segunda-feira, 11 de julho de 2011

A pedra de contradição


A pedra de contradição!

1. O Cristo tornou-se hoje uma espécie de moeda de câmbio valiosa nas mãos dos inescrupulosos, ousam atrelar sua presença divina, pseudos embasados na sagrada escritura, à sucessos financeiros. E vemos de tudo a toda hora em qualquer lugar.

2. É lamentável "a exegese" dos textos sagrados que ouvimos, passei longos anos no seminário estudando latim, grego, a história da Igreja, a filosofia e mesmo assim, sinceramente não me sinto capacitado para interpretar o livro dos livros, que seus autores ao escrevê-lo agiram por inspiração direta do Espírito Santo.

3. O Cristo real, aquele Deus humanado, aquele caminho, verdade e vida é bem diferente. O Jesus, nascido da puríssima Virgem Maria por obra do paráclito repetiu enfáticamente que o seu reino não era deste mundo. Na tribuna do evangelho defendeu sua tese clara e insofismável que veio para que os homens tivessem vida e vida abundante, que os  seus tesouros eram bem outros, aqueles que os ladrões e as traças não abocanham para si.

4. Exemplificou seu poder com milagres, prodígios, ressuscitou seu amigo Lázaro, irmão de Marta e Maria Magdala. Portanto o cristianismo bem entendido e praticado requer essência e elevação. Os primeiros cristãos na fôrça de sua fé parece que compreenderam totalmente sua crença na divindade de um Deus e as consequências práticas desta fé. Não é à toa que se retiraram para as catacumbas, que até hoje surpreende quem as visita em Roma, enfrentaram quatro séculos de grandes perseguições, mancharam o coliseu com o sangue de professores valorosos da fé. Inácio de Antioquia, Sebastião, Pedro, Lino, Creto, Paulo, Luzia, fulguram entre milhares como estrêlas de primeira grandeza.

5. A meu ver a vida dos santos ao longo destes dois mil e tantos anos é uma demonstração das verdadeiras e transcendentes dimensões da religião católica. Os vemos nos quatro cantos do mundo sempre trabalhando pela salvação da alma do próximo e muitos e muitos achando um jeito de curar as chagas do sofrido irmão.

6. Muitos embrenharam nas selvas, outros nas cidades, outros atravessaram mares e continentes, também se tem notícias de muitos que se enterraram vivos nos leprosários em nome de Cristo. Os santos, ah! esses heróis que seguiram o divino capitão mais de perto, que morreram para si e suas coisas, esses e essas marcados com o sinal da inquietação, em Deus amavam o semelhante, a natureza, a sustentabilidade do planeta para todos os povos.

7. Esses e essas que gostariamos de abraçar e ficar por perto deles. Contam que existiu um deles em Ars na França e quando alguém perguntou a um incrédulo convertido o que ele tinha ido ver naquela minúscula e desconhecida cidade, o Dr. respondeu: "amigo, você perdeu, fui ver Deus em um homem, se referia a São João Maria Batista Vianney o santo cura d'Ars.

8. Você quer saber a marca registrada de um santo, é muito simples sua observância estrita e com entusiasmo aos dez mandamentos, amor ardente a Jesus Eucarístico, devoção filial à Nossa Senhora e ao sumo pontífice, o Papa. Cristo já acenara sobre a missão marial em Caná da Galiléia. A seus rogos insistentes ele transformou a água em vinho, e um dos melhores que se tem notìcia na história. E na cruz, em meio ao se tormento indizível, quando sua respiração era sufocada por dores lancinantes, ele chancelou junto a João a nossa carta de entrada no paraiso: "Filho eis a sua mãe... mãe eis aí seu filho..."

9. Depois ponha-se a olhar as realizações dos santos, a multiplicidade de suas obras a favor do semelhante, isto tudo remonta a dois mil anos atrás, quando do gólgota salvífico o Cristo Jesus atiçou:"Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado." e quando num belo gesto exclamou:Quando fôr levantado no madeiro atrairei a mim todas as coisas. Tenho sede" de almas para povoar os tronos vazios que os anjos decaídos abandonaram.

10. A diferença que os santos passaram a vida na constante inquietação espiritual de amar a Deus, não tem lugar na suas cogitações a flanação e a miragem do espelho do egoismo, saíram de si, de suas comodidades e ousaram plasmar ousadamente o foco de suas antenações exclusivamente para o Deus das certezas e do mundo bom.

11. Se você quer fazer bem para a humanidade torne-se um deles, ouse praticar os dez mandamentos na íntegra, até o limite do heroísmo. Como? Sim, existe o princípio da graça divina, quem tem a chave e tornou-se por méritos a depositaria fiel, não sou eu, mas Nossa Senhora, a clemente, a piedosa, a doce sempre Virgem Maria, como afirma o doutor melífluo, São Bernardo de Claraval.

12. Ela é a escada de Jacó por onde sobem nossas súplicas e desce a chuva suave de graças divinas. Olhe bem é não use escada falsa, pois um passo desacertado e tudo vai para o beleléu.

13. Ofereço este poema em memória da mãe Geralda, que lá do céu em companhia dos anjos e santos e de Nossa Senhora no seio de Deus certamente vai ler este e continuar a esboçar seu sorriso materno para todos os seus filhos. Mãe te amamos eternamente e um dia esperamos também nos achegar no vale que o sol não se põe nunca e poder recitar seus poemas preferidos principalmente aquele da flôr do maracujá, o que tio Jorge gostava de declamar, lembra-se? Pois sim reserve o seu colo quente e maternal para os seus filhos.

14. Mãe, particularmente continue olhando para o  ménino esquésito e frágil, que ainda hoje depende de seus cuidados e atenções redobradas, viu! Na jornada breve da existência sente  frio, às vezes  aquele frio dos Pirineus, às vezes o frio da grande metrópole. Agasalhe-o mãe querida, a senhora  entende bem o Eldinho, seu filho. Não o deixe se envolver nas brisas da euforia, mas faça-o trilhar o caminho seguro da sabedoria, por favor!

15. A querida mãe Dindinha na  sua vida acreditou e pelos seus olhos acreditamos também nas verdades eternas do Cristo Crucificado, hoje contempla em êxtase perene na companhia de seus amigos, Oraide, Lucília, Plinio, Tecla,Filomena, Charbel, Paulo Ângelo e tantos outros...

Helder Tadeu Chaia Alvim




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