Certezas
empiricas e o bom tempo
Sai
vagando pelo mundo afora, deixei minha terra, a Estância Pirineus, meus irmãos o riacho, o pé de jenipapo,
fogão quente, e sobretudo o carinho de minha mãe de crença forte, e parti... Percorri várzeas, planícies, descampados, e altas serras, não tinha parada certa. Certa feita, encontrei uma senhora de nome arte,
quando ela me avistou logo perguntou: - seu moço, cadê suas malas? Eu logo
respondi: - Senhora das mil faces, ah! minha mala é este saco , e meu cadeado é
o nó! Ela me observou demoradamente, vi o brilho em seus olhos cor de mel. Ela
então se aprochegou e me disse: - não se avexe não poeta, aqui tem lugar para
vancê, vamos morar juntos e cantar versos na humildade, e por toda a parte
confessar na verdade ser fugaz o som das letras... O casório deu certo, nos
entendemos, nos amamos, nos respeitamos, sonhamos juntos o sonho do mundo bom! E isto já dura uns bons ameaços de primavera. Em tudo e por tudo hoje vejo que valeu a pena gastar papel e tinta com ela, madrugadas de puro lirismo e manhas de sol alvissareiros, tardes de poemas, noites de sonhos e assim quase indefinidamente encarando as desilusões e pesares estamos na lida sereno, nas idas e vindas com entusiasmo sempre e gosto pensado, sem carências outras a não ser auscultar o tempo do alpendre acanhado de minha imaginação e recomeçar tudo de novo, uau na humildade agradeço a inspiração a locução gostosa de suas rimas ao amanhecer... e depois dividir consigo amável leitor (a) o pouco de ar fresco que amealhei sempre pra nóis ficar juntinhos sonhando com o tal mundo bom...
Chaia
Alvim Helder
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