim

Nós e os Nossos Nóis.

a corda Brazil!
1.É gente sensata a coisa tá braba e a tendência é piorar. O material humano está falho ou melhor não está correspondendo à sua vocação histórica de amabilidade, cortesia e pureza de intenções. O dito progresso é fato presente e com ele veio a decadência dos costumes e a descrença no sobrenatural. Houve em determinado momento uma dicotomia entre espírito e matéria. No mundo velho enviseirado prevaleceu o ter, a cobiça e a ambição desmedida. E o ser fora há muito relegado a um artigo de 5ª categoria nas prateleiras do sentir moderno.

2. E o Brasil, inserido não quiz ficar para trás na corrida ao consumismo e aos vários ismos. É a moda de tilintar a chave do carro nas rodas de amigos pegou, contar feitos financeiros e olvidar principios primeiro, fazer uma composição de meio termo entre o bem e o mal. Levar a banho maria situações para desafôgo das multidões delirantes... Não estou pesando a mão simplesmente relatando o quinhão que minha geração colheu e passou para frente. Se a gente não puder falar o que será de nós e dos nossos nóis.

3. E para não ficar só na conversa que me propus a tentar desatá-los, tarefa árdua que sózinho nada conseguiria, se para tanto me ajudar o amigo, a nossa união vai fazer a diferença, juntamente com os esforços somados de toda as pessoas de bem da República Democratica do Brasil. O quadro mencionado a seguir é preocupante e triste - não é novidade o que vou falar, apenas troca à miudos o que a mídia escrita, ouvida e televisada já tem noticiado com critério e postura séria. É CHEGADA A HORA DE REVERTER O QUADRO PESSIMISTA E EM SEU LUGAR PENDURAR NAS PAREDES COLOSSAIS DO BRASIL O VERDADEIRO QUADRO DA LISURA E HONESTIDADE QUANDO NO FUTURO NOSSOS FILHOS AO CONTEMPLÁ-LO PODERÃO SE HONRAR DA SUA NACIONALIDADE BRASILEIRA.

4. E o velho Brasil, potência emergente do século XXI, com a marca elevada de mais de160 milhões de aparelhos celulares comercializados - nunca se comunicou tanto- apareceu mencionado no 75º entre os mais corruptos. Não avançou desde 1995, nem sequer um décimo e recebeu na sabatina nota baixa: 3,7,,, e ponto final,. As conclusões deixo-as ao leitor, cansado desta realidade, uma sombra maléfica que nos acompanha e cresce a cada dia numa velocidade  espantosa. Há muito as tênues fibras, costuradas por mãos inescrupulosas destoa da vocação de grandeza que Deus reservou desde os primórdios às terras brasileiras. O que vemos no prosaico é que o venha a nós fez seguidores e ao nosso reino - nadica de nada sobra!!!

5. Embasado pela reportagem da maior importância, séria e bem fundamentada do Diário do Comércio (18/11/2009, pág 6 -Política) fundamento meu parecer: "Brasil o 75º entre os mais corruptos -Índice que abrange 180 países, foi divulgado ontem pela ONG Transparência Internacional."
Infelizmente é fato e não há como negar a matéria estampada.Naturalmente meu coração e de todos os brasileiros deu um nó amargo e engolimos seco. Ficamos chateados e nos sentimos traídos e enganados. Me veio à mente as figuras de Iscariotes, Plutus, Cleopatra, bastiões notórios e diplomados no fazer da propina, impunidade e corrupção. A realidade histórica, não deixa dúvidas que eles representam em sua época, a seu modo,as várias facetas do enleamento da corrupção em último grau. Opinião minha, não espero concordância unânime, mas arrisco a citá-las na concomitância atual. O tempo passa e ter o nome associado a esta instituição maléfica é a pior coisa que possas acontecer a um indivíduo nesta terra e mais tarde nos tribunais indescritíveis de Deus.

6. Nas antípodas gloriosas visitemos o arcanjo Miguel, Moisés, o Legislador do Povo Hebreu, Agostinho, gênio de Cartago, Dr. Ruy Barbosa, brasileiro e advogado peclaro. uma mesa redonda, guardados os devidos respeitos, confabulemos com eles nossos iguais direitos. Eles revidarão que o embate entre o bem e o mal é mais antigo doque se possa equilatar. Miguel no ínicio dos tempos com seu mote universal desafiou Lúcifer, perplexo: Quem é como Deus? Quis Ut Deus? Judas Iscariotes não pestanejou e entregou seu Mestre por 30 moedas. E dele, o Evangelho traz a citação: "Melhor fora qyue não tivesse nascido- Melior est si natus non fuisset."

