segunda-feira, 16 de abril de 2012

a sindrome do faraó x ziggurats e catedrais

1. Torna-se difícil traçar o perfil exato do mau político, a razão que o levou a enveredar pela trilha obscura e inexplicável da corrupção, que o fez virar as costas a uma carreira em si honrosa, prestigiosa e meritória, uma carreira para alavancar até as nuvens do bom senso o bem comum  dos eleitores, do povo que o sufragou nas urnas soberanas. Ele uma pessoa, no mais das vezes, estudiosa, conhecedora das leis que regem a constituição, doutorado em teses ou na experiência política ou veterano da profissão parlamentar, se perde em meio às falcatruas cabeludas, enriquecimento ilícito, desvio de verbas, assistencialismo eleitoreiro e atrasa o Brasil, põe em risco sua soberania e volta as costas ao seu passado, vive o presente de usura e fará milhões de concidadãos seus amargar um prejuízo sem proporções definidas.

2. Sim! É lamentável, a ambição do poder assomou em sua cabeça, esqueceu  o povo, a pátria, Deus. Tenho minha opinião a respeito e se tiver um tempinho gostaria que acompanhasse meu raciocínio e opinasse a respeito, pois não sou dono da verdade, apenas amealho rimas na humildade e confesso o quanto é fugaz o som das letras e o tom ameno deve entremear este tema complexo e de entendimento desconexo. Pois bem, a definição é simples, esta qualidade de político a que mencionei acima sofre de um mal quase incuràvel, que atarantou a cabeça dos  faraós do Egito, lá do Nilo antigo, das esfíngies, enigmas e sarcófagos perdidos nas curvas da história antes de Cristo.

4. O grande escritor do livro de Deuses, Túmulos e Sábios, C. W Ceram na página 132 diz sobre eles o que podemos sintetizar sobre o pretenso faraó brasileiro e sua patologia crônica de sede de poder, riqueza e ambição ilimitada tornando sua gestão numa espécie de deusado paranasiano da fama: "... O poder da crença sobrepujava a voz de toda a razão política e moral. A obra dos faraós - e só a deles, pois os menos poderosos contemplavam-se com a mastaba, o homem do povo com o túmulo na areia - é fruto de um egocentrismo exarcebado  e ilimitado, sem a menor consideração pela coletividade."

5. "... As pirâmides não serviam como as catedrais e os domos, antes de tudo a piedosas comunidades; não eram como as torres de Babilônia, os ziggurats,, antes de tudo sede dos deuses e santuário para todos. Serviam antes de tudo só a eles, ao faraó, só ao seu corpo morto, só à sua alma, ao seu cá." Inferimos daí, guardada as devidas desproporções que a psicologia do mau político é de uma similaridade estonteante, que beira às raias do absurdo ou melhor dizendo um conjunto de sintomas em comum com este antigo mal de que padecia o comandante em chefe de uma das culturas mais antigas do mundo.

6. 'Nihil novi sub sole', afirmava o sábio. Quando um governante abandona a causa da maioria, fecha-se sobre si mesmo, cego em seus propósitos pessoais e justifica os meios de sua ação visando seus fins escusos. Corrompem até o ar que respiram na sua 'grande causa', condena os demais que não lhe são subservientes à senzala apertada de reivindicações indeferidas. Trai o sentimento nacional, a cidadania e faz do erário da res pública uma cidade de porteiras arreganhadas para si  e os seus parceiros ou comandados.

7. Estou dramatizando algum novo ensaio tonal? Escrevendo para espairecer, quiçá aparecer? Temo que não pois esta conversa foi colhida nas ruas, botecos e esquinas da Augusta sempre paulistana e arguta que argumenta madrugada a dentro sobre os rumos tortos de uma bela nação de povo ordeiro e politico faltoso de carácter sério e que represente o anseio de quase duzentos milhões de brasileiros, para o bem do novo e felicidade de seu povo.

8. Que encastelado em suas mastabas, cás modernos abandonou seu povo em seus modestos domos, o alienou em seus ziggurats, perplexos em suas catedrais. Estou falando do que é sabido da mídia e das gentes antenadas no movimento, quedada em sua esperança de um futuro melhor para todos, sem discursos outros que não reflitam o que realmente deva ser.Tais atos reprovados que enchem os jornais de noticias desencontradas,  vergonhosas que  fariam corar de estupefação: Dr. Ruy Barbosa, Pedro II, Mauá, Cícero, Platão, Aristóteles, Sócrates, Demóstenes e uma fileira de sábios, pensadores e homens do povo que se perderia a conta.

9.  Não entendo a equação montada ao contrário da constituição que se mantém no poder ano após ano, corrompendo e frustando sonhos de uma nação jovem, alegre, de natureza exuberente, de gente de fé, inteligente, celeiro de idéias, de solo continental, clima ameno e de um potencial bio diverso incalculável e ávida de sustentação do bem comum.

10. E a lenda sem fim das novas sesmarias, dado o módico limite destas linhas vai ficando por aqui. Enfim disse o que disse em prosa e verso conhecido, volto para o meu canto a cismar um lamento de dor contida, a pensar nas crianças abandonadas, nos lares desfeitos, na violência que açambarca toda a sociedade sem hora, lugar e tempo para explodir, sem segurança de reação, sem conclusão nos tribunais.

11. E o sucesssor dos vendilhões do templo, em pensar que está sentado tranquilamente sem escrupulos, malbaratando o tempo, tosquiando as ovelhas em número avançado de duzentos milhões até que elas se levantem seu sono letárgico e elejam alguém à altura de suas pastagens verdejantes e com elas festejem a nova era tonal, que será um fanal a alumiar seu futuro no conjunto da harmonia e paz universal, que a fortaleça nas horas tristes, que sorria com ela o bom riso brasileiro no tempo de abastança total.

12. E que o portador da doença letal do faraó se livre do mal que o acomete e passe para as fileiras futuristas dos que começam on line anunciar um novo tempo, um novo vento salvador de oportunidades iguais, sem distinção de ninguém, com promulgara Cristo na primeira grande era cristã, 'tudo em comum,' para o bem do novo conceito tonal e a felicidade de todos os seres humanos, resgatados pelo seu sangue precioso.

13. A plenitude da nação brasileira virá, em sintonia perfeita com sua diversidade cultural, e seu desejo de  paz sem limites, sem fronteiras, sem ódios, sem  intolerâncias e sem discriminações. A gigante levantará, arrumará seu leito bagunçado pela síndrome que a acometeu e respirará o ar fresco de suas manhãs outonais , contemplará os pores de  sol magníficos de seu sertão iluminado, ouvirá doravante o canto da cigarra e enxergará novamente seus vaga lumes solidários indicando a travessia segura para um panorama cor de anil e o mundo bom interrompido pela imperícia, voltará a ser a grandeza de seus filhos e a promessa segura de dias melhores que virão!

Helder Tadeu Chaia Alvim


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