quarta-feira, 22 de julho de 2015

o fluxo

o fluxo 
Quisera ter asas aladas e voar nas alturas do firmamento, não para flanar nos ventos impetuosos, nem para desafiar a gravidade, vencer o medo, afirmar coragem e determinação admiradas.

Elas me proporcionariam a avistar em conjunto as veleidades humanas, enxergar a corrente dos rios que desembocam no mar, a transitoriedade das estações, o dia, a noite, as madrugadas, o desenrolar da vida, o conflito de gerações, o progresso em curso acelerado, os anseios dos poetas do povo, deixados de lado.

Tudo representa um quase nada, a vida passa, como entender minuto por minuto, o sentido, o fluxo da existência?Ah! não possuo este poder, poeta mínimo apenas escrevo imaginando o anoitecer do mundo, e arrisco um parecer que assumo.

Asas aladas não me serão dadas, o jeito é permanecer calado, contemplando o firmamento, com o coração apertado, me resta a balaustrada acanhada e uma grande interrogação não solucionada.

Quisera publicar meus versos, anseio que guardo, confesso; no entanto a cada passo me deparo com um muro de empecilhos mas, confiante no sonho sonhado, sei que 'os cílios do homem novo' de minha amiga e poetisa Rosae - um dia se abrirão de para a par, e a essência bendita do poder das rosas se manifestará, e o sentido único da existência se esclarecerá.
( POESIAS ARCANAS VERSO 7 )

Helder Tadeu Chaia Alvim
SP 22/07/2015


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