O Concreto e o Abstrato sob o Signo da Poesia
1. Uma citação cabe no extenso palavreado, aproveito o ensejo para declamar meu arrazoado.Admiro as profissões,do professor,do engenheiro,do soldado,do médico e tantos outros laureados, com louvor. Se tem tanta gente sem diploma, mas dão conta do recado, me encontro na segunda fileira e me sinto homenageado. A harmonia é o que vale nesta vida passageira,a lisonja é ligeira, subtrai a paz inteira, por isso canto versos na humildade e confesso na verdade ser fugaz o som das letras.
2. O poeta é profissão queima as pestanas na lousa da inspiração. A aranha tece a teia e aguarda a provisão, aquele arranha a tecla, esboça telas, expõe idéias condicionadas na desilusão. Eu, aprendiz de cantigas, tento decifrar enigmas que remontam à criação.Temas preteridos pelo tal progresso mal-ajambrado que solapa o mundo da razão.
3. Já que me encontro em casa e não piso sobre brasas externarei na praça um longo diapasão.Em boa hora peço vênia a Heródoto,Virgilio,Homero,Xenófanes e ao escritor Ludwig Henrique Ravest com quem partilho sonhos do mundo bom das certezas empíricas. Feito isso vamos adiante. O poeta, meus amigos, já teve um pé na helênica pátria,conheceu Persas e Fenícios bem lá no inicio de sua grande jornada. Viu o desejo de Alexandre, o Grande de unificar os povos. Sobreviveu aos deuses do Olimpo,a Julios Cesares, Coriolanos, já foi Cícero e Patrício Romano,debateu com Catilinas e Maximilianos.
4. Com Agostinho de Cartago passou do profano ao humano.Acompanhou a fuga de Jesus,Maria e José para terras estrangeiras,viu Dimas ser curado de estranha febre, Malco da cegueira. Usou tiaras,calçou sandálias,pescador de almas, Pedros e Gregorios Magnos. Madalenas, Lázaros e Martas, se não me engano.Enfrentou leões na arena,gladiadores no coliseu. No oriente esteve presente no reino de Saladino até ao extremo nascente o encontramos, peregrino,oh! Deus!
4. Com Agostinho de Cartago passou do profano ao humano.Acompanhou a fuga de Jesus,Maria e José para terras estrangeiras,viu Dimas ser curado de estranha febre, Malco da cegueira. Usou tiaras,calçou sandálias,pescador de almas, Pedros e Gregorios Magnos. Madalenas, Lázaros e Martas, se não me engano.Enfrentou leões na arena,gladiadores no coliseu. No oriente esteve presente no reino de Saladino até ao extremo nascente o encontramos, peregrino,oh! Deus!
5.Galopou em espírito com a estrela maior da constelação européia Carlos Magno,legislador social e jurídico do regime feudal, protetor das artes e das letras, tendo ao seu lado Olivier e Roland pugnando pelas plagas da doce França. Viu o Teocentrismo x Antropocentrismo a valorização do homem, da razão pelo culto da antiguidade clássica e pelo humanismo, as normas estéticas de Aristóteles e Horácio, os preceitos retóricos de Cícero e Quintiliano, os critérios fundamentais de ordem, regularidade e precisão formal.
6.Com o Doutor Angélico,atravessou séculos de potência em atos, matéria, forma e acidentes complexos.Permaneceu na corte pomposa de Lordes, avistou de longe Sir Tomas Morus, agasalhou a consciência límpida, sorveu até a ultima gota do desterro, afastou-se do obsequioso poder, debateu com Shakspeare as varias nuanças e incertezas do ser.
