Deixar a palavra impressa acarreta responsabilidades e a probabilidade de ser compreendido, a meu ver, fica um tanto obnubilada, se a essência não for bem limada. Do que adianta elaboração exaustiva se a locomotiva do pensamento não acompanha a inspiração e a aparência carrega consigo a ausência de uma cantiga suave. Não sei se a hora é propícia, só há um jeito de saber, falando agora, pois o anoitecer da vida bate à minha porta.
terça-feira, 16 de julho de 2013
Quando não se respeita a vida...
Enviada em: terça-feira, 16 de julho de 2013 10:14
Para: Helder Chaia
Assunto: AOS INTERNAUTAS CATÓLICOS: Nota Pastoral de Dom Antonio Rossi Keller - Bispo de Frederico Westphalen - RS
Dom Rossi Keller com o báculo — símbolo do Pastor (o bispo) com a missão de ser o guia espiritual das ovelhas (os fiéis) de uma diocese
Brasão de Dom Antonio Keller
NOTA PASTORAL
A respeito do PLC 3 de 2013
Irmãos e irmãs, Diocesanos de Frederico Westphalen e demais católicos e pessoas de boa vontade. Com amargura na alma, mais uma vez, vejo-me obrigado a escrever uma Nota Pastoral em relação à questão do aborto e à sua implantação no Brasil.
No último dia 4, alavancado pelo apoio e pressão do PT e de seus aliados, o Congresso Nacional enviou para a sanção da Presidente da República, o PLC n. 3, de 2013. Tal Projeto foi aprovado em regime de urgência, ou seja, sem dar o devido tempo exigido pela gravidade da proposta para que os Congressistas pudessem analisar e principalmente, escutar a sociedade civil, em relação ao texto em questão.
Os defensores da implantação do aborto no Brasil usaram uma estratégia muito bem preparada: sabendo que jamais passaria pelo Congresso algum tipo de projeto que diretamente permitisse a implantação do aborto, trocaram termos e palavras, sem contudo desviar um só milímetro de suas intenções: o puro e simples encaminhamento para a aprovação do aborto de fato.
O artigo 1º do Projeto que prevê o “atendimento emergencial integral” de vítimas de violência sexual é depois manipulado pelos abortistas no artigo 3, parágrafo 4, através de uma “profilaxia da gravidez”, que deve ser simplesmente entendida como a autorização para o aborto.
Não se encontra, naturalmente no texto, a palavra“ aborto”. Mas as intenções são suficientemente claras: proporcionar aos profissionais da Medicina e do Direito a base legal para a realização pura e simples de abortos. Esta é e sempre foi a estratégia usada: fugir dos termos contundentes, mas implantar, de forma disfarçada a devida autorização para que se possa agir de acordo com a ideologia abortista.
O resultado da aprovação deste Projeto de Lei já é conhecido… este é o objetivo da agenda abortista: o Executivo, sancionando a Lei, irá estabelecer as regulamentações e as normas técnicas que abrirão a estrada da implantação, na prática, do aborto.
A estratégia é clara e, infelizmente, o Congresso brasileiro entrou, como se costuma dizer, “na jogada” aprovando e encaminhando um projeto destes para a sanção da Presidente da República. Tudo muito bem preparado, estudado e levado a efeito sem a devida discussão e sem a necessária participação da sociedade brasileira como tal, que sabidamente é em sua grande maioria, contrária à implantação do aborto.
O aparente respeito à legalidade que tal encaminhamento deste iníquo projeto de lei possa estar seguindo tropeça em uma única e definitiva verdade, como nos diz o Papa João Paulo II, na Evangelium Vitae: “Reivindicar o direito ao aborto, ao infanticídio, à eutanásia, e reconhecê-lo legalmente, equivale a atribuir à liberdade humana um significado perverso e iníquo: o significado de um poder absoluto sobre os outros e contra os outros. Mas isto é a morte da verdadeira liberdade“.
É bom que exista uma legislação adequada ao atendimento humano de mulheres vitimas de violência sexual, no Brasil. O que não podemos jamais admitir é que entre os possíveis encaminhamentos, permita-se o aborto. Isto é inaceitável!
Assim sendo, venho, através desta Nota Pastoral expor esta dramática situação aos diocesanos da Igreja Particular de Frederico Westphalen e às pessoas de boa vontade, que acreditam e defendem o valor da vida humana desde a sua natural concepção até seu fim natural, e pedir, fundamentalmente, duas coisas:
1. Orações intensas, suplicando ao Senhor da vida, que possa salvar-nos desta chaga horrorosa que é o aborto;
2. A firme manifestação contra a sanção deste Projeto de Lei, fazendo telefonemas ou enviando fax para o Gabinete da Exma Sra. Presidente da República que, como todos lembramos, na Campanha eleitoral, vendo que poderia perder a eleição, comprometeu-se publicamente, junto a diversos líderes religiosos e perante a Nação, a não permitir, durante seu governo, a implantação de nenhuma forma de aborto, no Brasil.
Os contatos são os seguintes: Telefones: (61) 3411.1200 (61) 3411.1201Fax: (61) 3411.2222
Desejando a todos a Paz e o Bem que vem de Deus, os abençoo no Senhor.
Frederico Westphalen, 14 de julho de 2013.
XV Domingo Comum C
+ Antonio Carlos Rossi Keller
Bispo de Frederico Westphalen
Fonte: Blog da Família
P. Scriptum - na qualidade de Católico transcrevi na íntegra este importante documento, e se hoje infelizmente a negação da alma é patente, a destruição da inocência fato presente, o que esperar de uma sociedade que transgride o saltério de dez cordas, e assassina suas crianças impunemente, supõe-se que a faxina de Deus será dura e que amanhã na curva de um raio virá a revelação consciente...
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