sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Habitat da doçura

1. A maior prova da existênciade Deus é a vida humana, esta passa, aquela continua eterna. Vejo num humilde flash minha trajetória de criança com seus folguedos, semblante alegre, céu colorido, a adolescência e suas descobertas, anseios, crescimento e algumas responsabilidades.

2. A idade adulta onde as vaidades se desfazem igualzinho bolhas de sabâo quando levadas a esmo pelo vento. Hoje me encontro escrevendo alguns traços, cabisbaixo, apreensivo, solícito,confiante. Deus existe e rege bondosamente meu destino e do semelhante e de quebra se dignou conceder ao poeta alguma inspiração, assim ele rascunha versos, baseados no equilíbrio, permeados de compunção.

3. Dessa maneira agente vai vivendo com um pé na realidade e outro na emoção, agradecido ao mestre da vida a benesse que plasmou neste mundo tanta coisa bela, tanta perfeição. Pergunto como pode haver descrenças, violência, mal estar generalizado?

4. Olhemos à nossa volta a inocência das crianças, o esquilo saltitante, a borboleta esvoaçando cores, o cão dócil ao seu dono , os astros na simetria de sua evolução e supomos que o Autor Divino esbanja alegria solta que brota em forma de oração.

5. Deixemos de lado aquilo que nos sufoca e amargura, vivamos na inocência pura, na lisuram requerida e num passe de mágica o mundo se tornará o habitat natural da doçura e compostura.

Helder Tadeu Chaia Alvim

Um Santo Brasileiro

1. A memória de Frei Galvão atravessou séculos, imponente, simples, clarividente. O fenômeno de santidade hoje se revela nesta cidade atraindo fiéis de toda parte. Sua presença é atual, necessária, premente num mundo descrente.

2. No silêncio do claustro abençoado, heroínas da abnegação, suas filhas e monjas consagradas seguem de perto os passos do seu fundador, paladinas das rogações, amparo de nossas petições, lá no acolhedor Convento da Luz.

3. O bem sempre vence o mal, santo canonizado, continuará a estender o seu olhar compenetrado por todo o orbe, à partir da Catédra de Pedro, o outro Cristo na terra, Ele homologou a vontade divina, em visita recente ao Brasil de Frei de Santana Galvão, e a sina bendita continuará a expargir santidade e bondade em todo lugar.

4. Feliz de uma nação que tem proteção, em atenção à sua vida ilibada, Cristo, Senhor dos tempos continuará em ritmo atento pela mãos de sua Mãe Santa a difundir muitos favores.

5. Que alegria e júbilo incomuns pairam em terras brasileiras, máxime em São Paulo altaneira, pois aqui viveu Frei Galvão, impar na santidade, homem santo de dons incomensuráveis,elevado para nossa grandeza à honra dos altares.

6. Hoje é seu dia, não esqueçamos de pedir-lhe proteção para o Brasil de tantos percalços e contradição, que se afastou da luz divina e atraiu para si as injurias de uma política corrupta.

7. Que ele volte a trilhar o caminho certo, aquele que Galvão inseriu no planalto de Piratininga ao seguir de perto as pegadas do Deus Crucificado por amor aos homens, justificado perante ao Pai.

8. O tempo vai mostrar a alegria do retorno da nação brasileira às sendas do bem, para a felicidade de um porvir que o santo Frei escreveu na clarividência dos seus milagres, bilocações e levitações.

9. Ao 'conselheiro de fama, pacificador das almas e das famílias, dispensador da caridade...', no dizer de Bento XVI, volvamos nossos olhares e tudo se arranjará... Viva santo Antonio de Sant'ana Galvão hoje e sempre.

Poesias Arcanas, verso 19-cap.4
Helder Tadeu Chaia Alvim

Nova Fase

1. Nova Fase de vida se descortina, será mais uma ilusão? Muitas mudanças, vislumbro duras andanças.A incerteza me persegue, o jeito é lançar-se novamente,tentar sobreviver sem esmorecer,é um jogo de cintura tremendo,as curvas do caminho me atropelam a cada momento.

2.O ideal de escrever vem à tona, apesar da desconhecida maratona. Em casa muitas arrestas à aparar, no antigo trampo coisas a ajeitar, o novo velho posto promete.

3.Mas, o importante é continuar qual anadarilho solitário, esperando que para além do infinito imaginário, com certeza encontra-se a Estrela Mestra, com seu sorriso diáfano que nunca nos desmerece.

Helder Chaia Alvim

Sonhos

1. Quantas vezes corri atrás de quimeras, percorri caminhos, vi paisagens, avistei horizontes de janelas entreabertos, extensas planícies, altos montes cobertos de heras
rios e arvoredos, altos rochedos, arranha-céus, eu mereço.

