Apresentação
Nessa Melodia plenamente Estonteante de Luar existe uma flor de rara beleza que guardo com carinho, cultivo com afeição no universo espiritual de uma amizade sem fim. Ao folhear este diário , você encontrará uma emoção forte, delírios de um poeta, que na liberdade lírica retrata a alma da Mulher. Buscas, tempo, mar e a lua se confundem em uma viagem de vinte dias de solidão. Na calma e vagar esbocei este poema ou diário do mar sem fim... Surgiu uma linda pintura , imprimi e resolvi entregar a quem é de direito, depois do sonho veio a elaboração alegre e o poema ficou com a cara meiga da lua que me encantou uma tarde na São Paulo das diversidades.
Oi metamorfose de amizade sincera ao me distanciar posso ver seus passos na cidade interativa a rocejar nas ruas, um tanto vazias de sentido pois seu amigo não está mais por perto...
Hoje fui ao mar, suas ondas me envolveram completamente.... a minha deusa estava distante uns 970 km.... o tempo e o ma r me disseram: - poeta irmão, que bom que você veio nos visitar, estamos sabendo de suas aventuras de cotejar a lua, mas.... algum astro na certa a esta altura lhe roubou a atenção e a afeição.... – Entendeu! Quem sabe em outro dia uma brisa suave põe-se a soprar de novo seu hálito quente assim....
Ao contemplar o mar de Marataízes uma enorme onda se formou, vi nela a sua face sincera a sorrir para mim! Pensei ser miragem ou viagem.... rss,rss,rss, mas para minha surpresa não! Era sim o alvorecer de um lindo dia que vi nascer...
Minha ‘metamorfose’ de suave delírio, poema lindo de rimar na forma que denota afeição, tem a seu favor o tempo e o mar a sussurrar assim: existe um tempo para amar... outros para enfrentar os baixios e um tempo para olhar o mar... e aquele da mesa 18 para os amigos abraçar, o nosso momento!
Crisálida em botão, rosa flor, rosa amor, sonho de eleição.... dia pleno ao tocar o mar, me recordo dela mais uma vez a rocejar o meu coração de poeta. Labios de Mel,... suavidade sem fim....
Lua de singeleza que brilha no firmamento de minha vida, e nas incertezas me guarda, com carinho me protege e me enleia com seu jeito e olhar que ilumina...
Se pudesse lhe daria as estrelas, o dia, as tardes e noites, oceanos, vales e montanhas e o espaço sem fim do meu coração, quanta saudade!
Só posso de onde estiver lhe desejar o mundo bom de suas certezas empíricas,, que continue esta pessoa incrível que é. Ser seu chegado me trouxe uma alegria imensa,, uma razão intensa para cantar as canções eternas do mar sem fim...
Os amigos do bar pirata notaram a minha inquietação e ainda faltavam dez dias para partir... - O poeta mal chegou e seu pensamento está em outro mar... a mil melodia... ah! ah! ah!
Na calmaria a saudade bate forte, olho o norte e vejo uma estrela a brilhar... Será... Falei dela ao mar, à lua, ao tempo... Eles me disseram: - Que fisionomia de Mel ela tem!!! Carrega um quê de paixão no olhar... razão na alma... emoção no andar...
Hoje o dia amanheceu estonteante e passou brilhante, à noite fui pescar com o amigo Doca. Ah! foi bom lançar livre as redes, conversar demoradamente com meu velho truta, depois ficar à imaginar o quanto estou enredado no coração de uma sereia...
O mar companheiro fiel de tantas aventuras disse: - poeta irmão a realidade de cada um se mira pelo espelho, aconselho só amar... amar... amar... - Ah! mar se não fosse assim o que seria dos românticos? Ele, atencioso respondeu:- Um mundo sem brilho e cor... uma existência fria sem amor não vale!
Hoje, domingo a brisa está suave nooossa! Que brilho bonito no céu. Queria ofertar à alguém... Mas lembrei-me que ela possui seu brilho próprio e ninguém vai conseguir roubar-lhe o encanto.