7. Na baixa idade média o encontramos subserviente, bobo da corte, esperto e falante, divertindo principados decadentes. Quase morreu em Alcácer Quibir entre o Sebastianismo vidente. Esteve no porão das caravelas, lobo do mar, enfunou velas , desbravou selvas do mundo novo, não se iludiu em meio a tesouros que somavam à sua alma, pouco. Conheceu a civilização Inca, a altivez de Cortez, a insensatez de Pizarro. Avistou reinos, republicas, ditaduras, aberturas e hoje, serenamente, renasce das cinzas com fígado novo, na voz cristalina dos poetas do meu povo.
8.Apenas relato estes fatos imbuído de sobranceira animação. Falo do poeta anônimo, desapercebido,ignorado, mas que tenazmente tem a disposição renovada de tecer o fio condutor, deduzir o destino promissor de um mundo em constante transformação. Ele,que na escrita encontra um motivo de vida, um arrimo para seu coração, Dostoieviski que o diga! E vamos prosseguir nas curvas e caminhos desta via em construção . Na Espanha de Compostella já foi peregrino em cela, em Celta de Albuquerque, em Goa, Málaga e Coxim com Santo Xavier exauriu-se até longínquos confins. Na tropa e guerra cantado já se embrenhou pelo mato adentro na pele de um Tupi. Dançou reizado em festa de marfim.Na cátedra com o célebre Vieira e Bernardes encantou multidões com verve e grandeza. Em Veneza comerciante e Cervantes com certeza.
9.Estudioso e perspicaz exemplificou fábulas de La Fontaine. Assumiu ares de extensos mares com Luis Vaz de Camões. Habitou em choupana, assim quis a fama de santo e conselheiro.Foi ermitão, cobriu-se de pano, muniu-se de pobre farnel com Bento e Charbel.Esteve presente na concepção cristalina de Cecília, na inspiração impar de Flor Bela Espanca, na pureza de Raquel de Queiroz, na singeleza de Adélia Prado,na lucidez de Cora Coralina. Foi alcaide, perambulou pelo cais, enfrentou tribunais com Joanas Darks triunfais.
10.Nas telas de Giotto plasmou cenas de ouro.Em Di Cavalcanti encontrou a sublimação do cotidiano contemporâneo, em Salvador Dali a contemplação do surreal, a concepção do extemporâneo.Percorreu Pamplona, filosofou com Goethe e Nietzsche cortejou muitas damas e até hoje insiste em ressurgir das brumas munido de arma imune de doce calibre.
11.De Stevenson desvendou tesouros escondidos, inocência de menino, marujos e ilhas remotas. De Saint Exupéry foi o pequemo príncipe das cerimônias.Com Kafka esmiuçou a psique humana. Assumiu a moda antiga de Chaplin,embrenhou por inúmeras cantigas esbanjando desenvoltura e charme. Gazeteou pasquim, escalou folhetins de Itália até Berlim.De Julio Verne consagrou-se como o protagonista da ficção, encetou viagens de proezas inimagináveis.Encantou-se com o Taj Mahal, viu marajás vestidos de Sol.
12.Contemplou Straus às margens do Reno.Vislumbrou seu desejo de favorecer em vão a aproximação dos povos. Possuiu a experiência de Pierrot e a beleza de Arlequim. Enfim,atravessou o atlântico a vapor, muitos meses navegou, à deriva quase soçobrou até aportar em solo hospitaleiro, doravante sua mãe adotiva. Emigrou desde os primórdios, desenvolveu aptidões, as mais diversas, incríveis, de relojoeiro, ourives, sapateiro, doutor em medicina, mascate, nas fazendas de café, meeiros; nas abastadas freguesias, comerciantes.
13. De nacionalidade muita, elegeu o chão canarinho, ergueu construção no alinho, deu o máximo de si. Engrandeceu sua nova pátria de eleição, deu asas ao destino, persistiu com força e resolução. Foi graças a ele e a seus descendentes que o pais continente tornou-se do tamanho do seu sonho latente. Em Terras Nossas, ergueu a brasilidade com Catulos, Capibas, Villas Lobos,Taunay,Gonçalves Dias, Quintana, Adoniran, Cartola,Caymi,Bethânia,João Gilberto,Jobim,Vinicius,Drumond e outros colossos.