2. Trânsito congestionado, esforço sem preço, as gentes devaneando acordadas, nas madrugadas vazias, de perdidos sonhos, partidas ilusões, entardeceres consumidos de arranjos derradeiros.

3. Pensei no sentido último desta peregrinação única, aos sonhos interroguei: a razão, o porquê, poucos os alcançam, alguns realizam loucos feitos, outros o vazio em suas miragens encontram...

4. E eles os sonhos responderam: É porque, meu pobre poeta,poucos, alguns e outros não acreditam de verdade em seusvelhos, puros e sonhados anseios!


Helder Chaia Alvim

Loas ao gigante plugado

1. E em pensar que tudo começou numa garagem em Menlo Park, Santa Margarida 232 nos idos de1995, quando Larry e Sergey idealizam seus contatos.É isso mesmo, ouvi contar, tá na boca dos internautas a historia fantástica de sucesso e avanço na comunicação em tempo real.

2. Trata-se do Google, um fenômeno que cresceu, cresceu, levando a oportunidade a milhões de pessoas a se conectarem com segurança, critério e credibilidade nas suas mais variadas e impressionantes formas de expressão do pensamento humano.

3. À partir de um sonho in fieri, latente, ele o gigante plugado nâo se envaideceu, acumulou experiencias, se organizou e conquistou o orbe terrestre.

4. Fica registrado os agradecimentos deste poeta aprendiz, que por acaso num clique viu seus versos mimados pular da gaveta e conhecer a luz alada da divulgação.

Vida longa ao gigante plugado!!!

Helder Chaia Alvim

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O homem do chapéu

                     o poeta que usava chapéu

1. Usar chapéu em muito caracteriza o poeta, descortinando algo inocente, "mal sucedido na vida", podem pensar os desavisados de sua essência pura. Mas, o chapéu é sua casa, seu escritório, abrigo do sol , partícipe do sereno, veste bem na chuva, nas madrugadas vazias, a todo momento...


2. O chapéu e seu dono são um só, dão nó no cabeça de vento. Use o chapéu Sr. Poeta e ganhe o brinde da eloquência, seu ornamento.Assim aprendi de Fernando em pessoas, o chapeleiro amigo e lúcido da mais paulistana de todas as ruas... o poeta das noites frias, nunca vazias de sentido...

3. Lá vai ele, o poeta dos versos soltos, loas inspiradas, semblante calmo, passos cadenciados, munido do alforje da subsistência, o bastão da paciência, de rimas à tiracolo, ele carrega consigo o sentido único da existência...

4. E na fronte do pobre poeta sem nome, seu troféu meio usado, o chapéu, solene, eternizado. Por isso ele canta versos na humildade e confessa na verdade ser fugaz o som das letras.


5. Ele fala, ouço a sua voz: 'O que você quer... faça!' Ele se deteve por uns instantes lá num bar da augusta paulistana, pediu uma pinga do alambique de Taveira, tomou uma folha de guardanapo e deixou impressa esta palavras anônimas, tão desconhecidas da mídia qual ele mesmo é desconhecido das estantes literárias: - noites frias vazias de sentido, acho que não, nela idealiza-se mundos, muda-se os rumos de um universo em versos...

6. - Quem sou eu? quem somos nós: ah personagens de um romance que não fora escrito, os arredores de uma cidade que não existira, mas é preciso persistir no sonho e nunca deixar de admirar...

Helder  Chaia Alvim

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Lunações de um poeta mínimo... a Fernando Pessoa

1. Escrever é muito bom, meu caro e proclamado poeta Fernando Pessoa. Mas ando atualmente sem inspiração. As loas se afastaram sem aparente explicação e não encontro mais o ponto de equilíbrio para tal lunação.


2. O que fazer? Sem este exercício não consigo viver. Esperar com paciencia seria padecimento. A ciência das letras é algo que transcende ao meu entender. Sua abrangência assusta e cala vozes ao alvorecer.

3. Assume e fala com conhecimento apurado, acerca de conquistas, amores, ódios, dores,desencantos, clemências e destinos jurados. Vá saber o que se passa na cabeça do poeta... Quantas recordações! Seria um misto de fé e coragem? Ou coração apertado, visões de um norte abençoado, como preconiza Alberico, homem sábio.

4. Você, Fernando, melhor que ninguém, pode deitar luzes ao meu raciocìnio por demais lento. E não me venha com mais nem menos, talento é o que não lhe falta, minho, entre tantos pseudônimos, que fatos sobram. Sabe, amigo, um pouquinho mais de conversa auxiliaria em muito este discípulo lerdo a entender afinal a essência correta, com suas interlocuções, transcendências e variações.

5. Foste genial em suas concepções, vate maior, desdobra os pensamentos em mil canções,anestesia a alma na pureza das intenções, vigia as letras, prestigia a semântica, interioriza a síntese, robustece a linguagem, galanteia a prosa, ampara os versos, agrada a sintaxe lusitana.

