cartas
empíricas
1.
Hoje voltei a escrever, descrever algo
sentido, querendo encontrar um motivo melhor da existência minha e do meu
semelhante, que a realidade que nos cerca no planeta fosse outra, mais suave,
leve e solta, de calor palmilhada, que não houvessem crianças nuas, animais
abandonados, dormindo no chão das ruas, de barrigas vazias, mais pão, e esperança de fogão quente, lares
aconchegantes, mas não!
2.
Ando adiante e vejo o contraste, a safadeza
que norteia a politica brasileira, seres humanos provectos no saber, de larga
carreira no mundo publico, açambarcando na cara dura as verbas da população. Na
inação deixaram o Brasil, e ainda pousam de bons e boas, valha nos Deus da
retidão, da justiça, então!
3.
Ah tão bom seria que a violência não
existisse, que existisse sim oportunidades iguais para todos, que o esforço e o
talento fosse valorizado, que na mesa geral reiterasse mais compreensão, amor e
participação, que nas ruas meu povo sorrisse um riso solto de brasilidade em
ascensão.
4.
E que em lugar desses discursos inócuos da
tribuna central, o varal da diversidade cultural amanhecesse locupleto de
feitos sãos, e que desaparecesse do cenário nacional a corrupção, o favor
ilícito e tudo o mais que mancha a bandeira, a honra e a constituição.
5.
E que o mundo bom fosse viável a mais de 207
milhões de brasileiros, aquele mundo que o Mestre da paz objetivou no primeiro
natal da humanidade na gruta de Bethleem a todos os povos de coração fraterno,
indistintamente.
6.
No entanto o contraste se acentua nas ruas
quando assistimos do barranco a derrota do ser a favor do ter. Haja espaço,
glamour, passarelas, ostentação, maldição desta tal corrupção, se a goela está
seca de aspirações mais elevadas e da sacada dos tempos Deus aguarda a hora do
acorde final do Brasil.
7.
Pois a condução equivocada de nossa história
foi passando de mão em mão, em acordos escusos, negociatas nas mansardas do
poder, desacordos consuetudinários, negação da liberdade individual e coletiva,
manipulação da mídia, conchavos de escandalizar Pedro II e Sir Ruy Barbosa, até
chegar-se aos dias de hoje, com a prisão de um ex chefe do estado de estado e a possibilidade de mais implicados, valha nos Deus, que quase desgraçados estamos, e beiramos à
fimbria perigosa da comoção social.
8.
Momento carregado de preocupações, nulas
proezas na politica, carestia brava, ausência de postura ética dos vendilhões
do templo sagrado da Republica Federativa, Judas Iskariotis pululando que nem
noticia ruim, beiramos ao início do fim. Uns na solidão empírica da multidão,
outros no consumo ou na grandeza fátua de um automóvel, de uma passeio ao
shopping e nada mais!
9.
Nestes 127 anos de Republica, uma espécie de
maldição acompanha a nação canarinha, pois não houve um dia sequer que o país
anoitecesse e não amanhecesse com sua politica instável, com suas assembleias e
tribunas digladiando em causa própria,
quiçá partidária, interesses alheios á maioria, tanto que hoje tivemos um
processo de impedimento da presidente, políticos afastados, presos, e uma
montoeira de processos a cargo do capacitado e corajoso, juiz Moro, que não vai
permitir que a totalidade dos brasileiros cordatos levem desaforo para casa.
10.
E sem direção ideológica séria, a politica
domestica se rotulou de vantagens escusas, as quais estão ficando patentes na
operação Lava à Jato, e se peneirar bem vai aparecer peixes e mais peixes graúdos,
quando o conteúdo se revelar de condenação peremptória.
11.
Hoje se me perguntar vou sem pestanejar
dizer que o gigante não sabe mais para onde vai, nem de onde veio, nem mesmo
porque nasceu neste solo rico em expectativas do porvir, de verde em matas
exuberantes, de montanhas, cascatas, rios, regatos e cachoeiras, panoramas de tirar o fôlego, de
povo lhano e pacato, com sua alma de fé , coragem e arrojo, pois zé, bem que
merecia gente na politica que sintonizasse com seu bem comum maior.
12.
Quando os três brasis se fundirem num só, a
politica, a realidade e o coração do povo vão sorrir juntos um riso solto de
brasilidade ! ! !
> E se avizinha solerte o pleito eleitoral, e o cenário se apresenta mais sombrio, pois esses e essas que pretendem dirigir os destinos pátrios por mais quatro anos, não convenceram ninguém acerca da praticidade de sua gestão, estão meio pedidos em sua falas, aliás tentam manter a pose, e o povo sabe que só um esforço conjunto da sociedade poderá tirar o gigante de seu sono letárgico, sanar sua feridas e propulsionar algo de relevante e original, o mais e continuar para piorar a situação nacional.
>> Onde andará a lente lúcida? , onde estarão os estrategistas do bem comum maior? Até o presente momento o material humano que se apresenta é fraco, fraquinho, pois interesses outros permeiam a politica das modernas sesmarias.
>>> A resposta está no povo que bem sabe o que quer, bem sabe suas lutas de sobrevivência num pais que os políticos faliram, que construíram para si privilégios a custas do erário publico. O cesse de vez esta mania de levar vantagens escusas ou será o ultimo baile da republica federativa.
> E se avizinha solerte o pleito eleitoral, e o cenário se apresenta mais sombrio, pois esses e essas que pretendem dirigir os destinos pátrios por mais quatro anos, não convenceram ninguém acerca da praticidade de sua gestão, estão meio pedidos em sua falas, aliás tentam manter a pose, e o povo sabe que só um esforço conjunto da sociedade poderá tirar o gigante de seu sono letárgico, sanar sua feridas e propulsionar algo de relevante e original, o mais e continuar para piorar a situação nacional.
>> Onde andará a lente lúcida? , onde estarão os estrategistas do bem comum maior? Até o presente momento o material humano que se apresenta é fraco, fraquinho, pois interesses outros permeiam a politica das modernas sesmarias.
>>> A resposta está no povo que bem sabe o que quer, bem sabe suas lutas de sobrevivência num pais que os políticos faliram, que construíram para si privilégios a custas do erário publico. O cesse de vez esta mania de levar vantagens escusas ou será o ultimo baile da republica federativa.
Chaia Alvim Helder
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