segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O Poeta da Fé


Os Poetas da Fé

1. Não sou eu, poderia ser, mas é Vieira, Bernardes,  Poverello,  doutor Angélico, Agostinho, Clara de Assis, Teresa d'Avila, Pedro de Alcântara, Luzia, Efigênia, Antonio,Charbel, Bento, Francisco Xavier,de Sales, Inácio, Luiz Gonzaga, Lucilia, Plinio, Geralda, Oraide, Paulo Angelo, Madre Leticia,Teresinha de Lisieux e seus versos em vida plasmados ilustraram a hagiografia cristã e enfileirados permanecem perenes e trazem um gostinho de unção e piedade inconfundíveis ao folhear suas vidas de poesia nata e espiritualidade de primeira linha.

2. O diferencial em suas existências é que seguiram o mestre mais de perto, centraram seu coração num chamado especial e se envolveram com a luz maior e a intensidade dela fora de tal monta que os seus quereres a exemplo de Pedro e Paulo se fundiram no Sol de Justiça e quem os olhasse via neles a imagem e presença suave do divino Nazareno.

3. E João Batista, primo de Jesus, andava e pregava às margens da Galiléia o batismo de fogo e preparava o caminho do Cordeiro que iria se imolar para a redenção do mundo. E quando raiou o dia derradeiro do sacrifício, o salvador anunciado pelo profeta máximo, tomou sobre os ombros a pesada cruz e subiu o gólgota salvífico demonstrando na pele o quanto amava o gênero humano, e toda vez que alguém segue suas pegadas, identifica-se com suas dores e reflete sua luz de bondade e misericordia, candura, justiça e amor ao próximo sem limites.


4. Ao ressuscitar levou consigo  para o reino celeste, nossos primeiros pais, Adão e Eva,também Abel, Noé, Abrãao, Moisés, David, Salomão, Jeremias,Judith, Esther, Jonas, Malaquias,os Macabeus e todos os santos, patriarcas, profetas, justos da antiga aliança.

5. E na pessoa de Dimas, disponibilizou a todos os homens penitentes e  de boa vontade que iriam existir até ao fim do mundo, um lugar de predileção. E nós pertencemos a este número, apesar dos defeitos, fraquezas, estamos agarrados à nau de Pedro e comungamos com Cristo suas verdades, dogmas e esperança de salvação eterna.

6. Foi o sacrificio cruento de Jesus que garantiu o equilibrio entre as coisas visíveis e invisíveis, que aplacou a cólera do Pai Eterno, que propiciou a vinda do Espírito Santo Paráclito, que sustenta o universo em suas leis de sabedoria, que propicia aos cientistas esmiuçar os átomos quase ao infinito.

7. Que guia a mão da engenharia quântica, acompanha o raciocínio dos doutores, que fornece sobejamente inspirações aos poetas de todos os tempos, que propricia à medicina os avanços em pesquizas de alta ressonância, que fomenta ao artista o talento de plasmar telas, melodias, sons, de belezas incomensuráveis.

8. Que dá ao professor as virtudes de sua progenitura intelectual, ao trabalhador das rimas, do campo, industria e serviços os meios adequados para realizarem  as tarefas peculiares de sua vocação engrandecidas no labor e prece.

9. Aos sacerdotes a intuição da fé, a espelhar o seu Deus em suas ações, a tal ponto de tornarem-se  outros Cristos de pureza para seus irmãos, talhados para as funções dignas do ministério sacerdotal, mãos ungidas à oferecer o sacrificio de Melquisedec.

10. Alguém me pergunta porque a insistência neste tema? Porque embolar fé e razão? Porque não navegar pelos mares tranquilos do puro lirismo? Eu nem mesmo sei, tenho algum material na gaveta e vem à tona a figura do grande poeta dos versos perdidos e vou anotando sem precisão concisa.

11. Vejo que se aproxima o dia final dos 365 poemas e pretendo publicá-los no papel ainda este ano se Deus me facultar os meios, ou algém inspirado por ele bancar a edição. Se não vão permanecer do jeito que estão, hirtos aguardando o cheiro no cangote da revitalização.