6. Com todo este formidável cabedal, sem redundâncias tal e qual! Oh! Poeta, Pessoa sem igual, me dê uma forcinha afortunada, dizendo-me como ascender ao patamar dos imortais, não para colher louvores e louros de reconhecimento, mas para acalmar minha consciência um momento apenas, beber na fonte um gole, um grau de discernimento

7. Creio ser as lunações um bom acepipe, as idealizações um bom convite, trago comigo um alvitre, ao escrever sobre você, oh! grande poeta dos versos iluminados, fico lisongeado e por demais esperançado.

8. A noite no hemisfério sul já está adiantada, o silencio impera ao lado dos poetas do povo, a cidade adormece e me parece que você grande mestre ouvirá minha prece... boa noite e até outra ocasião, quando voltar a inspiração.

Helder Chaia Alvim

Uma canção para Joseph

Uma canção ad Joseph

1. A vida é uma contagem de tempo extremamente curiosa. Agora mesmo quando escrevo neste Blog da Google são 3 horas da manhã, os pensamentos voam para o papel, tentando desvendar o mistério do relógio, às vezes lógico, depois confuso. A ilusão vem, a saudade bate, os deveres se acumulam, os escritos se avolumam e não se encontra a solução salubre.

2. Ao Senhor do tempo me volto, carregando minhas pequenas preocupações. Me ocorreu lembrar que na daqui exatos 8 dias é a festa de S. José, a Ele uma prece, um esboço acanhado por mim elaborado. No altar dele tem a recomendação: "Ite a Joseph", alusão a frase do faraó que adotou o grande patriarca bíblico  José como guia e conselheiro, ótimo momento para desfiar meus lamentos.

3. À José,humilde carpinteiro, pai adotivo do Senhor dos tempos, herdeiro direto do trono de Salomão entrego meus sonhos e crenças, primeiro,no sentido que interceda e solucione de pronto. Prerrogativas Ele as tem para tanto e que os versos acumulados encontrem os meios legítimos de serem divulgados, a ilusão afastada, os deveres cumpridos, a dúvida sanada, a saudade apaziguada, a paz e a concórdia das nações e de todos os indivíduos restaurada, o meio ambiente preservado, as intolerâncias, os preconceitos e discriminações não acobertados. e máxime o perigo iminente do Covid 19 afastado do mundo!

4. Enfim o verdadeiro amor ao próximo e caridade cultivados.É o que peço hoje ao Senhor dos Tempos aos cuidados de S. José, aguardando um sinal de feliz deferimento. Quanto ao tempo soberano, não há remédio, ele não para nunca e amanhã, quem sabe, o mundo acorde mais humano, se revele justo e solidário e direcione seus impulsos para a retidão, acerte o prumo da paz, tolerância e compreensão. As folhas do calendário passam e ao poeta compete tão somente registrar seus passos... ao Senhor do tempo a sabedoria de reger seus movimentos,a José, Príncipe da Casa de David a dádiva de enobrecer nossos sentimentos. à Virgem, Rosa Mística de eleição o momento da intervenção...

5. Enfim, gente solidária, que a era do Pater chegue o quanto antes para o bem do povo, quiçá brasileiro neste momento delicado em que a 'obsolescência programada' cesse de assolar o Brasil, que a brasilidade aflore no peito desta nação abençoada, que uma grande assepsia geral possa exorcizar fantasmas e devolver a sua paz ancha.

o acalanto

                 o acalanto

1.Deixar a palavra impressa acarreta responsabilidades e a probabilidade de ser compreendido, a meu ver, fica um tanto obnubilada se a essência não for bem limada.Do que adianta elaboração exaustiva se a locomotiva do pensamento não acompanhar a inspiração e a aparência carregar consigo a ausência de uma cantiga suava. Não sei se a hora é propícia, só há um jeito de saber, falando agora, pois o anoitecer da vida bate à minha porta.


2. A privação momentânea estanca a elevação, mingua a energia criativa, acelera a apatia seletiva. A fome é dureza, situação desconfortante, agride a natureza, dois passos adiante, lá vai o caminhante, torna-se triste o seu semblante, o estômago suplica um pão, a mão que o levante. No momento colhe o nada, sono ausente, cansaço requerente, suor frio, transpiração divergente.


3. O peito desacelera, as miragens não mais o alegram, vaidades à léguas, os nervos desesperam,na espera demorada, lágrimas já não são encontradas, lástimas porque declamadas? O raciocínio torna-se lento, o acalanto seu único sustento. Fome, infortúnio fracasso, descaso são seu momento ( pareceu-me  a imagem do Brasil atual...)

