Legítimas frustrações x aspirações
1. Escrever ou não escrever? Eis a situação. E a respeito do que? Se põe a questão. As estantes estão abarrotadas de literaturas, amigos. Ao visitar as livrarias, ao folhear os catálogos chamativos nos perdemos em meio às inúmeras lisuras que a bem da verdade apresentam um caldo cultural muito bom de se sorver, sem falar dos lançamentos, bienais, aparatos e fomentos atraentes e diversos. O saldo é positivo.
2. Acho que o pensamento moderno e contemporâneo já falou o suficiente e o tema continua brotando naturalmente, o que é ótimo! Mas... mas a opinião pública, perdoem-me o escancaramento, está como que anestesiada, para não dizer indiferente quanto ao hábito saudável da leitura. Algo está errado.
3. Muitas coisas belas são ditas, um tanto lidas, mas na prática as enxurradas de informações obnubilam a filosofia pura, sufocam o calor humano, descalçam as legítimas aspiraçõe,desnudam a vontade, desterram a razão, afugentam a esperança, ufa três vezes. E o eco de antigas tradições, aos poucos, imperceptivelmente, se perde no vozerio intenso das multidões.
4. Quando a realidade vai mudar? E a alegria de viver voltará a nos contagiar... Para qualquer lado que nos viramos, enxergamos crises, problemas, desafios inócuos e mal querenças.
5. Decepções na política, vida customizada, carga tributária pesada , aparato no ter, desestímulo do ser. Aonde isto vai dar? Não há mister de especialistas no assunto, avaliem comigo, intelectuais, homens simples do povo, pois o bom senso é uma dádiva de Deus para todos. Juntos conjecturemos o rumo torto, periclitante e por demais preocupante.
6. Nas esferas cinematográficas, os roteiristas, autores, diretores e produção envolvida, estão dando o melhor de si, corroboram certamente o que digo. E vão mais além, levando às telas brasileiras e mundial a realidade atual, nua e crua, sem véu, nem dó e piedade, revelando as feridas sentidas de uma sociedade altruísta , é minha opinião. A Violência ,em todas as camadas sociais já há muito rompeu o dique assumindo modalidades incontroladas, tocando as raias do imprevisível e inusitado, ufa! ufa! ufa!
7. Estamos já nos aproximando do finalzinho do ano, um aparte, se me permitem, amigos, assistiremos novamente o bombardeamento psicológico das compras, é meu juízo, revestido de menor intensidade devido a desaceleração da economia mundial, que seria longo enumerar e não cabe ao propósito deste poema esmiuçar fatores e valores que culminaram nas desastrosas consequencias sabidas de todos.
8. Já se foi o tempo que um carrinho - a baratinha - era pendurado no portal do quarto do menino de calças curtas, topete e suspensório. Ele acordava cedinho, com ar extasiado, papai noel
havia-se lembrado dele... E a menina mimada, inocente, de trançinhas, semblante vivo, saltitante ao lado do fogão à lenha com sua boneca de pano, presente de alguma fada do campo. Escondendo o sorriso, eu posso imaginar, a mãe bondosa se emocionava e como?!
9. Não posso me esquecer, uma muda de roupas novas, um par de conguinhas para cada um, a lapinha toda iluminada, um olhar de carinho à Jesus Infante, Maria, José, a Missa do Galo, o almoço abençoado onde toda a família se reunia, os mais velhos com seu melhor traje, contavam causos. Assim foi um dia em algum lugar de um passado distante e feliz.
10. A ausência deste modus vivendi descrito acima nos deixa angustiados, sufocados. Me pergunto mais uma vez, como deixamos isto acontecer? Considerando que a ciência avançada,
a era on line, o progresso acelerado, a modernidade digital, a informação em tempo real são
belas conquistas da humanidade e não reféns de veleidades.
11. Meu amigo, temos na escrita a solução para tantas coisas, na lousa os axiomas são brilhantemente equacionados, no dia à dia, as bolsas oscilam, os problemas e crises se avolumam, se empilham na grande sinergia que é o mundo dito globalizado.