12. Citei alguns nomes no início desta postagem, teria mais e mais que alongaria ao extremo da profusão. Por hora é isto. Na fôrça divina estes poetas da fé se inspiraram, se moveram e acenaram às rimas sua fugacidade, adequaram suas vidas ao mistério de suas cismações, gastaram a bendita existência nos versos concretos de sua imaginação.

13. Escreveram no livro da vida, aquele que a traça não corrói, nem os ladrões abocanham para si, páginas de doce melodia e entusiasmo interior e sobrenatural. O que falaram tão importante assim? Sim disseram o quão bom e suave é aliar-se a Deus, o princípio do bem, belo e pulcro. Alhear-se do mal, gerador do erro e vício. Aliás dois pontos de vista antagônicos em si, de fácil percepção, de diferença tácita entre um e outro. 

14. O primeiro criador dos anjos de asas celestiais, o segundo, o tinhoso decaído, criatura maléfica de inteligência arguta, gestor das máquinas mortíferas, de danações e imperícias.

15. Dois mundos, duas realidades, uma quer o crescimento espiritual do homem, o seu pleno desenvolvimento material acompanhado das punções do médico Jesus. O outro, o coisa ruim, almeja a degradação final de tudo e de todos.

16. Ele,aquele outro, traiu a confiança do altíssimo, levado pelo seu brilho, inteligência e orgulho odiou a sabedoria incriada e não mereceu a visão beatífica, recebeu a sentença da boca do Arcanjo Miguel e afastou-se com sua legião revoltada para os quintos do inferno de fogo e enxofre com a sina determinada que um dia uma Virgem iria por fim esmagar sua cabeça de intrigas e maldade.

17. Toda a bondade é proveniente do Grande Pai das Luzes, toda a enganação advem do anjo decaido e seus comandados, que deveriam conduzir à claridade do seu senhor os seus irmãos de natureza angelical e se negaram peremptoriamente a servir e reverenciar no plano da criação a Virgem de toda a pureza, de toda a beleza, de todas as batalhas.

18. A questão principal se encerra em dois quisitos de importância vital, como ensina o bispo de Hipona, Agostinho, estrela da era patrìstica, o gênio e santo de Cartago, que se referia à cidade da luz, cor e vida e a outra dos homens aliados do prìncipe das trevas, gerando trevas, espalhando trevas...

19. Vamos, que vamos ter amizade, convidar à nossa mesa para a reflexão e comunhão, os poetas da fé, aqueles que se tornaram santos, que refletiram sem cessar a luz diáfana da perfeição que emana do Grande Ser, juíz da vida e da morte, que poucos conhecem, mas cuja glória, a intensidade da presença deles proclama na visão baetífica sem cessar: Pater Noster qui est  in coelis, santificetur nomen tuum, adveniat regnum tuum, fiat voluntas tua sicut in coelis et in terra.

20. Eles foram o equilibrio da balança em sua época, viveram com o coração em Deus, santificaram sua presença entre os homens,desejaram com vislumbre de heroísmo o reinado social de Cristo crucificado e ressurrecto, e pugnaram pela expansão da vontade daquele que os ventos e tempestades obedecem,como prêmio, a bonança os envolveu por completo.

21. Viver todo mundo vive, sonhar alguns sonham, poucos amam as verdades intangíveis do espírito e a vida vai passando, sinto na pele o prejuízo, vai passando como passam  as nuvens tocando de quando em vez as serras azuladas de meu sertão amado. Quando damos conta envelhecemos em nossos erros e daí?

22. Diferente desses e dessas em que a devoção foi uma constante na sua carreira apostólica, e hoje ao recordar suas virtudes e feitos, invejamos com olhares de admiração sua sorte e ousamos solicitar deles uma mãozinha, um empurrãozinho que nos eleve acima das querelas atuais para os panoramas perenes das verdades imutáveis.

Helder Tadeu Chaia Alvim




Nenhum comentário:

O cacarecado x ativismo do senso comum

  O cacarecado x ativismo do senso comum O momento estonado traz um viés de tudo ou nada, uma espécie de negação das verdades absolutas em p...