quinta-feira, 5 de junho de 2014

a timoneira, o povo e o congresso nacional...

            a timoneira, o povo e o congresso nacional...


1. Vai  completar  por  esses  dias  um ano  dos protestos que tomaram as  ruas brasileiras numa clave de arrepiar os políticos  e  alegrar  o gigante, pai de mais de 207 milhões de filhos amados. Na  ocasião deixaram cristalina a  insatisfação quanto  aos  rumos  tortos  que enveredaram a Res Publica Federativa do Brasil.

2. Aliás as manifestações de cunho cívico e ordeiro disseram a que vieram, pois os brasileiros sentem na pele o prejuízo de uma política publica que há muito os alienara, há muito o  'emperraço' geral do desgoverno imperara taciturno e prepotente, fazendo de conta, e de fato legislando em causa própria e não na abrangência democrática do bem comum maior.


3. O STF desferira o golpe patriótico e condenara 'mensaleiros e mais mensaleiros'  e a corrupção tornou-se notória e pública e envergonhara a nação Brasil, composta de um povo ordeiro, pacato e batalhador. O desfecho das 'desações' tornara patente que a timoneira e seus aliados não conheciam a raça que governava e foi uma enxurrada de pronunciamentos tentando estancar o dique do silêncio  que começava a romper, um dique que perdurara mais de um década e meia.


4. Antes, meu irmão e minha irmã, para alguns poetas amigos, parceiros de bar, prosa e fala amena acostumados às flanações sentidas rimar se tornava uma forma prazerosa de passar o tempo. Hoje esta forma sui generis de amar virou um sobressalto, considerando que a verdadeira poesia não se aparta da realidade, não constrói parnasos, muros, mas sofre e se alegra na sociedade, pois dela angaria fomentos preciosos de sua inspiração.


5. Poema, verso, realidade são uma coisa só nos dias que correm céleres para a comoção social caotizada com o recente decreto n. 8.243 sancionado no dia 23/05/2014 pela presidente Dilma Roussef, onde 'jeitosamente' arrebata a autoridade do congresso e dos poderes legitimamente constituídos e põe em risco o equilíbrio tonal da democracia.

6. Reza o tal decreto que ' a Politica Nacional de participação e o Sistema Nacional de participação Social, com conselhos e comissões de políticas públicas decidindo sobre qualquer tema que perpassa os Três Poderes tendo o mesmo poder do Poder Legislativo. As comissões e os conselhos, segundo o texto oficial, deverão ser formadas pela sociedade civil, por cidadão, os coletivos, os movimentos sociais institucionalizados ou não, suas redes e suas organizações.'
( conf. Diário do Comércio, pág 5 - política - 04/06/2014)

7. Tá aí, e pasmem à vontade ou seja na prática das discrepâncias atuais, o povo mais uma vez vai ficar de fora, pois sabemos muito bem onde a timoneira e seus chegados querem aportar. Aliás já assistimos  a este filme antes rodar em outros países  hermanos e distantes com consequências deletérias para este mesmo povo sob a égide 'gloriosa' de títeres camuflados de salvadores que roubaram deles, o progresso, a paz e suas vidas.


8. Articulações e mais articulações à vista solapando a legitimidade  e o equilíbrio dos 3 poderes constituídos, negando o referendo do voto, as decisões e ações que possam visar o bem comum maior inerente a mais de 207 milhões de brasileiros que ficarão, se não for barrado no Congresso este decreto, à mercê de grupelhos politizados e que tem a mania de chorar com um olho só!

9. Vozes de parlamentares, juristas, e na sociedade civil estão se levantando com força e resolução contra este malfadado decreto 8.243, e esperamos sua total anulação para o bem do povo e felicidade de um novo tempo que se avizinha e que precisa de timoneiros fiéis e cônscios de sua responsabilidade cívica e saibam conduzir a nau continental rumo ao porto seguro da sustentabilidade, do crescimento econômico e moral, pilares de uma nação justa, fraterna, solidária e plugada no bem comum, na auto determinação e na pujança espiritual.


