O
terceiro profeta
1. Corria o ano de 597 A.C, o
jovem Ezequiel se preparava
naquela manhã de primavera para ministrar seu oficio no templo de
Jerusalém quando uma orla de soldados babilônios se achegou ao templo com a
ordem expressa do general Nabucodonosor para conduzir o rei Joaquim, Ezequiel, sua família, amigos para o exílio.Foram levados mais de 10.000 deles, em sua maioria jovens. Daniel seguira
anteriormente para lá.
2. As noticias não eram nada boas
para os hebreus, a escravidão em voga cerceava em si a liberdade e a vida do povo eleito, uma diáspora
obrigatória que desumana feria a história de luz daquele povo missionado para
ser o berço de Jesus Cristo.
3. Tudo contribuía para uma
enorme depressão coletiva, pois em lá chegando a comitiva encontrou um outro
povo,religião, costumes e uma circunscrição geográfica totalmente diferente de Sidon,
Tiro, Cafarnaum, uma culinária ogre, um povo no mínimo estranho cultuando
deuses mais estranhos ainda.
4. No entanto Ezequiel, não se
deixou abater pela hora adversa, reuniu a assembleia e continuou e continuou
incansavelmente seu discurso de tonalidades ora misteriosa, ora de vindima, ora
de esperança. Viu em suas visões Jerusalém ser destruída, a total escravidão
dos seus irmãos judeus.
5. Mas não fugiu de sua missão,
foi ele que sustentou na profecia 'um novo coração e um novo espírito’ . De um
lado o mundo caia em trevas tenebrosas, de outro ele via que a situação social
iria mudar...
6. E cantou forte seu canto de
esperança salvífica: ‘ – Assim diz o
senhor Deus, eu mesmo tirarei um galho da copa do cedro, do mais alto de seus
ramos arrancarei um broto e plantarei sobre um monte alto e elevado.’
7. ‘... Vou plantá-lo sobre o
alto monte de Israel. Ele produzirá folhagens, dará frutos e se tornará um
cedro majestoso. Debaixo dele pousarão todos os pássaros, à sombra de sua
ramagem as aves farão ninhos, e todas as árvores do campo saberão que eu sou o
Senhor.’
8.’... Que abaixo a árvore alta e
elevo a árvore baixa; faço secar a árvore verde e brotar a árvore seca. Eu, o
Senhor, digo e faço!’
9. E Ezequiel profetizou às
margens do lendário rio Quebar. Ele possuía um carácter literato e culto, era
um historiador de sua época, afeito a construção naval, que mesmo o pesado jugo
da escravidão babilônia não conseguira vergar o espirito do terceiro profeta.
10. Então, ‘ o filho do homem’,
continuara e continuara sua preleção, acolhendo os milhares de hebreus, entre
eles o Rei Joaquim também deportado naquele
tempo instável em que o poder
passava de mãos em mãos. Assírios, egípcios, babilônios, todos eles se
revezavam por assim dizer para humilhar um dos povos mais ancestrais da
historia humana.
11. Mas da raiz de Jessé viria o
salvador, a esperança de Cristo, descendente do rei David povoava a mente e o
coração do profeta. Surgiria sim na curva do destino o novo David, justo,
solidário para apascentar o rebanho, buscar a ovelha desgarrada, seria no dizer
brilhante de Ezequiel um novo tempo, um
novo tudo!
Helder Tadeu Chaia Alvim
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