sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

aparências e apetências...

aparências e apetências
1. Nem tudo é o que parece ser. Vá entender esta via marvada perpassada de tantas surpresas. Amanhece, anoitece, desapetece, carece, uns na prece, outros perdidos, andando, parados, uns alegres, outros angustiados, uns nascem em berço de ouro, outros validam a vida sem sequer entender o motivo da vinda. Outros partem sem arrumar a cama, sem um adeus da chama. Nem tudo é o que parece ser... e ainda tem tanta gente querendo ter! Para que? Se mais cedo ou mais tarde o túmulo frio será seu e meu único teto seguro.

2. Não diga depois que estas rimas não avisaram , que não sabia sobre a existência de uma outra vida, depois desta, onde contará, não as posses amealhadas, mas a trajetória da alma iluminada. Já dizia Machado, na sua agudez de espírito insuperável: " O olho do homem serve de fotografia ao invisível, como o ouvido de eco ao silêncio." Sendo assim que tal dar uma chance para a alma soberana, ela tem seus reclames, anseios, perpectivas acima deste mundo que engana.

3. Na qualidade de poeta mínimo, não empossado no cargo pouco almejado, de caneta na mão, ao longo deste ano que se finda, e ainda sacudido pelas intervenções inócuas, maldosas e criminosas do homem contra a natureza, seus rios, regatos, fauna, flora, florestas, índios e cidades do concreto armado, vejo que expus o pior de nossa situação atual de crises, desvios de dinheiro público, violências contra a criança e uma malha de ininterruptas notìcias nada boas para o futuro do planeta sustentável. E entendo por sustentavel o equilibrio perfeito entre  corpo e espírito, matéria e alma.

4. Na esperança em Deus que, afastadas as turbulências, o melhor venha, não só para o Brasil, mas também para o conjunto total das nações, onde vive o ser humano, que mereceu do salvador um sacrifício infinito e disponibilizou o reino celeste no fim último de sua prece, quando o corpo entregue à mãe terra, libere sua alma para a contemplação da verdadeira realidade aquela que é o que parece que é.

5. Se fugi do tema de compor poemas, não arrefeci na intenção de propagar a idéia do mundo bom, se não atingi o clímax do verso ameno, a justeza dos dizeres belos, expressei o conteúdo primeiro insurgindo contra os desmandos dos elementos que prestam um deserviço a Deus, autor da criação, que subjugam os homens, alterando os planos de um mundo justo, equânime, que reflita as certezas empíricas. 

6. Mesmo que estas rimas tenham interrogado ao silêncio, sem respostas de imediato, elas trazem a convicção que tá tudo lá arranjado na concepção do  Grande Poeta dos versos perdidos: " Amai-vos uns aos poutros como eu vos tenho amado. "  Quando este amor soprepujar as guerras, os conflitos, as ambições então será o tempo exato da manifestação física daquele que os ventos e tempestades obedecem a um simples aceno de suas mãos. Será  a hora bendita da realização da fala da Virgem Santa aos anjos arcanos: "Fazei tudo o que Ele vos disser..."  - Dúvidas? - Não! Somente certezas!

Helder Tadeu Chaia Alvim

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