4. Mas... mas ainda consegue na sua confusa inspiração rabiscar alguns versos ou pensamentos colhidos ao vento, eu julgo, para engabelar a privação momentânea, é um jogo, almejando a volta da fartura momentânea, eu pulo.

5. Dramas à parte, nem tudo é desastre. Se não fôsse a situação descrita de desdita ou imperícia,talvez não receberia o afago das rimas suaves a roçar em sua face, não ouviria a cantiga ao longe de um misterioso acalanto, não correria célere nas asas da imaginação à busca de um espírito leve para doravante aquecer sua vida, vivida, para fortalecer sua veias sofridas e finalmente restaurar as energias perdidas.

Helder Tadeu Chaia Alvim

Tudo em alta! Será?

1. Alta tensão, alto teor calórico... Termos, entre outros, que definem ou concentram uma determinada carga positiva ou negativa, importando muito as premissas.Assim a vida é cheia de altos e baixos. A estima, a determinação, dependendo do momento psicológico influenciam e conduzema ação.

2. O tempo presente traz contrastes fenomenais, atinge o ápice do surpreendente. Perdoe-me a franqueza, estimado leitor, estamos lidando até bem com a área tecnológica. No passado dominamos os mares, mapeamos a terra,solidificamos homogeneamente os quatro cantos do mundo. Hoje, digitalmente escarafunchamos tudo, definimos a imagem, saboreamos tanatas vantagens, e ai?!

3. Qual será o próximo passo? Os avanços são necessários, a evolução é inevitável, as distâncias devem se superadas, mas aonde fica o ser humano? A intelectualidade que me perdoe, estamos num tremendo embaraço. Quando desatarmos os nós da solidariedade, da compreensão e da tolerância, aí sim poderemos usufruir das facilidades e bem estar das altas dimensões.

*** Falo para mim mesmo, aos entendidos no assunto, ao leitor experiente e aos simples do povo, pois carrego comigo um gosto nato: ao ver um papel em branco, uma caneta espreguiçando ao relento, escrevo pensamentos com a melhor das boas intenções.

 

4. É hora, gente sensata de equilibrar a balança, pois a mão que pluga o conhecimento é a mesma que manuseia os elementos. Hoje tudo está em alta, menos o apreço e a violencia não tem endereço. Que tal delinearmos novamente o mundo e seus continentes, darmos uma chance para a concórdia e a paz, se lhe apraz inclua o calor humano na partilha, não esqueça a alma soberana.

@Tendo em vista que as hegemonias já pagaram seu elevado preço. Vai a dica de um poeta mínimo, acostumado a escrever para espairecer. Fizemos a cama, se queremos descansar, afaguemos a chama, pois depois, irmâo não reclama.


Helder Chaia Alvim

terça-feira, 28 de outubro de 2008

à margem de tudo e de todos

o mundo bom segundo Drumond

1. E o mundo bom não veio, meu caro poeta Drumond,
o porquê não sei,
tentamos em vão,
viramos,
mexemos,
novos jeitos de ser estabelecemos,
mesmo assim a condição humana piorou,
o porquê não sei.
Os anos se passaram...
E você tinha razão a respeito do que falou, lembra-se?!

2. Eh, amigo, suas palavras encaixam-se como luva nas cidades atuais,
trêmulas,
artificiais,
hesitantes,
no que tangem aos aspectos racionais.

3. Exito tivemos em esferas tridimensionais,
a era digital chegou esbanjando interatividade,
o fenômeno comunicação invadiu os lares,
e nunca José, sentimo-nos tão sós,
à margem de tudo, de todos,
inconformes e vazios.
Até quando amigo? Não sei!

4. A paz acabou,
o medo vingou,
o teto não é mais seguro,
a rua não existe,
de pouco adianta insistir em conceitos quânticos,
se a violência tem agora direitos plenos.
E ele não veio,
o porquê, não sei!

5. Fizemos força, sim
falamos tanto,
lutamos calmo,
tiramos folgas,
sorrimos alto,
entretanto
Ele não veio, o porquê, não sei!

6. E hoje assistimos do barranco o desmoronar do sistema,
a euforia passou e um vírus devastador chegou
Tão bom seria se tudo o que constatamos
fosse mera contemplação
mas não é não, meu irmão.
É a pura e simples constatação.

7. A política amorna e não cuida de seu povo
a corrupção fez escola, e a economia não decola
roubaram do povo seu aposento 
e o vento da discórdia alterou o ânimo da moçada
e a liberdade por um fio chora lágrimas pétreas da desavença judicada e à margem da história jaz o Brasil.

7. A mídia estampa cotidianamente as notícias verídicas...
não há como negar a desdita ou imperícia,
estamos aparentemente sem volta, a quem diga revolta,
encurralados, mas o que me consola, a parar de tudo isto:
como afirma Prof. Alberico: "das ruínas e insanidades, dias melhores virão"!!!

