segunda-feira, 13 de novembro de 2017

balborinho compartilhado

Balborinho sem nexo
' vai´te para quem te comeu as leiras' ( folclore português)

                            
1.        Sabem de uma coisa, se todo mundo que tiver dito algo de cunho chacota  de outrem fosse penalizado,então teríamos uma demissão coletiva geral. Confessa aí baixinho para você mesmo. Olha que a conversa vai render dividendos à beça, não é mesmo? Nas mesas de bar então quem já não tirou sarro de um amigo ou amiga? Eu mesmo to cansado de ser apelidado de ‘magrão’, e devolvo na boa para um amigo o epiteto de ‘criança’, e e e e e e e ! ! ! ! ! ! ! Ouço outras de outrem: 'boca, orelha.' E eles levam na esportiva, fazer o que!
2.        Mas vem cá, não creio que o abalizado jornalista William Waack disse intencionalmente a fala de que é alvo nas gravações recentemente publicadas nas redes sociais; inteligente e cordato ele não tem o perfil de racista. O som alto de buzina incomoda mesmo, mas este borborinho amplificado  em torno do assunto, a meu ver, traz um desserviço incalculável à carreira de um profissional jornalista e professor com uma extensa atuação em prol da liberdade de imprensa. A que tudo indica este fato isolado pretende calar uma voz lúcida, precisa e muitas das vezes contundente contra as aleivosias do poder.
3.        O fato é que existe a gravação, acompanhada que foi do pedido formal de desculpas por parte do jornalista. O que foi dito é dito, e a celeuma contagiou as tão frequentadas redes sociais, já um tanto exacerbadas por tantas opiniões contrárias, elas encontraram um assunto que ainda vai render likes, e  as mais variadas possíveis opiniões vão se digladiar. É o feitio do momento, a realidade sobressaltada da politica serve para os desabafos internauticos.
4.        E eu, poeta mínimo estou também aqui opinando, e muitos dirão ser meu tom conciliador de pouca valia. Estou tentando sim dizer que a questão racista deveria ter ficado no passado, pois o presente requer uma evolução de mente capaz de areunir todos, sem distinção em torno da nossa brasilidade, e a raça negra, que admiro é uma flor de rara beleza e intuição e faz parte da grande família brasileira, e que este tema parece ser plataforma de projeção individual e coletiva, e não um movimento nacional de renovação cultural, ética e sustentável.
5.        Gente sensata, o Brasil acolheu todas as raças, hoje esplendidamente misturadas, é a nossa cara e ninguém vai desfigurar a nossa bela imagem de nação hospitaleira, companheira da paz, irmã da concórdia, e se alguém traz em seu coração sentimentos de discriminação saiba que não é este o tom da brasilidade, e nega algo de uma grandeza impar e de um futuro promissor: somos todos hum, e juntos e misturados vamos ainda escrever uma das mais belas páginas da história pátria.

Chaia Alvim Helder

Poeta minimalista

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