7. Caio Júlio César, lendário organiza o império romano é assasinado em pleno senado, entre eles estava seu sobrinho e filho adotivo:"Tu quoque, Brutus, filli, mi?" Daí a origem do termo brutalidade. Cleopatra, corrompe todo o imperio augusto dos imponentes e invencíveis Cézares, fazendo uso, não de armas, mas de manobras políticas, artimanhas e enredandos aliados aos seus planos perversos, ela foi a perdiçaõ de um César apaixonado.

8.Moisés, condutor do povo escolhido viu a injustiça e defendeu seu povo da tirania egípcia, passou poucas e boas no deserto durante quarenta ininterruptos anos.É um mistério pois o deserto poderia ser atravessado naquela época em poucos anos, mas devido a dureza de coração dos hebreus eles ficaram caminhando em círculo. Daí a demora de quatro dácadas para fazer a travessia. A missão e vida deste gigante bíblico é marcada por sinais e milagres, recebe de Deus no Monte Sinai a tábua da lei ou decalogo e trava batalhas imensas para o povo eleito trilhar a via correta.

9. Santo Agostinho, padre da Igreja, conhecedor profundo do ser humano, homem à frente de seu tempo, prevê a derrocada do império romano e peita os bárbaros com intrepidez e critério.Deixa delineada a cidade de Deus em contraposição à cidade dos homens.



10. Rui Barbosa, aquele que mereceu em 1850 de D.Pedro II AS PALAVRAS IMORTAIS:
"Nas trevas que cairam sobre o Brasil, a ùnica voz, no fundo da nave, é o talento de Ruy Barbosa." Filho do nosso quintal, a Águia de Aia deixa como legado as palavras que até hoje ressoam impressionantemente atualíssimas: "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto."



11. Tentei ilustrar um tanto o assunto da corrupção tão antigo quanto a história do mundo e que envolve até legiões de anjos da hierarquia divina. No Brasil ela já está saindo pelo ladrão, empurrando debochada e com descaso o dique da probidade, corre-se o risco dela ruir a qualquer momento. Já se faz tarde e o anoitecer da humanidade se aproxima, carregado de nuvens espessas de preocupações e perigos. Tão presentes são as palavras do mestre da sublimidade, Agostinho de Cartago se a sociedade observar os dez mandamentos da lei de Deus na integra e sem emendas, cessará de imediato todas as influências deletérias da cidade dos homens e brotará das pedras a benfajeza cidade de Deus. Que tal? É uma probabilidade, porque não levá-la em conta?

Helder Tadeu Chaia Alvim





terça-feira, 17 de novembro de 2009

a verbosidade muda e o mundo bom

a verbosidade muda e o mundo bom
1. Escrever é a função do poeta, aparelhar rimas, traçar rumos nas exatas retilíneas da inspiração, as coisas mudam, crescem em volumoso conflito de ideias vãs e se apresentam nas praças, ávidas de notícias sensasionalistas, dizem ser para quebrar a rotina...

2. Abarcam o universo e em determinado momento submergem os versos sensatos e na sua verbosidade muda os rumos de um universo em versos e acabam por anular o sonho ainda não concretizado daqueles poucos que ainda ousam alinhavar linhas não costuradas ao saber moderno.

3. Mas o poeta corre o risco de acreditar no forex da poesia e consegue emergir para dar seu recado que merece atenção. Os dias correm e as ocupações consomem o frescor de intenções nobres, acenam para o imediatismo, pavoneiam em ritmo sombrio, lá na frente verão que ele tinha razão.

4. Em outro momento, se consegue deixar anotado e divulgar como pode, o tempo traiçoeiro, outrora aliado se incumbe de envelhecer sua existência, menosprezar sua inteligência, pouco causar sua essência e não há medicina que o soccorra e ele com tristeza vê o mundo bom a cada dia se distanciar das mãos da humanidade.

5. O aparato do ter amolece o ser que se torna refém de distantes e estranhos amanheceres,
no fim que lhe aguarda resta um travesseiro aconchegante, confidente de seus pensamentos inquietantes. Amanhã ele acorda e dará mais um passo cambaleante desejanto que chegue logo o anoitecer que irá esconder seus anseios de gigante liliputi.


6. Mas a caminhada continua do nada se acentua as poesias tostadas pelo forno da preparação conhecem finalmente a luz das praças, ruas e vielas que dizem: - Poeta, achegue mais perto, seus versos ao serem declamados se somaram aos esforços conjuntos de outros poetas de esquina e assinaram ao Grande Arcano Mor a petição e a resposta não se fez tardar: - O mundo bom ainda vai surgir e trará para a humanidade felicidades, harmonias e paz de montão. Aguentem firmes, reunam esforços de todos os homens conscientes, continuem na trilha simples, abram a cada dia seus corações para a beleza da natureza, para concordia e o sentir corretos pois a primavera eterna para a humanidade há de vir...

