A hoara presente, o choro de um olho só e a convicção republicana
1. um tempo atrás tinha virado moda moldada lá para as bandas de Brasília do cerrado instaurar as tal Cpis, e tem até fila enfileirada delas, elas têm por objeto investigar a fundo os supostos malfeitos de parlamentares, presidente, ministros e afins. E precisamos apelar para o senso crítico da turma lá no planalto, se é que ainda resta pretensamente, data vênia, algum sentimento cívico neles? 2. E nós, na hora presente, no cargo honroso de cidadão e cidadã brasileiros temos o direito constitucional de lançar nossa opinião. E por isso, mesmo sem partido e entrevista achamos inoportunas à beira de uma eleição normativa quando milhões de eleitores e eleitoras vão às urnas escolher seus representantes que aja uma ou mais Cpis em curso. 3. E o que pensar que muitos destes parlamentares inquisidores empossados também já possuem processos em curso a desfavor deles? Há mais de duas décadas que as endemias sistêmicas de corrupção sacodem o templo sagrado da república federativa, e muito avanço se alcançou com o atuante MP e muitos bilhões foram ressarcidos aos cofres públicos que provam que existiu esta sanha anti democrática de assenhorar-se de recursos públicos em proveito próprio ou partidário. 4. Há muito que um bem arquitetado projeto de poder perpetuado ganiu as cabeças de pessoas as quais o povo brasileiro confiou as chaves das coisas públicas e a quebra de confiança neles se tornou pública e notória. 5. O fato que as CPIS são dispositivos de muita valia para sanar e punir os descuidos dos figurantes públicos quando claudicam, mas se aplicadas na dose e hora certa e não nesta gana inaudita que foi a última delas e com o perigo de extravasar e tornar-se um circo de atores bem ensaiados em uma politização desnecessária, none. 6. Vi falar que até pretendem pretensamente instalar depois de tudo uma CPI da Mídia, e vão perguntar para ela por que ela tem chorado com um olho só nesta campanha eleitoral pré começada que se findou. Tem de tudo neste brasilzão da política precificada, menos bem comum, brasilidade e democracia de raiz. 7. Se fossem consultar ao povo nas ruas o que acham destes que se perpetuam no poder ou retornam? O mesmo povo soberano certamente diria com todas as letras que esses mesmos pleiteantes deixassem num ato cívico e constitucional a vez e a voz para a moçada, reserva de generosidade, probidade e heroísmo. 8. Garanto que estes novos braços imbuídos que estão da convicção republicana iriam dar conta do recado e fazer do Brasil um auspicioso e promissor país com oportunidades iguais para todos os seus + de 2012 milhões de habitantes, none? 8. E para além da hermenêutica a vontade empírica de uma raça forte iria construir a nação dos sonhos sonhados e depois realizados ponto por ponto. E a visão, o tato, o olfato, o paladar e a audição de nossa pátria mãe gentil, restabelecidas em seu arcabouço sensorial correto, paulatinamente veriam um novo tudo mais arejado, sustentável, próspero e feliz na voz soberana de um povo cordato e unido. 9. E por falar em sociedade justa quem melhor que o filósofo Platão (347 AC), que magistralmente tra a noção exata de cidade justa planejada e reflexionada no conceito de bem maior, onde exclui-se os vícios dos governantes... Que tal hein! Bem diferente da nossa realidade amorfa pós pleito eleitoral, quiçá altamente contestado pelo povo na sua tribuna das ruas soberanas. 10. É toda uma pátria a ser analisada sim, sempre à luz da constituição federativa e em harmonia com os 3 poderes. Não se trata de questionas o valor de nossos parlamentares e juízes, mas tão somente buscar a verdade dos fatos presentes. 11. Em meio às dificuldades das certezas e os descaminhos disfuncionais da hora presente a nossa convicção republicana há de prevalecer pois são mais de 2015 milhões de brasileiros e brasileiras a querer e batalhar pelo conjunto da prosperidade moral, cívica e financeira da pátria mãe gentil. Enquanto isso a mídia ovaciona os parlatórios poderes, e os louros enfeitam a tez dos magistrados, e o povo nas ruas exercendo seu direito inalienável de livre expressar chora querendo as respostas verdadeiras.
Abraços rimados de consideração cívica.
Canjerana Alvim
poeta minimalista
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