segunda-feira, 3 de novembro de 2008

sob o signo de Math

                                       sob o signo de Math

1. Pensei em parar de escrever. O motivo é simples, é tão difícil fazer chegar ao semelhante um poema, ao contrário, outros temas relacionados ao consumo têm marketing garantido, agradam na marca e são televisivos. No entanto insisto não sei porque, talvez seja para extravasar sentimentos, buscar um ponto de equilíbrio à minha volta, deixar que a inspiração norteie o senso crítico ou será uma doce revolta, não acredito!


2. O fato é que quando escrevo os bons fluídos protagonizam dramas, as horas quietas da madrugada deslizam brandamente... O papel, antes de um tom gipseo, aos poucos se reanima e as rimas aqui e acolá reluzem, o poeta as saúda como de costume. Ah! elas não mentem, as divas notívagas vêm fazer companhia aquele que as cria, auscultar o horizonte vazio, os sonhos perdidos e tudo se transforma em lúcido sentido.

3. Quem sabe nas curvas do destino o poeta seja entendido, seus versos compartilhados à mesa para alimentar a alma, fortalecer as veias de um mundo em polvorosa. Esta foi a melodia do silencio em uma noite de clemência que chegou com insistência aos meus ouvidos e voltei a escrever para espairecer...


4. Agradeço a benesse ou dádiva que inspirou estes versos, singelos na forma, mas que representa um oceano de alegrias e conforta o coração cansado de um pobre poeta, acostumado a sonhar de olhos abertos, despertos... e almeja outras noites de clareza, se assim for do agrado das rimas benfazejas.


5. Ao alvorecer elas se retiram, uma sensação calma paira no ar, perdura durante todo dia. Velaram à noite, idealizaram de monte, colheram na fonte um rumo consoante para o semelhante, onde o néctar da poesia o embeleze, pois não carece de fantasia. Feliz e santa Páscoa das certezas empíricas de 2014!

6. É manhazinha de uma quarta feira especial e santa, pois a Igreja se prepara para as cerimônias e preces direcionadas com fervor e unção na recordação da Paixão, Morte e Ressureição de Cristo Senhor. É um momento de reflexão para aqueles que tem fé e não se deixaram levar pela onda avassaladora que varre a civilização cristã, no intuito velado de minguar na alma da humanidade a sede sequiosa de vida eterna, daquela realidade incomensurável de que falam os santos e que canta a liturgia em pauta.

7. Amanhece na terra de Marataízes mais um dia, e este humilde poeta que lhes escreve, no aconchego do lar de minha querida irmã Math, me  despeço de todos com um grande abraço fraternal e nos veremos se Deus assim aprouver na esquina de um outro dia para continuar a idealização encetada neste blogger interativo... Até breve, sendo que cada breve tem seis meses...

8. Enquanto isso no silêncio de uma prece os recomendo ao Pai das luzes que de uma cruz ignominiosa realizou o mais belo gesto de toda a história humana e nos deixou sua mãe aos cuidados filiais de São João Evangelista para o bem maior de todos e felicidade de um novo tempo pateriano.

Abraços de união,
Marataízes, 16 de abril de 2014

Helder Chaia Alvim

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