8. A matéria cansada reclama,
a alma acalenta, sonha e canta,
nesta força adormecida, pode estar a saída merecida!
Até quando? Poeta decano,
não julgo, apenas, declamo.

9. E AGORA... Saudoso e imortal Drumond,
tendo em vista que seremos duzentos e doze  milhões em ação!
Haja chão!!!

( Carta ao Poeta Carlos Drumond de Andrade,
Ensaios I - Coleção Monomo, pág 78 livro sexto o desmonte da democracia - Canjerana Alvim ano 2021

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O concreto e o abstrato sob o signo da poesia


           O Concreto e o Abstrato sob o Signo da Poesia

1. Uma citação cabe no extenso palavreado, aproveito o ensejo para declamar meu arrazoado.Admiro as profissões,do professor,do engenheiro,do soldado,do médico e tantos outros laureados, com louvor. Se tem tanta gente sem diploma, mas dão conta do recado, me encontro na segunda fileira e me sinto homenageado. A harmonia é o que vale nesta vida passageira,a lisonja é ligeira, subtrai a paz inteira, por isso canto versos na humildade e confesso na verdade ser fugaz o som das letras.


2. O poeta é profissão queima as pestanas na lousa da inspiração. A aranha tece a teia e aguarda a provisão, aquele arranha a tecla, esboça telas, expõe idéias condicionadas na desilusão. Eu, aprendiz de cantigas, tento decifrar enigmas que remontam à criação.Temas preteridos pelo tal progresso mal-ajambrado que solapa o mundo da razão.

3. Já que me encontro em casa e não piso sobre brasas externarei na praça um longo diapasão.Em boa hora peço vênia a Heródoto,Virgilio,Homero,Xenófanes e ao escritor Ludwig Henrique Ravest com quem partilho sonhos do mundo bom das certezas empíricas. Feito isso vamos adiante. O poeta, meus amigos, já teve um pé na helênica pátria,conheceu Persas e Fenícios bem lá no inicio de sua grande jornada. Viu o desejo de Alexandre, o Grande de unificar os povos. Sobreviveu aos deuses do Olimpo,a Julios Cesares, Coriolanos, já foi Cícero e Patrício Romano,debateu com Catilinas e Maximilianos.

4. Com Agostinho de Cartago passou do profano ao humano.Acompanhou a fuga de Jesus,Maria e José para terras estrangeiras,viu Dimas ser curado de estranha febre, Malco da cegueira. Usou tiaras,calçou sandálias,pescador de almas, Pedros e Gregorios Magnos. Madalenas, Lázaros e Martas, se não me engano.Enfrentou leões na arena,gladiadores no coliseu. No oriente esteve presente no reino de Saladino até ao extremo nascente o encontramos, peregrino,oh! Deus!


5.Galopou em espírito com a estrela maior da constelação européia Carlos Magno,legislador social e jurídico do regime feudal, protetor das artes e das letras, tendo ao seu lado Olivier e Roland pugnando pelas plagas da doce França. Viu o Teocentrismo x Antropocentrismo a valorização do homem, da razão pelo culto da antiguidade clássica e pelo humanismo, as normas estéticas de Aristóteles e Horácio, os preceitos retóricos de Cícero e Quintiliano, os critérios fundamentais de ordem, regularidade e precisão formal.


6.Com o Doutor Angélico,atravessou séculos de potência em atos, matéria, forma e acidentes complexos.Permaneceu na corte pomposa de Lordes, avistou de longe Sir Tomas Morus, agasalhou a consciência límpida, sorveu até a ultima gota do desterro, afastou-se do obsequioso poder, debateu com Shakspeare as varias nuanças e incertezas do ser.

7. Na baixa idade média o encontramos subserviente, bobo da corte, esperto e falante, divertindo principados decadentes. Quase morreu em Alcácer Quibir entre o Sebastianismo vidente. Esteve no porão das caravelas, lobo do mar, enfunou velas , desbravou selvas do mundo novo, não se iludiu em meio a tesouros que somavam à sua alma, pouco. Conheceu a civilização Inca, a altivez de Cortez, a insensatez de Pizarro. Avistou reinos, republicas, ditaduras, aberturas e hoje, serenamente, renasce das cinzas com fígado novo, na voz cristalina dos poetas do meu povo.


8.Apenas relato estes fatos imbuído de sobranceira animação. Falo do poeta anônimo, desapercebido,ignorado, mas que tenazmente tem a disposição renovada de tecer o fio condutor, deduzir o destino promissor de um mundo em constante transformação. Ele,que na escrita encontra um motivo de vida, um arrimo para seu coração, Dostoieviski que o diga! E vamos prosseguir nas curvas e caminhos desta via em construção . Na Espanha de Compostella já foi peregrino em cela, em Celta de Albuquerque, em Goa, Málaga e Coxim com Santo Xavier exauriu-se até longínquos confins. Na tropa e guerra cantado já se embrenhou pelo mato adentro na pele de um Tupi. Dançou reizado em festa de marfim.Na cátedra com o célebre Vieira e Bernardes encantou multidões com verve e grandeza. Em Veneza comerciante e Cervantes com certeza.

