quarta-feira, 15 de julho de 2015

papel gipseo

              Tubo de ensaio ou papel gipseo...
1.       Domingo ameno, de somenos importância, não creio! A noite desce sua cortina de prata, na porta da rua vejo pessoas de aparências diversas da grande urbe dos contrastes da altura de sua verticalização, uma antítese de seu avesso e começo também a perambular sem destino...
2.       O que será que passa em suas  mentes, uma metrópole imensa de trocentos milhões de ha. , veículos se atropelando, bykes simpáticas, musicas, intensa de senões, locupleta de crises existenciais, imponente, radical e hospitaleira.
3.       E no seu horizonte, outrora permeado de façanhas, guerras, ouro e prata, nasceu esta cidade ao fluxo do mundo bom!
4.       Daqui há pouco será segunda feira feérica, agitada de perspectivas variadas, e neste cenário a caminhada continua nas nulas ruas, as vezes de ideias nulas; aliás porque escrevo se padeço do mesmo mal?
5.       Um experimento, ao feitio de seu perfil psicológico, um sentimento confuso entrelaça traços e mais traços neste emaranhado tubo de ensaio. Trago comigo a intenção simétrica da continuação que vislumbrará no papel gipseo à moda do Egito de Heródoto e o Nilo.
6.       Vejo se  ‘ areunir ‘ nas ruas paulistanas tanta gente, mesmo sem grana locupletam a rua Augusta e adjacências, persistem na conversa, se aglomeram em tribos, e suas palavras me satisfaz, amigos solidário  de tantas jornadas...
7.       Assaz vou prosseguir ao léu, desta vez de chapéu, caminho mais duas quadras e me deparo com Waldir Alves Leite, conhecido no pedaço pelo apelido carinhoso de amigão. Todos o conhecem, de modo simples, educado, e vive apagado depois de labutar num restaurante na Rua Frei Caneca.
8.       As desilusões, não sei quais foram ao certo o levaram a morar na rua, naquela mesma rua que trabalhou, se esforçou de sol a sol para tirar seu sustento honesto, e hoje num paroxismo do destino está faltoso de lar, fogão quente e dignidade.
9.       Originário da cidade de Bananeiras Pa. , mais propriamente do Sítio Tomé, pois zé, encontra-se invisível para muitos, e estas rimas o acolhem com o pouco que amealham e com ele passam bons momentos de convívio alegre.
   Ah! Quisera poder mudar sua situação de extrema penúria, e faço uma prece acanhada ao Motor imóvel, o grande poeta dos versos perdidos no sentido que o amigão encontre o norte de sua vida e seja feliz, na medida que permita ser neste vale de lágrimas.
   Tenho fé, carrego a certeza que o momento bom do amigão se aproxima, pois a s mesmas rimas mentoras me disseram que sim , que será possível a completa inserção do amigão na sociedade, e que ele tem ainda muito a contribuir com os seus irmãos de copo, bar e prosa amena.
   O ponto de equilíbrio para Waldir virá, e esta rimas interagem e reagem na caminhada, e sabe que surgirá para ele, bom homem, alguém, que o acolha e solucione sua situação.
  Aguardo outras ponderações, aquelas monções do mundo bom das certezas empíricas, mesmo em meios as contradições da metrópole haverá um sinal, pois aprendi que tudo podemos e o nosso auxilio está no nome do Senhor que fez o céu e terra!
               Helder Tadeu Chaia Alvim


             São Paulo  12 DE Julho de 2015

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