segunda-feira, 30 de novembro de 2015

anverso e reverso da cultura mundial

  anverso e reverso da cultura mundial

1.       Então, a gradual conjuntura global contrasta com anseios de mundo bom que cada pessoa carrega consigo, a maldade se intensifica, a corrupção faz escola na politica, o consumo excessivo de bens enche o planeta de poluição, e o ser humano percebe que em determinado momento de sua existência encontra-se sozinho na multidão.
2.       Nada o completa exatamente, sonha, chora, ri, se entusiasma loucamente, e lá no fundo percebe que caminha rumo ao desconhecido de uma vida fugaz, que passa como os ventos lá para as bandas do sertão iluminado. Ah! Conheceu tanta gente, quanta conversa se desmereceu, muitos amigos partiram para outra cidade, ele mesmo teve que  partir um dia de sua terra e recomeçar de novo, outros já se foram para a eternidade.
3.       E vamos adentrar em outro assunto, confabular juntos, e juntos tentar entender a atual conjuntura que sacode a Europa, quando uma leva de gente foge da guerra fratricida do mundo árabe, quando toneladas de bombas são despejadas na Síria, e a gente não sabe ao certo a que fins se propõem.
4.       A meu ver são dois lados, o ocidente cristão e o oriente mulçumano, o primeiro diluído em modos de viver contrários a sua formação, o segundo com grupos extremados que provocam mortes aleatórias onde bem entendem.
5.       Há 444 anos atrás a força moral de Roma derrotou em Lepanto os Otomanos, uma vitória histórica que afastou de vez o perigo que batia às portas do continente Europeu. A alma da reação fora o papa São Pio V, e os braços da esquadra católica; João d’ Áustria.
6.       De lá para cá a evolução humana seguiu seu rumo, navegou, descobriu o novo mundo, deu largas ao ‘ livre exame’, revoltou-se, industrializou-se, perdeu sua alma de cruzado, sua fé na Igreja, derrubou a bastilha, esfriou a guerra, esquentou conflitos mundiais, construiu muros, enriqueceu os átomos, dividiu os neutrinos, encheu-se de empáfia, fama, poder e gloria. Fez e não aconteceu exatamente o que deveria ser: construir o mundo bom das certezas anímico empíricas.
7.       E enquanto isso o Oriente Médio enigmatizou-se ao extremo, enquanto o Ocidente flanava, enricava a custa de negócios petrolíferos, pedras preciosas, e uma gama de matéria prima advinda justamente do mundo árabe. Por lá nasceu, cresceu, e se firmaram muitas dinastias de ditadores...
8.       E... surgiu a era nióbica, as utopias da Europa não deram certo, a comunicação chegou em tempo real  até para o beduíno mais distante da ‘civilização’. Comparações foram feitas, antigos ódios religiosos renasceram, e tudo dora em diante seria pretexto para atacar as potencias ocidentais e seu capitalismo exuberante e maldito.
9.       O que enfraqueceu o ocidente foi exatamente seu sonho de liberdade mal entendido, sua audácia de substituir a alma pela tecnologia, foi esvaziar seus anseios de bem comum a troco de utopias. E na abastança geral amanheceu muitas manhãs, muitos entardeceres consumidos de arranjos derradeiros...
10.   Ao longo destes quatros séculos subsequentes quantos ódios, desentendimentos, exploração do ser humanos, judiações, traições, transgressões, modismos, hegemonias, holocaustos descomunais,  poder, fama e gloria desfilaram, destilaram o veneno do anjo decaído, e varias vezes a humanidade quase se dizimou.
11.   Éh, ínvios caminhos afastaram a raça humana do Criador e tocamos no século 21 com um panorama denso, tenso, estranho  e anormal ao extremo. E neste caldo esquentado por intolerâncias apareceu gente vestida de bomba e explodindo o semelhante. A classe, a estratégia de Saladino ficaram para trás, e a loucura tomou a mente e as ações dos Jihadistas.
12.   O cenário da criação encontra-se borrado de sangue, seus biomas devastados, o meio ambiente veiculando poluição, as pessoas se eletrizando na velocidade dos bytes soberanos.  Nunca se comunicou tanto, nunca se odiou tanto, nunca se equivocou tanto.
13.   A vulnerabilidade do império americano  tornou-se patente em 2001, a Rússia se fragmentou após a queda do muro de Berlim, as guerras do Afeganistão e Iraque constituíram em si um erro de estratégia irreparável. A Europa perdeu na Líbia, e com a queda do Ditador Kadafi o Islamismo radical instalou sua posição avantajada no golfo de Sirte.
14.    Em tudo e por tudo o panorama tolda-se mais e mais na terra dos homens, e o amor total apregoado por Jesus Cristo, cada vez se distancia do coração humano, e levado pelas vaidades quais barquinhos de papéis indefesos nas enxurradas de dezembro.
