segunda-feira, 28 de novembro de 2011

influências em curso

1. Escrevo o que escrevo, mesmo se adoidado lhe pareço e não vou refutar e nem tão pouco me zangar com sua opinião. É um direito sagrado respeitar o semelhante que reflete o brilho de seu grande artífice, o Deus das nuanças intocáveis. ao mesmo tempo das bondades deliberadas, dos perdões sem limites, da beleza sem prazo de validade, da presença eterna, em tudo presente.

2. Neste esboço que traço ensimesmado sobre a amplidão do poeta divino, o único digno de adoração, que quedo amuado e ouso sem exageros continuar versando acerca do que imagina e pagina o que ofereceu a inspiração e que sua plenitude aclareie nossos corações e sustente em nossa veia o sopro de vida lúcida e que a caneta, troféu usado deste poeta mínimo, sempre se ponha a serviço da causa humana e que sua tinta transcenda as querelas existenciais e ofereça janelas para a contemplação da verdade eterna e incorruptível de um ser supremo que os  'homens conhecem tão pouco, mas cuja  glória a natureza canta'.

3. Não há como negar que a história de todos os tempos registra o feito de homens que mudaram seu curso e influenciaram séculos e séculos e até hoje perduram sua memória feliz ou tirânica. Não fora um Tutmés II, um Ramsés do Egito antigo, dos faraós, dos sarcófagos, enigmas e hieroglifos, responsáveis pela glória e exuberância  às margens do lendário rio Nilo?

4. Não fora a batalha de Isso que revelou o carácter e supremacia de Alexandre sobre Dário e envolveu numa era de grandes feitos e conquistas o povo macedônico? E o rei David de pastor a chefe supremo de Israel? Jesus o cordeiro de Deus por excelência que amealhou pescadores e fundou a Igreja Católica e dividiu as águas do bem e do mal até o derradeiro suspiro do homem na face da terra?

5.  Carlos Magno, precursor da idade média que inaugurou pela diplomacia da espada um era de esplendor e canções carolíngias de um brilho que ninguém em sã consciência pode negar? E d. Henrique, o navegador, que do promontório de Sagres em Portugal propulsionou as navegações, a descoberta do novo mundo e mereceu as elegias do imortal Camões.


6. E no século da secessão americana prevaleceu a democracia que perdura até os dias atuais, bem antes o talento, garra, disposição e visão universal de George Washington aflorou na mente de seus compatriotas a luta pela liberdade no glorioso ano de 1776.

7.  Assim foi e assim continua sendo, não fora Bonaparte o pai dos  caudilhos modernos, que espantou a Europa com suas quimeras, pois um pé no Egito e agitou o mundo com sua pretensões deusianas? Não fora Diderot, pai dos enciclopedistas e inspirador da Revolução Francesa? E Robespierre e Danton responsáveis pelo grande terror e idéias deletérias que impregnaram  as artes, a política, a academia, o ensino e meio mundo na farra e dissolução e promulgou a volta à renascença pagã e anti cristã?

8. Não fora a primeira grande guerra motivada pela malfadada corrida armamentista e responsável pela redefinição geográfica e política da Europa e Oriente Médio?

9. De memória infeliz, não apareceu na Alemanha, uma mente doentia que difundiu idéias e práticas nacionalistas infundadas e extremadas, caldo de cultura para Hitler promover o horrível holocausto e deflagrar a segunda grande guerra? E Alemanha atual com pensamento positivo, leveza e inteligência religa seu presente ao seu passado de grandes serviços prestados a humanidade inteira, retoma sua trajetória, reconquista seu espaço de dignidade e soberania no concerto das nações.


10.  E as figuras de Lênin e Stalin próceres de uma era de desagregação da Rússia e seus países satélites que influenciaram o mundo na luta de classes e negação de Deus? E quando da derrocada do muro de Berlim a realidade nua e crua da ditadura do proletariado apareceu aos olhos do mundo com todas as suas mazelas e pecados? E a grande figura do Csar colocada de lado, ele e sua família cruelmente assassinados! E tempos depois o tempo reata sua memória e de seu reino de glória, pompas e calor humano ao seu valoroso povo.


11. E assim por diante num interminável filme em preto e branco vemos rolar em nossa frente a existência de uma raça originária das puras mãos de Deus e que o não de nossa primeira mãe nos imputara tantas calamidades e provações, e na fôrça contrária dos anjos decaídos mais o conluio com seus lugares tenentes na terra impingiram tantas calamidades e por pouco a bomba atômica não sepultara sonhos de uma geração, antes mesmo de tê-los sonhado por completo.


