quinta-feira, 29 de abril de 2021

Quectudo - que lua é Nago?

 Quectudo - que lua é Nago?

E hoje vamos começar nosso proseio lembrando de minha amiga do coração alegre,  a formosa Luzvina, confidente de meus anseios de mundo bom, idealizadora da poesia empírica inserida na contemporaneidade e em um dia de outono estival me disse na mais paulista de todas as ruas : a Dona Augusta: - 'Poeta sabe que a leveza de um poema merece um traço de inspiração'. E agora ao lembrar dela e das tiradas geniais alegro-me também e penso que a gente os poetas e poetisas do guardanapo ( explico mais adiante) éramos imensamente afortunados ao ter um convívio tão proveitoso e existencial, disse alguém calibrado pela pinga do alambique: a Maravilhosa, que até hoje existe aqui no meu sertão Fluminense. E em pensar na realidade pardacenta e não isenta de tantas preocupações que envolveu o Brasil e vitimou, oh mil vezes dor, mais de 400 mil gente nossa que teria um futuro pela frente e foi interrompida pelo vírus letal e asfixiante oh meu Deus! E em pensar nesta fase fuleira e carne-de-teteu que o país atravessa sentimos um pesar de mil noites de choro. Porque quectudo está assim? E em pensar mais uma vez que o sonho de consumo de repente passou da vontade de consumir bens eletrõnicos, viagens, compras de grife ou no Brás, caro 0 km ou mesmo a casa própria, transmutou em desejo sôfrego e compreensível da vacina. E tudo ficou pequeno, mesmo a carreira, os estudos, a Pós, etc. E nesta ansiedade imensa mudou o panorama de nós todos. E choramos um choro amargo e sem volta de um ente que se foi, jovem, adulto ou provecto, mas um parente, um amigo, e sobretudo um ser humano com todas a s suas características insubstituíveis. Tínhamos o costume, isto foi anterior à pandemia de ficar sentados na calçada de algum boteco da Augusta para bebericar e jogar conversa fora e também tínhamos uma função cultural de olhar o movimento da rua e anotar nos guardanapos a nossa impressão, e lá pelas tantas da madrugada antes da saideira liamos em voz alta os ditos poemas... Foi um tempo muito bom e de muita reciprocidade, e calor humano sem igual. E hoje cada um (a) a seu modo vamos vivendo reclusos em casa, muitas miragens para não falar dos pesadelos constantes e nos perguntamos: - gente sensata não é possível que um planeta tão belo em sua forma seja palco de tantas guerras, conflitos étnico-raciais, intolerâncias, incongruências, e travas sociais em meio a um mundo tão tecnológica, antenado, plugado e coisas deste gênero, não possa fazer um chão deveras bom para toda a humanidade sem discursos tolos e promessas infundadas. 'Oh vã honra de mandar que se chama fama', repetia o velho de Restelo. Oh fatídica e maldita atitude dos mandatários do poder que não visam o bem comum maior inerente à toda a raça humana, Oh tolice de se perpetuar no topo do poder, Oh falta de senso crítico que não enxerga um palmo mais além, oh fome de mil dragões das verbas públicas, oh inconsistência de ideias sadias, oh tudo e nada ao mesmo tempo! Por acaso alguém aqui vai ficar para a semente? Em Vitória do Espirito Santo Brazil tem o santuário de Nsra dos Navegantes e achegados aos seu regaço maternal e puro ousamos suplicar: Oh Mãe dos navegantes, náufragos estamos, a pandemia está dizimando nossa gente amada, afastei de nós todos este flagelo atroz, a fome, e  guiai Mãe extremosa o Brasil e o mundo para o verdadeiro porto da luz divina e que a democracia de raiz em nossa pátria volte com seu bem querer e abastança na fé e moral cívica, pois gente má arrancou de nós o vento dos valores pátrios e constitucionais. E que a leveza do poema de Luzvina se transforme em mil traços de inspiração de mundo bom. Assim seja! 

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