*Este blog Rimas de um poeta minimo completou  4 aninhos  em outubro de 2012 e ele não seria nada se não fosse seu olhar atento e carinhoso prezado amigo que me lê. Portanto agradeço sua fôrça e estímulo em me a ajudar a idealizar mundos, tentar mudar os rumos de um universo em versos. E vc que está acessando pela 1ª vez hoje as rimas acima, se sinta em casa, amigo.


Helder Tadeu Chaia Alvim

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Os Três Ritmos

A vida de cada ser humano tem a meu ver algo de: Poético - Patético - Sintético . A poesia consiste em conversar com o sol, a lua, as estrelas ver o cotidiano através de um prisma  diferente,onde ele desencana, projeta sonhos de meiguice, aproxima-se do sublime,alça vôos na planícies das incertezas, plaina acima das sensatezes corretas, enfim, desliga-se da terra, contempla outras serras, não vive de quimeras, acredita piamente em uma nova era, lúcida, sincera que nos espera...

Não deixar que o patético atrapalhe, espalhe ondas de pessimismo enlouqueça comovendo nosso bom estímulo, escasseie os sentimentos de brio pavoneie em ritmo sombrio

Síntese sem recheio, mero devaneio, artificial na prática, duelo de opiniões, mesmice e pura paixão, que sufoca a doce poesia, não enlaça a humanidade, desgasta a simplicidade, subtrai da mente a elasticidade, em nome da dita praticidade

Agora que você conhece os três ritmos, cabe-lhe escolher com quem deseja se envolver, veja lá o que vai fazer!

Helder Tadeu Chaia Alvim

A bola e a menininha

A bola e  a menininha
A manhã se avizinha do seu fim e aquilo para mim teve um ar docemente triste. Os carros se acotovelando, no estresse engalfinhando-se. Os pedestres, coitados se apressando no cotidiano sem parâmetros. A mãezinha solícita conduzindo a criancinha sorridente, entrementes de sua mão escapa uma sacola, que por sua vez rebola entre os pneus sem dó. Repica aqui e acolá a ventarola ajudando a se distanciar cada vez mais sem que ninguém ousasse socorrê-la. E ela, a menininha em prantos, não havendo santo que a console. E um ciclista desavisado recolhe a sacola e para longe some. A menininha em prantos se consome.

Helder Tadeu Chaia Alvim

2ª Feira de Trampo

1.Toda gente quer chegar, tem pressa se imprensa, não impressiona, só pensa em ultrapassar. Eu prefiro alongar as distâncias, encurtar as instancias, descansar nas estâncias, distanciar-me do trânsito caótico, aproximar-me do pranto poético desviar-me do lamento patético

2. Quem idealizou tal progresso? Sei lá! charada presente nesta estrada, ausente, inconsciente: Vilarejo -Realejo -Lugarejo

3. A felicidade de situação deu lugar à agitação frenética, elétrica sem compensação da metrópole moderna sem compunsão, onde não se houve mais a voz do coração onde predomina tão somente a preocupação

4. Éramos calmos, cautos, solenes, naturais, tornamo-nos calados, cansados, dementes, artificiais Até quando? Por enquanto não sei para dizer, se não adicionarmos calor humano, neurose coletiva tá  prá acontecer, vai saber!

Helder Tadeu Chaia Alvim

A Espera

1. O que espero da vida? boa pergunta - tantas coisas... -Que ela seja mais humana! -Desencana.
-Que o sol nasça para todos! -Discurso tolo.

2. O que a vida espera de mim? Pouca coisa, pois sou parte de um todo, perdido no imaginário de um globo, que inventou tantas coisas, edificou moinhos de vento, mas esqueceu do irmão sedento, semeou tranformações, colheu desilusões modificou situações.

3. Criou valores, enriqueceu penhores, os senhores da situação. Esqueceu o irmaõ sedento, rebento de sonhos,cancioneiro sincero, amigo que quero, de uma amizade que espero seja sincera, burilada, cultivada e mais nada!

4. A vida tem seus segredos, suas máximas, seus rochedos, a natureza clama de tanta devastação em seu seio.Os filhos da terra divididos em seus anseios,esquecem o que acontecer com ela os envolverá de permeio.

5. Tanto consumismo, muitos ilusiosnismos alguns casuismos, prá nada meu irmão camarada!

6. Vida difícil, incrível, mas vale a pena vivê-la vê-la da contramão, percebê-la em qualquer situação,desviar-se dos miasmas, ouvir mais o irmão que passa, valorizar o pulsar do seu coração construir com ele o momento, não destruir seus sentimentos, viver com ele o consenso, entender seus sonhos, interagir o entendimento.

7. Muitas vezes remando contra a maré, andando sobre lodos de loucos calabouços, cantando no ritmo da nova era que nos espera, onde os pássaros enxergarão novamente, os rios soberanos se encontrarão, a rima fará sua morada nos abismos sem casuísmos,onde o sol, a lua, as estrelas nascerão para todos e não haverá mais discursos tolos.

Helder Tadeu Chaia Alvim

E o acordo não saiu ainda???

Amigo,
 Nâo  é necessário ser lente no assunto enunciado para saber que urge um controle rigoroso de emissão de Co2, isto significa encontrar outras vias para o desenvolvimento sustentável, subtende-se um gradual abandono da propulsão à combustíveis fósseis e a tomada de outros movidos à energias alternativas como a elétrica, eólica, ar comprimido, solar e quem diria a energia atômica. Neste contexto seria desengavetar um projeto de cem anos atrás, esquecido para beneficiar o petroleo. E conversa vai , conversa vem não é tão fácil assim, pois a economia global está atrelada nestas bases poluentes, nos combustíveis fósseis, mas o planeta precisa urgente de tais deliberações. Estamos vivendo em tempos de desequilibrio devido as várias interferências do homem na terra. O fator àgua vai se tornar um elemento decisório num futuro próximo e será comprado a peso de ouro nas bolsas dos pregões mundiais, não duvido nada disto acontecer. Importar agua lunar está fora de cogitação,não é mesmo! Tendo em vista que a natureza posssue in fieri inesgotáveis recursos naturais e que o tão esperado acordo de não poluição seja assinado e observado, ainda podemos respirar aliviados por enquanto, pois a encruzilhada se aproxima e se tomarmos o caminho errado, haja protocolos!!! E não sei aonde a terra vai parar! Ouça o que eu digo, acrescente seu pensamento, ainda há tempo de escolher vias alternativas corretas e seguramente viáveis, mas não viaje!!!


Helder Tadeu Chaia Alvim

O Habite-se e o Transite-se

1. Má qualidade no dimensionamento das vigas de sustentação do rodoanel fez a estrutura ceder - conforme me confidenciou um amigo de opinião abalizada- no km 279 da rodovia Régis Bitencourt - que corta o município de Embu das Artes em São Paulo e elas ruiram. Era um cenário parecido a filme de guerra, caminhões tombados, carros atingidos, parece que não houve vítimas fatais, só que com uma diferença não havia atores, nem produção envolvida e o roteiro foi real... Resta saber que vai assinar a direção...

2.Posso falar estive in loco; antes às 18.30 hs. tomei como de costume a lotação Clínicas em direção ao Engenho Velho, transito congestionado na Cardeal naquela 6ª feira 13/11/2009.A viagem durou aproximadamente 2,15; às 8,45 passávamos pelo local , na próxima hora seria palco de um desastre monumental e por pouco quase uma tragédia humana onde num frenesi louco helicópteros sobrevoariam o rodoanel, autoridades estariam presentes, a imprensa e o povo pasmo mais uma vez.

3. Alguém comum observou na lotação antes do desabamento como aquelas vigas estavam com uma sustentação tão pequena proporcionalmente no eixo de encaixe. Sem entrar de cheio na questão, nos dividendos políticos, nos prejuízos materiais e nos transtornos aos usuários pela paralização ocorrida, aguardamos o laudo do IPT e o que se encontra exposto acima ainda carrega consigo a tinta fresca das preocupações futuras da obra em curso acelerado e as indagações dos cidadãos presentes comigo lá...

4. Porque os recursos da alta tecnologia empregados na construção do rodoanel, isto sói acontecer, seu moço? Eu disse, calma gente imprevistos acontecem, vamos aguardar o pronunciamento das autoridades competentes que nos explicarão as causas, não é bom fazer um juízo precipitado desta quase tragédia humana, nem falar agora dos prejuízos materiais vultosos para os cofres públicos. O importante é que aquelas pessoas atingidas que estão hospitalizadas na cidade vizinha de Itapecerica da Serra, se recuperem e agradeçam a Deus este golpe de sorte favorável e apertar a mão daquela motorista do caminhão que teve a presença de espírioto de pular do veículo em movimento - um verdadeiro ninja do nosso povo brasileiro.

5.Sem dúvida que conhecemos a situação antes de existir o rodoanel e entendemos que se trata de uma iniciativa vital para o escoamento do trânsito que circunda a capital bandeirantes. Transitar é preciso, mas com toda segurança,né! O poeta flana ao vento, aquece as rimas, mas também está antenado no movimento. Esperamos que ao ser entregue a obra daqui a 120 dias, antes ela passe por uma vistoria rigorosa de qualidade e que bom seria na presença das autoridades competentes e dos nossos representantes maiores. Trocando a miudo e voltando ao tempo antigo vemos que há uma diferença tácita pois aqueles Saladinos, Carlos Magnos, Napoleões iam para frente da batalha e estes ficam confortavelmente em seus escritórios ou nas repartições ar-condicionadas.
7.Se fôsse naquele tempo das casas erguidas de pau a pique, das pinguelas improvisadas sobre os caudalosos rios, das pontes costuradas de madeira,vá lá! O que não entendemos é o fato que hoje tem concreto protendido, profissionais altamente capacitados, maquinários de última geração, ferro e aço aprovados, cimento com selo de qualidade, areia e pedra à vontade. E mais para se ter o habite-se de qualquer obra, haja chão! E porque não usar o mesmo critério no transite-se das rodovias. Não entendo!