12. E continua, caem reinos e impérios, governos, repúblicas e nações igual a poeira que arranha os olhos inquietos da humanidade e alguns manipuladores  in fieri, invejando o dote de Abel, impetram massacres, subjugam povos pelas armas, endeusam o poder e posam para as câmeras subservientes, em eternos trejeitos inconsequentes, e a citação anônima de uma Igreja em São Paulo, Brasil define este sentimento : "Todo homem quer ser rei , todo rei quer ser  deus, só Deus quis ser homem..."


13. E assim vamos sem saber se voltaremos...  e nos dias da primavera oriental, vemos na viagem o anseio de meus patrícios pela liberdade. Aqui no Brasil o poder econômico fechando seu novo ciclo do consumo, idealizando dia e noite novas formas de lucro, modifica o gene, quer safra    recorde de soja e feijão, quer abandonar o tradicional arroz regional, perfuma seu leito sem ao menos saber se deitará nele por inteiro, não se importando em poluir rios e mananciais, não dando a mínima pelo elevado grau de dióxido de carbono no ar.

> É tristeza falar: continua desterrando do planalto de piratininga  a sabiá laranjeira em nome da verticalização, da corrida imobiliária, outros arrancando as matas ciliares, afugentando os irmãos indígenas, os animais selvagens, as aves canoras de seu habitat natural neste imenso solo rico de gente pobre, neste intrincado país que amamos, e de dimensões continentais, chamado Brasil.



14. E assistimos, estupefactos, na esfera mundial, os crimes contra esta mesma e indefesa humanidade, a violência desgraçando a vida das minorias étnicas, gente que sobe ao poder, gente que é tirada do poder ao bel prazer da trama orquestrada. E não paramos por aí, muita desgraça é pouca, e ao sobrevoar este  tempo de louco, falta-nos o fôlego, ao constatar que a era pós moderna para aportar no enlouquecimento,  falta um tantinho de nada.


15. E tudo muda de lugar, vestem outra roupagem, calçam não as sandálias da camaradagem, mas ostentam botas altaneiras que pisam e esmagam o bom senso e a caridade fraterna, esquecem-se da cidadania, implantam suas vontades, descartam uns, promovem outros e o gostinho louco da hegemonia a qualquer preço ilude e presume-se de divisas insustentáveis.


16. Tocamos hoje no ápice do descontrole, assumimos a era digital, nomeamos a democracia, e nos esquecemos da ideia certa, nos esquecemos que alguém, um Deus humanado, assumindo nossa natureza humana disse às margens do Tiberíades:" Eis que  vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros com eu vos tenho amado."


17.E hoje nossas mãos cansadas esbarram nas fímbrias do caos, nossos pés já não suportam a caminhada, param ébrios de prazeres e comodidades, a inteligência clica tudo e esquece de acessar sua alma, esquece que está às portas de um novo momento... do espírito novo, aquele que guarda desígnios diferentes da hora presente e vai soprar forte a renovação perene, não atrelada a bens materiais, mas à alma puramente espiritual.


18. Analisando a criação, as atitudes divinas de Jesus, a gente se empolga com seu desapego, mansidão, e bondade infinitamente grande a ponto de deixar-se coroar de espinhos, carregar uma cruz e sofrer com resignação e majestade o suplicio no gólgota.


19. Que texto acabrunhado, pessimista, que foge das vias normais, da serenata ao ar livre, da líricas canções dos trovadores, da corrida vida da plebe multa, aquela que paga as contas, que compra no carnê das lojas Bahia e Pernambucanas, que assiste as novelas, os programas sensacionalistas, vai ao shopping, vê as notícias de catástrofes, as guerras no Iraque e quem sabe
detesta os políticos das falcatruas, das verbas embolsadas na cara dura.


20. Já não existe mais o mecenas amigo, aquele das classes ricas. Então vai laborar poeta mínimo, o ritmo salsa e merengue vai continuar e a merenda pode não chegar à mesa da criançada inteligente que sonha ainda com um Brasil para a frente e diferente deste que amanhece desde o sertão, das veredas do coração já partido de perdidos caminhos, partidas decisões. Das cidades grandes altaneiras de problemas, faltosa de calor humano, locupleta de prantos não ouvidos, insensíveis á situação do sofrido irmão.


21. Gostei da fala, você diz, amigo, sei que posso contar contigo amealhando uma gota de sua intenção que esparzida neste escrito vai alumiar eu, tu, eles neste mundo quase sem perdão. O que disse, em parte tem razão, no meu idioma criptografado não sigo normas pré estabelecidas e sempre ouço a voz do coração, ela me levou para este cenário de impressões diversas e agradeço deveras sua importante atenção.


22. Mesmo não tendo a condição precisada, no entanto tá bom assim e a luz de um ser chamado Deus há de alumiar sempre nossos caminhos, o que faltar ele completa com um tantão que sobejará parao irmão.


Um abraço de união,
Helder Tadeu Chaia Alvim












21. Você diz, amigo

Helder Tadeu Chaia Alvim

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