14.Foi circense, diplomata até já suou a casaca. Com Guimarães Rosa trouxe à tona o grande sertão, exemplificando o elo das divergências em profusão.De Pessoa genial derramou centenas de versos matizados, sem igual.Dançou a valsa vienense, salsa e merengue,alegrou-se com trevos, frevos e maracatu. Viu diversos ritmos: bossa-nova, erudita, sacra e popular,Gil,Caetano,Gonzaga, Palestrina Vivaldi,Chopin e Elomar.Conheceu a iluminação do Haikai,o sentimento religioso do raro talento Portinari. De Antonio Conselheiro trouxe aos ases do império um grande conselho, quedando amuado, Euclides, jornalista conceituado.
15.E dando prosseguimento pretendo citar as revoluções intestinas, sem entrar no mérito da questão, o poeta nelas peregrina e se fascina nos intuitos a que se destinam, tamanha a efervescência em cada período contidas: Constitucionalista, Farrapos, Tenentistas, Emboabas, entre outras ficam mencionadas.Se embalou no sono, construiu nas nuvens castelos risonhos, teve estranhos sonhos,presságios medonhos, aprendeu inúmeras cantigas de ninar,vislumbrou utopias dá até para imaginar...
16.Mostrou garra e destemor,lutou com denodo desconhecido, assumiu do expedicionário o grito no grande conflito,se exaurindo no dever ao estupor.No lirismo livre de Hermann Hesse, alçou vôos, alcançou o conhecimento pleno do ser humano, arquitetou a renovação do homem com interior sentimento.Assistiu entusiasmado a consagração de Raul Cortez,Paulo Autran, Fernanda Montenegro nos palcos e telas aclamados. Plinio Marcos, lisonjeado pela critica. Valter Sales, cineasta de grande visão. Eles e outros que seria longo enumerar, elevando o teatro e cinema nacional a patamares de reconhecimento mundial.Foi clássico, renascentista, barroco, modernista,iluminista. Esteve na capela sistina, Aleijadinho em Minas. De Alberico, mestre eu digo, inseriu-se na contemporaneidade, faço jus ao poeta amigo, escritor exímio este relato para a posteridade.
17.No Brasil colônia encarnou Arariboia com façanhas notórias, o lendário São Jorge a fustigar dragões, guerrear brasões em luas cheias sobre os terreiros e casarões ancestrais. Foi Mem de Sá, Martim Afonso, Duarte da Costa, estadistas,Nóbrega e Anchieta, heróis futuristas, porque não precursores Humanistas?!.Entoou canções desconhecidas, sentiu na face lamentos vividos,tormentos sofridos ao ser arrancado da mãe pátria, jogado qual paria nos porões de navios, forçado a trabalhar em território estrangeiro.Em muitos casos, mitigado pelo desvelo do irmão ao seu lado,senhor do engenho,mas de coração dignificado, antecessor do homem livre, nos deixa emocionado. Escreveram uma página a parte, fatos isolados mas no conjunto plasmaram na terra um reino onde o bem querer era observado.
18.Louvou Visconde de Mauá, paladino do desenvolvimento de patriotismo consagrado,sufragou seus sentimentos, homem à frente de seu tempo.Construiu em Benis Abbé, eremitérios, partilhou com Foucald preces e insondáveis mistérios. Viajou em diligencias,percorreu o novo mundo em vapor,trem expresso, em zepelins a Europa sobrevoou.Consciente alegrou-se com os prêmios da literatura, Einstein na física,gênio inconteste, universal nas teses, de descobertas celebres, teorizando relatividades em série.Aplaudiu de pé Vital Brasil, Carlos Chagas, Zerbini e Pasteur. Com Frei Damião e Padre Cícero iluminou o agreste espalhando amor,labor e prece.
