segunda-feira, 1 de julho de 2013

isósceles e escaleno...

isósceles e escaleno 

1. As ruas da metrópole paulista encontram-se quietas, mesmo com sua movimentação peculiar, elas guardam um quê de reflexão após as manifestações a que foram palco na semana anterior ( junho p.p do ano de 2013). Elas já assistiram outrora todo o tipo de passeata, outros movimentos, campanhas políticas aferradas, muito discurso dicotomizado entre teoria e prática,muito reboliço vazio, mas desta vez revestiu-se de solene significação e pareceu ligar um elo ao passado deste presente conceitual de espera prolongada com vistas a um futuro de enorme potencial de renovação. Daqui partiram outrora Nóbrega e Anchieta palmilhando cada palmo do sertão na fé e compostura de suas vidas ilibadas, daqui partiram os bandeirantes a procura do ouro e esmeraldas, e alargando nossas fronteiras de dimensões continentais. Porque não lembrar de outros brasileiros do quilate de Pedro II, Mauá, Taunay, Isabel, Frei S'antana Galvão, Plínio Correa de Oliveira e mais remotamente Mem de Sá e Araribóia. Eles receberam a seu modo o primeiro sorriso deste país continente, da abastança do terreiro de Jorge Guerreiro e sua inseparável espada e montaria a cortejar esta terra e a lua na amplidão sequiosa da justiça social.

2. A cidade de São Paulo deflagrou o primeiro acorde de um grito nacional contra os desmandos da política, suas sesmarias quartelizadas em interesses contrários a maioria do povo brasileiro, e o grito se uniu a outros e outros, sacudiu as estruturas carcomidas da res publica e deu o que falar; rapidinho as tarifas abaixaram, as votações se apressaram, etc. etc. etc. Mesmo a seleção ganhando da Espanha, mesmo demonstrando um entrosamento simétrico em campo, os protestos não cederam terreno e continuam latente nas mentes que pensam o brasil no sentido maior do bem comum e da sua brasilidade.

3. A opinião pública, arguta e inteligente, aguarda para ver qual é que é a do governo, qual seu posicionamento cabal a respeito das questões, objeto que foram de protestos e mais protestos que abalaram a consciência laxa de muitos mandatários do poder. Eles se lembraram em suas noites mal dormidas, que foram sufragados pelas urnas soberanas para representarem dignamente o povo e não para tosquiarem e tosquiarem o erário público.

4. Parece que desta vez acordaram, um tanto sobressaltados com gente em seu terreiro gritando vozes estranhas de uma tal sonoridade que acordou o gigante - anestesiado - por tanto tempo de prisão e maus tratos. Se não houver manobras em sentido contrário ( O Plebiscito seria uma delas) as coisas publicas tendem a entrar nos eixos corretos, com muito ' sofrimento ' aos pescadores de águas turvas e contentamento geral da maioria do povo cansado e desiludo com os rumos da nação até aqui.( a meu ver um Referendum seria mais apropriado!) Pois um sim ou não assinalado ficará muito genérico e não vai ajudar em nada para sanar os grandes males apontados pelos jovens... Já o referendo traz já a pauta preenchida e com compromissos reais!

5. O movimento nacional sed contra nasceu nas redes sociais, tomou corpo e eclodiu nas ruas e obteve quase 100% de aprovação em tempo recorde. E o brasilzão anoiteceu de um jeito e acordou de outro, remoçado, esperançoso, e acreditando ser possível de fato e de direito se tornar uma pátria para todos os seus filhos amados. A classe política se assustou deveras, reuniu-se às pressas em seus gabinetes e deliberou paliativos para ganhar tempo e ver o que faria, pois cabeças iriam rolar daqui para adiante, o povo finalmente despertou e não estava para brincadeiras de crianças mimadas. E já não aceitava os colares e apitos de outrora, muito menos a distração do 'futiboli' e a copa do mundo em curso a custo exorbitante para um país carente ao extremo de educação, saúde, transporte, segurança e perspectiva de vida saudável e melhor, para os seus mais de duzentos milhões de habitantes.

