1. Ao
que nos parece o regime republicano no
molde brasileiro desde o seu nascedouro em 1889 quando o Marechal Deodoro proclamou
a Republica Federativa Presidencialista e destituiu seu amigo o
Imperador Pedro II pondo fim ao áureo período da Monarquia Constitucional
Parlamentarista, já trouxe em seu arcabouço as mazelas da desação politica e a
precificação das verbas publicas em voga
Os estudiosos imparciais do assunto
dizem que não colou mesmo, pois vemos que em sua trajetória domestica se destaca como um pais em que mais
se depôs presidentes.
2. É que desde os bancos da faculdade de
filosofia, quem diria, ouvimos falar a
conhecida, e hoje mais do que usual palavra: ‘golpe’. É golpe pra qui, é golpe
prá lá, a gente deita ouvindo os noticiários, e se levanta com o termo sendo
repetido exaustivamente, e mais precisamente sem fundamentos históricos, um
termo inteiramente conceitual.
3. Seria
uma espécie de usurpação do cargo de alguém? Ou o famoso golpe de estado muito
em voga no mundo durante o período da guerra fria? O fato que em se tratando da
presente empreitada da Câmara Federal e do Senado na capital Brasília, ninguém está dando golpe
em ninguém.
4. Trata-se
de um processo legitimo contra a mandatária maior da republica, que não se
ateve às leis constitucionais e se viu impedida de continuar por enquanto a
gerir os destinos da nação.
5. Um
momento atípico da vida nacional, um instante delicado, um capitulo doloroso,
mas necessário, eu diria tranquilamente se tratar sim de um golpe de vento favorável à brasilidade, se o prosseguinte presidente Temer souber
anuir aos anseios das ruas soberanas, e governar para a felicidade de todos e
sinalizar um novo tempo de prosperidade, abastança, bem comum de fato e de
direito para mais de 207 milhões de brasileiros.
6. E
a conversa segue seu curso normal nos bares e cafés da augusta paulistana;
ninguém está alegre com esta situação, a primeira mulher a galgar a rampa do
planalto se vê em um processo de impedimento gigantesco na Câmara e agora no
senado e dificilmente a situação vai se reverter na pirambeira do poder.
7. Se há vencidos é o Brasil e o povo que confiou
em sua batuta e foram amplamente decepcionados,
quer politicamente, quer financeiramente e do ponto de vista cívico e ético uma
negação atrás da outra.
8. Uma
pena, milhões de penas esvoaçando hoje ao leu, mesmo os seus correligionários
que privaram com ela o sonho de liberdade se viram ludibriados, e sabem que no fundo que esta estória de golpe não tem
fundamento jurídico , pois muitos deles foram às ruas para tirar o Collor por
muito menos, e ironicamente repetem a palavra de ordem: ‘golpe.’
9. A
nossa estupefação aumenta ao notarmos ,
que não é gente simples, igual aos signatários da presente missiva, mas gente
graduada, estudada, pós doutorada em várias matérias de circunscrição
universal, que merecem o nosso respeito
e admiração, mas que neste ponto divergimos respeitosamente de seu diapasão.
10. E
neste momento em que a historia, mestra da vida vai escrevendo mais um capitulo
delicado da vida brasileira, o tal termo ‘golpe’ vai continuar aflorando por
muito tempo aos lábios de irmãos nossos, e com tal ímpeto retórico, que se possível fora o tornariam personagem real. E nos perguntamos por que será?
11. O
jeito que encontramos seria convidar o
leitor(a) para voltarmos juntos ao ano
de 1964, ‘ beaucoup d’autres personnes
me l’ont dit’ ( me disseram) que houve um golpe que depôs
Jango e implantou a ditadura militar. Na realidade em 64 houve um movimento
popular intenso pelo restabelecimento da ordem social e pela liberdade nacional
auto determinada, pois sabemos muito bem
onde o Brasil iria chegar.
12. Em
plena expansão Bolchevique, o nosso Brasil
era o alvo primordial na América
Latina, e sua conexão estreita com Cuba, China e Rússia faria dele um pais
piloto para a implantação do comunismo, quando ai sim seriam cerceados os nossos
direitos fundamentais, nossa liberdade de expressão e tudo o mais, uma
canoa literalmente furada.
13. No
entanto o gosto pelo poder transmutou se e durou décadas, um erro que custou ao
Brasil vidas, abriu feridas, etc. etc. Uma vez que ao restabelecer a ordem
constitucional deveriam entregar de volta o poder aos civis, o que não
aconteceu.
14. Na
nossa modesta e firme opinião, paradoxos e mais paradoxos, e em 1992 os caras
pintadas foram às ruas e apearam Collor do poder. Hoje o filme no reverso se
repete, em junho de 2013 o povo em massa acorreu as ruas brasileiras e ali estava esboçada a reação conjunta de
hoje que afastou a Presidente Dilma do planalto central.
15. E
o roteiro do filme lançado hoje em 12 de maio de 2016 , é original: Lava jato,
Mensalão, Petrolão e tantos ‘ãos’, acrescidos
da falta de diálogo da Dilma, sua base no congresso esboroada, culminaram com seu impedimento, e dificilmente ela se
safa dessa.
16. E
chegamos na natureza ( physis) juntamente com o conhecimento ( logos) total do problema de responsabilidade
fiscal escancarado para a nação inteira.
E uma espécie de ganhou e não levou o mandato por inteiro, e isto sói aconteceu
não pelo que ouvi dizer ( me non l’ont dit) mas pelo fato real do decréscimo da pujante
economia brasileira, pela crise sistêmica em Brasília, pela corrupção que
grassou em seu partido de uma forma tremenda atingindo de cheio uma das maiores
e mais respeitáveis empresas do planeta: a Petrobrás.
17. Coube ao vice Temer, hoje empossado como presidente interino da Republica Federativa
do Brasil, resgatar a confiança do mercado financeiro, cortar ministérios,
realizar a reforma fiscal, em suma devolver a mais de duzentos e sete milhões
de brasileiros a esperança perdida, consertar a moldura trincada da brasilidade, e realçar os contornos do bem
comum maior com a certeza que doravante os atos ilícitos, a corrupção serão
banidos de solo pátrio de uma vez por todas.
18. Resta
a ele o pesado ônus de fazer em conjunto com os parlamentares, os três poderes,
o empresariado, trabalhadores, e todo o povo a reinvenção do Brasil, uma nação
dona de seus destinos, de sua auto determinação, livre e soberana que cresça
com sustentabilidade fiscal, moral, e econômica, pois a simbologia ficou
patente na recente decisão histórica do senado.
19. Resta
ao alto dignitário brasileiro cortar gastos, ministérios, equilibrar a balança
politica embasado nas leis constitucionais, erradicar a crise sistêmica, e
devolver a esperança ancha, perdida no mar dos desenganos da era Dilma, e
inaugurar a era total da brasilidade.
20. Ah!
o tema ‘golpe’ continuará atazanando a mente de muitos irmãos nossos, quiçá
equivocados, até que alguma luz clarividente os convençam do contrário, pois o
Brasil quase se viu à deriva econômica, social e moral, o Brasil que queria
tanto uma pátria livre para seus filhos e se viu em determinado momento,
enleado por miasmas de procedência deletéria que por pouco não o nocauteou sob
o disfarce e o riso de uma falsa democracia, e por pouco o ‘ fisiologismo’ das
vantagens escusas não o imergiu completamente das vistas das nações
civilizadas.
21. E
o termo golpe será repetido à exaustão, paciência, terão algo por se agarrar,
uma vez que seu lugar chefe está afastado, mas a bem da verdade o termo ‘
golpe’ ele não representa a verdade dos fatos, e mesmo com a orquestra afinada
dos movimentos sociais, o argumento não tem base jurídica sólida, e por si só se perderá quando o
gigante voltar a sorrir amanhã um riso solto de liberdade, hoje felizmente o ‘
golpe fora vencido pelas vozes soberanas
e uníssonas das ruas.
