A bola e a menininha
A manhã se avizinha do seu fim e aquilo para mim teve um ar docemente triste. Os carros se acotovelando, no estresse engalfinhando-se. Os pedestres, coitados se apressando no cotidiano sem parâmetros. A mãezinha solícita conduzindo a criancinha sorridente, entrementes de sua mão escapa uma sacola, que por sua vez rebola entre os pneus sem dó. Repica aqui e acolá a ventarola ajudando a se distanciar cada vez mais sem que ninguém ousasse socorrê-la. E ela, a menininha em prantos, não havendo santo que a console. E um ciclista desavisado recolhe a sacola e para longe some. A menininha em prantos se consome.
A manhã se avizinha do seu fim e aquilo para mim teve um ar docemente triste. Os carros se acotovelando, no estresse engalfinhando-se. Os pedestres, coitados se apressando no cotidiano sem parâmetros. A mãezinha solícita conduzindo a criancinha sorridente, entrementes de sua mão escapa uma sacola, que por sua vez rebola entre os pneus sem dó. Repica aqui e acolá a ventarola ajudando a se distanciar cada vez mais sem que ninguém ousasse socorrê-la. E ela, a menininha em prantos, não havendo santo que a console. E um ciclista desavisado recolhe a sacola e para longe some. A menininha em prantos se consome.
Helder Tadeu Chaia Alvim
Um comentário:
lindo!!!
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