15.   Chegamos aonde chegamos, e cada um carrega uma parcela de culpa, pois ou se ama a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo por amor a Ele, ou nada feito, vamos trair, enganar, ferir e querer amassar o semelhante.
16.   Estratégias à parte de agora em diante para trazer a solução acertada ao intrincado convívio dos povos ocidentais e árabes será preciso um discernimento atilado uma vez que sempre houveram migrações ao longo da historia, desde  Hur dos Caldeus, dos Mesopotâmios e Fenícios bem lá no inicio da jornada na terra.
17.   Bem no nosso chão doméstico o que seria do Brasil se elas não tivessem um fluxo natural e continuo? Que os que viemos de lá não tivéssemos assimilado a cultura da brasilidade e tudo o mais.
18.   Na encruzilhada escatológica por que passa o planeta terra obviamente as interrogações, os medos, os fantasmas pairam no ar, terra e mar. Um viés atípico, afônico e estranho a mais não poder. Caos é seu nome, um caos planejado e que está sendo levado a cabo por forças do mal com conivência absurda e vergonhosa dos ‘bons’.
19.   O espectro de instabilidade econômica, moral e social ronda todas as nações, agravado pelo recente atentado terrorista em Paris e Mali, e infelizmente pode se tornar de uma abrangência maior que se imagina, pois as forças descontroladas e embravecidas do extremismo podem explodir a qualquer hora e em qualquer lugar. Nenhum país ou pessoa está imune.
20.   Na minha opinião a Europa enquanto tal perdeu a inocência e a simplicidade  da pomba, e não soube cultivar a esperteza e sagacidade da serpente, e quem diria tão ela,  hoje  vê ensaiada em seu território a nova Troia de Helena ou o surgimento dos cavalos conduzindo em seu bojo as sementes, as ações do E.I misturadas com a massas Islâmicas. O sonho do Califado Universal adormecido há 444 anos renasce e vai dar panos para a manga, ainda mais que o cenário turbo multo hodierno favorece tais invectivas.
 21. Europa já não é a mesma, fragmentada carece de oração, desalentada não aquece mais sua alma e de condutora auto determinada de seus  destinos, passou a se deixar conduzir por ventos desfavoráveis... Não ouve mais as canções de Rolando, dos pares de França e a memória de Carlos Magno já não floreia seus pensamentos.
222. A Cruz de Cristo já não faz parte de seu cotidiano, não se vê mais Cid o campeador na planícies de Espanha, nem d. Henrique em Sagres, nem terão mais noticias de  d. Sebastião em Alcácer Quibir, nem Gregórios, Olavos, Clovis, Fernandos, Franciscos, nem Claras, Teresas povoam mais a imaginação no berço da Civilização Cristã.
223.   Volto a ressaltar que as migrações sempre fizeram parte da história humana, sempre povos se movimentaram, se estabeleceram, e cresceram material e espiritualmente e engrandeceram o pais que os acolheu. Agora em tempo de terror todo o cuidado é pouco, e uma boa dose de intuição e perspicácia seria o melhor que  Europa e os países alvos do extremismo poderiam na prática almejar.
224   A medida do Senhor do tempo foge de nossa pobre intelecção limitada, mas a realidade divina existe e aparecerá na  terra mais cedo do que se pensa, mais tarde do que se espera. Será a Era do Pater, totalmente anímica, empírica, de progresso sustentável, de alma alegre, sua luz afugentará as trevas, será um universal desejar para ser bom, quando o bem comum maior enlaçará todos os povos com o hálito quente do Cordeiro e o perfume puro e suave da Rosa Mística de Eleição.
225.' Os carpidores percorrem suas ruas, o cordão de prata se rompeu, se despedaçou a lâmpada de ouro, quebrou se a bilha na fonte, e a fenda na roldana é visível, o ruído do moinho silenciou, - e o bem comum maior inerente a todos os povos se perdeu no lusco fusco - das alcaparras sem eficácia, escureceram se  os olhares daqueles que olham pelas janelas de horizontes indefinidos, e se extinguiu quase completamente o som determinado, forte e suave de sua voz... ' diria a ela  o Eclesiastes.
226. E concluiria por certo no tom mistico de seu cantar: '... Volta minha filha dileta, anda nos caminhos de teu coração e segundo os olhares de teus olhos, mas fica sabendo que de tudo Deus vai fazer te fazer prestar contas... antes que se escureçam o sol, a luz, a lua e as estrelas, e que à chuva sucedam as nuvens, os anos nos quais tremam os guardas da casa, nos quais se curvam os robustos e parem de moer os moleiros pouco numerosos... isto tudo antes que a poesia retorne à terra para se tornar o que era...'


Abraços de união,


Chaia Alvim Helder

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