22. Três
etapas históricas, as duas num passado distante e próximo, a ultima fresca, pois agora enquanto
deixamos estes traços despretensiosos no
papel, outros desdobramentos se iniciam céleres para recuperar os dois decênios
perdidos, não há como negar, a urgência, o primor e a competência que se
debruçam nos ombros do interino presidente Sr. Michel Temer, além da simbologia do
momento fica o ônus de uma direção que
irá merecer ou desmerecer o destino de uma nação continente.
23. Estamos
certos de uma coisa, se o dignitário atual
da republica federativa do brasil se empenhar em conjunto com a câmara, senado,
poderes constituídos, ministério publico, policia federal e a sociedade num
todo coeso em prol do bem comum
constitucional, imbuídos da simplicidade da pomba e a sadia sagacidade da
serpente poderão num futuro próximo se
tornarem. Nós, vós, eles: gigantes da brasilidade.
24. E
a moda do Ubuntu sagrado da mãe África bendita ( somos todos nós) e sentaremos todos â mesa da abastança geral
para comemorar, e quem nos vir reunidos e unidos repetirá: ali pousa uma pátria de eleição.
25. A arte da politica em sua própria razão de ser deve refletir a face do povo. Ela
tem o ônus sagrado de perseguir seu fim último: o bem comum maior, a reta ordenação das Coisas Publicas ( Res Publica),
a não ser assim, a nosso ver ‘ipso
factu’, torna-se ilegítima, pois solapa das mãos do povo a sua determinação, torna-se perversa, legisla em
causa própria, e a sintonia perfeita entre as partes desfaz-se, a crise de
confiança se estabelece gerando insatisfações, revolta e comoção social.
26. Tendo em vista que todo poder emana do
povo como reza o regime democrático (demos + cracia), e quando este mesmo povo
não se vê representado por inteiro, acorre ás suas tribunas de costume: as ruas
soberanas. Historicamente no Brasil aconteceu e acontece desse jeito.,
haja vista que o saudoso parlamentar Dr.
Ulysses Guimarães afirmara de outra feita que ‘politico tem mesmo medo é de
povo na rua...’
Ø
1964,
pela liberdade nacional auto
determinada,
Ø
>
1984 : diretas já,
Ø
1992,
impedimento de Collor
Ø
Junho
de 2013 contra o aumento de tarifas
Ø
Marco
de 2016 a favor do impedimento da Dilma
27. Agora na era da informação em tempo real,
as redes sócias tornaram-se um importante e rápido meio de comunicação, e
quando você menos espera tem gente protestando por todo lado, o que é positivo
e demonstra que finalmente o brasileiro saiu do curral eleitoral, está
contestando mais os dirigentes políticos, e as operações anti corrupção levada
a cabo pelo Juiz Moro tem um dos índices mais alto de aprovação da vida
brasileira.
28. Isto posto as ruas estão emitindo sinais
de exaustão, a crise sistêmica se
instalou no tecido da politica, a corrupção fez escola, a precificação das
verbas publicas atingiram a cifra de quase 3 trilhões de reais, a desação do
atual mandato presidencial se tornou patente, e o poder constituído guardião da
leis, da cidadania, da moral e ética traiu a causa pátria, e impressionante
como teve a capacidade de fazer do templo sagrado da republica a casa de outros
escribas e vendilhões da barganha das verbas publicas.
29. No entanto o povo soberano, inteligente,
pacato, cordato acordou para acabar com a festa do erário publico e dizer a
alto e bom tom que querem incontinenti a restauração completa do bem comum,
querem ver o Brasil crescer com responsabilidade fiscal, com saúde , educação,
transporte, qualidade de vida e sobretudo moral e civicamente capaz de
enfrentar os desafios do mundo global de igual para igual.