9.Estudioso e perspicaz exemplificou fábulas de La Fontaine. Assumiu ares de extensos mares com Luis Vaz de Camões. Habitou em choupana, assim quis a fama de santo e conselheiro.Foi ermitão, cobriu-se de pano, muniu-se de pobre farnel com Bento e Charbel.Esteve presente na concepção cristalina de Cecília, na inspiração impar de Flor Bela Espanca, na pureza de Raquel de Queiroz, na singeleza de Adélia Prado,na lucidez de Cora Coralina. Foi alcaide, perambulou pelo cais, enfrentou tribunais com Joanas Darks triunfais.


10.Nas telas de Giotto plasmou cenas de ouro.Em Di Cavalcanti encontrou a sublimação do cotidiano contemporâneo, em Salvador Dali a contemplação do surreal, a concepção do extemporâneo.Percorreu Pamplona, filosofou com Goethe e Nietzsche cortejou muitas damas e até hoje insiste em ressurgir das brumas munido de arma imune de doce calibre.

11.De Stevenson desvendou tesouros escondidos, inocência de menino, marujos e ilhas remotas. De Saint Exupéry foi o pequemo príncipe das cerimônias.Com Kafka esmiuçou a psique humana. Assumiu a moda antiga de Chaplin,embrenhou por inúmeras cantigas esbanjando desenvoltura e charme. Gazeteou pasquim, escalou folhetins de Itália até Berlim.De Julio Verne consagrou-se como o protagonista da ficção, encetou viagens de proezas inimagináveis.Encantou-se com o Taj Mahal, viu marajás vestidos de Sol.


12.Contemplou Straus às margens do Reno.Vislumbrou seu desejo de favorecer em vão a aproximação dos povos. Possuiu a experiência de Pierrot e a beleza de Arlequim. Enfim,atravessou o atlântico a vapor, muitos meses navegou, à deriva quase soçobrou até aportar em solo hospitaleiro, doravante sua mãe adotiva. Emigrou desde os primórdios, desenvolveu aptidões, as mais diversas, incríveis, de relojoeiro, ourives, sapateiro, doutor em medicina, mascate, nas fazendas de café, meeiros; nas abastadas freguesias, comerciantes.


13. De nacionalidade muita, elegeu o chão canarinho, ergueu construção no alinho, deu o máximo de si. Engrandeceu sua nova pátria de eleição, deu asas ao destino, persistiu com força e resolução. Foi graças a ele e a seus descendentes que o pais continente tornou-se do tamanho do seu sonho latente. Em Terras Nossas, ergueu a brasilidade com Catulos, Capibas, Villas Lobos,Taunay,Gonçalves Dias, Quintana, Adoniran, Cartola,Caymi,Bethânia,João Gilberto,Jobim,Vinicius,Drumond e outros colossos.


14.Foi circense, diplomata até já suou a casaca. Com Guimarães Rosa trouxe à tona o grande sertão, exemplificando o elo das divergências em profusão.De Pessoa genial derramou centenas de versos matizados, sem igual.Dançou a valsa vienense, salsa e merengue,alegrou-se com trevos, frevos e maracatu. Viu diversos ritmos: bossa-nova, erudita, sacra e popular,Gil,Caetano,Gonzaga, Palestrina Vivaldi,Chopin e Elomar.Conheceu a iluminação do Haikai,o sentimento religioso do raro talento Portinari. De Antonio Conselheiro trouxe aos ases do império um grande conselho, quedando amuado, Euclides, jornalista conceituado.


15.E dando prosseguimento pretendo citar as revoluções intestinas, sem entrar no mérito da questão, o poeta nelas peregrina e se fascina nos intuitos a que se destinam, tamanha a efervescência em cada período contidas: Constitucionalista, Farrapos, Tenentistas, Emboabas, entre outras ficam mencionadas.Se embalou no sono, construiu nas nuvens castelos risonhos, teve estranhos sonhos,presságios medonhos, aprendeu inúmeras cantigas de ninar,vislumbrou utopias dá até para imaginar...