Arrisquei um mergulho na Lagoa do Siri, esteve calma a manhã inteira e a linda paisagem da praia de Marataízes me extasia, é um convite irrecusável para andar pelas suas areias mornas, à tarde como de costume as gaivotas vão sobrevoar em belas rasantes para catar mariscos e de repente me encontro pensando nela...
24 set...
Primavera chuvosa e fria, da janela avisto o céu nublado, hoje não sai para lugar nenhum, fiquei andando de um lado para o outro, revendo anotações, folheando o álbum de família, carregado de lembranças... recostei na cadeira de lona e da varanda avistei o meu mar sem fim... quantas inspirações me proporcionou nesta viagem... quantos planos de futuro idealizei em sua companhia...
Fechei os olhos e acordei bem mais tarde, acordei de um sonho com minha irmã chamando para o jantar. Conversamos sobre nossa mãe, recordamos a nossa infância na estância Pirineus. Ah! era feliz e não sabia, alegre e não merecia presenciar tantas maravilhas, vivenciar tantas energias sadias! Foram boas e saudosas as recordações entrecortadas de saudades, tudo passou tão depressa. Depois rabisquei uns versos, estava tomado de emoção e com ela consegui prosseguir este diário dedicado a uma amiga de nome Mel.
25 set...
25 set...
Um dia triste lembrei-me de minha mãe... Zarpei cedo pelas encostas de Maratiba, caminhei sem
rumo definido... o calendário estava passando agora mais célere 25... depois 26, 27, 28, e enfim seria 29 – dia do arcanjo
Miguel, aquele da espada forte que
expulsou a maldade do céu, faço uma prece antecipada, e penso onde estará o meu tesouro de Mel?
26 set...
O vento me acordou no
meio da noite,
soprou no meu rosto um aroma de jasmim e disse:
- poeta vamos
andar ao leu,
vejo que andou triste o dia todo, não
fica assim brother ,acalme sua alma...
27 set...
As horas
escoam lentas, e como é bom a gente
se
aquietar,, colocar o pensamento
em ordem, inquirir de seus
sentimentos, vasculhar seu infinito particular e depois deixar a emoção chegar devagarinho,
as lembranças,, as conversas,, os passeios
na São Paulo
dos contrastes
de arrepiar... os risos soltos...
os versos em torno de sua
pessoa, quantas coisas boas...em
tão pouco tempo pude saborear ao
lado dela...Ops! Hoje retorno da viagem, vou chegar em Sampa amanhã... vou adiantar as postagens até dia 30 set...
28 set...
Ops! O mar sem fim trouxe-me uma decisão,
mesmo estando longe sinto que ela está
tão perto do meu coração...um longo abraço de saudade
recebi hoje dela,
que incrível, só possível
acontecer uma vez no espaço de um tempo passageiro.
29 set...
Finalmente raiou o dia de voltar para os meus
braços de Mel,, acordo cedo,
me despeço de todos,, triste e alegre ao
mesmo tempo; a viagem será
longa até São
Paulo, se pudesse voava nas asas do vento impetuoso para contemplar aqueles
cílios de Mel...Ouvir sua voz, contemplar aquela fisionomia dos deuses.
Conclusão
a. São
Paulo, a metropole, que não para, impressiona a cada vez que
você retorna, a cada
manhã que você acorda e se envolve no
hálito quente de sua agitação, A cada
momento que se dá uma pausa para o almoço ou mesmo na
parada nas mesas
de bar, no finalzinho do expediente você reflete
no olhar de
um amigo seus sonhos mais secretos a espera da
elaboração prática. Esta é
a cidade que
amamos na realidade absurda de seus contrastes, foi
numa dessas circunstâncias que encontrei Luciana Bertola e
travamos uma amizade assim...