6 Ou seja os políticos 'intuitivos' perceberam o recado em letras enormes, que a moringa do povo estava locupleta de indignação, ódio salutar, e não iria aceitar mais esta situação amorfa e doentia que estava afundando sua economia, sua moral e qualidade de vida sustentável e não suportaria mais o estilo galinha carijó deles, só ciscando para debaixo de suas asas... Foi o que disseram por todo o país e ainda não acabou, pois está só começando o 'armagedon escatalogico' do ter para a salvação do ser antes de tudo brasileiro, patriota, pleno de consciência cívica e pensando e agindo o brasil como num todo harmônico e equânime.

> e vamo que vamo, irmã e irmão que prezo, gastando neste espaço democrático e libre do Google Soberano nossa prosa e verso, nossa rima, soneto, termos, palavras, conjunções e interrogações no afã sagrado de ver nosso Brasil mais verde, mais no céu tons variados de seu infinito azul e branco e nas suas riquezas de ouro interior e esbanjamento de clima, topografia e panorama um porvir certo.

7. O povo deixou bem claro que não quer mais uma política arcaica, saudosista de erros crassos, impune, se auto promovendo, mas sim um fazer diferente, um modo certo de pensar o brasil, e tudo isto foi gritado a plenos pulmões na velocidade dos bites soberanos, não dará mais moles para os marrecos de plantão e nem aos pescadores de oportunidades alheias ao bem comum, não mais atitudes permissivistas, e sim um conjunto de atitudes que reflitam na prática junção entre poder, política, realidade, povo e o bem comum maior a toda a nação brasileira.

8. O grande e inquestionável recado foi dado nestes atos civis, nesta liberdade de expressão facultada pela constituição, e diretamente disseram de uma maneira forte, altissonante, objetiva   que    a   panela    das  benesses  apadrinhadas  estava  com  seus dias contados e 
chegavam de iskariotis, chegavam de sinedristas e de herodes da maldade, pois no novo Brasil não haverá mais lugar para a infâmia, corrupção, usurpação de reservas dos cofres públicos, impunidades. Fácil, muito fácil de entender, difícil, quase impossível de consecução se as mentes condutoras dos destinos deste imenso país não estiverem em consonância com os corações inerráveis das multidões nas ruas e praças como acabamos de presenciar toda esta beleza e importância nas manifestações que se sucederam quase ininterruptamente e não estranharia se voltassem com mais garra e obsequiedades.

9. Chega da não representação de fato de muitos parlamentares, que advogam em causa própria e não em prol dos anseios nacionais de soberania e crescimento sustentável entre espírito e matéria. Este aviso em comum disse a que veio, e partiu dos corações dos jovens patriotas e contagiou o Brasil inteiro e seu perfume até hoje perdura no ar com promessas de um porvir maravilhoso no panorama do cruzeiro do sul.


10. A política há muito verticalizou seus interesses no parnaso de sua ganância de mando e poder, nos seus desvios de verbas públicas, em suas acomodações e alianças espúrias. Agora tudo está vindo tudo às claras e terá que doravante governar lado a lado com o eleitor sem querer tirar dele seus direitos, pois os deveres com a nação estão em dia, e se o governo fosse transparente horizontalmente e honesto aí sim o Brasil seria de todos e para todos em toda a extensão da palavra.

11. Este aviso emitido anteriormente e aquilatado na sua realidade isósceles e escaleno, quis dizer muitas coisas: a meu ver sintetizá-lo se torna quase impossível sem perder a sua essência própria mas deixou patente que devem cessar os versos, as rimas e a prosa que não acessem doravante o mundo bom das certezas empíricas, as cantigas que não reflitam em sua totalidade a brasilidade como ponto de junção de todo o território nacional com mais de 200 milhões em ação.

12. Cessem de imediato os interesses escusos, as malbaratações do dinheiro público, pois as porteiras da integridade se abriram de par em par para deixar entrar o vento favorável da renovação de tudo em todos, que não haverá mais lugar no cenário canarinho para os interesses pequenos e obscuros, para a mídia cooptada, mas dora em diante fale mais alto a voz da lhaneza, da honestidade, da solidariedade, da paz e grandeza nacional simbolizadas  pela bandeira verde e amarela, azul e branca!

