Novo tempo, novo tudo!
É natal, uma comemoração e tanto
que deixa tudo e todos mais leves, embalados que são pelo hálito fresco de um
acontecimento histórico que revolucionou o mundo à partir da humilde manjedoura
de um Deus humanado, que atraiu reis, anjos
e pastores ao aconchego da gruta de David nos arredores de Belém.
Uma luminosa estrela foi vista,
ao mesmo tempo que o Rei Herodes se embravecia, e não era para menos, o
mistério estava a ponto de ser revelado, as escrituras iam se cumprir
literalmente, e as profecias de Isaías torna-se- iam realidade, não uma
realidade qualquer mas o ponto primeiro da redenção, a aproximação exata entre
Criador e criatura, o resgate total do gênero humano à partir do gólgota
salvífico.
O sim começara em Nazaré com uma
virgem de nome Maria, e agora surgiu dela de uma maneira miraculosa o príncipe
da paz, daquela paz sem anomalias. O primeiro natal da humanidade veio de uma
maneira suave e esplêndida, confundindo os poderosos, elevando os simples e
mansos, e assim seria no decorrer das eras históricas, até o último soluço no
planeta terra.
E o natal veio com força e
resolução, pois Deus habitou entre nós, conviveu com nossos anseios de mundo
bom, sorriu um riso solto e alegre, sanou nossas enfermidades, nossos sonhos incentivou
, enfim conheceu a natureza humana em seus seus voos, e viveu conosco tudo menos com a compactuação do erro.
E deixou-nos a sua Igreja, una,
santa, católica e apostólica como fanal puro para indicar-nos o grande retorno
às origens divinas. Por isso torna-se justo e necessário reconhecer com
gratidão a presença daquele que pode trazer-nos novamente a paz.
E ficou em aberto a sua segunda
vinda, conforme se encontra sinalizado no prefácio litúrgico do 3º domingo do
advento: ‘ ... Vós preferistes ocultar o dia e a hora em que Cristo, vosso
filho, senhor e juiz da história, aparecerá nas nuvens do céu, revestido de
poder e majestade. Naquele tremendo e glorioso dia, passará o mundo presente e
surgirão novo céu e nova terra...’
Assim encerro este pensamento,
não sem antes abraçar ao meu irmão(ã) com ósculo sagrado do calor e fé em Deus
e convicção da restauração completa do bem comum maior inerente a todos os
povos.
Feliz e santo natal! Apesar da
turbulência sei que em um determinado momento empírico, Deus vai parar o sol,
zerar o tempo, iluminar a lua, e renovar a face e o interior da terra! Os olhos
de Deus, penetrantes e profundos estão postos em nós, que mais poderíamos
almejar, senão o vento fresco e suave de um novo tempo!
A tecnologia da informação e seus
avanços virtuais que fazem os semelhantes nossos morarem nos whatszaps dará lugar ao enriquecimento da alma, ao
conhecimento mais apurado dos átomos, pois um dia numa noite fria da primeira
era cristã ouviu-se um acorde diferente, trazido pelos arcanos: ‘Gloria in
excelsis Deo, et in terra pax hominibus.’!
Para além dos cipoais hodiernos
de um certo anjo decaído, surgirá na curva da história, a era elevada do Pater,
amplificada pelo bem, por quem deseja as coisas certas nos lugares certos, por
quem acredita no sonho de mundo bom aureolado pela Rosa mística de eleição.
Assim seja!
Helder Tadeu Chaia Alvim
São Paulo, 18 de dezembro de 2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário