a realidade vivencial em a nova
Canudos sitiada
manifesto mesa de todos
1. Há
muito tem-se propalado a respeito da
situação brasileira, uma enxurrada de noticias
por conta da mídia atenta, os jornais, as revistas estampam diariamente o assunto, a televisão
se empenha em uma ampla cobertura, as redes sociais focam a dramática e
perniciosa crise politica, as opiniões se dividem , os ânimos se conflitam ,
olhos marejados, atenção redobrada, e todo mundo aponta os maus feitos de
parlamentares que não fazem outra coisa que legislar em causa partidária,
quando não em interesses pessoais, e uma espécie de classe privilegiada se
instaurou na artéria combalida da republica federativa, gente sem escrúpulos e
faltosa de patriotismo querendo se dar bem, e engendrando corrupção,
deixando-se corromper e para tanto armaram
esquemas e mais esquemas envolvendo importantes empresas da construção
civil. Onde puderam levar vantagens escusas levaram e trouxeram um montão de
dinheiro.
2. Por
inteiro o pais foi divido em novas sesmarias, e cada um queria se apropriar a
seu modo do erário de todos, e as tonalidades aumentaram, os ânimos lá em
Brasília se acirraram com a possibilidade do impedimento. ‘ É golpe, não é
golpe...’ E daí, e depois no dia seguinte pairam medidas sérias? E se o ministério publico não agisse a partir de
um lava jato não sei a que cargas de mais corrupção a instituição publica por excelência estaria
enchafurdada. 3.
3. E
o povo, ora o povo ele que se aguente como possa, cabeças rolariam para acalmar
as ruas soberanas, a tese esboçada, depois seria a vez da vindita partidária no
irresponsável e perverso jogo do poder, as férteis terras brasileiras, a sua
riqueza in vitro, as suas extensões territoriais, o povo lhano e que espere em
seu sonho latente de bem comum, pois na pouca farinha o pirão dos políticos
primeiro.
4. Mas, este mesmo povo batalhador acordou da
apatia e em riste quis de volta a democracia, o acato incondicional às leis constitucionais, à liberdade de
se expressar e muito e muito mais... Isto assustou a empoada classe politica, e
a tirou de seu conforto e a celeuma do bem tomou conta do pais
inteiro, nunca se falou, gritou, se indignou tanto em tão pouco tempo, e de
longe se avistou a encruzilhada, sonhou-se novamente com o sorriso do gigante,
e dali por diante a realidade vivencial iria se transformar em ações e desejos
de mudanças substanciais e reformas urgentes no judiciário, legislativo,
executivo, fiscal e tributário, ou seja reinventar a nação novamente.
5. Ah!
o Brasil, o querido e amado Brasil carece sim de liberdade para ser ele mesmo
em toda a extensão de seu desígnio pátrio, e para superar este momento único de
sua triste história, ‘ quando os porões
da republica se abrem e revelam à sociedade quantos segredos guardam, quanto
caixas dois e três, quanta corrupção e consequente lavagem de dinheiro por fora
e quiçá de fora,’ afirma a mídia
consciente , atesta-o criterioso ministério público, a situação se parece mais às caçadas de pokemons em voga, a politica perdendo a noção de
espaço, alijando a brasilidade, e seu
fenômeno restaurador às estantes virtuais sem consequências reais e
práticas.
6. Mas
e a matéria humana para, caldo da legitima
democracia ? Pois se eles e elas ( dirigentes eleitos pelo sufrágio
universal) na maioria padecem do mesmo mal que os atuais investigados? Fora que tem este tal de
foro privilegiado, as manobras dos veteranos e novos congressistas? Ou seja
todo um Brasil a renascer de novo desta imensa crise sistêmica, crise de carácter
ou literalmente falta de vergonha na cara.
7. E
o povo brasileiro ( ao todo 207 milhões de habitantes ) do qual emana o poder,
ora ele se viu mais uma vez outro conselheiro de Canudos sitiada, Ele
acorreu à sua tribuna livre, as ruas soberanas, às redes sociais, e os
ânimos se afloraram e ao alcance dos dedos digitadores do mundo bom delinearam
e construíram sua percepção intuitiva e construtiva acerca da realidade vivencial que se abateu sobre pátria. E de análise em análise, de conversa
em conversa, e de opiniões contrárias a sociedade se posicionou, se xingou, se
ofendeu, chorou, se estranhou numa espécie de guerra psicológica de ‘irmão contra irmão.
8. Em
discordâncias e concordâncias, a opinião publica se posicionou, trouxe o bem
comum para sua convivência, gastou as solas dos sapatos em passeatas prós e contras, mas a par desta situação de
sobressaltos somente uma união cívica em torno das leis constitucionais a molde da revolução constitucionalista de
32, ampliada e modernizada poderá de fato mudar os rumos tortos, e fazer vingar
o bem comum, aprovar as reformas urgentes, enfim devolver a nação Brasil aos seus donos de direito, o povo
brasileiro.
9. Se
estas palavras são bonitas, não sei, mas falhas seriam elas se não carregassem
um amor incondicional a cada palmo de terra deste imenso pais, se não pulsassem
de esperança, se não reforçassem os anseios da maioria da sociedade, se não se
abnegassem, se não ajudassem reverter o quadro adverso, se não arregaçassem as
mangas em conjunto com todos os irmãos e irmãs espalhados pelo Brasil afora,
que não querem políticos corruptos e de carreira não legitimada pela
brasilidade, que querem sim ver reavivados os contornos da bem querença social,
que querem a sinfonia perfeita na sua diversidade de raça e cultura e sobretudo
querem ver respeitados os valores da família, da honra, da decência, do civismo
e do bem comum.
10. Em
terras de Uauá, Cambaio e Jeremoabo a força bélica federal um dia destruiu sonhos de uma população
lá no alvorecer da neo republica
contrariando os anseios legítimos de um povo simples e humilde que via em
Antônio Conselheiro seu líder social e religioso, e o horizonte daquela bandas
se viu tingido de vermelho quando mais de 6.000 sertanejos foram impiedosamente
decapitados. A republica atendia aos interesses dos coronéis da região, a
necessidade de cobrar impostos, e uma mal entendida reação de Canudos . Uma página triste, uma divida
atroz. Hoje na era afônica parece que a Republica não aprendeu a lição amarga e
insiste em ações de desação politico social, de desagregação dos valores
constitucionais, e parece não querer as reformas fiscais justas, as
tributárias, equânimes, as judiciarias prementes que dariam um retorno
favorável à consciência nacional.
11. São
Paulo respira a realidade vivencial de
toda uma nação, que geme sob as botas ferrenhas de uma politica corrupta e mal
direcionada, que faz reviver de uma forma psicológica um estado mandão e
autoritário, mas em meio a este caos a gente ainda percebe uma pontinha de
esperança nos olhos da multidão que locupletam suas esquinas intuitivas numa
tarde de inverno de Agosto começado, mês frio e gélido mas que divide o tempo
ao meio, que agrega à verticalização sua
cultura diversa, que apressa os transeuntes, e me pergunto quando enfim a
verdadeira democracia vai voltar a conviver nos lares de cada brasileiro, de
cada repartição, de cada Igreja, colégio, quartel, hospitais, vilas e vilas,
cidades, roça e povoados.
12. Meu
sertão iluminado continua lá à espera de respostas, ele contempla a lua cheia
refletindo no seu terreirão de pedra, os sonhos que seu povo perdeu na cidade
grande... embora suas cigarras continuem em seu canto mavioso, seus vagalumes
solidários emigraram faz tempo para longe e hoje Crisálida tem saudades de um
passado de fartura, prosa e muitas festas no arraial de Alterosa. Mas ele sorri
um riso solto de satisfação pois
pressente que está á espera de feitos heroicos quando os seus retirantes
da fé retornarem à sua origem. Um dia eles partiram felizes, e foram até o fim
da jornada com seus companheiros, e está chegando a hora sim que retornarão com as mãos cheias de
brasilidade.
13. Brazil
problem? Is not! Na realidade vivenciada o povo enxerga a
incoerência, que ficou a cargo dos políticos, irremediavelmente deles e de seus
vieses de personalidade torta. Potencialmente o Brasil tem jeito,
sequencialmente está a caminho de sua reconstrução na paz, harmonia, sociais,
na sua liberdade constitucional, e os panoramas de Pajeú modernos estão à
espera de povoamento e de grandes feitos a favor de seu bem comum. Hoje Ele,
Malaquias de seus lamentos ao anoitecer, amanhã pregoeiro do mundo bom e
sustentável de alma e corpo.
14. O
Brasil, mesa de todos parece dizer, e expressa de fato o quanto carrega de
apreensões em sua alma, o quanto sua veia artéria está carregada de
sobressaltos, o quanto espera de seu povo a reação legitima calçado em sua leis
e constituição, e ele grita um grito ainda abafado mas salutar de recomeço, e
diz que os políticos inescrupulosos é que se cuidem pois o juízo
inexorável da história os aguarda, e não
ficará votos sobre votos, e não adianta mais balança-lo, pois o gigante
acordou insone e sôfrego de bem comum,
mesmo trêfego carrega sua vida reservas
de generosidade e heroísmo, capazes de em um determinado momento arcano
alavancar para seus mais de 207 milhões de filhos e filhas, o mundo bom.
15. Mal
aventurados os inconsequentes vendilhões do templo sagrado da republica
federativa, que teceram para o povo a cama de prego pós moderna, e a indignação
geral já se esboçou nas ruas soberanas, e a boa ordenação nacional do bem comum
está a caminho, é irreversível, constrangedora aos incautos, salutar aos patriotas.
16. E
continua sua fala de intuição, ao homenagear aqueles e aquelas atuantes da
democracia, que com alegria, criatividade e bom senso tiraram o gigante da
letargia e emocionado os abraça com um grande enlace cívico e constitucional, e
aproveita a ocasião para saudar o sertão, cidades e campos iluminados pelo
cruzeiro do sul, às planícies, vales e montanhas, rios, florestas e mares e às
vastidões quase infinitas de seu território derrama sua verve de esperança em
dias melhores para sua prole E o primeiro acorde de nação sustentável,
autodeterminada, livre , vigilante e democrática se desprende de seu peito
verde e amarelo, e acaricia seus lábios
azuis e brancos, na paz e
abastança de um novo tempo, vaticina esta singela canção colhida na mesa de
todo o povo brasileiro e a ele devolve em foram de um salve de gratidão.
Chaia
Alvim Helder
Festa
de São Lourenço
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