sexta-feira, 10 de julho de 2015

sob o signo da cidade - urbe - metrópole imensa

Sob o signo da cidade – urbe – metrópole imensa


São Paulo comemorou no dia 09 de julho p.p a sua revolução constitucionalista de 1932, politicas à parte com esta guerra intestina o Brasil iniciou no seu processo de democratização, apesar de ter sofrido baixas ‘debaixo da botas e do chicote’ do ditador  Getúlio Vargas, contudo historicamente obteve uma expressiva vitória moral  à nível nacional, que perdura até hoje, apesar dos pesares.

É foi de fato, pois em 1933  criou-se a Assembleia Nacional Constituinte, as mulheres votaram pela primeira vez e também criou-se a Justiça eleitoral, pondo fim em grande parte às fraudes. Foram outros tempos, quem diria se lessem o que o renomado poeta Mario de Andrade escreveu no ardor de sua prosa afiada e culta: ‘ No momento, eu faria tudo, eu daria tudo para São Paulo se separar do Brasil.’

Mas águas passadas são passadas e a história tomou outra direção, e com isenção de ânimo podemos continuar juntos e firmes na inspiração, aqui, muitos de nós aportamos, fomos acolhidos e labutamos para o engrandecimento desta cidade nação!

Hoje São Paulo curte e promove sua verticalização contrastando numa espécie de antítese de seu avesso, envelhece abandonada, e rejuvenesce sem rumo definido no que tange  ao seu aspecto moral e cívico.

Parece não querer saber sobre a lei do imponderável, mas caminhando pela avenida paulista numa tarde de feriado enxergamos sua potencialidade que em meio ao caos, floresce rosas de concreto a sussurrar um panorama novo, todo ele ancorado no bem comum, na justiça - como pleiteia minha irmã Math querida - e na realidade empírica acima de sua cabeça altiva.

Na voz dos poetas do povo esparsos, encontramos o acalanto,  aos deserdados da sorte muitos oferecem seu ombro amigo,  nesta  grande metrópole a natureza também espera  outra realidade mais humana, solidária e anímica.

A história começa  a ser revivida, do ponto de vista conceitual, e a  lição da união vai prevalecer no bem comum maior inerente aos mais de 207 milhões de brasileiros, e aqui é um pedação do Brasil brasileiro, e aqui ainda vemos laivos de brasilidade ao percorrer toda a extensão da Paulista de todos os sons, ritmos e canções.

Ao percorrer a imensa urbe, a gente vê que fé, arrojo e denodo é que nunca faltaram aos paulistas, peitaram Getulho, e bem ou mal ainda alavancam o nosso país continente como uma referencia e pendulo gradual para a América Latina.

Poesia, música, arte em todos os seus quadrados, inspiração aos seus poetas de rua, fazem deste chão paulistano uma benção e a promissão de dias melhores para a sua prole; este chão saltério de tantas proezas antigas e presentes traz a sensação agradável que ainda estão por vir muitas histórias boas, muitas palavras em suas esquinas intuitivas, muita prosa e versos a serem cantados pelos seus cordéis de verve franca e coração arcano.

Enquanto caminhamos pensamos no Brasil, em seu momento de dúvidas, carência de rumos, desação politica, precificação absurda dos gêneros de primeira necessidade, e uma pontinha de esperança está na cabeça da cidade urbe metrópole imensa:  - Será que o Lugar Chefe da Res Publica irá renunciar?  Para o bem comum maior da democracia e a felicidade de um novo tempo realmente de grandeza cívica, segurança, saúde, educação e ganho adequado para todos os brasileiros?

Pois a pensar que um ’governo do povo para o bem do povo’ É isso? Não deve ofuscar a claridade de carácter e os anseios da maioria, e que mais de duzentos e sete milhões de brasileiros que São Paulo sabe espelhar, acolher, abrigar, e dar oportunidades iguais sem discursos outros... merecem novos rumos e o aprumo total  da questão democrática nacional.


Helder Tadeu Chaia Alvim.

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