terça-feira, 21 de setembro de 2010

Muito perto e muito longe...

1. Não sei se fico, se passo, a incerteza chega e não se tem meios de despedi-la, desenrolar o novelo embaraçado a que me enleou,desolado caminho tentando encontrar a rora desconhecida,alinhar versos, rimas, dizeres, sei lá o que!

2. Gente sensata que lê estes versos mínimos, me ajudem por favor,dêem sua opinião, conserte-a comigo, partilhe sua punções!!!

3. Penso de lá, cismo de cá, olho em volta, mais além do horizonte,reviro os bolsos, converso com as pessoas, observo os transeuntes,entro numa Igreja, persigno-me, vou à pia de água benta, ajoelho,faço uma oração, levanto-me, saio novamente sem rumo, agora um tanto aliviado,e ainda não atinjo a morada desconhecida das respostas acertadas.

4.Vou dormir um sono leve, levanto, ando pela casa, bebo um gole d'água e retomo os pensamentos.

5.Seria a busca por um sinal? Uma inspiração salvadora? As horas passam na quietude inquietante, a cidade dorme o sono da preocupação e na sua calma aparente chora lágrimas desconcertantes.

6.E percebo que tudo se encontra muito perto e muito longe, sem conseguir chegar a uma conclusão definitiva, alongo as palavras na ânsia construtiva de absorver a dor que tonifica a alma nas horas quase desertas das madrugadas paulistanas.

7.Averiguo o infinito, a atmosfera fria de setembro, o domingo se foi, a segunda está em curso e não sei até onde aguento o desalento que persiste e não me abandona.

8. Se ao menos sonhasse um sonho amigo, se tivesse um interlocutor que desvendasse os mistérios ocultos de vidas sofridas, não carregadas na tinta, mas extravasadas na poesia de dúvidas momentâneas.

9.Se são estranhas aos seus ouvidos, companheiro de jornada lírica, queira desculpar estes versos livres e presos à franqueza que os determinam.Partilha-lhos é bom e necessário nesta hora on line de alta definição e oportunidades inauditas e benditas para os poetas do caos, dos casos e também dos causos... Neste contexto suave a sabedoria se encerra e nos é facultado expandir seus anseios de mundo bom como queria o mestre dos mestres: Drumond.

Helder Tadeu Chaia Alvim
Poeta Minimalista

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