19.Na atualidade na Xilogravura e Cordel na pessoa do talentoso amigo Prof.Valter Luz, continua idealizando mundos, mudando os rumos de um universo em iluminuras e versos.Ele, o poeta mínimo reconhece a gesta de Plinio Correa de Oliveira em prol da Catolicidade e brasilidade, guardião do Bem, soube desde a tenra idade, inspirado em sua Mãe provover os ideais que nunca morreram.
20.Do Taumaturgo de Pádua recebeu a promessa a favor dos pobres e oprimidos, do irmão Poverello de Assis , o primeiro clamor consistente na defesa da mãe natureza.Observador contumaz veterano de estrada registrou a confederação do Equador, os anseios de Frei Caneca e Libero Badaró. Testemunha criteriosa de regências provisórias , protagonista de transições meritórias.
21.Estudou a gramática com afinco, na história não perdeu o estímulo,nos dialetos foi exímio. Nos adágios retilíneo. Relatou no pergaminho o belo gesto de Isabel redimindo a bela raça negra, merecendo a aura de princesa e a hombridade de Pedro II, dileto de sua gente, respeitado nos meios acadêmicos,arbitro inconteste, incentivador e mecenas das Artes, merecedor desta trova a parte. Hoje descansa o sono dos justos em travesseiro confeccionado pela terra pátria perene.
22.Com Santos Dumont viu surgir o sonho da liberdade, porém provou o cálice da dor ao ver as asas douradas vitimar vidas humanas em massa.E dando continuidade, o encontramos ativista do tempo, acompanhando, muitas vezes, cabisbaixo a aceleração do movimento, a desvirtualização das identidades pessoais, as fissuras nas áreas enigmáticas do pensamento, o advento de hegemonias inter continentais, o extermínio insano em escala pavorosa,o holocausto descomunal, as convergências políticas, a guerra fria, o mundo globalizado até os dias atuais, o abandono paulatino dos veículos de propulsão elétrica a favor do diesel e gasolina.
23. E a caminhada continua do nada se acentua. Estarrecido presencia gente manuseando lixo, césios e muitos protestos. A intolerância programada, os átomos embravecidos, sinos transformados em armas,conflitos e um sem fim de perigos.Neste contexto visualizou a secessão americana, as guerras napoleônicas, a queda vertiginosa da Bolsa, o advento da economia neo-liberal,a recessão, a derrocada do muro de Berlim , o risco atômico em escala acelerada, a informação virtual em tempo real.
24.Agora mesmo quando escrevo as informações chegam num simples clique e com tal profusão que nos falta o fôlego,fica-se pasmo e hesitante. Os valores “arcaicos” de outrora perderam o sentido, pulverizaram-se na vida sistematizada, o glamour sem alma tornou-se um requisito, a calma, o bom senso, prejuízos, a lei natural um “equivoco”. O mundo do ter, infelizmente, prevaleceu ao ser e o destino do planeta terra, encontra-se por um fio, gravemente comprometido.
25.O poeta sabe que a jornada inóspita deve perpetua-se na defesa da biosfera, do desenvolvimento sustentável, do eco-sistema, dos recursos naturais dos trópicos, a ultima fronteira tropical, fonte inesgotável de oxigênio tal e qual.O poeta constantemente plugado na realidade louva e acompanha com vivo interesse as incessantes iniciativas dos cientistas brasileiros,em conjunto com outros especialistas do mundo inteiro, que estão convergindo esforços e descobertas de alta relevância, cônscios que a condição única de sobrevivência das futuras gerações e as dimensões humanas nas mudanças ambientais necessitam de uma solução cabal.