Só sei que os cidadãos e eu estamos aguardando explicações amplas e convincentes e o compromisso que fatos assim jamais se repitam.

6.. Pretendo apagar da memória este dia in faustuoso 13/11/2009. Não sou superticioso, mas confesso que fiquei de cabelo em pé ao presenciar o acontecido. E amparado pelo direito de livre expressão deixo registrado minhas impressões e das pessoas com quem conversei na ocasião.



Helder Tadeu Chaia Alvim

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Tão bom seria...

1. Tão bom seria se a gente acordasse de manhã e visse o sorriso das pessoas, desse um bom dia com o coração entrasse na condução e não presenciasse tanta desilusão não corresse atrás de tanta satisfação não precisasse de tanta competição que o consumismo não fôsse a regra da vida que a moda não ditasse o moralismo de um disfarce a conduta ilusória de todas as classes

2. Tão bom seria que as pessoas ouvissem mais seus semelhantes observassem mais seus semblantes não vivessem com sentimentos inconstantes que a cidadania não fôsse mera fantasia mas verdadeira e primeira preocupação de todo e qualquer cidadão

3. Tão bom seria que o sentimento de amizade não fôsse por interesse ou qualquer outra eventualidade que houvesse mais pão e esperanças em lugar de conflitos desavenças, intolerâncias, discriminações e tantas encrencas que a benquerença fôsse uma instituição e não apenas palavras, significado das páginas de um hinário sem compreensão

4. Mas a realidade é outra, a falsidade corre solta envolve a fatalidade, desvia-se da caridade tira-nos a faculdade de pensar, inebria-se na maldade de um pesar nunca conheceu a bondade, ne m ao menos andou de bonde pela cidade

5. Construiu o mundo da falsa imagem preocupou-se em demasiado com o ritmo desbragado de um progresso mal calculado, injusto de uma obra não acabada delapidou a camada de ozônio e Co2 em quantidades emitiu século tremendo é este em que estamos vivendo entendo, espero em Deus que não sucumbamos pois há de raiar uma nova era para a humanidade sincera

6. Nada deu certo não preciso esclarecer, apenas escrevo versos sabendo que o tão bom seria, com certeza, hoje é ato em potência de forma sem transparência. Mas uma coisa faço aqui, não posso calar-me não ele só aconteceria de fato se os homens procurassem viver mais a essência e não se guiassem só pela aparência. tudo que falo não é para acusar ninguém apenas constato a vida que as gentes têm falo para amigos, eles entendem o que digo e certamente concordam comigo se discordam darão as razões do discorrido

7. Tanto isto é verdade que deixam a comodidade de suas casas a claridade de outros ambientes e se centram calmamente para sentirem numa só voz e emoção outros ventos, outros rumos que bem sabem onde darão

8. Estão escrevendo uma página da história talvez sem glória aparente, mas de memória incontestável É bom estar aqui, compartilhar, sentir este pulsar novo, muitos lhes tacharão de loucos, eles compreendem pouco o heroismo mudo que não constroe muros, que não precisa de alarde o que lhes importa é a sinceridade, a autenticidade, valores predidos outrora mas que começam a serem resgatados agora, vividos, imaginados, propalados sem ambição sem egoismos ou contradições nem créditos nas versões

9. Senão, amigos a vida não seria a vida, apenas um condimento sem sal ou fermento um comportamento desigual, ilusório e passageiro, como lamento. Fogo fátuo sem lastro, artifício que passa, fumaça que embassa e não enlaça a humanidade. Ainda bem que se vê gente diferente que pensa mais à frente de sua época para vocês há de falar mais alto, a voz suave, terna do meu, do seu , do nosso coração abençoados pela generosa mãe terra.

Helder Tadeu Chaia Alvim

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O descompasso entre a linguagem e vida

O descompasso entre a linguagem e  vida
1.O cidadão de rua é um homem simples, igual a qualquer um de nós, porém sem teto, emprego por conseguinte. Todo dia me deparo com ele e tenho observado seu comportamento sui generis, paro uns longos instantes, converso com ele o bastante, procuro entender o motivo que o levou a habitar nas ruas e são tantos... cada um escolhe o seu canto, às vezes canta para aquecer a solidão, bebe para esquecer seu destino sombrio. De vez em quando alguém oferece um cigarro, roupas, angaria comida, quando recebe os gêneros de primeiríssima necessidade cozinha em lata improvisada, arroz, macarrão,legumes, alguma mistura arranjada que partilha com o cãozinho camarada.

