Não me julgo diferente dos menos favorecidos. É uma variavel para não dizer dos pobres.Pois choca os ouvidos alheios, sei lá! Bom apesar de ter meu canto exíguo, não posso me ufanar de ter vencido o desafio. Deus sabe o que padeço, escrever considero um lenitivo desde o começo.A ração é precária, a perpectiva é rara. A pertinência da escrita me sustenta e alumia.
Tenho um punhado de amigos que me compreendem de fato e dizem: Poeta vá em frente que um dia seus versos surgirão na curva da estrada e encontrará neles o arrimo para seu coração.Por enquanto, o pão anda escasso, a carestia esta braba, acredite, meu amigo, que estes versos suados partiu de um poeta cismado no seu canto , amuado no meu pranto, abismado que se cala, grita forte almejando o doce norte.
Por enquanto colhe desilusão. Apesar de ter andado muitas terras, ter conhecido caladas serras,temperado palavras serenas, argumentado verdades plenas, o vazio a sua fala espera...
Se algum dia o reconhecimentoi surgir pretende com os irmãos carentes repartir o que vier. Eles lhe proporcionaram a visão de se tornar um poeta mínimo na humildade, lhe ensinaram sem dizer uma só palavra a expargir no papel o quinhão da sinceridade.
No fim que lhe aguarda se não puder mais falar, se lhe couber apenas uma dança de salão, não errará o passo, afinará no canto este quase encerrado diapasão. Voltará às ruas e com gestos, esforço incontido dirá a sua explicação:
- Tentei, amigos! Sou um poeta sem razão, me dê seu ombro amigo, acenda um cigarro, mê dê um trago,pois aqui vê seu irmão que tentou em vão mudar nossa situação.
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