16.Mostrou garra e destemor,lutou com denodo desconhecido, assumiu do expedicionário o grito no grande conflito,se exaurindo no dever ao estupor.No lirismo livre de Hermann Hesse, alçou vôos, alcançou o conhecimento pleno do ser humano, arquitetou a renovação do homem com interior sentimento.Assistiu entusiasmado a consagração de Raul Cortez,Paulo Autran, Fernanda Montenegro nos palcos e telas aclamados. Plinio Marcos, lisonjeado pela critica. Valter Sales, cineasta de grande visão. Eles e outros que seria longo enumerar, elevando o teatro e cinema nacional a patamares de reconhecimento mundial.Foi clássico, renascentista, barroco, modernista,iluminista. Esteve na capela sistina, Aleijadinho em Minas. De Alberico, mestre eu digo, inseriu-se na contemporaneidade, faço jus ao poeta amigo, escritor exímio este relato para a posteridade.


17.No Brasil colônia encarnou Arariboia com façanhas notórias, o lendário São Jorge a fustigar dragões, guerrear brasões em luas cheias sobre os terreiros e casarões ancestrais. Foi Mem de Sá, Martim Afonso, Duarte da Costa, estadistas,Nóbrega e Anchieta, heróis futuristas, porque não precursores Humanistas?!.Entoou canções desconhecidas, sentiu na face lamentos vividos,tormentos sofridos ao ser arrancado da mãe pátria, jogado qual paria nos porões de navios, forçado a trabalhar em território estrangeiro.Em muitos casos, mitigado pelo desvelo do irmão ao seu lado,senhor do engenho,mas de coração dignificado, antecessor do homem livre, nos deixa emocionado. Escreveram uma página a parte, fatos isolados mas no conjunto plasmaram na terra um reino onde o bem querer era observado.


18.Louvou Visconde de Mauá, paladino do desenvolvimento de patriotismo consagrado,sufragou seus sentimentos, homem à frente de seu tempo.Construiu em Benis Abbé, eremitérios, partilhou com Foucald preces e insondáveis mistérios. Viajou em diligencias,percorreu o novo mundo em vapor,trem expresso, em zepelins a Europa sobrevoou.Consciente alegrou-se com os prêmios da literatura, Einstein na física,gênio inconteste, universal nas teses, de descobertas celebres, teorizando relatividades em série.Aplaudiu de pé Vital Brasil, Carlos Chagas, Zerbini e Pasteur. Com Frei Damião e Padre Cícero iluminou o agreste espalhando amor,labor e prece.


19.Na atualidade na Xilogravura e Cordel na pessoa do talentoso amigo Prof.Valter Luz, continua idealizando mundos, mudando os rumos de um universo em iluminuras e versos.Ele, o poeta mínimo reconhece a gesta de Plinio Correa de Oliveira em prol da Catolicidade e brasilidade, guardião do Bem, soube desde a tenra idade, inspirado em sua Mãe provover os ideais que nunca morreram.


20.Do Taumaturgo de Pádua recebeu a promessa a favor dos pobres e oprimidos, do irmão Poverello de Assis , o primeiro clamor consistente na defesa da mãe natureza.Observador contumaz veterano de estrada registrou a confederação do Equador, os anseios de Frei Caneca e Libero Badaró. Testemunha criteriosa de regências provisórias , protagonista de transições meritórias.


21.Estudou a gramática com afinco, na história não perdeu o estímulo,nos dialetos foi exímio. Nos adágios retilíneo. Relatou no pergaminho o belo gesto de Isabel redimindo a bela raça negra, merecendo a aura de princesa e a hombridade de Pedro II, dileto de sua gente, respeitado nos meios acadêmicos,arbitro inconteste, incentivador e mecenas das Artes, merecedor desta trova a parte. Hoje descansa o sono dos justos em travesseiro confeccionado pela terra pátria perene.


22.Com Santos Dumont viu surgir o sonho da liberdade, porém provou o cálice da dor ao ver as asas douradas vitimar vidas humanas em massa.E dando continuidade, o encontramos ativista do tempo, acompanhando, muitas vezes, cabisbaixo a aceleração do movimento, a desvirtualização das identidades pessoais, as fissuras nas áreas enigmáticas do pensamento, o advento de hegemonias inter continentais, o extermínio insano em escala pavorosa,o holocausto descomunal, as convergências políticas, a guerra fria, o mundo globalizado até os dias atuais, o abandono paulatino dos veículos de propulsão elétrica a favor do diesel e gasolina.


23. E a caminhada continua do nada se acentua. Estarrecido presencia gente manuseando lixo, césios e muitos protestos. A intolerância programada, os átomos embravecidos, sinos transformados em armas,conflitos e um sem fim de perigos.Neste contexto visualizou a secessão americana, as guerras napoleônicas, a queda vertiginosa da Bolsa, o advento da economia neo-liberal,a recessão, a derrocada do muro de Berlim , o risco atômico em escala acelerada, a informação virtual em tempo real.


