sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A lavoura urbana e o reboco vertical e a dúvida morfoanatômica

a lavoura urbana e o reboco vertical e a dúvida  morfo anatômica 

1. Talvez o tema não tenha nada a ver com que vou escrever, gostei das palavras e resolvi homenageá-los, tanto quanto conceba meu intelecto acanhado e irrequieto ao olhar em volta e constatar que a realidade não é a que deveria ser na sua totalidade. Tem potência para isso, pois quem a dotou a fez intuitiva e psicologicamente ativa.

2. Talvez, mais uma vez, esteja flanando por falta do que escrever, pelo vento consuetudinário ou pela magia que  o natal encerra e sobram dele faíscas das alegrias sadias, daquelas que deveríamos provar à beça mas nosso século de decadência teima em impedir, distrair e levar nosso barco para um horizonte tumultuado de paixões, hedonismos, ou seja o reinado do anjo decaído.

3. O que a lavoura e o reboco tem haver com isso? Boa pergunta! Vamos pensar juntos e chegar ao veredicto justo?  Por hora vai ficar mais o menos assim só no reboco, pois careço de areia fina e do acabamento, a tinta vai suportar a aplicação desta nova modalidade  e o lavorar vai permanecer até segunda próxima, lembrando o que o poeta Zeca Baleiro canta que " o jornal de hoje é o papel de embrulho de amanhã." Um ótimo fim de semana e me ajuda aí gente sensata.

4. Em Deuses Túmulos e Sábios, C. Ceram provoca nossa imaginação ao afirmar sobre os livros que ainda não podem ser escritos: " Para compreender a humildade de nossa condição  humana não precisamos olhar para o céu estrelado. Basta que consideremos as civilizações que existiram milhares de anos antes de nós, que foram grandes antes de nós e antes de nós desapareceram."

5. A bola da vez tudo indica foca o Brasilzão, saberão ou saberemos entender o sentido desta preferência ou subservientes e corrompidos quedaremos placidamente na cama sem ter acreditado na vocação de  grandeza espiritual e material que nos chama e a poeira da história pulverizará as qualidades inerentes que poderiam impulsionar o verdadeiro crescimento com sustentação equilibrada?

6. A dicotomia  que se instaurou há muito tempo em nossa pátria entre a religião e o estado leigo declarado foi responsável por esta distorção que se faz presente desde os gabinetes das autoridades constituídas, passando pelo banco escolar, universidades, rincões distantes, cidades pequenas, médias e grandes, coberturas, sobrados, esquinas, ruas, ruelas, jardins, favelas e o próprio lar do brasileiro, onde esta força conjugada e pensada procurou e conseguiu super valorizar a condição financeira e em torno dela gravitar desejos, buscas, conquistas e ideal final de vida.

7. A alma brasileira ficou pequena e não acompanhou os passos do gigante, e hoje com tudo à mão, abre as janelas e solta gostosas baforadas  de descasos e ensaia um desaforo contra quem discordar de seu mimo fofo, abandona a Amazônia brasileira nas mãos de não nacionalidade, suga as seivas da natureza e depois dependura no cabide de sua ostentação as  verdades, os conceitos indispensáveis a implantação de  seu destino de bondade.

8. Nação doce, volta à sua lavoura de origem, cultive seus valores de honra, ética e sobranceira divida-os  com seus filhos, milhões deles ao todo quase duzentos e onze milhões  aguardam de você um posicionamento correto, não os iluda e prometa fogos fátuos de consumo e prazeres desgovernados, chega de tanta falácia, desgraça e corrupção, desvios de carácter e muita pública falação, muita traição privada, muita falta de camaradagem, muita viagem encerrada mesmo antes de começar.

9. Nação amada, estou velho, ainda não vi seu despertar sonhado, o reboco pende de suas paredes mofadas pelo tempo e descaso da política, ganância e faturas verticalizadas. Assim não dará pé e mesmo o nadador mais experiente vai se afogar neste mar de lama quente que começa a borbulhar um borbulho inquietante e perverso.

10. Temos a matéria prima verde, primamo-nos pelo jeitinho e hospitalidade, aprendemos a maneira suave da diplomacia, recebemos os estrangeiros com categoria, riquezas minerais nos são sobejas, as matas virgens nosso emblema e promessa de um futuro respirável. para o planeta, somos portadores das dimensões continentais de nosso solo amarelo, abismados ficamos com nossos pores de sol magníficos, com o céu do cruzeiro estrelado,

11. E... e... deixamos nossos moradores de rua na penúria, quando não à míngua. O problema é que há muito tempo a política  se mancomunou com ideias, ações depredatórias contra o patrimônio público, quanto as reservas morais, cívicas e naturais.

