1. De evidência desconhecida, vivencia dores, ausculta sentimentos nobres,pavores generalizados, rompantes desesperados, alegrias soltas, visões outras Assim a vida passa e ele a enlaça de matizes variados, às vezes na fragilidade de sua concepção, sem ocultar as raizes profundas de sua convicção. observa o tempo, o movimento, o sentir de sua raça e não há quem faça o ímpeto de sua elaboração silenciar.
2. Escrevo estes versos colhidos ao acaso, me embaraço nas palavras, tropeço, mas confesso ser o soneto um bem conceituado. Ele, companheiro, amigo, interlocutor, confidente, acompanha, admoesta, acalenta, alegra a existência humana. Seu numero é quase infinito, cada povo elege o seu preferido. Tudo nele encontra sentido.Amigo e irmão meu, escreva um poema, dois, três, ele se tornará uma espécie de amuleto da sorte. Esperimente esta sensação enorme, imprima-o no formato recite-o muitas vezes, memorize o conteúdo exato, disponha-se a divulgá-lo aos colegas de trabalho, aos vizinhos aos seus chegados, o boca à boca é um fato. O email o levará a lugares distantes. Não esqueça do título, isto é importante. O hábito de sua criação constante multiplicará o seu soneto brilhante. Pode fiar, encontrará as palavras, as nuanças em forma de rimas surgirão. Um dia você me dirá que a tarefa,ora iniciada, não foi em vão.
3. É bom levar consigo um caderninho e caneta, a idéia veio, anote tudo devagarinho, na letra, afim de captar a inspiração. Em outro momento desenvolva o tema, dê asas à imaginação, consulte o dicionário, elabore tudo com exatidão. Bom poema, meu amigo, dê emocionado adeus à solidão, aconteceu comigo um dia quando exatamente subia a Consolação. Muitos anos se passaram e hoje declaro na humildade a clareza da visão e confesso na verdade ser fugaz o som das letras. O meu primeiro poema: os personagens me acompanha desde então.
4. O poeta envelhece, mas seus versos permanecem intactos na louçania, cônscios de sua inocência primeira, companheiro na hora derradeira. Confesso, quando o último suspiro colher minha existência quero recitar os meus versos mimados, quando Deus me perguntar:- Filho o que fizeste? Com calma responderei:
-Senhor, escrevi versos com amor!Helder Chaia Alvim
Poeta Minimalista
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