segunda-feira, 2 de março de 2015

as duas tendas...

       as  duas  tendas

1.       E Simão Bhar Jonas, o incansável Pedro seguiu Jesus ao Monte Tabor naquele dia espetacular quando o mistério seria revelado na transfiguração de  Jeshuá,       aliás  o grande milagre continuo foi a encarnação do verbo em Nazaré, sua frágil contingência humana revelada em seu nascimento, sua total pobreza, uma gruta por casa, uma manjedoura por berço, o auge do inverno em Belém e passados 30 anos         ali estava o mestre subindo a  montanha em cia do pescador, e seus irmãos Thiago e         André, filhos do trovão.

2.       E Pedro viu tudo e se emocionou, e em sua rudeza não deixou de admirar o filho de Deus, com seu rosto brilhando mais que o sol, suas vestes resplandecentes, e também ouviu a voz do patriarca Moisés e do profeta Elias, figuras emblemáticas e míticas do velho testamento.

3.       E tudo se esclareceu para ele, nem tudo pois queria ficar por ali, construir tendas e permanecer naquele êxtase incomensurável, talvez em sua ingênua poesia não aquilatara  bem os propósitos do mestre ao lhe revelar sua divindade e se afirmar o Messias.

4.       Sua tenda desabaria pouco tempo depois ao presenciar a prisão de Jeshuá, mesmo sua negação, o suplicio do gólgota. No entanto alegrou-se na ressurreição e afirmou-se como paladino da fé e a pedra angular da Igreja de nascente.

5.  Depois daquele episódio memorável Cefas, viveu uma inquietude de alma, arroubos de entusiasmo, tristezas, defecções e ânimos a perderem de conta. Pouco a pouco foi aceitando a missão salvífica de Cristo, ao ponto de imolar-se junto com Saulo de Tarso em prol de uma missão do outro mundo ou seja o resgate total do gênero humano.

6.      Áquele que detém as chaves do reino nossa devoção e agradecimento, obrigado Simão Bhar Jonas por tudo, e nesse tempo atual tumultuado e atípico em que as portas inferi sacode a nau santa, olhai por nós seres contingentes  e abreviai os dias amargos e fazei-nos vislumbrar as visões do Tabor.

7. Hoje na era nióbica quântica dos neurinos enriquecidos, ficou para trás o império dos césares, suas sandálias, elmos e espadas curtas, sua ambição de hegemonia universal passaram ao longo da história para outras mãos, que declinaram valores, e deram as costas para o Nazareno, Deus humanado, por causa de nós, criaturas finitas, mas herdeiros da riqueza eterna do espirito no céu.

8. Quase finita está o tempo presente, a ribanceira aguarda a humanidade, infelizmente não com amplexos de paz, harmonia e convivência pacífica, mas com garras afiadas da intolerância, ceticismo, e muita e muitas interrogações. As nações de enfrentam, se matam a esvaziam de sentido a existência de seu povo...

9. Mais do que atual é a visão de Pedro no Tabor, ele  a pedra na qual Jeshuá construíra os alicerces da bondade e perdão sem limites, que edificara a justiça sem mancha ao ser fazer homem no seio de uma virgem Imaculada.

10. Então a conclusão destas rimas mínimas não seriam outras senão almejar com todas as pessoas  de boa vontade que se realize as promessas do Tabor: ' venha a nós o quanto antes este reino...' e que a vontade do altíssimo se cumpra livremente, alegremente, ponto por ponto e que entre  a raça humana, floresça nos 4 cantos da terra a Rosa Mistica de eleição no coração de cada habitante do planeta, sem excluir ninguém, e que o bem comum maior se torne a instituição universal por direito e conquista, alicerçada que será no amor total.

       Helder Tadeu Chaia Alvim

Nenhum comentário:

O cacarecado x ativismo do senso comum

  O cacarecado x ativismo do senso comum O momento estonado traz um viés de tudo ou nada, uma espécie de negação das verdades absolutas em p...