1..Porque tantos poemas, tantas letras registradas, se elas todas se perdem no vazio de um quase nada! Porque tantas noites mal dormidas, tantos espaços preenchidos, tantos motes variados que buscam e não encontram o eco desejado.
2.Porque escrever até ao amanhecer e constatar que por mais que se faça estas linhas encontram o riso disfarçado de anseios vãos sem volta daqueles que se entregaram aos deuses dos olimpos modernos.
3.Porque o poeta teima em insistir se o mundo consiste em ter para o prejuizo do ser. Encontrarão estas rimas um coração singelo? Aquiescerão a sua sina bendita? Ou se diluirão incompletas neste extenso e inacabado universos dos versos.
4.As interrogações pairam no ar. Os sinos de finados tocam, as mãos trêmulas do indicado mal e mal confundem as variações. A homenagem se encerra, finda na expectativa não reconhecida sem uma rosa de obséquio.
5. Os versos interrompidos jazem no fundo da noite sem uma mortalha azul, sem uma lágrima deixada, sem um último torrão de terra em seu rosto sereno.
Helder Tadeu Chaia Alvim
Poeta Minimalista
Um comentário:
É assim ou parece ser...?
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