B. Ah!
a cidade da consciência
coletiva
que não para nunca , e consegue
mesmo inovar sem perder o
aconchego de seus detalhes intimistas se você tem sorte de encontrar pessoas
amigas do caráter e feitio do dela. Daí a simples razão de surgir este diário e
de todas os versos que traz na alegria solta de um riso alegre.
c. Existe um tempo
para ver o mar...
e outro
de amar... ambos idênticos, o mar reflete
a lua e seus encantos, ele continua
amargo, pois não conseguiu de Zeus a chance de amar, sem por isso deixar de ser romântico, imenso,
intenso em seus
sentimentos nobres a respeito da ninfa
de sua eleição.
d.
O amor
navega em oceanos
desconhecidos
da maioria
dos
marujos,
fez
um pacto
com a sinceridade
e não abre mão de sua ingenuidade.
Descobre logo no
primeiro olhar a rima
que vai levar,
e volta de sua viagem carregado de sonhos, quase infinitos... E põe- se a realizá-los um por um – dois por dois para
voltar a sonhar de novo.
e. Quem tem sorte neste conjugar tão difícil
e tão fácil,
pois envolve a alma da pessoa amada, sabe do
enlace do verbo amar,
que muitos procuram
e
poucos almejam
alcançar este sopro
divino do bem querer.
f. Ah! uma espécie de delírio envolve quase por
completo aqueles que se amam de verdade,
e
o querer de
ambos se fundem
numa metamorfose maravilhosa,
o relógio para
quando estão juntos, o tempo conspira a favor do amor... Não
fora assim o épico Camões não teria cantado a glória de Dinamene.
g. Ah! amigo mar, amar é tão bom... uma espécie
de melodia de mel no coração,
uma cascata de luzes,
um acorde
que este mundo
teima em desconhecer, pois entroniza
em seu lugar a
moda, o status em vez do olhar,
só do olhar...
h. Hoje
vou me encontrar
com ela, uma mulher especial, de
alma sublime, simples, singela
mas que revela no brilho do seu olhar aonde quer
chegar em se tratando de amizade e
relacionamento humano. Tornou-se em
pouco tempo em minha vida uma
amiga do
coração, uma estrela
a brilhar no
firmamento das rimas e
versos ao amanhecer... Por isso quero presenteá-la
com este diário
do mar sem fim... e com um vestido azul da
cor de seus sonhos e
mesmo se eu
não me tornei alvo de seu bem
querer, ela vai continuar assim: este
mar incrível de amor sem fim...
I. Não estou apaixonado
por ela
e nem ela
por mim, as
nossas conversas são espirituais, a as nossas almas se
entendem no mundo de nossas certezas
onde um não vale por um sim, ela conquistou a minha estima e a nossa união fraterna está
ligada na força da compreensão, nas ideias que batem desde o início e nos
‘sonhos da visão’.
L. Estou contente pois, vou poder vê-la
novamente e continuar juntos na boa a idealizar mundos, mudar os rumos de um
universo em versos. Aprendi dela que a mudança do mundo começa no calor humano,
na prece a Deus. Não abrimos mão de nossa amizade ser assim: sem hora para
estar, sem tempo de terminar, sem cobranças, sem perfis sofisticados das
passarelas fashions, mas pousa leve e suave no olhar...
M. A doce melodia é assim: um livro, uma prece, um poema, uma estrofe, uma pessoa
querida, linda de amar. Enfim para mim sempre será uma Melodia Estonteante que
encerra o Luar pleno de conchas,
pérolas, tempo e mar....
Ah! muitas das vezes o amor pode desmoronar-se, do ar ausentar-se a poesia, a lua eclipsar-se e partir em busca de algum astro errante, o tempo, ora o tempo perder a razão, mas a amizade sincera, não, ela constitui-se em uma espécie de ponte espiritual onde você vai e volta a qualquer hora...
Ah! muitas das vezes o amor pode desmoronar-se, do ar ausentar-se a poesia, a lua eclipsar-se e partir em busca de algum astro errante, o tempo, ora o tempo perder a razão, mas a amizade sincera, não, ela constitui-se em uma espécie de ponte espiritual onde você vai e volta a qualquer hora...
São Paulo, 15 de setembro de 2014
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