26.Devemos outrossim ter presente,com intensa veracidade, do que adiantam os avanços da ciência em esferas de alta ressonância planetária se o ponto vital não for equacionado. A camada de ozônio está aí perdendo fôlego.É um fato quase consumado de conseqüências apocalípticas sem precedentes na historia – haja vista – o aquecimento global do planeta terra, neste ponto se encerra toda e qualquer elocubração!As emissões do Co2 devem ser desaceleradas,a tecnologia moderna precisa urgente encontrar a saída acertada.
27.Ele,o poeta, sobreviveu a todas as panacéias políticas, filosóficas e analógicas, alimentando-se do néctar dos sonhos guardião do dom sagrado do imponderável, tornou-se capaz de romper barreiras, atravessar cachoeiras para salvaguardar o tênue fio da sensibilidade entre o concreto e o abstrato.Assim dou por encerrado este simples relato, não sem antes,citar Rubem Braga em seu estro,lança luzes ao que estabeleço:
“Esta sensibilidade que é uma antena delicadíssima, captando pedaços de todas as dores do mundo e que me fará morrer de dores que não são minhas.”
Epílogo
Texto rebuscado, figuras de linguagem, sonetos que encerram diversa divagação, entretenimento lúdico, sério, não espero êxito reverso, apenas espalho letras inversas, versadas na terra, terrarum, objeto de ensaios deste velho estreante emissário. Em suas mãos, leitores sensatos, deposito este ensaio em forma de pensamentos alados, pois não foi pressa não entender e o tema pressinto revolver o gesto desta raça lembrada SOB O SIGNO DA POESIA , fica registrada. Á guisa de finalizar vou arriscar um palpite, em profecia contidas, não me culpem pelo desperdício, se falar coisas cismadas, pouco divulgadas pela imprensa escrita e falada.
Perscrutando os hierogrifos lá do antigo Nilo não encontrei a decifração. Cícero da Roma consagrada deixa entender em suas sábias máximas. Continuo, vaga lembrança quem será o primeiro, segundo, terceiro da lista, adianta-se Aristóteles, apresenta-se Sócrates, Demóstenes;Platão,Arquimedes e Sófocles, ausentes,um divagando nos Topos Noetos em companhia da inseparável abstração, o outro a procura de um ponto de apoio para alavancar o mundo, estoutro visualizando tragédias colossais.Sócrates com clareza explica: ainda está à busca da Verdade Plena.Demóstenes discursa, oratória inigualável, mas fica aquém do esperado. Aristóteles fecha com conceitos lógicos,explana teses, calça-as com argumentos irrefutáveis, o Grande Motor Imobilis guarda a explicação.
Então a charada é resolvida tanto quanto permite nossa pobre condição. Ainda não era chegada a hora do poeta absorver o mistério da criação. O que foi falado a Ele, o conheceu por intuição. Deus Uno,Eterno e Trino sussurrou nos seus ouvidos um axioma e num atmo entendeu o estribilho que o poeta estabelece um elo do Perene, reflete a luz Divina que ilumina a mente humana. Ah! os versos não são seus. A inspiração e todo seu conteúdo , vem de uma força gigantesca suprema, da qual ele é apenas diminuta fagulha, mero rodal da engenhosa mola do universo, o Grande e Eterno Platô. O grande poeta dos versos perdidos, pois muitos não fizeram eco aos seus solenes pedidos:“Amai-vos uns aos outros...” Ah! se o tivessem ouvido o caos não teria se estabelecido.
Tenho dito e aguardo, caro leitor seu veredicto.Não economize criticas, afinal os que afirmam dizem sim ,os que negam, dizem não! Sempre!
Vai dedicado a todos os sonhadores empiristas de todos os tempos!!! Máxime aos da Mesa 18... encabeçado por Henrique Ludwig Ravest, autor do Paralelo 46.
Vai dedicado a todos os sonhadores empiristas de todos os tempos!!! Máxime aos da Mesa 18... encabeçado por Henrique Ludwig Ravest, autor do Paralelo 46.
Helder Tadeu Chaia Alvim
Poeta Minimalista
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