2. Já vi diversas vezes sua solidariedade para com os outros colegas de infortúnio.Cada qual conta sua história particular, que ecoa sempre triste acerca do seu abandono familiar. Hoje a realidade fala por si: descontrole emocional, drogas, etc... Em comum vê-se nele o olhar vago, autômato, distante na multidão.

3. Amigo que me escuta, o morador de rua também é gente, escreve poesia, teve carteira assinada, já cumpriu árdua jornada de trabalho até que o infortúnio o colheu roubando dele a família, filhos, o abraço de sua gente amada e aos poucos quase sem perceber veio parar na rua da amargura e encontra-se no estado de quase inanição. Não é possível que aquela que conduz nossos destinos com tanta maestria não disponibilize em carácter de emergência primeiro e depois em estado permanente verbas àquele que leva uma vida a baixo dos níveis aceitáveis à sua dignidade humana.

4. Tudo detalhado, um estudo de sociologia apontaria as tremendas falhas da sociedade atual, o lado perverso da moeda avaliada, mas a finalidade aqui não é dramatizar nem tão pouco culpar ninguém mas apenas relatar a vida que o morador de rua tem.E a partir da ótica de um poeta fazer um paralelo entre dois mundos tão distantes e tão próximos, obviamente.

5. Estamos na era da comunicação RFID da rádio frequência, softwares específicos da tecnologia de ponta.Inventam tantos conceitos, inovam a cada segundo, é de se louvar e admirar a inteligencia humana. Por isso me pergunto, porque que é que nesta cidade altaneira que admiro onde se constroi tanto, dá oportunidade de montão, deixa desamparado o irmão do pranto, sem lhe destinar um olhar de compaixão. Ele, antes de tudo é um ser humano, não agressivo e na maioria das vezes não oferece perigos. Ele e seus colegas emolduram a paisagem caótica desta cidade, apontam sem querer as chagas de um tempo quase sem volta.

6.Problemas, quase todo mundo tem, aperto financeiro nem me fale... Nascer em berço de ouro como dizem - é privilégio de poucos, mas padecer miséria, estar entregue à sorte contrária, frio e fome é dureza forte. O direito de livre expressão, a minha consciência de brasileiro me levaram a escrever este poema na esperança firme que o tema seja levantado na camara municipal, nas autarquias, universidades e lares paulistanos e que faça parte integrante do menu desta cidade nação onde as cabeças pensantes e os braços laboriosos tomem providências urgentes e minorem a situação miserável e inaceitável do seu morador de rua.

7. E vamos continuar... Alguém vai argumentar contra e o assunto não acaba nunca. Não é meu propósito refutar e entrar numa discussão desnecessária, não é mesmo? A finalidade destes versos simples é levantar a questão. Sei que de imediato não dá para resolver todo o problema, mas se começarmos hoje em breve teremos avançado um bom trecho no caminho. É premente uma atitude por parte da sociedade paulistana pois o número deles aumenta a cada dia.

8. Exaustivamente venho falando que as ferramentas de trabalho do poeta são suas rimas de onde derivam sua inspiração. Minha profissão é ingrata, outro dia entrei num site de empregos e digitei a palavra chave: poeta! Não obtive resultado satisfatório para não dizer que o sistema travou, reiniciei vária vezes a busca, realizei um dowlond, revisei os parâmetros, os links, apelei para o help desk, em vão! Não constava na leitura a ocupação mais antiga do mundo, que aliás revelou Sócrates, Platão, Aristóteles, Machado, Coralina, entre outros.

9. Bom teorias à parte, o morador de rua está no mesmo caso, acho que nem o IBGE se preocupa com ele... Já pararam para pensar que ele, a seu modo, movimenta a economia. Digamos que São Paulo tenha uns 11.800 habitantes de rua, desocupados , nem tanto pois tem gente que com a sua carrocinha cata diariamente papel, latinhas que serão destinados à reciclagem. Pois bem a média de ganho dos primeiros seria de 5 R$ dia o que equivale X os 11.800,00 ha, a soma de R$ 59.000,00 por dia, por mês daria a cifra R$ 1.770.000,00.

10.Neste raciocínio vemos que a quantia é maior que o faturamento de muitas empresas atualmente. Estamos falando da cidade de São Paulo e este dado que apresento é real. Então o morador de rua está se capacitando para se tornar quase um cidadão economicamente ativo. Se não usufrui das comodidades tecnológicas atuais, pelo menos, como me falou um deles, ele se sente vivo. Se não tem acesso a internet, shopping, carros flex, não frequenta os estádios de futebol, as galerias de arte, cinemas,discotecas,restaurantes, etc e tais, pelo menos sabe que tudo isto existe e se orgulha de morar na cidade que não os acolhe devidamente na minha opinião.