24.Agora mesmo quando escrevo as informações chegam num simples clique e com tal profusão que nos falta o fôlego,fica-se pasmo e hesitante. Os valores “arcaicos” de outrora perderam o sentido, pulverizaram-se na vida sistematizada, o glamour sem alma tornou-se um requisito, a calma, o bom senso, prejuízos, a lei natural um “equivoco”. O mundo do ter, infelizmente, prevaleceu ao ser e o destino do planeta terra, encontra-se por um fio, gravemente comprometido.


25.O poeta sabe que a jornada inóspita deve perpetua-se na defesa da biosfera, do desenvolvimento sustentável, do eco-sistema, dos recursos naturais dos trópicos, a ultima fronteira tropical, fonte inesgotável de oxigênio tal e qual.O poeta constantemente plugado na realidade louva e acompanha com vivo interesse as incessantes iniciativas dos cientistas brasileiros,em conjunto com outros especialistas do mundo inteiro, que estão convergindo esforços e descobertas de alta relevância, cônscios que a condição única de sobrevivência das futuras gerações e as dimensões humanas nas mudanças ambientais necessitam de uma solução cabal.


26.Devemos outrossim ter presente,com intensa veracidade, do que adiantam os avanços da ciência em esferas de alta ressonância planetária se o ponto vital não for equacionado. A camada de ozônio está aí perdendo fôlego.É um fato quase consumado de conseqüências apocalípticas sem precedentes na historia – haja vista – o aquecimento global do planeta terra, neste ponto se encerra toda e qualquer elocubração!As emissões do Co2 devem ser desaceleradas,a tecnologia moderna precisa urgente encontrar a saída acertada.


27.Ele,o poeta, sobreviveu a todas as panacéias políticas, filosóficas e analógicas, alimentando-se do néctar dos sonhos guardião do dom sagrado do imponderável, tornou-se capaz de romper barreiras, atravessar cachoeiras para salvaguardar o tênue fio da sensibilidade entre o concreto e o abstrato.Assim dou por encerrado este simples relato, não sem antes,citar Rubem Braga em seu estro,lança luzes ao que estabeleço:


“Esta sensibilidade que é uma antena delicadíssima, captando pedaços de todas as dores do mundo e que me fará morrer de dores que não são minhas.”

Epílogo



Texto rebuscado, figuras de linguagem, sonetos que encerram diversa divagação, entretenimento lúdico, sério, não espero êxito reverso, apenas espalho letras inversas, versadas na terra, terrarum, objeto de ensaios deste velho estreante emissário. Em suas mãos, leitores sensatos, deposito este ensaio em forma de pensamentos alados, pois não foi pressa não entender e o tema pressinto revolver o gesto desta raça lembrada SOB O SIGNO DA POESIA , fica registrada. Á guisa de finalizar vou arriscar um palpite, em profecia contidas, não me culpem pelo desperdício, se falar coisas cismadas, pouco divulgadas pela imprensa escrita e falada.


Perscrutando os hierogrifos lá do antigo Nilo não encontrei a decifração. Cícero da Roma consagrada deixa entender em suas sábias máximas. Continuo, vaga lembrança quem será o primeiro, segundo, terceiro da lista, adianta-se Aristóteles, apresenta-se Sócrates, Demóstenes;Platão,Arquimedes e Sófocles, ausentes,um divagando nos Topos Noetos em companhia da inseparável abstração, o outro a procura de um ponto de apoio para alavancar o mundo, estoutro visualizando tragédias colossais.Sócrates com clareza explica: ainda está à busca da Verdade Plena.Demóstenes discursa, oratória inigualável, mas fica aquém do esperado. Aristóteles fecha com conceitos lógicos,explana teses, calça-as com argumentos irrefutáveis, o Grande Motor Imobilis guarda a explicação.


Então a charada é resolvida tanto quanto permite nossa pobre condição. Ainda não era chegada a hora do poeta absorver o mistério da criação. O que foi falado a Ele, o conheceu por intuição. Deus Uno,Eterno e Trino sussurrou nos seus ouvidos um axioma e num atmo entendeu o estribilho que o poeta estabelece um elo do Perene, reflete a luz Divina que ilumina a mente humana. Ah! os versos não são seus. A inspiração e todo seu conteúdo , vem de uma força gigantesca suprema, da qual ele é apenas diminuta fagulha, mero rodal da engenhosa mola do universo, o Grande e Eterno Platô. O grande poeta dos versos perdidos, pois muitos não fizeram eco aos seus solenes pedidos:“Amai-vos uns aos outros...” Ah! se o tivessem ouvido o caos não teria se estabelecido.

 Tenho dito e aguardo, caro leitor seu veredicto.Não economize criticas, afinal os que afirmam dizem sim ,os que negam, dizem não! Sempre!
Vai dedicado a todos os sonhadores empiristas de todos os tempos!!! Máxime aos da Mesa 18... encabeçado por Henrique Ludwig Ravest, autor do Paralelo 46.

Helder Tadeu Chaia Alvim
Poeta Minimalista























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