nuvens espessas sob a terra dos homens
1. Indecisões ,
ímpetos sem noção, quase total devastação dos recursos naturais, crises
existenciais na terra dos homens, é o
que se nota na conjuntura de um tempo sinóptico, perpassado de nuvens espessas,
nevoas de chumbo, e muitos se perguntam:
é o fim de uma era neutrina quântica? 2. Por mais que certo otimismo povoe as mentes, por
mais que se acalente bons ventos, os vergalhões da insensatez açoitam a
humanidade, falta um tão pouco de alma, e tão tudo de atitudes coletivas que
realmente o nocaute à moda do esporte UFC sinaliza um vale tudo absurdo e sem
controle. 3. Muitos estudam nos bancos universitários, se
tornam Phds, e simplesmente esquecem as lições de seus professores e deixam se engalfiar em ações duvidosas, em vez de polir o diamante
de seu conhecimento em prol do bem comum maior, minoram seus anseios implícitos
de lealdade, honra, e lhaneza do mundo
bom e capciosos se ajuntam a gente de carácter duvidoso na politica e ferem o
direito constitucional como mudam seus trajes de festa. 4.
Infestam as repartições, corrompem as empresas e
roubam do próximo ou distante o direito de se afirmar, progredir e construir
para si a coletividade, o estado de direito democrático e de grandeza pátria, impedem a verdadeira construção de um país bom para o presente, conservador no passado e de futuro
auspicioso. 5.
Então eles mesmos descem a cortina, apagam as
luzes de esperança para depois acordar suas delações, e nas guilhotinas dos plenários
tomam tempo e recursos, se digladiam a mais não poder, e se possível fora
tomariam um foguete para fora do sistema solar, ah ah ! 6.
É a dura e triste realidade brasileira, um estado
federativo de dimensões continentais, de povo ordeiro, de gente sensata, mas de
politica pífia e tendenciosa, malandra e corrupta. Que envergonha a bandeira, a
constituição, a auto determinação de seu povo, e no descontrole geral parece almejar que venha logo a escatologia. 7.
Se as palavras são duras, não se avexe pois ao
andar pelas nuas ruas das capitais e outras cidades verá a realidade, se
percorrer os leitos de hospitais públicos vai pasmar, se ver os holerites dos
professores e policiais vai chorar, se assistir um jogo de seu time não saberá
quanta grana envolvida por um segundo de chute na bola. 8. Tempos
difíceis que mais se parecem ante diluviano, ou da época do servo Jó: ... que do meio da tempestade ouviu a voz do
Senhor: ‘... Quem fechou o mar com portas
quando ele jorrou com ímpeto do seio materno? 9. ... Quando eu lhe dava nuvens por vestes, e
névoas espessas por faixas, quando marquei seus limites e coloquei portas e
trancas? Até aqui chegarás, e não além, aqui cessa a arrogância de suas ondas.’ 10.
Ele o santo Jó, encontrou o caminho, e que
caminho diferente dos de sua cidade, de postergado a justo, herói de seus sentimentos e amado do
Senhor. Nunca serviu ao ‘capcha code ‘ e
se envolveu com o lado forte e bom da vida que é a presença e o temor de Deus. E ele de uns momentos
tensos passou para a bonança geral, reconstruiu seu sonho, sua família e na fé
plasmou sua vida e de toda a sua linhagem.
11.
Também mais tarde Saulo no caminho de Damasco
vai ver esta luz ofuscante e vai ressurgir qual leão de Judá em busca do mundo novo em contraposição
direta e firme contra os desmandos de sua época conceitual. 12.
O ser humano pela sua própria razão de existir
vive em uma condição frágil, fugaz e parece não saber seu destino certo. E
quando enleado pelo anjo decaído, e entregue às suas paixões descontroladas faz
desta vida um inferno literalmente, semeia ódios, destruições, mal querenças,
intrigas, misérias materiais e morais, e será capaz de destruir o planeta em
nome de pseudas ambições imperialistas de mando e poder ilimitados. 13.
Existe uma outra face perene do mistério, ambientalizada num dia de sol no mar
de Tiberíades quando o mestre na barca de Simão Bhar Jonas dormia um sono solto
e salutar, e eis que aflitos seus amigos a ele recorreram estupefatos diante da
rebordosa de ondas gigantes e ventos furiosos, e Jesus levantando calmamente
ordenou a força incontrolada da natureza que cessasse sua ação embravecida e
serenou o mar... 14.
Nossa era de tantos avanços da nióbica quântica,
que enriqueceu os neutrinos, apequenou a alma da humanidade, trêfega caminha
por um atalho perigoso, e nem sequer sabe em sua sabedoria pífia onde quer chegar, descarta sentimentos, trai inconsequente, consome sem cessar produtos tecnológicos, endoniza o amor,
esquece-se propositalmente do saltério de dez cordas, cativa a luxuria, e tudo de ruim parece
andar com ela de braços dados. 15.
Sob a cabeça dela pairam nuvens diluvianas
capazes de reduzir seu pequeno sonho num fiapo de mulambo repugnante a
posteridade. E quando alguém percorrer do que sobrar vai perguntar que povo
habitou a terra? 16.
Ou ela, nós, você e eu abrimos nossas mentes
para as profecias num grande e fraterno abraço universal ou vamos chorar, se
lágrimas restarem em camas de prego de nossa própria insensatez e o desprezo
hoje ao bem, belo e pulcrho será amanhã computado contra a raça humana que um dia
habitou a terra dos homens, e se esqueceu do outro mundo onde habitam a vida
arcana e as profecias empíricas, guardiãs do mundo bom e da perene poesia divina. 17. O Mestre tentou ajuntar seus filhos um dia em Jerusalém, tinha um proposito espetacular para sua raça, seu povo de eleição, ele mesmo judeu de nascimento, da linhagem do rei David, viu a cidade e chorou... lágrimas de sangue, lágrimas de aviso antecipado e eles ao que parece não ouviram a voz da canção etérea, pois mais tarde viera sua destruição e diáspora interminável... 18. '... Se tivessem conhecido o dom de Deus! ' Também agora o momento é símile, e sem me apregoar de conselheiro, e na condição módica de quase poeta escrevo este tópico sem maiores pretensões. A hora arcana se aproxima e tal como a cidade deicida 'não ficará pedra sob pedra'. Das ruínas do império dos altivos Césares surgiu a civilização cristã. 19. Das ruínas do mundo hodierno surgirá uma outra era desta vez empírica, gradual e anímica e por isso que tudo está desencontrado e fora de jeito, a natureza embravecida, a terra ressequida, gente manuseando lixo, politico com febre de poder, povo sem fé, alheio a verdade do evangelho, querendo construir por aqui uma paraíso de delicias proibidas. 20. Ébrios de prazer, com a maquiagem ainda borrada da noite anterior na orgia do consumo, nem mais conhece sua face no espelho, nem mais se parece com o enfatuado ser que queria as estrelas e hoje sequer almeja uma nesga de luz.
Helder Tadeu Chaia Alvim
Nenhum comentário:
Postar um comentário