11. Falar sempre foi fácil, realizar é que são elas, ainda mais que estamos tratando de um assunto polêmico e delicado. Eu não me sinto discriminado ao constatar que minha profissão não é ainda reconhecida, melhor que fora. Já está aparecendo no perfil de uma seguradora X a opção: escritor. Estão começando a entender o lugar que o artista ocupa debaixo do sol. Isto é bom!!!

12.O poeta recicla idéias, anota no papel e bate pernas à espera de que alguém leia seus versos , se manifeste na sua conversa e sobretudo conserva a esperança de que melhores dias virão! Espera que o morador de rua seja novamente inserido na sociedade paulatinamente volte a se sentir respeitado, tenha um teto claro, pão à mesa, pois serenidade ele já possui e lá no fundo a convicção de que São Paulo, a grande eldorado da nação brasileira,não vai lhe deixar na mão para sempre.

13. Quando isto acontecer, num futuro próximo, voltarei a escrever, desta vez para agradecer e dizer que estes versos não foram em vão... o pão do calor humano fora repartido à mancheias, a São Paulo previdente olhou para o irmão carente sem desejar os créditos na versão, providenciou mudanças urgentes e viu seus filhos da rua sorrirem novamente.

14. Não acredito que simples versos possam ocasionar a reviravolta almejada e necessária. Já percebi que atualmente existe instituições comprometidas com o bem comum, existe políticas sérias focadas neste assunto,a  cidade é extensa, maior que muitos países. E não é com palavras amenas e floreadas de um reles poeta mínimo que tudo será resolvido.


15. Na verdade vejo estes versos como uma espécie de grito, que sozinho se perderá no vazio sem eco da multidão focada apenas em valores materiais - que ao se deparar com a situação do morador de rua passa ao largo conforme aquele personagem do evangelho citado por Cristo, Senhor. Agora assumir o papel de bom samaritano é que são elas, requer uma ascese elevada e determinação pautada pelo coração humano. Mas se daqui e dali surgirem ações concretas, que desencadeiem a motivação proposta, em pouco espaço de tempo obteremos a sonhada resposta.

16. Não entendam que estou propondo reformas utópicas e badaladas.Não rezo nesta cartilha, coisas assim estão fora de cogitação. Venho da era antiga, da conivência amena entre colono e fazendeiro lá pras bandas de Palma, terra de meus parentes. Devastar a produtividade é atitude insana e fomenta crises que perigam nossas instituições legítimas e ameaçam a ordem estabelecida.

17. Falo a voz mansa e cordata dos antigos tempos, estamos vivendo novos ventos e precisamos urgentes rever conceitos e amparar o semelhante quase desfeito, sem rumo, teto e o mínimo exigido para viver e respirar como ser humano criado a imagem e semelhança de Deus. Acho que criar condições na livre iniciativa, supervisionada por órgãos competentes na sua transparência administrativa seria a única saída honrosa e acertada para uma cidade que se orgulha de seus feitos e conquistas. E não é para menos!

18. Amigo, que se dignou a andar até aqui comigo, agradeço a deferência especial a mim oferecida e convido-o a continuar uma vez que este poema está em aberto e sem a pretensão de salvar a lavoura, ou melhor a cidade. É bom confabular apesar de sua ausência física vejo que nossas energias se equiparam e vão surgir daí muitas idéias a quatro mãos. Não é mesmo? E em pensar que somos mais de vinte milhões delas... que poderão oferecer flores, sorrisos, calor humano, intenções puras, ações desinteressadas que culminarão na solução deste problema urgente e triste do nosso irmão morador da rua paulistana.

19. Se é verdade que a vida passa num instante porque então não vivê-la com um motivo a mais: Olhar para o irmão carente, ele também é gente, está em maus lençóis, privado de tudo material urge de seu apoio moral, ele que é pobre das coisas, cordato, paciente de alma rica em anseios, aguarda do fundo do seu desespero, alguém que o ampare, estabeleça sua dignidade perdida, o segure pela mão, o levante e diga: - Irmão, não esqueci-me de você, venha, achegue mais perto da vida, antes do anoitecer! "Lázaro vem para fora" - desta realidade... 

20. Cidadão de rua, sem teto, mas não sem razão, estou hoje parcialmente cumprindo o que lhe prometi, lembra-se daquela sua interpelação, vou transcrevê-la agora, se me permite: - Irmão, sr. Poeta,você que anda por aí levando trasguinhos descontraídos ,levantando as rimas, acenando para a boa sorte de todos nós, porque não grita alto palavras que poderão ser reconhecidas pela era digital 3 D, diga a todos o quanto o desamparo nos feriu, desesperados estamos, desfigurados nos tornamos, a desilusão tomou conta de nós, a tal ponto que não ouvimos nossa própria voz, sem vez no espelho não reconhecemos a nossa tez, nos vemos à margem do passado, de presente alienado,de futuro sem lastro, de passos incertos... 

