quarta-feira, 8 de novembro de 2017

U D A M A E A FLOR DE MÃE ÁFRICA BENDITA

Ah! Mãe África bendita, navios vieram de muito longe e trouxeram seus filhos, seu coração ficou partido, e a partida forçada aqui chegou há muito tempo. Sobressaltos enormes sofreram, sabemos de sua dor, de sua saudade, de sua desesperada esperança, guerras em seu seio, tribos desentendidas e a sorte contraria trouxe sua gente, eu sei!

O tempo passou, e dos terreirões de Jorge Guerreiro os olhares contemplaram a nova pátria diferente e inóspita, cruel, muitas das vezes nas mãos de capatazes, e das senzalas surgiu um canto de amor e pouco a pouco se expandiu para todo o continente.


Os vencidos alegres na sua dor, nos comunicaram a beleza das cores, o tempero e as belas feições de suas filhas, realezas em flor, contagiaram o pais continente.

Os dementes mandatários desceram às suas tumbas lúgubres, mas o olhar de Mãe África bendita venceu o medo e tornou-se Afro Brasil.

A todos aqueles e aquelas que um dia aqui chegaram, meu abraço de gratidão, e a lição hoje está mais viva do que nunca: " somos todos um" e assim seremos irmanados pelos laços pátrios, de afeto e bem comum.

 Você mãe extremosa  soube me cativar e  fazer me em meio as adversidades encontrar um lugar calmo dentro de mim:o amor sem condições!

Me fez ver sua diversidade étnica num todo harmonioso, me fez contemplar daqui suas planícies, desertos,  sua nação misteriosa e exótica, sua beleza, suas clãs e tribos e sobretudo sua capacidade de rir nos infortúnios.

E hoje com seu filho Santo Agostinho de Cartago, celebre em Hipona pude perceber a sutileza de seu carácter, aprendi uma coisa preciosa que levarei comigo para toda a vida: " na essência somos iguais, nas diferenças nos respeitamos, amém!

Chaia Alvim Helder

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