quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O nó aparente e o i surrealista

o nó aparente e o i surrealista
1 'Ad elevatis oculus meus ad dominum'... Um movimento simples do pensamento e que representa um oceano de vantagens espirituais. Elevar o nosso olhar acima do trânsito caótico, acima das noticias dos telejornais, acima dos programas sensacionalistas e de mau gôsto, acima das ambições e lembrar que em algum lugar paira uma mente onisciente que acompanha as ações e pensamentos do ser chamado homem e nada escapa da sua ponderação.

2. Se alguém se dispuser   a colocar em prática este conselho que recebi alhures vai se admirar o quão são suaves as inspirações de Deus, o quanto a vida seria mais amena e suportável nesta esfera , ora endoidada chamada terra, em que diáriamente somos pegos de surprêsa com o comportamento desgovernado do semelhante. Tem gente que toma seu carro e sai atirando a esmo, tem gente que maltrata os animais, tem gente que rouba a inocência das crianças, tem gente que não respeita os mais velhos, tem e tem prepotentes.

3. E a lista seria quase infinda se fôssemos, eu e você, estabelecer os parâmetros do comportamento do homem hodierno, suas teses, visões e afirmações no mínimo de mal gosto e sem fundamentos , e mais quando parte para as aplicações práticas aí o desastre é completo i surrealista. Quando não é uma admiração exagerada pela tecnologia, descamba para as analogias sem sentido e extravagantes. Parece querer provar tudo, permitir tudo, negar tudo e proibir tudo que não se iguale ao seu pensar.

4. Bom vou me ausentar uma semaninha deste blogger para visitar o rincão de  minha origem interiorana, tão flagelado pelas recentes chuvas e imperícias dos governos ao longo deste anos todos que me conheço por gente, daria para construir, com as verbas alocadas, diques e mais diques à moda da Europa, drenar as encostas das serras, delimitar construções, permitir as  sólidas e uma gama de outras iniciativas, que se existem, estão arquivadas e mofadas nos armaários das enormes repartições públicas adjascentes.

5. Pretendo revisitar a outrora Pirineus adorada, a pedra da baleia, a mata cerrada, conversar com o vento norte coisas da nossa infância ensolarada, ver as pirambeiras e vertentes abençodas, a préa saltitante, os vagalumes solidários, a revoada das maritacas, saborear o jenipapo, e as conversas à beira do fogão á lenha sobre o último barão do mato; Malaquias Fortunato Alvim. Subir ao cruzeiro, contemplar os luzeiros ao santo mártir Sebastião.

6. Então, depois, se Deus quiser, voltarei com a cabeça mais arejada para continuar consigo nestas linhas perseguindo o mundo bom, consigo analisando o movimento, consigo criticando os descaminhos, incentivando os anseios, sonhando de olhos abertos, despertos, abrindo a mente para o mundo certo. Até lá, meu amigo que considero e espero encontrá-lo novamente firme e forte, analisando,contemplativo, mudando  os rumos de um universo em versos.

7. Deixo-o com uma benção irlandesa: 'Possa a estrada levantar-se para econtrá-lo, possa o vento estar sempre às suas costas, o sol brilhar em seu rosto, as chuvas cairem mansas em seus campos, e até que nos encontremos outra vez, possa Deus tè-lo mansamente na palma de suas mãos.'

Helder Tadeu Chaia Alvim

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amurada final

  ‘ Seja mais simples que puder, sua vida vai ficar mais descomplicada e feliz!’ ...