30. Na verdade, na fisionomia dos
manifestantes, milhões e milhões
deles, a gente pode perceber com emoção
e esperança a emanação da força coletiva do bem, a força unida e respeitosa de
207 milhões em ação. Fisionomias essas erguendo as mãos em prece e gritos de
brasilidade, pela liberdade de expressão, pela lisura, hombridade,
autodeterminação, soberania pátria, corações almejando que o bem comum
prevaleça para todos com oportunidades
iguais, pés firmes, aguardando hoje o desenrolar necessário do impedimento da
Sra. Dilma Roussef. Atitudes prontas acatando as leis constitucionais, apoiando
o ministério publico em todas as investigações em curso, e a expectativa que
todos os envolvidos na corrupção sem punidos exemplarmente E se apurado a
responsabilidade fiscal a dignitária seja afastada de vez.
31. Por outro lado o povo soberano traçou o
perfil do brasileiro dora em diante: firme, cordato, focado nos interesses da
Republica no que diz respeito ao seu destino como nação livre, soberana e auto
determinada, e o que for bom para hum brasileiro deve ser bom para todos
indistintamente, um pais onde reine a paz social, a abastança geral na vida
saudável de mais 207 milhões habitantes
deste pais nação, e de fato e de direito
o bem comum prevaleça e que cesse de vez este simulacro de politica deletéria
ao Brasil.
32. Quiseram dizer que na prática a politica
deve seguir os preceitos da constituição, e que lugar de afainadores das verbas
publicas é na cadeia, com bens confiscados e devolução total do montante
surrupiado.
33. Os signatários deste manifesto não
pleiteiam partidos e entrevista, e veem com tristeza e apreensão que a
subsidência do poder tende a sufocar a brasilidade, e cientes de seus direitos
e obrigações cívicas em uníssono com
todos seus irmãos e irmãs brasileiros exercem o direito de cidadania ao tornar
publico seu desacordo com os rumos tortos da então direção da nação.
34. E realmente a dicotomia entre povo x
poder está adentrando em seu triste capítulo final, e a página está esboçando
seu movimento de virada vitoriosa da brasilidade. E nesta imensa colcha de
retalhos dos partidos políticos está ansiosa para encontrar parlamentares
patriotas que componham com ela doravante um canto de esperança, paz e harmonia
social para o bem do povo e a felicidade de um novo tempo.
35. E nesse imenso russeio da gargulina
entenderam que a politica desaprecatou - se de vez, e ensaia em sua curva
confusa, retraída, feroz seu acorde final . E o Brasil, pais continente que ver
outras atitudes mais honradas de seus dirigentes, o Brasil cansou da
impunidade, da desfaçatez, da corrupção, e por hora solicita o impedimento
total da Presidente Dilma, e depois irá
deferir o convite para que haja uma renuncia coletiva dos parlamentares envolvidos em esquemas de corrupção e de propinas.
36. As ruas soberanas gritaram alto e bom tom,
amparadas pelo seu direito de livre expressão e agora estão na expectativa do senado
com seu veredicto cabal. Pois quem não
está com os interesses legítimos do Brasil, está contra ele e a favor da
impunidade.
37. Quem são os ilustres desconhecidos poetas do povo pela brasilidade?
Ah não importa, mas se insistem vamos falar, somos brasileiros com muito
orgulho com muito amor, somo todos os sons, todas as cores, todas as regiões, e
todas as condições sociais, somos mulheres e homens, crianças, jovens e adultos,
somos as classes laboriosas, somos os leais
e capacitados servidores públicos, somos os cantadores de versos ao
amanhecer de um novo dia, somos simplesmente com muita honra 207 milhões de
brasileiros em ação, fé, e devoção pela pátria amada.
38. Reassumimos o compromisso de voltarmos à
ruas quando esta situação caotizada cessar de vez, quando os vendilhões do
templo da Republica forem desacionados, quando pudermos sorrir um sonho livre
de liberdade, quando a politica representar nossa face verde, amarela, azul e
branca na abastança de nossas mesas, na sustentabilidade de nossos valores
pátrios, na sintonia perfeita de brasilidade entre povo e poder, quando
finalmente as asas da esperança empírica anímica nos envolver com o hálito
quente do Bem Comum.
t Temos dito.
Subscrevemo-nos,
Atenciosamente,
Abraços de união
cívica,
M P P B - Manifesto poetas do povo pela brasilidade
São Paulo 13
de maio de 2016
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