13. O tropel cadenciado do novo Brasil chegou na curva da história com ares de anjos arcanos, com a força da juventude, com a experiência dos magistrados impolutos, com a sabedoria do povo ordeiro, com a ordenação exata das coisas públicas nas mãos de gestores capazes e a toda a prova, justos, bondosos e que amem o Brasil acima de tudo, e que in fieri queiram dele um grande país de estatura moral à altura de seu sonho latente, legitimado pelas leis constitucionais e sôfrego de bem comum. O factum est será um dia realidade, o momento requer reflexão e argucia produtiva pois está em pauta o destino do gigante que acordou com os brados de sua gente sensata, reserva moral e promissora de um futuro no presente plasmado sem abandonar as conquistas democráticas do passado.

14. Prosseguir pretendo agora, Math, irmã querida se a ti não faltar disposição de interagir comigo este momento de suma importância, de rara afeição psicológica, em que luzes de esperança assomam na soleira da pátria amada, um surto benéfico de retidão conseguiu reviver o gigante e disse que o Brasil não carece de copa do mundo, pois as copas das palmeiras ancestrais baloiçam no ritmo cadenciado e doce de nossas reservas de generosidade e heroísmo, capazes juntas de revitalizar a seiva verde e amarela e construir o brasil autêntico do tamanho do sonho de todos os brasileiros. Longe da utopia, da gnose mas antenado na fé que um dia vislumbrou este continente na pessoa genial de São José de Anchieta, uma pátria de graça e leveza, natureza exuberante e abastança geral.

15. A gente carece, father amiga de uma copa, uma cozinha repleta de fartura pois o fogão na nova combustão nacional começa a quentá o lauto jantar que será oferecido não à meia dúzia de privilegiados abancados na política, mas a todos os 200 milhões de famintos e sedentos de justiça social, paz, segurança, saúde, educação e melhor perspectiva de vida. Pois o gigante recém chegado do cativeiro fará jus a confiança em si depositada.A gente carece de uma política que represente o eleitor, e que não o faça mais de gato e sapato. 'Direita e esquerda, não existe'  no seio deste povo pacato e temperamental, existe sim o coração na unidade e a vontade sincera de tocar a vida que Deus lhe deu, maravilhosa, afetuosa sem mais delongas, sem embrulhações das que foram o estopim do grito do recatados anônimos e valentes brasileiros na irmandade nacional.

16. Copa sim, somente no ás do baralho e do curinga das diversidades na unidade nacional, ah! ah! No russeio da gargulina a desaprecatação sumiu, cessou absorvida pela nova impostação em curso, a tormenta começa a ceder sua investida maléfica, o mar da consciência coletiva se aplaca, e nas ruas, praças, sertão começa a surgir um dia límpido, cheio de vida e promissão.

17. Muito se tem dito a respeito das manifestações, muita fala apropriada, muita análise acertada, extensa, carregada de preocupação, permeada de mil lições,diríamos, palavras à exaustão, à altura da situação.Isto tudo surpreendeu muita gente e fez desabrochar o que de melhor o brasil viu nestas últimas décadas: o infinito coletivo do bem comum. É o início de uma nova consciência nacional sem abandonar os valores bons e sadios do passado, as conquistas democráticas, os avanços qualitativos e quantitativos no campo da pesquisa, ciência, tecnologia e comunicação.

18. O fato marcante e expressivo foi que a juventude brasileira, reserva do futuro, promessa de justiça social, fez o gigante sorrir um riso solto e alegre e do jeito que tudo está se encaminhando na velocidade dos bites soberanos ele não vai parar mais de gargalhar quando tudo voltar para o lugar de onde nunca deveria ter saído.