10. Aí sim, o que discrepar disto é legislar em causa própria ( como todos sabem!) e não em prol do gigante e de seus milhões de filhos. As aleivosias do atual sistema democrático precisam ser corrigidas, as reformas urgem para ontem, mas em seu lugar implantar uma ditadura disfarçada de bem comum será um erro crasso que não podemos provar.


11. Mais uma vez os timoneiros em Brasília querem alijar o povo, surrupiar-lhes sua casa: o Congresso Nacional ! Mas este mesmo povo no momento oportuno saberá voltar às ruas, se saberá hein! Por hora os parlamentares tem em suas mãos os dispositivos legais para salvar a brasilidade e não deixar o bolo 8.243. ora no forno, deixar acabar de assar. Seria um péssima iguaria para a mesa de 207 milhões! Se o decreto 8.243 seguir seu curso, será o início do fim da nação brasil, que ficaria à deriva de seu destino livre.



12. Ah! historicamente quão diferente é o Brasil hoje e quão igual  num paralelo inverso  ao de 1831 até 1889, quando o 'maior brasileiro' dirigiu com tato, senso de dever e amor devotado a sua terra de direito e herança. Existiu um timoneiro de verdade, que sabia escutar as ondas, sentir o vento e direcionar a barca brasil  a estibordo ou a bom bordo de acordo com as circunstâncias, um governante que sabia cultivar os valores pátrios.


13. Que defendia a liberdade de expressão, respeitava os direitos civis, um homem culto, simples, econômico em gerir as contas públicas, um poeta que amava as artes e as canções, erudito conhecia a fundo as ciências, que preferiu construir escolas em vez de estatuas equestres em sua homenagem pós guerra cisplatina, anh?! E que não se considerava ' o cara ' dono do Brasil, mas seu servidor incondicional.

14. Um homem, um monarca que guindou o Brasil a patamares nunca dantes nem depois atingidos na sua economia, produtividade e conhecimento, que angariara o respeito de outras nações. Arbitro internacional  inconteste de questões limítrofes, sábio, íntegro, defensor e pai da pátria brasileira. Um conto de fadas com as cores da brasilidade, um coração que pulsou durante longos 58 anos: Brasil!

15. Este valor, este carácter, esta hombridade ninguém vai tirar dele, mesmo que esqueçam em suas 'causas pétreas', um dia será lembrado e imitado por algum governante cioso de brio e admirador das histórias dos heróis pátrios. Enfim um governante das obras e perfis acabados, que mesmo sofrendo a traição terrível  do exílio por parte de seus generais, ao partir deixou seu coração  entre as gentes de sua terra amada e uma aprovação de 100%. Seu nome fulgura nos céus do cruzeiro do sul qual estrela de primeira grandeza: Dom Pedro II do Brasil!



16. Tão bom seria ao terminar estes rabiscos, esboçados ao amanhecer de junho frio, víssemos o gigante levantar com ânimo novo na voz de seu povo, olhasse nos olhos da moçada e conclamasse: vamos caminhar... uma caminhada saudável e destituir os vendilhões do templo moderno do consumismo!



17. E sob a abóboda sagrada do cruzeiro do sul sonhar com a realidade ideal para o brasil e seus filhos, por que não? Deus ao criar o mundo, idealizou-o primeiro... E nós temos as urnas, o voto, os 3 poderes, legitimamente constituídos e um coração 100% plugado no gigante verde com tons de dourado e de um azul celeste fabuloso. Temos tudo para dar certo, pois o que for bom para hum brasileiro deve ser igualmente bons para 207 milhões em 'ação' na auto determinação de seu destino, na cooperação mútua entre si. E à partir da constituição federal assentar os pilares do mundo bom.


Helder Tadeu Chaia Alvim


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