Concisa lovra

Concisa lovra 

Vivi na Capital Paulista durante  muito tempo e aprendi em suas esquinas intuitivas a ouvir o outro, suas opiniões e visões de mundo, suas razões e inflexões, no que foi bom demais o trato democrático e de uma agradável degustação anímico empírica. Tanto foi que amealhei inspirações variadas, amizades verdadeiras e uma boa dose de contestação pacífica e produtiva. E o tempo passou, os escritos floresceram, os saraus se diversificaram e a moçada de ontem virou adulta sem deixar de sonhar igual a mim. Na grande Urbe  pude ser eu mesmo em toda a extensão da palavra sem questionar o ser humano igual a todos que diariamente topava nas ruas, praças e extremidades da metrópole barulhenta e não isenta de tantas preocupações mas repleta de mil lições. Depois fui para o meu sertão mar sul capixaba, levei na bagagem muitas saudades de São Paulo e seus habitantes, seus cafés, bares, amigos, centro culturais e Igrejas das pascoas vesperais. Então na bagagem ou matalotagem foram  também os meus escritos mimados. Em lá chegando pensei ser chegada a hora de dar-lhes conhecer a luz de uma primorosa edição impressa, ufa! E não é que deu certo e com a graça do bom Deus já estamos na sexta edição intitulada: A Baia Brasil onde trata da política doméstica seus personagens de tirar o sono de qualquer cidadão ou cidadã brasileiros cientes que  nasceram em um país continente de grandes possibilidades para seu povo mas de dirigentes tacanhos ao longo de sua história pátria. A sociedade guarda as lembranças tristes de uma época passada recente da corrupção sistêmica que irrompeu em sua malha não representativa da política e quase levou o país  à bancarrota se o MP e a Policia Federal não  tivessem agido rápido. Como ia dizendo este livro enunciado só foi possível pelo exercício de alteridade que a Cidade Bandeirante me proporcionou ao longo da estadia prolongada e proveitosa. E hoje em uma metamorfose inversa a Crisálida retornou ao seu casulo com receio da pandemia e a não reação eficaz dos governantes em todas as escalas ao invisível vírus, é fato corrente. Eu entendo as razões de minha gente brasileira e na bonomia de suas vidas estão se estranhado nas redes sociais uma vez que existe polarização absurda em curso uma parte mitada e outra no cara crachá de um carisma malbaratado.. Até quando o embate vai continuar não sei, mas a sociedade não vê com bons olhos estes enfrentamentos desnecessários uma vez que a nau Brazil vai de mal a pior. A meu ver são muitos cervantes pós hodiernos propugnando causas alheias ao sentir da brasilidade e do bem comum. Uma coisa é o Brasil Continente e seu povo simpático, ordeiro e consciente de seu destino futuro de nação exequível e auto sustentada. Outra parte é a politica e seus vícios de levar vantagens escusas a mais não poder até a fela da porta se emperrar. Uns flertando com o capital, e estranhados do povo e outros de notória falta de tato e compreensão da realidade de mais de 210 milhões de seus habitantes. Inviesou de vez a fechadura da porta e seu rangido está sendo ouvido pelas multidões silenciosas não menos antenadas na situação de alto risco Brasil para 2022. O filme rodou longamente em duas  décadas atrás e seus roteiristas perderam a noção de tempo e espaço. E os caras crachás não conseguiram sustentar seus talentos de carisma natos. Veio o mito e nada ou quase nada vingou de fato e direito. Aguardamos o começar outra vez agora com a moçada na voz cristalina e ritmada com sangue novo advindo do verdadeiro e legitimo poder: o povo brasileiro. Tenho dito!