sábado, 25 de fevereiro de 2012

sob o signo circadiano

1.Oh! Deus admirável em sua criação!  Meio que olhando a natureza salta aos olhos num relance, a harmonia perfeita em sua diversidade, cada ser é um mundo em si. Quem acendeu este sopro de vida em tudo, em suas intrigadas e sábias engrenagens, portentosas e maravilhosas nuanças, sabia o que fazio e o fez por inteiro e continua sustentando-a no silêncio e escondido dos minusculos seres, ao estrondar mais retumbante dos trovões, das quedas das cachoeiras.

2. Só por isso deveriamos agradecer ao inventor e mantenedor supremo. Realmete não dá para entender a dificuldade que o homem encarna em se tratando das coisas divinas. Parece querer explicar sua origem por ele próprio, esquece que tudo o que existe remonta ás origens primeiras do Grande Ser Invisível.

3. A afirmação genesiana já diz que 'tudo era bom', então concluimos que este impulso primeiro partiu de um ser totalmente bom, justo, inteligente e equânime. O pintor plasma na tela e surgem gênios do quilate de um Van Gogh, Portinari, Di Cavalcanti, Tarsila, Frá Angelico, Da Vinci, Giotto entre outros a ilustrar a bela galeria dos artistas.

4. O que pensar de um artífice que do nada criou o universo visível, o invisível aos nossos olhos, o distante ano luz. O pintor precisa se utilizar dos elementos  a sua volta para dar vazão ao seu talento até ver surgir sua obra prima, o colírio para olhos atentos dos seus admiradores.

5. O que dizer, de um Deus que em determinado momento concluiu seu quadro, o que ficou ótimo, e passado algum tempo, um dos elementos da sua criação, aquele chamado homem põe-se a desfigurar a tela inteira, borrar tudo sem hora de parar. A história é real e vem acontecendo ao logo da trajetória humana no planeta terra. Cada intervenção inócua é um respingo de tinta no quadro, que somado a milhões, temos a proporção exata da devastação moral e objetiva em que nos encontramos.

6. Olhando por inteiro o ambiente amplo do espaço que nos cerca teremos motivo de sobra para dobrar os joelhos e desejar a restauração desta obra de arte que é a natureza e a vida na face da terra. E no ritmo circadiano procurar viver em sintonia com esta grandeza intrinseca e extrínseca que nos rodeia, que nos envolve por dentro e por fora, que nos impulsiona a braçar todos os irmãos e repetir unidos: Oh! Deus admirável em sua criação!

7. Olhemos os lírios do campo, afirma Jesus, nem Salomão  em todo o seu esplendor se vestiu igual a eles. Videte:olhai com os olhos circadianos, de duração efêmera, e vede um Deus admirável em sua criação. Olhai com os olhos do doce, humilde e manso Jesus da Galiléia. Ele, somente ele pode dar um sentido transcendental à nossa existência.

8. Este sentido não passou despercebido dele. Ele parece nos dizer, em meio à nossa crise, em meio ao tumulto atual, em meio á feiura deste mundo enganador, olhai ou seja repousai sua alma na criação, mire o rosto contemplativo  no meu coração e tereis motivo de sobra para estampar um largo sorriso, um otimismo que abrangerá todas as criaturas num extâse continuado.

9. Fala-se tanto em planeta sustentável,e com razão, pois a administração humana desde a invenção da era industrial vem entupindo a atmosfera de poluição,vem danando o eco sistema. O ser humano em sua arte ao avesso não soube decantar a realidade que o cerca, e oxidou à mesa  valores éticos e morais a favor de sua estupidez atéia e deu no que deu um descompasso entre espírito e matéria traduzido em 2 grandes guerras, conflitos etnicos, tragedias com as forças embravecidas da natureza, e depredação do patrimonio que Deus confeccionou com tanto amor e carinho o qual nomeamos deTerra.

10. Que estas palavras escritas neste fluxo circadiano sirvam não de instrução normativa, mas de enlevo para mover o interior sagrado de cada pessoa que chegar a ler o que se seguiu.Que contribuam na modicidade de seu alcançe para o exercício da tolerancia, da amizade fraterna e o reconhecimetnto da mão de um Ser Onisciente que infelizmente nossa época tão avançada não valoriza, mas  cuja glória estas rimas, na sua contingencia peculiar pretendem homenagear e perseguir sua inspiração até o ocaso de seu último sopro.

Helder Tadeu Chaia Alvim

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