terça-feira, 25 de novembro de 2008

Monomo em a Legitimidade da Poesia

Monomo em a Legitimidade da Poesia

1. De um fôlego só, vou falar em versos agora, pois o tempo lá fora traz nuvens carregadas, o silencio,a meu ver seria omissão in gloria e se não me falha a memória atestaria a capitulação.

2. O tema é denso e forte, não obstante de muita intuição,se o leitor amigo está procurando águas e rosas, por favor não inicie a averiguação.

3. Se é um resistente, junte-se a mim nesta elaboração, pois saiba que neste humilde peito bate compassado um estranho coração, que deposita seus anseios e alegrias no mundo imaterial, repleto de canções e  conceitos, geralmente não aceitos pela vida exaustiva de uma parcela das multidões. É a real

4. Vamos passar ao tema, companheiro de jornada, se veio até aqui foi porque compreendeu o dilema e em suas veias corre o sangue dos bravos poetas da antiguidade.

5. Se a vida deve ser vivida em função da amizade, me perdoem as rosas o fato de me afastar da simplicidade. Seus espinhos pontiagudos as vezes ferem na maldade. Cabe ao aprendiz de loas explanar a verdade, encouraçando a poesia de toda e qualquer adversidade.

6. As pessoas são assim, ao mundo falam, blasonam, lhes falta o senso do equilíbrio, julgam o poeta pelo seu não poder aquisitivo, descrevem-no aos outros como se fosse um ser esquisito, faltoso de vontade própria que flana constantemente, suas rimas não produzem, somente induzem à abstração, semeia incertezas, dizem! Vive em meio às asperezas, caminha incerto e não produz riquezas.

7. Oh! Quanta insatisfação, seria tão fácil e simples entender o poeta mínimo, amigo leitor que considero mentor. Que tal darmos uma pausa no raciocínio e remontar a um passado distante, palco de conquistas conflitantes, sem perder de vista nosso presente oscilante.

8. Visitemos Sócrates, Virgilio e Camões, privemos com eles seus sonhos de gigantes, mas que nunca desmereceram seus semelhantes. M a r, É c l o g a s , I n c e r t e z a s, foram seus alimentos à mesa. Eles. Mestres da consciência límpida, escreveram a seu modo coisas divinas, entenderam a fundo a ciência das letras e a explanaram com inteligência, fizeram escola, atravessaram séculos e permanecem com clareza nas mentes das gentes, na imaginação latente, isto a meu ver é o que realmente importa.

9. Voltemos, leitor amigo, a nossa realidade onde o mundo tergiversa por vias um tanto inversas e a fala de um mestre da atualidade, Alberico Rodrigues, vate maior, atesta a veracidade destas linhas aleatórias ,” a vitória da poesia está se confirmando, o mando do poder aquisitivo se esfacelando”. E a sina do poeta, profeta continua... enfrentando altaneira, qual Ovídio os ventos, as borrascas e os maremotos nas enseadas frias, até que raie a bendita calmaria.

10. Apenas uma palavra em forma de menção de agradecimento ao estro prodigioso do incomparável mestre citado acima, que entre outras coisas me ensinou: “ Ela não morre, a poesia traz segredos perenes, que a poucos envolve, o néctar das rimas...” O alimento que reanima e sustenta eternas e legítimas teorias.”

11. Ao encerrar esta humilde dissertação, a emoção veio à tona, pois o amigo leitor se dignou me acompanhar, vejo que comunga ideais sempiternos. É um sinal! Aceite um conselho: Escreva, escreva, pois o mundo necessita mais do que nunca desta nossa união fraterna, pois o amanhã pertence àqueles que no chão batido do dia a dia conseguem se elevar e conjeturar melhores horizontes. Lá fora, não nos iludamos o caminhar da humanidade continua breve, muito breve e cabe a você, amado e lúcido leitor, tê-lo mansamente na palma de suas mãos. Acho, eu!

 Helder Chaia Alvim
Poeta Minimalista

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amurada final

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