terça-feira, 28 de maio de 2013

o sintoniza x o antoniza

o sintoniza x o antoniza
o sintoniza x o antoniza
1. Entre diferenças e semelhanças vamos pegando no tranco para escrever mais uma postagem no mês das flores, maio dos sabores e frio sem cores. Em meio aos caos quase final de uma época onde pululam noticias tristes, desencontradas, da maldade institucionalizada, onde tantos que não vão na onda fácil e quebradiça se perguntam: será o acorde final da terra?

2. De quebra, o movimento deste desgoverno interno e externo por que passa o gênero humano tem sua origem no anjo decaído e com a mãozinha das paixões não atreladas à razão, ele se congestiona e de pequenas em pequenas crises existenciais o montante absurdo se apresenta cotidianamente e apavora minha simploriedade, e o jão não encontra explicação plausível e nem enxerga solução.

3. Haja espaço, cansaço, papel em branco no aguardo da gesta simples de expor versos, na tentativa quase vã de minimizar aos meus chegados os pavores da situação enunciada, tema de nossas conversas variadas, e no aguardo da anotação, mais na frente surge a tão suspirada 'dissertação' rolada  levemente nos entornos da inspiração.

4. Tudo se passa no imprevisto, sem data marcada, pois sempre se tem de grátis o infinito para assuntar à moda de limar o juízo na interação e degustação das rimas, deduzindo o que elas oferecem ao parnaso das intenções sinceras.

5. Sem tema definido o poeta cria seus versos no exercício prazeroso da escrita melodia, conjuga as letras espairecendo na companhia delas, aparecendo na amurada singela de sua face. Pode parecer de somenos importância para alguns desatentos não afeitos à beleza de suas interjeições, mas aos amantes da poesia pura tudo se transforma em rima, fria ou quente dependendo do humor, aleite e momento exatamente.

6. Me vejo envolvido na inflexão, os minutos correm, a inquietação momentânea aparece e move o concreto e o abstrato na mesma direção, a reflexão aparece para a inter ação do ponto em questão, e o repente se enche, ciente de satisfação.

7. Oh! Deus, arquiteto das palavras, me auxilie  na soleira desta madrugada fria de maio a encontrar as palavras assemelhadas..., enquanto muitos dormem um sono prolongado para acordar às vésperas de sua última viagem, me encontro virando para o canto de minha emoção incerta, no bocejo insone quase matinal, o relógio da Igreja do Outeiro do Divino anuncia ser 4 horas da manhã.

8. Enquanto alguns poucos arriscam as ruas da solidão, por aqui vou ficando sintonizando hoje uma cantiga amarga da realidade de meus irmãos, almejando que os antônimos se afastem da sociedade e a verdadeira saciedade apareça aos borbotões. Ela já existe e um monte de versos seriam insuficientes para descrever sua beleza, abastança e tudo o mais que ofereça.


9. Ela emana de um Grande Ser, de melodia divina, o arquiteto das palavras por excelência, maestro das criações, senhor das monções, interlocutor das emoções que à luz  chamou  o caos do começo e na sua visão  perfeita desenhou ordenações magníficas, pintou nele cores diversas, aquelas que não esmaecem com o tempo e uso indevidos. Duvido que um homem possa entender toda a amplitude de sua providência, toda magnitude de sua clarividência.


10. Os versos talvez consigam entrar um pouco no seu universo e ver que no prejuízo açambarcado da hora presente poderá surgir a restauração completa da moldura trincada, o desejo sincero de renovação para si e a mãe terra quase devastada pelo lucro e ambição.


11. E na beleza intrínseca de sua liberalidade, Deus que ama a humanidade, que não quebra a aliança poderá soprar alguma mecha que ainda fumega em algum canto escondido do planeta, e não sei como operar a obra de fazer palpitar a chama da esperança que ainda fumega em algum coração fiel.


12. E ela será a alavanca para o melhor, ainda não saboreado, resta saber se o livre e solto arbítrio vai continuar obstruindo sua chegada e se algum fato novo que poderá virar o jogo e o bem vença totalmente o mal. A não pensar assim, a vida se angustia e estreita sem saída, mas analisando as gerações e tudo o que ficou para trás, vê-se claramente que a hora, o tempo e os desejos de Deus não são os do homem.


13. O sinal, sim o sinal desta nova era está no interior da alma. Quando ajuizados os ponteiros, os cômputos do tempo finalizados, a sintonia perfeita entre criador e criatura escreverá a página original da história, sem rasuras, reticências. Da diversidade do universo em sua unidade benfazeja nascerá um novo sol para aquentar as cabeças 'tontas' destas eternas crianças grandes, então elas se darão conta que existe um 'Bem Maior'.


14. Quem anda cedo bebe água limpa - canta o adágio popular - o gênio de Cartago, Agostinho de Hipona bradou um dia em África bendita: ''...tarde te encontrei oh! beleza sempre antiga e sempre nova... tarde te busquei!'. Não é de verdades científicas que fala, mas a alusão torna-se clara e insofismável, de uma vida, de uma alma, de uma eternidade. O que ele profere com magistral ansiedade vale para mim também, para todos os homens, inseridos que estamos na realidade da existência de Deus, autor da criação e fim último de todas as criaturas.

15. Por mais que não pareça, Ele está presente, está mais próximo do que imaginamos, sua presença onisciente e onipotente sustenta o universo e cada detalhe de tudo o que se move e existe, desde o fio da cabeça tonta do homem, até a evolução simétrica dos astros e átomos escondidos.

16. ' Em Deus estamos, em Deus nos movemos' exclama Paulo de Tarso, Ele sempre esteve presente na movimentação das eras, desde nossos primeiros pais até os dias que correm para o abismo dos desencontros e maldades hodiernas, sempre existiu e vai existir sempre e o que Ele mais deseja em sua bondade infinita é nos ver livres da peia do anjo decaído, preservados da 'fritura eterna' e nos introduzir em sua companhia, e a dos anjos e santos nas esferas empíricas do céu.

17. Irmãos meus, viver na terra é bom, mas é um detalhe que passa ao cabo de 80 e 90 anos, o que vier depois disso é lucro espiritual de 1ª grandeza e para sempre. Então porque não fazer daqui uma ante câmara suave da outra vida? 

18. Ingredientes temos de sobra, a natureza generosa, o firmamento de astros grandiosos em constante evolução, e mais do que isso, o coração inquieto, para cultivar a paz, a harmonia, a verdadeira fraternidade universal, basta querer!

19. Ser livre! oh! diferente do jargão de hoje em dia, significa algo transcendental e incomensurável, ser feliz é usar de todas as potências do corpo e espírito para o bem para o proveito correto de si e de outrem. Na era da alta definição tecnológica, da ressonância magnética, dos neutrinos e nióbios quânticos, um motivo a mais temos para acreditar em Deus, pois in fieri dotou o homem de inteligência suficiente para alcançar estes avanços inomináveis. 

20. Resta saber que aplicação fazem de suas faculdades cognitivas, que ações imprimem em face destas expressões de sabedoria. Deixo-os com a poesia singela do calor e abraço pois a água limpa nos espera!

Helder Tadeu Chaia Alvim 

Nenhum comentário:

O cacarecado x ativismo do senso comum

  O cacarecado x ativismo do senso comum O momento estonado traz um viés de tudo ou nada, uma espécie de negação das verdades absolutas em p...