21. E não se trata de figura de linguagem!!! Poeta irmão, andarilho do espaço, vaga lume solidário, conselheiro das cantorias, que seus versos não se percam, que seus anseios não se desfaleçam e encontrem a acolhida generosa. Poxa vida a gente também tem sentimentos, apesar de não parecer, pois os contratempos surgiram, subtraíram de nossas veias o equilíbrio, desfiguraram a nossa face, amigo. Hoje, por seu intermédio e cuidado estamos batendo à porta, solicitando com humildade o nosso resgate sem revolta a todos àqueles que puderem nos amparar, já não temos suor, as lágrimas há muito secaram, o estômago vazio dói, a cabeça tonteia, a desnutrição se apresenta e as câimbras constantes nos cambaleiam, nos ajudem antes que seja tarde demais!


22. Depois disto deliberei comigo, consultei o infinito de coração partido, que poderia fazer? Recordei-me das palavras do mestre Divino:" Tenho sede!" Matutei nas madrugadas vazias de perdidos sonhos, partidas ilusões meus arranjos derradeiros, que se me permite gostaria de que fosse meu partícipe neles. A união faz acontecer... Um lampejo de ânimo acendeu o desejo de procurá-lo amigo e propus-me a convida-lo a repartir idéias comigo e depois de ouvi-lo deliberar o que juntos poderemos fazer. Sei que não vai me decepcionar. Afinal em seu peito bate forte um coração solidário, antenado na realidade descrita,sensibilizado com a desdita do morador de rua que urgente necessita da nossa deliberação. Pois a poucos metros de nosso leito e cozinha aquecida habita alguém carente de tudo, de sono ausente, cansaço requerente. Meus Deus dos desvalidos, aonde vamos parar?

23. Em vão seria estes versos se não encontrassem acolhida sincera, em vão seria estas rimas se não se afigurassem numa iniciativa correta. Em vão teria andado nas ruas se não pudesse delas fazer minhas dores. Quando as cores de suas vidas retomarem um brilho novo, pretendo descansar um pouco. A casinha branca da canção eterna está bem longe de se concretizar, nem por isso vão desanimar.Uma vez que eles não podem mais voltar para o sertão, pois não há viabilidade. Urge resgatar o morador de rua criando uma pauta de prioridade essencial na atual realidade humano-social. Depois poderemos nos dar ao luxo de passar um café no coador de pano, pitar um cigarro de palha do meu avô, tomar um trago da pinga do alambique, degustar um licor de jenipapo. Isto tudo somente quando o compasso estiver nivelado entre a vida e a linguagem.

24. As razões delineadas aqui, poderiam tomar proporções altamente benéficas e duradouras para o chão paulistano, que prezo, se forem conduzidas pelo entusiasmo ou dois motivos ilustrados nesta página.= A o servir o nosso próximo os dias para nós transcorrem mais alegres e leves...= = A gente não age por agir, necessita de motivação, uma razão forte que norteie o pensamento,que o conduza do entusiasmo à ação.


a) Isto posto, amigos digamos que as empresas que aderissem a Campanha Solidária em prol do morador de rua, fossem desoneradas x % de seus impostos. Que tal? Posso apostar que muitas e muitas topariam o desafio, até por desencargo de consciência de melhorar o social.

b)Vivemos em plena expansão da era digital, então um cadastro meticuloso revelaria o número exato dos beneficiados, nome, antiga profissão, origem e grau escolaridade, certo!

c) Submeter o morador de rua a um exame completo de saúde, chekup de avaliação, físico, mental e sua desnutrição proporcional.

d) Aparelhar a campanha com agentes de saúde, médicos, nutricionistas e voluntários.

e) Requisitar do poder público local apropriado e pouco a pouco direcionar os beneficiários de rua para alguma ocupação.

f) Construir condomínios base dos ex moradores de rua. A convivência, a dolorosa experiência adquirida ao longo deste período nas ruas paulistanas, fortalecerá a amizade e união.

g) Reavivar neles o gosto pela leitura, estudo, literatura brasileira, desenvolver dinâmicas com teatros, saraus interativos.

h) Produzir documentários de alcance internacional, relatórios quinzenais, para apuras as lacunas e também verificar as metas alcançadas.

i) Conceder selos e certificados às empresas, amigas dos moradores de rua.

j) Solicitar á camara municipal a instituição do dia do morador de rua, quando ele possa receber
cuidados especiais, atenção, motivação.

25. Bom, finalizo o presente tema e pretendo que o mesmo seja debatido, pois o assunto transcende em muito ao estilo literário e a realidade tornou-se premente de uma solução definitiva e os nomes daqueles que se sentirem sensibilizados com a situação descrita acima terão certamente seu registro no grande livro da vida. Obrigado amigos, abraços de união!

Helder Tadeu Chaia Alvim
São Paulo 13/11/2009

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