quarta-feira, 22 de abril de 2009

Boiando no ar...

E o vazio continua, assunta o infinito e não obtem respostas
por mais que pense não encontra a vírgula proposta
ausculta sem saber a memória sem volta
e ningém lhe reporta a lugar nenhum

Sózinho matuta longamente suas frustrações
e constata que tentou, tentou e morreu na praia
de sentimentos vãos

Num esfôrço último
ainda é capaz de escrever versos
e jogá-los ao vento

Não encontra volta
sem nenhuma revolta
deixa registrado
linhas de desilusão
pois a eleita da sua vida
sabe o que diz...

Se persegue, não desiste de encontrar
o sentido vão de dores não correspondidas

Errou em algum ponto
não auferiu da bela dama
o encontro
queda-se amuado
no canto solitário
de sentimentos frustrados

No seu arrazoado vê fugir das suas mãos
o amor sublimado

Até quando não sabe,
se fechou para balanço
vê que no momento colhe espanto

Talvez na curva de uma esquina
apareça alguém que se sintonize...

Escrever é sua última saída
para não enlouquecer neste paraíso sem amor
ouvindo Jota Quest, o que mais precisa!

Encerra as considerações
acanhado mais uma vez
em suas idealizações

Não entende nada do amor,
as flores oferecidas
lhe geraram aborrecimentos

O conforto vem da escrita
companheira que não falha nunca
ainda que não encontre quem leia
sabe que a resposta virá... e virá!
No sopro suave de uma inspiração...

Helder Chaia Alvim

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