terça-feira, 8 de novembro de 2011

O Eclesiastes e a sua luz diáfana

1.Finalizando as considerações sobre o Eclesiastes fui pesquisar seu sentido histórico e encontrei a fonte que deita luzes definitivamente sobre um dos livros mais impressionantes que já tivera notícia. Tudo nele beira um lirismo, um cuidado extremo em frisar a brevidade da existência terrena e acenar para outras dimensões etéreas. Isto posto transcrevo o que se segue abaixo extraído na integra da excelente e ilustrada tradução do Centro Bíblico Católico, SP -Brasil de Frei João José Pedreira de Castro OFM - Bíblia Sagrada, edição pastoral catequética, Editora Ave Maria - Edição Claretiana , 1998.

2. Feita as apresentações e o direcionamento dos créditos devidos, gostaria de frisar  que a leitura do Eclesiastes, hoje mais do que  nunca torna-se obrigatória, dado a instabilidade atual do mundo, no que tange a sua moeda, ao seu governo, clima, valor humano, consumo desenfreado de bens, ausência de princípios morais e um gama de coisas faltantes e outras atropelando tudo e a todos a cada momento. 

3.Lemos na introdução à pág 33 o que citarei de uma vez, a separação numérica  é nossa: " Este livro apresenta-se como uma série de meditações sobre a instabilidade da vida humana, entrecortada várias vezes por uma sorte de estribilho que indica a linha diretriz que o autor tinha em mente: vaidade das vaidades, tudo é vaidade.

4. Desconhecemos o autor que coloca suas reflexões na  boca do Eclesiastes. Neste personagem vê-se uma alusão ao rei Salomão, que a tradição judaica considera como a personificação da sabedoria. O último redator do livro que lhe dera a forma atual, deve ter vivido no terceiro século a.C.

5. Para o autor, como para seus conterrâneos, todos os homens vão, depois da morte para um único e mesmo lugar, o cheol, ou a região dos mortos. A existência nesse lugar é descrita como uma existência sem consolações, nas trevas, sem felicidade alguma, que nenhuma relação mais se tem com o que acontece na terra.

6. Essas ideias sombrias a respeito da vida e da morte formam a base do pessimismo que se depreende desse escrito. Compreende-se a conclusão que ele tira desse seu modo de ver: se a perspectiva do céu é tão duvidosa, se a experiência de vida aponta tantas preocupações e desilusões, nada melhor se pode aconselhar do que fruir dos bens que Deus nos dá nesta vida e agradecer-lhe por tudo isto.

7. Mesmo assim, as alegrias terrenas aparecem como incapazes de estancar a sede de felicidade de que sofre o coração do homem. 

8. Entretanto o autor alia a esse pessimismo um espírito de profunda religiosidade. Ele insiste na disposição sempre sábia, embora impenetrável, da providencia divina.

9. Tudo o que há  de bom na vida, é dom de Deus. Um dia, o homem deverá prestar contas ao seu criador de todos os atos praticados na terra.

10. Estas considerações conservam seu valor para todos os tempos. A piedade é o principal meio de alcançarmos nosso destino. Toda a moral do livro resume-se nos seus últimos versículos: "como conclusão geral, teme a Deus e observa seus preceitos, eis aí, o homem todo."

Créditos:Bíblia Sagrada -Edição Pastoral Catequética- Editora Ave Maria -1998 introdução pág. 33

Helder Tadeu Chaia Alvim

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