E o vazio continua, assunta o infinito e não obtem respostas
por mais que pense não encontra a vírgula proposta
ausculta sem saber a memória sem volta
e ningém lhe reporta a lugar nenhum
Sózinho matuta longamente suas frustrações
e constata que tentou, tentou e morreu na praia
de sentimentos vãos
Num esfôrço último
ainda é capaz de escrever versos
e jogá-los ao vento
Não encontra volta
sem nenhuma revolta
deixa registrado
linhas de desilusão
pois a eleita da sua vida
sabe o que diz...
Se persegue, não desiste de encontrar
o sentido vão de dores não correspondidas
Errou em algum ponto
não auferiu da bela dama
o encontro
queda-se amuado
no canto solitário
de sentimentos frustrados
No seu arrazoado vê fugir das suas mãos
o amor sublimado
Até quando não sabe,
se fechou para balanço
vê que no momento colhe espanto
Talvez na curva de uma esquina
apareça alguém que se sintonize...
Escrever é sua última saída
para não enlouquecer neste paraíso sem amor
ouvindo Jota Quest, o que mais precisa!
Encerra as considerações
acanhado mais uma vez
em suas idealizações
Não entende nada do amor,
as flores oferecidas
lhe geraram aborrecimentos
O conforto vem da escrita
companheira que não falha nunca
ainda que não encontre quem leia
sabe que a resposta virá... e virá!
No sopro suave de uma inspiração...
Helder Chaia Alvim
Deixar a palavra impressa acarreta responsabilidades e a probabilidade de ser compreendido, a meu ver, fica um tanto obnubilada, se a essência não for bem limada. Do que adianta elaboração exaustiva se a locomotiva do pensamento não acompanha a inspiração e a aparência carrega consigo a ausência de uma cantiga suave. Não sei se a hora é propícia, só há um jeito de saber, falando agora, pois o anoitecer da vida bate à minha porta.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
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