12.Resta-nos uma triste constatação, na força da linguagem apenas: mundo cão sem perdão!!!Quando daremos a tão auspiciosa e propalada volta por cima, sacudiremos as poeiras das injustiças e criaremos poesias sem peias, modos de ser não atrelados à devaneios.
12. Afinal, sem exageros de visionário, sem forçar a barra, nem apelar para os imponderáveis, deixando para trás pareceres antiquados, dramas e tramas de lado e os preconceitos superados,
se dependesse deste poeta mínimo e também do amável amigo que me acompanha com paciência e determinação seria para breve, muito breve, para ontem a grande restauração.
não é mesmo?
13. Já podemos até imaginar, na mesa os Enunciados x a Prática, mediados pela Coerência, teríamos o ágape perfeito. Dado que a existência humana é passageira, não se pode insistir em erros crassos, em descompassos gerais.
14. Em meio à desproporção dos valores, aos desequilíbrios descomunais, não seria temerário afirmar, afastadas as fantasias e concentradas energias criadoras em prol do bem comum, sem vaidades, de verdade, retóricas à parte, o planeta Terra conheceria uma era de harmonia, acertos, pautada nos ares da convivência benfazeja, onde a intolerância não colocaria mais banca.
E este mundão velho de guerra - na letra - redimido dos seus erros, retornaria ao eixo sem queixas e atropelos, redivivo, sem ameaças, perigos, em última palavra, sem grilos.
15. Então, somente então e salve mil vêzes, o pão seria abundante, a liberdade plena, a escrita convincente, a alma presente, a vida valendo à pena e os poetas do povo, tranquilamente poderiam, orientados por vates da sabedoria, calçar legítimas e imponderáveis aspirações e não mais carregar nos textos suas frustrações.
16. Até que tal aconteça em cada manhã que amanheça externarei minha indignação, a cada noite que anoiteça minha esperança de renovação. Às nulas ruas de ideias nuas vão sobrepor cores, feitios de calar a boca aos ímpios, pois após o grande 'mea culpa' surgirão gente sensata e plugada nas belezas transcendentais da Fé!
Helder Chaia Alvim
1. Escrever ou não escrever? Eis a situação. E a respeito do que? Se põe a questão. As estantes estão abarrotadas de literaturas, amigos. Ao visitar as livrarias, ao folhear os catálogos chamativos nos perdemos em meio às inúmeras lisuras que a bem da verdade apresentam um caldo cultural muito bom de se sorver, sem falar dos lançamentos, bienais, aparatos e fomentos atraentes e diversos. O saldo é positivo.
2. Acho que o pensamento moderno e contemporâneo já falou o suficiente e o tema continua brotando naturalmente, o que é ótimo! Mas... mas a opinião pública, perdoem-me o escancaramento, está como que anestesiada, para não dizer indiferente quanto ao hábito saudável da leitura. Algo está errado.
3. Muitas coisas belas são ditas, um tanto lidas, mas na prática as enxurradas de informações obnubilam a filosofia pura, sufocam o calor humano, descalçam as legítimas aspiraçõe,desnudam a vontade, desterram a razão, afugentam a esperança, ufa três vezes. E o eco de antigas tradições, aos poucos, imperceptivelmente, se perde no vozerio intenso das multidões.
4. Quando a realidade vai mudar? E a alegria de viver voltará a nos contagiar... Para qualquer lado que nos viramos, enxergamos crises, problemas, desafios inócuos e mal querenças.
5. Decepções na política, vida customizada, carga tributária pesada , aparato no ter, desestímulo do ser. Aonde isto vai dar? Não há mister de especialistas no assunto, avaliem comigo, intelectuais, homens simples do povo, pois o bom senso é uma dádiva de Deus para todos. Juntos conjecturemos o rumo torto, periclitante e por demais preocupante.
6. Nas esferas cinematográficas, os roteiristas, autores, diretores e produção envolvida, estão dando o melhor de si, corroboram certamente o que digo. E vão mais além, levando às telas brasileiras e mundial a realidade atual, nua e crua, sem véu, nem dó e piedade, revelando as feridas sentidas de uma sociedade altruísta , é minha opinião. A Violência ,em todas as camadas sociais já há muito rompeu o dique assumindo modalidades incontroladas, tocando as raias do imprevisível e inusitado, ufa! ufa! ufa!
7. Estamos já nos aproximando do finalzinho do ano, um aparte, se me permitem, amigos, assistiremos novamente o bombardeamento psicológico das compras, é meu juízo, revestido de menor intensidade devido a desaceleração da economia mundial, que seria longo enumerar e não cabe ao propósito deste poema esmiuçar fatores e valores que culminaram nas desastrosas consequencias sabidas de todos.
8. Já se foi o tempo que um carrinho - a baratinha - era pendurado no portal do quarto do menino de calças curtas, topete e suspensório. Ele acordava cedinho, com ar extasiado, papai noel
havia-se lembrado dele... E a menina mimada, inocente, de trançinhas, semblante vivo, saltitante ao lado do fogão à lenha com sua boneca de pano, presente de alguma fada do campo. Escondendo o sorriso, eu posso imaginar, a mãe bondosa se emocionava e como?!
9. Não posso me esquecer, uma muda de roupas novas, um par de conguinhas para cada um, a lapinha toda iluminada, um olhar de carinho à Jesus Infante, Maria, José, a Missa do Galo, o almoço abençoado onde toda a família se reunia, os mais velhos com seu melhor traje, contavam causos. Assim foi um dia em algum lugar de um passado distante e feliz.
10. A ausência deste modus vivendi descrito acima nos deixa angustiados, sufocados. Me pergunto mais uma vez, como deixamos isto acontecer? Considerando que a ciência avançada,
a era on line, o progresso acelerado, a modernidade digital, a informação em tempo real são
belas conquistas da humanidade e não reféns de veleidades.
11. Meu amigo, temos na escrita a solução para tantas coisas, na lousa os axiomas são brilhantemente equacionados, no dia à dia, as bolsas oscilam, os problemas e crises se avolumam, se empilham na grande sinergia que é o mundo dito globalizado.
12.Resta-nos uma triste constatação, na força da linguagem apenas: mundo cão sem perdão!!!Quando daremos a tão auspiciosa e propalada volta por cima, sacudiremos as poeiras das injustiças e criaremos poesias sem peias, modos de ser não atrelados à devaneios.
12. Afinal, sem exageros de visionário, sem forçar a barra, nem apelar para os imponderáveis, deixando para trás pareceres antiquados, dramas e tramas de lado e os preconceitos superados,
se dependesse deste poeta mínimo e também do amável amigo que me acompanha com paciência e determinação seria para breve, muito breve, para ontem a grande restauração.
não é mesmo?
13. Já podemos até imaginar, na mesa os Enunciados x a Prática, mediados pela Coerência, teríamos o ágape perfeito. Dado que a existência humana é passageira, não se pode insistir em erros crassos, em descompassos gerais.
14. Em meio à desproporção dos valores, aos desequilíbrios descomunais, não seria temerário afirmar, afastadas as fantasias e concentradas energias criadoras em prol do bem comum, sem vaidades, de verdade, retóricas à parte, o planeta Terra conheceria uma era de harmonia, acertos, pautada nos ares da convivência benfazeja, onde a intolerância não colocaria mais banca.
E este mundão velho de guerra - na letra - redimido dos seus erros, retornaria ao eixo sem queixas e atropelos, redivivo, sem ameaças, perigos, em última palavra, sem grilos.
15. Então, somente então e salve mil vêzes, o pão seria abundante, a liberdade plena, a escrita convincente, a alma presente, a vida valendo à pena e os poetas do povo, tranquilamente poderiam, orientados por vates da sabedoria, calçar legítimas e imponderáveis aspirações e não mais carregar nos textos suas frustrações.
16. Até que tal aconteça em cada manhã que amanheça externarei minha indignação, a cada noite que anoiteça minha esperança de renovação. Às nulas ruas de ideias nuas vão sobrepor cores, feitios de calar a boca aos ímpios, pois após o grande 'mea culpa' surgirão gente sensata e plugada nas belezas transcendentais da Fé!
Helder Chaia Alvim
Nenhum comentário:
Postar um comentário