segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

visão momentânea

Visão Momentânea

a. Terceiro domingo de fevereiro, o citadino de certa metrópole vertical provisiona os detalhes ou entalhes imprevisíveis aqueles que independem de sua vontade. Ele vai até onde permite sua limitada fragilidade. Enquanto reflete na situação, percebe que algum fator estranho vai invertendo a cada dia seus sonhos e dos demais irmãos brasileiros espalhados no imenso país continente.

b. Indefinições e mais indefinições, a economia vai mal, a política perdeu a motivação ideal, aquele padrão consensual que representava legítimos anseios do povo pulou para fora da locomotiva e se espatifou em alguma curva de manobra arriscada.

c. Ah! pensou cabisbaixo na mesa de bar enquanto esperava a chegada de seus amigos de prosa e calor antigo:' o bem comum deveria ser comum a todos, mas distorcido migrou para mãos obsecadas do poder pelo poder. A reação democratica e ordeira de junho passado foi legítima e demonstrou que o gigante está acima de interesses partidários. Agora o que assistimos por esses dias na Paulista e Praça da República transformou-se em baderna e desorganização: outros assumiram a reinvidicação distorcendo sua intenção de brasilidade. Esta é a pura e cristalina verdade na concepção DA OPINÃO PÚBLICA e só Deus sabe onde vai parar esta pescaria de águas turvas...

d. Ninguém sabe muito bem o desfecho que querem aprontar na orquestração em curso. Seria levar o Brasil à igovernabilidade para implantrar o caos? Coisa que não conseguiram na lábia uma vez que a máscara da corrupção política caiu e todos viram a medonha carranca dos respeitáveis 'amigos da democracia'.

e. Não contavam com a perspicácia e intuição as ruas soberanas, e na suas confortáveis camas de cetim e veludo começou a ferroa-lhes o grito abafado de um povo na união do bem comum maior inerente a mais de 200 milhões de filhos Uma pátria começava a se definir e contestar não a legitimidade da democracia,os avanços e conquistas mas os demandos de seus dirigentes mensaleiros.

f. O mundo assistiu aplaudindo as manifestações em junho do no passado, os anseios do povo brasileiro por justiça, saúde e educação. Uma nova onda de brasilidade se fez sentir como nunca se viu, e pode voltar a qualquer hora basta o povo querer. Em vez de dar ouvidos a maioria parece que os políticos não aprenderam a lição das ruas e vão gastar uma fortuna com esta copa da Fifa. Darão motivo para os articulados baderneiros se enfiarem por aí promovendo arruaças em nome do povo. Mas uma coisa é certa este atual movimento dista de junho p.p e não representa a verdade das mudanças necessárias para alavancar o Brasil.

f. Então os amigos chegam na euforia costumeira, se abraçam, falam de futebol, da família, trabalho e de uma saudosa época de jovens universitários, com tristeza relembram os que morreram, etc... As marchinhas de carnaval são lembradas primeiro, alguém trouxe um pandeiro e entre tragos e risadas sorriem e imaginam Pierrot, Arlequim e a bela Colombina no meio das ruas, hoje infelizemente portando idéias nulas.

G. Assim depois de horas e mais horas de bom papo o citadino paga sua cota do bar, despede-se de seus chegados, augura-lhes um ano de média vista e dirige-se para sua modesta casa e uma dor estranha assoma à soleira de sua alma, o mais não sabe, só tem a certeza que no outro dia será segunda feira de trampo e a trancos e barrancos ele precisa viver...

Helder Tadeu Chaia Alvim

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