19. O povo em nenhum momento equivocou-se, pude perceber nos atos cívicos que se sucederam, não questionou as instituições democráticas; ele deixou bem claro que quer faxina na corrupção, quer cortar fundo verbas, mordomias e investir na educação, saúde, transporte, segurança e numa infinidade de vieses legítimos que tragam a ordem, o progresso de volta. Ele quer o equilíbrio construtivo entre os três poderes, ele não quer acabar com a democracia, mas sim revigorá-la, ele na sua pacatez e inteligencia seculares não quer o plebiscito da agenda de d. Dilma Houssef, ele quer ver observada a constituição e suas leis jurídicas e consuetudinárias, ele quer a liberdade de imprensa, a internet livre, ele quer o equilíbrio social, a justeza das contas publicas, e Deus, nosso Senhor no centro de suas cogitações.

20. Ele disse um não ao totalitarismo, sob qualquer face que se apresente, ele não quer a verticalização na política, mas um pais regido por leis justas, ele quer uma política social efetiva e solidária, mais pão e esperanças na mesa do brasileiro e não este esbanjamento vergonhoso das verbas públicas, ele não quer estádios, mas sim  hospitais bem equipados, médicos bem remunerados e não a importação de profissionais de além fronteira.

21. Ele quer um país horizontal na proporção de sua imensidão territorial e moral, de seus valores de fé, família, solidariedade e calor humano, ele quer um país rico em talento e capacidade de gerir seus interesses e o estado ocupando seu lugar, legislando, julgando executando e não se imiscuindo em áreas de sua não competência. Ele quer ver a potencialidade de seus filhos se espalhando quase ao infinito de seus sonhos sonhados na soleira da casa paterna.

22. A hora, Senhores do Legislativo, Judiciário, Executivo é agora, ou decidem em que lado vão ficar ou no anonimato, nas alianças espurias, ou na legitimidade de seus mandatos conferidos pelas urnas soberanas pois o julgamento da história lhes aguarda inexoravelmente. Valha-nos Deus e a Virgem Santa de Aparecida! Valham-nos os políticos honestos, o STF e todos os poderes constituídos da República Federativa do Brasil! Valham-nos o povo cordato,
a juventude antenada no mundo bom das certezas empíricas, valham-nos a voz autêntica das ruas brasileiras!

23. Irmãos brasileiros, residentes em solo pátrio, espalhados pelo mundo afora mas que guardam e querem a brasilidade comum ao bem maior da nação, obrigado pelo basta unido e uníssono que gritaram por aí afora em praças, rodovias, tetos, viadutos, favelas, periferia, centros comerciais, embaixadas, quartéis, hospitais, industrias, interior e exterior, um basta carregado de esperanças, sorrisos, indignações e lágrimas sentidas, um basta que contagiou o mundo inteiro, desde o longínquo Japão até a Europa, Estados Unidas da América, Austrália e outros países, com sua gente sensata, autoridades governamentais de visão social abrangente, associações e o próprio Pontifex, o papa Francisco,  dirigente máximo da Igreja Católica afirmou serem justas e dignas estas manifestações.

24. Tocamos num ponto máximo da época atual, onde ou a humanidade se abre para um diálogo extenso, amigo, acalorado no amor ou ela implode na mão de seus dirigentes sem noção da verdade, justiça, paz social e bem comum maior de todo o planeta. Já vimos o filme rodar antes nas mãos de títeres ambiciosos e não se chegou a um lugar bom para nenhum povo. Todo governo é legitimo quando procura o bem comum à toda a nação que administra e aplica os impostos conscienciosamente em proveito de todos indistintamente. Ora nem precisamos dizer que no Brasil, tal não acontece desde priscas eras...

25. Bom, o povo já disparou seu flash de alerta e aguarda as melhorias, em uma palavra que forneça a lenha, fogão, cama e teto quente à alma da nação brasileira, que é o seu povo de eleição! É irmã caríssima, nos deparamos na curva da história inevitavelmente com dois brasis, distintamente opostos, o primeiro artificial que frequenta os salões da alta maquiagem e o outro real que dá as caras nas ruas e quer o mundo bom das certezas exatas.O primeiro eu desconheço e ouço falar pelas manchetes dos jornais e imagens televisas das campanhas eleitorais obrigatórias, o segundo é meu chegado, convivo com ele e reparto versos e poemas, anseios e sonhos de primeira...


Helder Tadeu Chaia Alvim

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