São Paulo comemorou no dia 09 de julho p.p a sua
revolução constitucionalista de 1932, politicas à parte com esta guerra
intestina o Brasil iniciou no seu processo de democratização, apesar de ter
sofrido baixas ‘debaixo da botas e do chicote’ do ditador Getúlio Vargas, contudo historicamente obteve
uma expressiva vitória moral à nível
nacional, que perdura até hoje, apesar dos pesares.
É foi de fato, pois em 1933 criou-se a Assembleia Nacional Constituinte,
as mulheres votaram pela primeira vez e também criou-se a Justiça eleitoral,
pondo fim em grande parte às fraudes. Foram outros tempos, quem diria se
lessem o que o renomado poeta Mario de Andrade escreveu no ardor de sua prosa
afiada e culta: ‘ No momento, eu faria
tudo, eu daria tudo para São Paulo se separar do Brasil.’
Mas águas passadas são passadas e
a história tomou outra direção, e com isenção de ânimo podemos continuar juntos
e firmes na inspiração, aqui, muitos de nós aportamos, fomos acolhidos e
labutamos para o engrandecimento desta cidade nação!
Hoje São Paulo curte e promove
sua verticalização contrastando numa espécie de antítese de seu avesso,
envelhece abandonada, e rejuvenesce sem rumo definido no que tange ao seu aspecto moral e cívico.
Parece não querer saber sobre a
lei do imponderável, mas caminhando pela avenida paulista numa tarde de feriado
enxergamos sua potencialidade que em meio ao caos, floresce rosas de concreto a
sussurrar um panorama novo, todo ele ancorado no bem comum, na justiça - como pleiteia minha irmã Math querida - e na
realidade empírica acima de sua cabeça altiva.
Na voz dos poetas do povo
esparsos, encontramos o acalanto, aos
deserdados da sorte muitos oferecem seu ombro amigo, nesta grande
metrópole a natureza também espera outra
realidade mais humana, solidária e anímica.
A história começa a ser revivida, do ponto de vista conceitual,
e a lição da união vai prevalecer no bem
comum maior inerente aos mais de 207 milhões de brasileiros, e aqui é um
pedação do Brasil brasileiro, e aqui ainda vemos laivos de brasilidade ao
percorrer toda a extensão da Paulista de todos os sons, ritmos e canções.
Ao percorrer a imensa urbe, a
gente vê que fé, arrojo e denodo é que nunca faltaram aos paulistas, peitaram Getulho,
e bem ou mal ainda alavancam o nosso país continente como uma referencia e
pendulo gradual para a América Latina.
Poesia, música, arte em todos os
seus quadrados, inspiração aos seus poetas de rua, fazem deste chão paulistano
uma benção e a promissão de dias melhores para a sua prole; este chão saltério
de tantas proezas antigas e presentes traz a sensação agradável que ainda estão
por vir muitas histórias boas, muitas palavras em suas esquinas intuitivas,
muita prosa e versos a serem cantados pelos seus cordéis de verve franca e
coração arcano.
Enquanto caminhamos pensamos no
Brasil, em seu momento de dúvidas, carência de rumos, desação politica,
precificação absurda dos gêneros de primeira necessidade, e uma pontinha de esperança
está na cabeça da cidade urbe metrópole
imensa: - Será que o Lugar Chefe da Res Publica irá renunciar? Para o bem comum maior da democracia e a
felicidade de um novo tempo realmente de grandeza cívica, segurança, saúde,
educação e ganho adequado para todos os brasileiros?
Pois a pensar que um ’governo do povo para o bem do povo’ É
isso? Não deve ofuscar a claridade de carácter e os anseios da maioria, e que mais
de duzentos e sete milhões de brasileiros que São Paulo sabe espelhar, acolher,
abrigar, e dar oportunidades iguais sem discursos outros... merecem novos rumos
e o aprumo total da questão democrática nacional.
Helder Tadeu Chaia Alvim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário