África - Brasil dois gigantes e um oceano de nome Atlântico...
um dia dois olhares se uniram / que as placas teutônicas divisaram /
dois continentes, de repente / o destino os ligou novamente/ e quem vai ousar
separar/ os dois irmãos novamente? / impossível será!
1. Zimbabwe, Tanzânia, Quênia, Kilimanjaro, Mauritânia, Saara, diferente línguas e dialetos, em um extenso continente de diversidade cultural, social e política. Setentrional, ocidental, central, oriental e meridional, subdivisões impressionantes de um povo que tem origem em suas civilizações ancestrais dos egípcios, fenícios, cartaginesas, bizantinos e de altivos romanos.
2. Entre outros países Marrocos, Argélia, Tunísia, Cabo Verde, África do Sul, São Tomé e Príncipe, Congo e Botswana. Clãs, tribos, impérios e estados compõem o mosaico histórico da herança racial que nos legaram com sua vinda forçada para o Brasil.
3. E na variação dos ventos e das ondas, atravessaram o oceano Atlântico, empurrados pela cobiça dos europeus, foram trazidos, arrancados de sua mãe pátria esses novos gregos e troianos chegaram ao Brasil.
4. E muitos de nós trazemos em nossas veias o sangue africano, uma herança racial maravilhosa, sem a qual o Brasil não seria este país intuitivo, alegre, festivo e hospitaleiro.
5. E em pensar que apenas milhares de quilômetros nos separam da mãe África bendita e nos põe em nossa consciência o dever ético e urgente de nos debruçar sobre nossa origem. E nos fará entender um pouco mais nas atuais circunstâncias porque encaramos a realidade atual com mais intuição, e uma pontinha de esperança em dias melhores para nossa prole e para a nação enquanto um todo de todos nós.
6. O destino escreveu a página triste dos navios negreiros com cores fortes e tremendas, mas os nossos irmãos sobreviveram, a brasilidade se confundiu com a africanidade transpuseram de mãos dadas as barreiras dos preconceitos seculares, derrubaram as etapas das discriminações e impulsionaram sem guerras e ódios o livre exercício da liberdade e bem comum.
7. Resta-nos complementar e incentivar o exercício desta realidade feliz, o mais é velejar nas ondas perversas da intolerância, e querer um Brasil dissonante de suas raízes históricas. Pois quando lá atrás dois olhares se encontraram, não há como negar, eram divisados por um imenso oceano que as placas teutônicas resolveram dicotomizar. De repente o vento soprou forte... e os ligou novamente... e quem em sã consciência vai se atrever em os separar novamente? Impossível será!
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