12. Enfim temos panoramas à espera do reboco humano, desde que conscientes preservemos nossas sementes de futuro bom para todos, nossas fronteiras da verdadeira identidade e soberania nacionais, nossa democracia de raiz lhana.  Depois virá a tinta vibrante e colocará os tons conforme a abastança de um sertão iluminado, conforme a pujança de suas cidades equalizadas na qualidade de vida, respeito pelos ciclistas.

13. Um dia pretendo sentar à sombra do pé de café orgânico e conversar consigo para terminar este esboço e dizer que os meus irmãos e irmãs brasileiros ouviram este humilde parecer e todos unânimes no grande esforço da restauração, entronizaram a alma desta jovem nação no seu lugar devido e aquele reboco ficou de primeira e recebeu a cor verdadeira de eleição.

14. Já é quase Natal, tempo da unção, o divino se apresenta com maior profusão renovando as promessas das glórias e pazes em curso, que afino o discurso neste diapasão, para falar nunca calar desejando sinceramente por extenso oportunidades para todos os filhos de Adão.

15. Já, já saberão em que praias remansas iremos aportar sem presunção da idade, após os vagalhões tremendos deste tempo de contradições e adversidades, começando tarde o que deveria ter vivido e não viveu o suficiente.

16. Apesar de ter visto outra era sei que ainda resta a esperança da intervenção de um ser que nossos olhos toldados não alcançam plenamente, mas guiado pela fé no Nazareno, tendo por patrona a mãe clemente, a doce sempre Virgem de Nome Maria, um mar de misericórdia e piedade,  a eterna senhora, vestida de sol, que ama a luz, a verdade e vai nos fazer sobrepujar toda a maldade deste mundo enganador.

17. Tá na hora, passou da hora de cessar de vez a usurpação do erário público, que pertence à nação brasil desde os primórdios, tá na hora de acabar o vale tudo para felicidade do povo e o bem de novo, tá na hora de começar o protesto dentro da lei e da ordem, o que já começou na era on line da alta definição, tá na boca do lobo a liberdade de expressão, tá na hora do heroísmo mudo que derruba os muros da intolerância, da usurpação em massa dos valores das raízes interioranas. Enfim é chegada a hora do exercício da democracia plena, sem peias, censuras, aquela das lisuras quatrocentonas, não a das confortáveis poltronas da fama e sede de poder.

18. É chegada a hora de soprar a vela do entusiasmo, da alma de um povo que aos poucos se levanta de seu sono letárgico e começa a incomodar as aleivosias centenárias daqueles que não elegeram para si e outrem as reformas lecionadas da constituição. Tá na hora de observar e realizar os anseios populares de renovação.

17. Tá na hora da junção do ideal com o bem praticado. A maioria dos brasileiros quer reformas, novos rumos, respeitando suas intuições, amando suas instituições, honrando sua bandeira pátria, construindo um futuro de fato, de direito baseado no decálogo, na sua brasilidade e camaradagem soberana, e data vênia respeitar os poderes, legitimamente constituídos.

19. É tempo de substituir a cal viciada por um reboco original, facultando a duzentos e onze milhões de brasileiros direito, vez e deliberação. É tempo de ações concretas da jurisprudência nacional, afastar as imaginárias revertendo o êxodo rural e fazendo que a imensa lavoura urbana seja sustentável, gere qualidade de vida, e afaste de si o dos seus os erros da poluição, ao verticalizar-se não desterre o sábia laranjeira de seu chão. Falei o que falei e só me arrependo de não ter condições de mudar a situação.

20. Mas confiante em seu carácter, meu amigo, baseado em sua fé de brasilidade, ouça o que digo: vejo que estes versos poderão contribuir com outros e mais outros, que somados a duzentos milhões e onze  de brasileiros (as)  farão deste solo o orgulho das gerações futuras, augura este singela canção, sela este pacto sagrado de união.

21. Levanta Brasil nação do seu leito esplendido da acomodação, tome a atitude acomunada a maioria de seus filhos, sopre com eles a vela que ainda fumega, abra as janelas  da verdadeira idealização, aparelhe os círios para a caminhada rumo ao mundo bom, areje sua fé. Faça alguma coisa mãe gentil, algo equânime e grandioso ao seu grande destino de pêndulo do bem.


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