Dizer versos é o que faço, profissão de poeta não é nada fácil.Se agrado ao interlocutor me sinto recompensado.Um dia meu pai presente disse: Meu filho, ouça o que eu vou lhe dizer para que não seja em vão: Quem espera acontecer morre cedo de paixão, este mundo é bem virado, já virou o meu coração, já não choro o pranto amargo, já não canto a solidão.
Quem não viu que venha ver a beleza desta vida, se a vida é prá viver, vou viver então a vida! Menino não se apoquente, pois nesta vida tem muitas moradas, quanto a mim toco a boiada e conheço cada canto desta estrada, você vai por este mundo afora, faça verso, faça prosa e diga a quem te ouvir o que falo agora: - A vida é um eterno começar... o que passou, passou, encontre as palavras certas, esmere-se na exatidão, encha este mundo de poemas, fuja das encrencas,respeite o semelhante, fite sempre seu semblante,Não se apoquente nada é perene, a não ser o amor que a gente sente, cumpra a sua parte, fé em Deus e muita sorte! "
Quem não viu que venha ver a beleza desta vida, se a vida é prá viver, vou viver então a vida! Menino não se apoquente, pois nesta vida tem muitas moradas, quanto a mim toco a boiada e conheço cada canto desta estrada, você vai por este mundo afora, faça verso, faça prosa e diga a quem te ouvir o que falo agora: - A vida é um eterno começar... o que passou, passou, encontre as palavras certas, esmere-se na exatidão, encha este mundo de poemas, fuja das encrencas,respeite o semelhante, fite sempre seu semblante,Não se apoquente nada é perene, a não ser o amor que a gente sente, cumpra a sua parte, fé em Deus e muita sorte! "
O tempo correu depressa, desapareceram as seriemas, o cruzeiro iluminado,as tardes ensolaradas, meu Pai também se foi. E tudo foi tão rápido igual a um relâmpago que corta o céu nas águas de janeiro. Estou longe de casa, no aperreio da vida pós-moderna, na matula guardo versos, as lembranças alegres que hoje revelo,na cabeça o chapéu daquele boiadeiro, que um dia me disse primeiro antevendo meus passos que tinha sim é vocação para andarilho do espaço. Por isso converso consigo agora nesta cidade pessoa que respeito, peço licença na presença deste amável auditório, para desfiar versos à moda antiga, loas de cantador confesso que depois de muito chão ainda povoam minha imaginação.
Helder Chaia Alvim
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