1. Em Sete de Setembro de 1822, às margens do Riacho Ipiranga em São Paulo, aconteceu um fato histórico da maior relevância para a autonomia política da Nação Brasileira, e D. Pedro Regente estava lá imbuído de ideais pátrios para cortar o cordão umbilical com a Coroa Portuguesa, e propriamente neste dia alvissareiro nasceu do seu ato uma nova pátria, de monarquia constitucional, sistema de representação: senado, câmara de deputados, os poderes executivo, legislativo, judiciário e moderador ( exercido pelo imperador) e um esboço acanhado do voto, vinculado à posição social e financeira. Ou seja o povo ainda não tinha acesso ao sufrágio universal.
2. Período difícil, de transição em meio a crise econômica do recém emancipado Brasil, e a exportação de cana de açúcar, algodão e tabaco enfrentou a concorrência externa, e os custos de importação de manufaturas não cobriam os gastos da agricultura.
3. No entanto a monarquia enfrentou os desafios internos e externos e conseguiu se estabelecer, surgiu a primeira assembleia constituinte, e posteriormente D. Pedro II iria colher os frutos copiosos de tal acerto, que artifício algum poderia negar. E foi que foi, e veio que veio muitos luares e auroras nos terreiros coloniais, nas vilas, matas, sertão e cidades até desembocar nos dias atuais e parece que a nação como um todo está num processo existencial crítico em que desconhece suas origens pátrias, suas tradições e sua própria razão encontra-se literalmente sem razão.
4. O ponto de inflexão se deu em determinado momento no passado e deixou um ranço pernicioso refletido na corrupção sistêmica conhecida a todos os brasileiros, e a politica mola mestra da sociedade apartou-se paulatinamente do seu passado e começou a legislar em causa própria. Não corrigiu os erros do percurso, aliterou-se do senso crítico, não valorizou as conquistas da sua independência, e erigiu um estado de coisas que caminha para a comoção social.
5. Inserida neste contexto, opinião minha, a gente pode entender a luta desnecessária que se trava nas redes sociais acerca do pleito eleitoral em curso, parece importar mais aos internautas sua opiniões pessoais do que a união cívica em torno do bem comum, e sobram xingatórios, mais recente um inaceitável atentado contra a integridade física do deputado Jair Bolsonaro, que por pouco não o vitimara por lesão grave a sua artéria mesentérica.
6. Gente sensata, a qual prezo de paixão, o que menos a democracia precisa é desses enfrentamentos tresloucados, e preciso apaziguar os ânimos, conter as emoções, e deixar cada um livre para se manifestar e apoiar que quer que seja. Aliás o monarca Pedro II deixou um bom exemplo para a nação brasileira ao incutir em seu longo governo um senso comum que dava liberdade plena ao direito de livre expressão.
7. Será que finalmente, após este episódio triste e grave em Juiz de Fora MG, teremos todos nós um momento de reflexão pratica para fazer valer as leis constitucionais ou vamos acelerar despropositadamente a intolerância em nosso convívio a ponto de torna-lo uma nova Canudos sitiada, onde brasileiro vai confrontar brasileiro?
8. Há de falar mais alto a voz da consciência coletiva, a visão maior do Brasil enquanto nação auto determinada em busca da valorização do seu passado, no exercício pleno da presente e salutar Paz Social, onde os debates sejam construtivos e realmente gerem frutos opimos de sustentabilidade, segurança, educação, saúde, e ganhos reais para a sociedade brasileira.
9. A almejada reconstrução nacional passará necessariamente pelo diálogo franco, pela fala direta, pelo andar despreocupado, pela consciência tranquila, pelo senso crítico e pelo olhar atento de toda a sociedade brasileira a sua diversidade cultural.
10. Se queremos um país forte e soberano, se queremos deveras que o bem comum prevaleça, só o teremos na união cívica em torno da democracia até as sua ultimas consequências, ou seja um esfôrço conjunto de entender o irmão (ã), discordar e natural no convívio social, mas com classe e no campo das idéias, afinal queremos ou não um Brasil para todos indistintamente?
11. E o caminho mais seguro é coração com coração pois passamos e deixamos as marcas no chão, e estas marcas devem estar consonantes com a grandeza pátria sem condições, e a disputa seria empiricamente quem ou quais vão fazer mais pela junção perfeita entre povo, política, bem estar social e abastança geral, com vieses totalmente afinados com a brasilidade de nossa gente.
12. Poderemos se queremos estar a altura da grandeza do Brasil, ou divididos numa retaliação intestina sem precedentes, todos dormiremos em pesadas camas de pregos, construídas por irresponsáveis conflitos sem nexo. ? Quem perde e quem ganha? Perderemos todos os + de 207 milhões de brasileiros(as) e não haverá vencedor(es), e a história inexoravelmente registrará uma página perdida para sempre pelo seu próprio povo!
Aliás bom cabrito não berra!
Aliás bom cabrito não berra!
Chaia Alvim Helder
São Paulo 7 de Setembro de 2018
Nenhum comentário:
Postar um comentário